Número de empresas com contas em atraso cresce 9,57% em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O volume de empresas com dívidas atrasadas registrou nova alta no último mês de julho: cálculos divulgados pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostram que a quantidade de empresas inadimplentes aumentou 9,57% em julho de 2015 na comparação com o mesmo mês do ano passado. O indicador registrou sua maior variação anual do indicador desde julho de 2013, quando o resultado registrado foi uma alta de 11,28%.

Na passagem de junho de 2015 para julho do mesmo ano, sem ajuste sazonal, houve crescimento de 1,78% na quantidade de pessoas jurídicas inadimplentes. Além do aumento no número de empresas inadimplentes, houve também alta da quantidade de dívidas em atraso em nome de pessoas jurídicas: 9,83% a mais em julho deste ano, em relação a julho do ano passado.

Já a comparação entre julho de 2015 e junho do mesmo ano mostra que o número de empresas com dívidas vencidas mais recentemente – atrasadas no período de até 90 dias – apresentaram crescimento de 11,83%. Na opinião dos economistas do SPC Brasil, o dado demonstra que nos últimos meses os empresários brasileiros passaram a enfrentar um cenário mais adverso para o pagamento de suas pendências.

Todos os ramos da economia apresentaram crescimento no número de empresas inadimplentes. A abertura do indicador por segmento revela que o setor de serviços, composto principalmente por bancos e financeiras, foi o que apresentou maior crescimento, com alta de 14,11% na comparação entre julho de 2015 contra o mesmo mês do ano passado.  A segunda maior alta ficou por conta das indústrias (10,24%), seguida pelos comerciantes (8,75%) e também pelas empresas que formam o ramo da agricultura (7,06%).

De acordo com a pesquisa, o setor do comércio concentra sozinho quase a metade (49,38%) do total de empresas devedoras. Dentre os setores credores, ou seja, aqueles que deixaram de receber os valores que lhes são devidos, o segmento de serviços, que engloba bancos e financeiras – instituições responsáveis por conceder empréstimos e linhas de financiamento -, é quem mais se destaca, concentrando 70,58% de todas as dívidas de pessoa jurídica no Brasil.

Em termos regionais, o Sudeste é a região que concentra a maior parte das pessoas jurídicas inadimplentes (45,41%), seguido pelo Nordeste (19,80%) e pelo Sul (17,12%). O maior crescimento no número de empresas inadimplentes também foi registrado pelo Sudeste, onde a quantidade de devedores aumentou 14,40%, seguido pelo Centro-Oeste, cuja alta anual foi de 12,54%. O avanço menos expressivo ficou por conta do Sul, cuja variação apresentada no período foi de 7,03%. As regiões Nordeste e Norte apresentaram crescimento de 11,52% e 8,90%, respectivamente, na quantidade de empresas que não honraram compromissos financeiros.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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