A situação das contas externas brasileiras

O IEDI (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial) preparou um estudo amplo sobre as vulnerabilidades externas brasileiras. Minucioso, o estudo aponta problemas, mas, no geral, indica alguma folga para correções de rumo.

O estudo analisa as contas externas a partir de três perspectivas: os fluxos (resultado das contas externas de 2013); a evolução do passivo externo líquido (PEL); e a solvência (capacidade de financiar o déficit) no curto, médio e longo prazos.

O primeiro, é o resultado do ano; o segundo, a dívida acumulada ano a ano; o terceiro, a capacidade de pagamento da dívida.

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Sobre os fluxos

Desde 2009 vem aumentando o déficit em transações correntes (DTC). Em 2013 houve uma aceleração de 50% sobre 2012, atingindo o recorde histórico de US$ 81,4 bilhões.

Pela primeira vez, desde 2008, o financiamento não foi integralmente coberto pelo Investimento Externo Direto (IED), ampliando a dependência em relação ao investimento de portfolio estrangeiro (IPE), capital de curto prazo.

Pela primeira vez, desde 2000, houve um déficit – de US$ 6 bilhões – do Balanço de Pagamentos (BOP), financiado com a venda de reservas cambiais.

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Sobre os estoques

Como consequência do acúmulo de déficits, houve o aumento do PEL (diferença entre o passivo externo bruto, PEB, e o ativo externo bruto, AEB). De 2009 a 2013 o PEB cresceu 40%, indo de US$ 1,08 trilhão, para US$ 1,5 trilhão.

O dado positivo é que o maior avanço se deu no IED, menos volátil, que cresceu 82% contra 75% dos OIE (Outros Investimentos Externos) e apenas 3% do IPE (o mais volátil). Parte relevante desses investimentos em setores de commodities, comércio e serviços beneficiados pelo crescimento do mercado interno.

Outro efeito positivo foi a redução do Passivo Externo de Curto Prazo (PECP) – que inclui dívida externa de curto prazo e estoque de investimento de portfólio. Em dezembro de 2013, esse passivo de curto prazo somava ainda expressivos US$ 501 bilhões.

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Sobre a solvência externa

Em 2013 o PEL atingiu US$ 758 bilhões, 26,2% a mais do que em 2009, mas houve um recuo em relação aos três últimos anos, devido ao acúmulo de reservas cambiais, à depreciação cambial e à desvalorização das ações brasileiras.

Para avaliar a liquidez externa, o IEDI trabalhou com quatro indicadores, utilizando como denominador comum as reservas internacionais, que são os recursos em divisas que podem ser mobilizados no curto prazo em caso de fuga de divisas.

·  Indicador 1: razão entre a dívida externa de curto prazo e as reservas
 

·  Indicador 2: considera no numerador as necessidades brutas de financiamento externo (NBFE), , com o principal vencível da dívida externa de médio e longo prazo nos próximos 12 meses e o estoque da dívida de curto prazo; 
 

·  Indicador 3: razão entre o PECP e as reservas; 
 

·  Indicador 4: soma das necessidade bruta de financiamento externo com o estoque de IPE; este indicador mede a pressão potencial sobre as reservas internacionais do País no curto prazo.

Em comparação com 2007, há melhora nos quatro indicadores.

Ou seja, existe uma tendência preocupante, mas o país ainda dispõe de condições de saúde para aguardar a reversão.

Luis Nassif

31 Comentários

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  1. A venda gradual de parte das Reservas Cambiais.

    Creio que  precisamos lembrar é que a partir de 2017 haverá um aumento expressivo da produção de petróleo e derivados no Brasil, que proporcionará um excedente exportável.

    Ou seja além eliminar o atual déficit comercial na conta petróleo, proporcionará um superávit comercial, com grande impacto na balança comercial.

    A atual volatilidade no mercado de câmbio, provocado pela redução gradual das compras de títulos pelo Banco Central Americano é uma grande oportunidade para vender parte das Reservas Cambiais, já depois de 2017, muito provavelmente teremos que aumentar as Reservas Cambiais para impedir uma queda da taxa de câmbio.

    Reservas Cambiais são acumuladas em momentos de grande entrada de dólares, provenientes dos saldo na Balança Comercial, aumento do carry trady pelos investidores estrangeiros, albicações em ações pelo investidores estrangeiros, aumento dos investimentos estrangeiros diretos na produção de bens e serviços, e investidores nacionais trazendo dólares de volta.

    O momento de vender é quando corre uma falta de liquidez no mercado internacional em função das expectativas dos agentes econômicos, como agora.

    O que provoca a alta da taxa de câmbio em momentos de fuga de capitais, é que este movimento provoca uma demanda maior que a oferta no mercado de câmbio, principalmente pelo exportadores reterem o maior tempo possível os dólares buscando uma taxa maior, e os importadores anteciparem ao máximo a compra de dólares para o pagamento das exportações.

    A venda de Parte das Reservas Cambiais impediria o desequilíbrio entre a oferta e a procura no mercado de câmbio, mesmo em uma situação de fuga de capitais,

    Hoje já são  ofertados U$ 200 milhões de contratos de swaps cambiais por dia, se fosse acrescentado mais US$ 200 milhões de dólares no mercado à vista, daria um total de R$ 400 milhões por dia, e seria necessários mais de 2 anos para vender cerca de US$ 100 bilhões das Reservas Cambiais, e mesmo assim sobrariam US$ 276 bilhões, 40% a mais do que havia em 2008.

    O importante é estabelecer um preço mínimo para impedir uma queda da taxa de câmbio.

    Creio que o atual ritmo de crescimento do PIB demonstra que não está havendo pressão de demanda nos preços, e boa parte a inflação corrente é derivado da correção cambial de mais de 40% acumulada desde de julho de 2011.

    Com o lento ritmo de crescimento do PIB não há espaço para continuar o atual processo de aumento dos juros da selic, já que há grande risco de a continuidade dos aumentos dos juros da Selic provocar  o inferno da recessão e desemprego no Brasil.

    Na medida em que boa parte da inflação corrente é derivada do processo de correção gradual da taxa de câmbio,  é necessário reduzir o patamar da correção da taxa de câmbio para menos de 10% nominais ao ano, e a venda gradual de parte das Reservas cambiais seria infinitamente mais eficiente para controlar a correção da taxa de câmbio, que os aumentos dos juros da Selic.

    Além de contribuir para o controle da inflação no Brasil, a venda gradual de parte das Reservas Cambiais, permitiria reduzir a dívida pública Bruta, aumentar a substituição das importações pela produção nacional, gerando emprego e renda, e efeito totalmente contrário ao atual processo de aumento de juros da Selic.

     

  2. Cinco unidades iniciam produção neste ano

    —–25 plataformas entrarão em produção entre 2013 e 2017 e 38 novas unidades vão passar a produzir petróleo e gás no período 2013-2020.—-
    Petrobras . Blog Fatos e Dados—01.Fev.2014

    inCompartilh

    plataformas-61Em 2014, colocaremos novas unidades estacionárias em operação: P-58, P-61 (que terá a Tender Assisted Drilling – TAD), P-62, Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba. Em 2013, outras cinco unidades começaram a produzir. Foram elas: FPSO Cidade de São Paulo (Sapinhoá), FPSO Cidade de Paraty (Lula Nordeste) e FPSO Cidade de Itajaí (Baúna), todas na Bacia de Santos, além da P-63 (Papa Terra) e a P-55 – Roncador Módulo III, ambas na Bacia de Campos.

    Atualmente, a P-58 (Parque das Baleias), P-62 (Módulo IV do campo de Roncador) encontram-se nas suas locações e entrarão em produção no primeiro trimestre deste ano.

    A P-61 tem seu primeiro óleo previsto para o segundo trimestre (campo de papa- terra) e irá operar em conjunto com a SS-88 TAD que deixou a China e tem previsão de chegada ao Brasil até o fim deste mês. A TAD fará a perfuração e completação dos poços que serão interligados a P-61.  Os FPSOs Cidade de Ilhabela e Cidade de Mangaratiba mantêm o cronograma de entrada para o terceiro e quarto trimestres de 2014, respectivamente. Ambas operarão no pré-sal da Bacia de Santos, sendo a primeira no campo de Sapinhoá, na área de Sapinhoá Norte, e a outra, na área de Iracema Sul.

    De acordo com o PNG 2013-17, 25 plataformas entrarão em produção entre 2013 e 2017 e 38 novas unidades vão passar a produzir petróleo e gás no período 2013-2020. (Os números estão de acordo com o que foi divulgado no PNG). Segundo nosso diretor de Exploração e Produção, José Formigli, pouquíssimas empresas no mundo têm essa demanda por novas unidades. “Isso é porque elas não têm o portfólio que temos”, compara o diretor, destacando o índice de sucesso exploratório de 100% no pré-sal.

    Em 2016, a previsão é que a produção alcance 2,5 milhões de barris de petróleo por dia (bpd), em 2017, o volume subirá para 2,75 milhões e, em 2020, para 4,2 milhões. A produção em barris de óleo equivalente (petróleo e gás) atingirá 3 milhões em 2016, 3,4 milhões em 2017 e 5,2 milhões em 2020. O pré-sal terá parcela crescente nesse aumento de produção. A marca de 1 milhão de bpd no pré-sal será superada em 2017, quando responderá por 42% da produção, e atingirá 2,1 milhões de bpd em 2020.

    Produção crescente
    “Deixamos de dizer que apenas a descoberta do pré-sal é uma realidade. A produção é uma realidade”, diz a presidente Graça Foster, destacando que a marca de 320 mil barris por dia foi atingida apenas sete anos após a primeira descoberta.

    E lembra: “Na porção norte-americana do Golfo do México, foram necessários 17 anos para se atingir uma produção significativa, enquanto na nossa Bacia de Campos, levamos 11 anos. Tivemos desafios tecnológicos relevantes no pré-sal. E superamos. Houve redução do tempo de perfuração de poços de 134 dias para 70 em 2012″, disse.

    Essa redução no tempo de perfuração gera grande economia de recursos. Os investimentos na construção de poços (exploratórios e de desenvolvimento da produção) somam US$ 75 bilhões no PNG 2013-2017. Isso representa 32% dos investimentos do Plano e 51% dos investimentos em Exploração&Produção no Brasil. Em função dessa relevância, foi criado o PRC-Poço, Programa de Redução de Custos de Poços. “As plataformas são a parte mais visível, mas os poços, que ficam abaixo delas, são o que custa mais caro”, explica Formigli.

    Postado em: [Atividades]

    URL:

    http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/cinco-unidades-iniciam-producao-neste-ano.htm

  3. Entenda por que investimos em fertilizantes

    Petrobras . Blog Fatos e Dados—-02.Jan.2014

    A produção de fertilizantes nitrogenados se insere na cadeia de valor do gás natural, sendo uma alternativa economicamente atrativa para sua monetização. Fertilizantes nitrogenados são derivados da amônia – que é obtida a partir da transformação química do gás natural – e amplamente utilizados na agropecuária e na indústria.

    A amônia é usada na indústria alimentícia e na produção de desinfetantes, tinturas de cabelo, materiais plásticos, couro e explosivos, entre outros produtos, mas sua principal utilização é como matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados (ureia, sulfato de amônio e nitrato de amônio).

    A demanda do mercado brasileiro de fertilizantes é maior que a produção nacional. Além disso, o segmento encontra-se em expansão tanto no Brasil quanto no mundo. Com o crescimento populacional e o aumento de renda, espera-se aumento no consumo de alimentos, principalmente de proteína animal, que requer mais grãos para sua produção e, por consequência, maior uso de fertilizantes.

    No Brasil, entre 2003 e 2012, o consumo de fertilizantes passou de 22,8 milhões de toneladas para 29,6 milhões, o que configurou crescimento de 30% no período. De acordo com a previsão da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), entre 2010 e 2020, somente no Brasil, a produção de alimentos crescerá 40%.

    Somos a maior produtora de fertilizantes nitrogenados do Brasil. Com a aquisição da Fafen-PR, reforçamos essa área em alinhamento com o Plano de Negócios e Gestão 2013-2017. Possuimos mais duas fábricas: a Fafen-SE, com capacidade de produção de 657 mil toneladas/ano de ureia e 456 mil toneladas/ano de amônia, e a Fafen-BA, com 474 mil toneladas/ano de ureia e 474 mil toneladas/ano de amônia.

    Atualmente, estamos investindo em novas unidades a fim de acompanhar o crescimento do mercado. Em Três Lagoas (MS) está sendo construída uma planta que entrará em operação em setembro de 2014 com capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas/ano de ureia. No município de Laranjeiras (SE), está sendo construída uma planta de sulfato de amônio com capacidade para produzir 303 mil toneladas/ano, que começará a produzir ainda este ano. Duas outras unidades, uma em Uberaba (MG) e outra em Linhares (ES), estão em estudo.

    Postado em: [Produtos e Serviços]

    URL:

    http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/entenda-por-que-investimos-em-fertilizantes.htm

    1. Além dos fertilizantes…

      Precisamos de uma política industrial como na época da substituição de importações (1930-1990).

      O governo precisa espalhar para outros setores o que foi feito na indústria naval.

      O governo é acionista majoritário na Vale mas não comanda a empresa, o país sofre um cartel siderúgico que encarece as matérias primas para o mercado interno (enquanto para o mercado externo, sem um imposto de exportação há um sobe e desce exagerado dos preços).

      Tudo bem que a demanda por aço é baixa hoje no mercado internacional, mas isso pode mudar e construir uma usina siderúrgica leva de 5 a 6 anos.

  4. Em 2013 a demanda por dólar no Brasil foi de US$ 453 bilhões

    Só em janeiro de 2014, importadores e demais agentes econômicos compraram US$ 43,3 bilhões, sendo US$ 17,5 bilhões de compras dos importadores, a expectativa é que as importações em 2014 devem ficar em pelo menos US$ 230 bilhões.

    Além disso, a dívida externa do setor privado de curto prazo(até 12 meses) é US$ 26 bilhões, e ainda tem cerca de cerca de US$ 15 bilhões de juros da dívida de longo prazo do setor privado(US$ 162 bilhões) a serem amortizados em 2014.

    Os gastos de turistas no exterior em 2013 foi de US$ 26 bilhões, e a remessa de lucro da empresas de quase US$ 40 bilhões, apenas este dois itens demandam quase US$ 70 bilhões por ano.

    Ainda é preciso considerar que quando há uma expectativa de aumento da taxa de câmbio,  acima da taxa de juros praticados na renda fixa, parte dos investidores nacionais vendem posições em reais, para comprar posição em dólar ou atrelados ao dólar, como ouro por exemplo, o que aumenta a demanda por dólar no mercado à vista.

    Aliás em geral quando a taxa de câmbio sobe, está ocorrendo um aumento da demanda por dólar, ao mesmo tempo em que ocorre uma queda na oferta de dólar(importadores querendo antecipar o pagamento das importações, exportadores retendo dólares, devedores em dólares também querendo quitar antecipadamente as dívidas, e/ou deixando de renovar os contratos de créditos em dólar.)

    anexo

    BC divulga indicadores econômicos e IC-Br de janeiro

    Banco Central do Brasil —05/02/2014 12:38

    ​Clique para acessar os dados sobre o fluxo cambial, a posição de câmbio dos bancos, a posição das reservas internacionais e o Índice de Commodities Brasil (IC-Br) de janeiro.

    Indicadores Econômicos—5-fev-2014*—-V.22 – Movimento de câmbio

     

  5. E a auditoria nas contas externas?

    Brizola terá sido o único brasileiro a berrar, esbravejar, ficar rouco de tanto alertar o país sobre as possibilidades de ocorrências de grossas falcatruas nas contas externas.

    Insistia em que tais contas tinham de ser auditadas.

    Pergunto: de Brizola para cá, terá havido mais providências para dar transparência às contas externas?

     Ou será que tudo continua como era antes, porém agora sem o Brizola para vociferar?

  6. Temas conjunturais
    Não há razão alguma para alarmismos, a saúde do Brasil é de fazer inveja a qualquer outro país da face da Terra. Vejamos o caso do déficit em transações correntes (e nos concentremos nesta questão específica): 

    – Série histórica do Banco Central (1947-2013) – 

    Em 67 anos consecutivos da série histórica de transações correntes de Pindorama, segundo o próprio Banco Central, em apenas 12 oportunidades o Brasil apresentou superávit em transações correntes. Foi nos anos de 1950, 1964, 1965, 1984, 1988, 1989, 1992, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007. 

    Em absolutamente nenhum dos 08 anos de desgoverno do PSDB de FHC o Brasil apresentou superávit nas transações correntes. Na série histórica do Banco Central constata-se que em 82% dos 67 anos analisados (55 anos do total de 67) o Brasil teve déficit em transações correntes, de modo que os resultados atuais não constituem nenhuma novidade histórica e nem mesmo um ponto fora da curva. 

    A questão principal hoje, no que se refere ao déficit em transações correntes, vem da conta dos derivados de petróleo. Esta situação será normalizada com a entrada em operação das Refinarias de Abreu e Lima (novembro de 2014) e da Refinaria do Complexo do Comperj (2016), além da melhora na situação da economia mundial que verificar-se-á a partir de 2014 (e com mais força ainda a partir de 2015). Nada para assustar quem quer que seja. 

    O câmbio no Brasil já está favorável para as exportações, o problema é que o mundo ainda sofre os efeitos do Crash de 15 de setembro de 2008 e o Brasil, portanto, também os sofre. Sobre o câmbio é salutar relembrar alguns dados: 

    -Janeiro de 2011, R$ 1,65 por dólar; 
    -Janeiro de 2012, R$ 1,86 por dólar; 
    -Janeiro de 2013, R$ 2,04 por dólar; 
    -Janeiro de 2014, R$ 2,39 por dólar. 

    Ou seja, desde o primeiro minuto de seu governo Dilma Rousseff promoveu uma benéfica e gradual desvalorização cambial, cujos frutos positivos ainda não estão assimilados em sua plenitude. E fez tudo isto com inflação ampla, geral e irrestritamente controlada (os três primeiros anos de Dilma tiveram inflação inferior aos três primeiros anos de FHC e de Lula). 

    O Brasil tem hoje pleno emprego, distribuição de renda, diminuição das desigualdades sociais e regionais, aumentos reais nos dissídios das classes laborais e no salário mínimo. E tem tudo isto combinado com indicadores macroeconômicos, fiscais, financeiros e monetários invejáveis para qualquer país do globo terrestre. Não há razão alguma para alarmismos. 

    Para finalizar, e antes que eu me esqueça, no dia 15 de setembro de 2008 (dia do estouro da maior crise econômica e financeira ocorrida desde o Crash de outubro de 1929) o Brasil tinha reservas internacionais na casa dos US$ 207 bilhões. Hoje essas reservas estão na casa dos US$ 376 bilhões (aumento de 81,6%). 

    Ou seja, o Brasil está muito, mas muito e muito mais preparado hoje para enfrentar turbulências externas do que estava lá em 2008.

    1. câmbio => energia => inflação => juros => fiscal => “game over”

      Não há razão alguma para alarmismos, a saúde do Brasil é de fazer inveja a qualquer outro país da face da Terra. 

      A última vez que ouvi isso foi no governo militar, o Brasil é uma ilha de prosperidade.

      Ou seja, desde o primeiro minuto de seu governo Dilma Rousseff promoveu uma benéfica e gradual desvalorização cambial, cujos frutos positivos ainda não estão assimilados em sua plenitude. E fez tudo isto com inflação ampla, geral e irrestritamente controlada (tá de brincadeira né, flertando com o teto da meta todos os anos) O Brasil tem hoje pleno emprego, distribuição de renda, diminuição das desigualdades sociais e regionais, aumentos reais nos dissídios das classes laborais e no salário mínimo. E tem tudo isto combinado com indicadores macroeconômicos, fiscais (você sabe o quer dizer indicadores fiscais?), financeiros e monetários invejáveis para qualquer país do globo terrestre. (os ETs não contam ?) Não há razão alguma para alarmismos.

      Não resisto, vou traduzir isso para alemão, espanhol, francês e inglês, e amanhã mesmo o Itamaraty entre em colapso com os milhões de franceses, espanhóis e austríacos querendo morar aqui.

      Presidente Dilma, não sabia que a senhora postava aqui no blog do Nassif sob o nome de Diogo Costa.

      Agora, falando sério, os indicadores apresentados no comentário são fundamentados em cima das reservas. E da mesma forma que elas se acumularam, elas também vão embora. Imagine que você é engenheiro bem remunerado e ganha na loteria. Aí começa a aumentar muito o padrão de vida além do que seria possível para sua renda. Uma hora a casa cai. Outra coisa, nosso crescimento de serviços é em cima de franquia de McDonalds e obras de engenharia daqui mesmo (construção civil, alguma infraestrutura ou então pequenos serviços mesmo). Isso não se traduz em receita de divisa forte. O meu receio com a reeleição da Sra. Roussef é justamente esse, as análises fanáticas e descoladas da realidade como a que vimos acima. Ninguém acredita que o câmbio de equilibrio esteja abaixo de 2,90 ou 3,00. Ao chegar aí, bate na energia, que bate na inflação, que bate nos juros, que liquida o fiscal. Ou seja, nossa situação nem de longe é tranquila.

      Aliás, estarrecedor o debate do Nassif com o Beluzzo e o economista Keynesiano. Praticamente não há divergência de que tem de haver um ajuste fiscal vigoroso.

      Embora as situações estejam longe de ser similares, TERÍAMOS QUE APRENDER MAIS COM A ARGENTINA A RESPEITO DO QUE NÃO FAZER.

        1. Prezado Lcbotelho, nada

          Prezado Lcbotelho, nada contra a turma do Gunther, mas LC é nome composto com Luiz no início. Então sou seu xará, e não sua.

          A intenção original da Dilma de dar uma pancada na Selic era totalmente válida e já tinha passado da hora. Nosso sistema financeiro é a coisa mais parasita a existir nesse planeta no último bilhão de anos. O problema é que isso somente poderia ser acompanhado de um ajuste draconiano no custeio. Despesa de juros é despesa pública da mesma forma que salário de assessor parlamentar. E é certamente um gasto infinitamente muito menos nobre do que salário de professor. O problema é que você não pode cortar um e ao mesmo tempo mais do que aumentar o outro (no caso, do assessor). Estou falando contra o meu próprio interesse (sou funcionário público). Dentro desse contexto, o Aécio certamente é péssimo p/mim, o Campos é uma incógnita, e a Dilma seria a melhor opção. Achei até errada a greve radical do serviço público contra ela em 2012. O problema é que salário mínimo (talvez o principal preço do fator trabalho no Brasil) jamais poderia ser indexado como foi. Se ela quiser dar um aumento além da inflação todos os anos do mandato, ótimo, mas isso tem que ser avaliado sempre em conjunto com a situação do país.

          Indo direto ao ponto; sim, o povo brasileiro está “sifu” quando o despejo de dólares mundial acabar. Porque o fluxograma que eu apontei vai entrar em ação.

          Mas depois da tempestade sempre vem a bonança. Se lembra o segundo ano do Lula, com as exportações se recuperando, o setor externo colaborando e a inflação relativamente sob controle?

          Vamos torcer para que ela tenha bom senso se for reeleita. Nesse momento, voto no Campos tranquilamente (apesar da Marina) ou (Deus me perdoe) no mala do Aécio.

          PS: Se ela detonar o inacreditável e assumir o fracasso da política econômica dos últimos três anos, quem sabe dar uma segunda chance? Por enquanto só vejo teimosia e uma fé cega na direção errada. Nenhum economista sério, incluindo o pessoal pró-governo (Delfim e Beluzzo) acha que podemos dispensar um ajuste fiscal razoável.

           

           

    2. Prezado Diogo Costa
      O grande

      Prezado Diogo Costa

      O grande problema na moderna Geo-Finanças políticas internacionais são as (“maledetas”!) percepções do volátil e impessoal do capital financeiro globalizado . E certamente neste contexto , mas vale as malditas posições de rankeamento das famigeradas americanas Standard Poor &etc.. do que  esta pífia reserva externa , já toda subliminarmente  penhorada (Frozen) e sem que o Brasil possa utiliza-la soberanamente  .Tentem descontar U$ 70 bilhões desta reserva “Fake” !. (…. e vejam as retaliações do capital externo!)

      E certamente o rankeamento do Brasil pelos “El Gringos” , em relação a percepção da saúde econômica do Brasil em relação aos investimentos internos que financiam a jogação pelo ralo do dinheiro público em Fraudes Mamúticas (Prosub nuclear 20 bilhões de reais , FX-2, 20 bilhões , Copa , 40 bilhões , olimpíadas , 50 bilhões , isenções fiscais , Pre Sal ,etc….) , só tendem a piorar !, em minha “mudesta” opinião .

  7. As ações do BC no mercado de câmbio em 2009

    Em 2009 o Banco central do Brasil realizou vários leilões de dólares, além das  vendas destinadass ao financiamento dos exportadores(venda de dólar com o compromisso de recompra)

    anexo:

    05/08/2009 – Apresentação do presidente do BC na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal  (PDF – 915 Kb)——-Henrique Meirelles
    Banco Central do Brasil Publicado na Internet em 05/08/2009

     

     

  8. Por que os países devem ao

    Por que os países devem ao dinheiro estrangeiro? A resposta é que nada pode ser no passado ou futuro para criar a própria moeda; nem pessoas, nem objetos. É necessário não termos nenhum valor de verdade.

    Isso quer dizer, entretanto. que o valor das pessoas e dos objetos, pelos cálculos do déficit público é um eterno contrário do tempo, em que estamos nele, mas para nós mesmos somos intemporais.

    Qual obstáculo a sociedade irá encontrar “sem a sua extensão de valor” quando se aplica num todo definido: a produção? 

    Deve estar a espera de um amanhã nos EUA, o qual não explicará coisa alguma de domínio incerto, senão que simplismente a democracia pode fazer com que sejamos, através do seu dinheiro, o que ainda não somos no lapso do prolongamento do tempo. 

    Como podemos sair da situação de escravatura da exterioridade do valor – onde nos levam confirmados no pre-presente do déficit público, mas não somos nada na obscuridade em que o futuro muda o exemplo da realidade? 

    A doutrina do dinheiro precisa de estar num Ponto do Espaço-Tempo, no qual permite engendrar a extensão de valor daqueles que vivem a fazer a realidade da vida; e, pela memória de fonte, o reflexo do dinheiro é como um mero instante em que atos contirnuam a se repetir na duração do tempo (o espaço do devir a ser), para constituir o presente – do passado interior da produção – no futuro exterior, porque somos seres intemporais.

    O futuro herda o passado no eixo absoluto do tempo simultâneo.

    Como disse André Comte – Sponville: “O presente é o único lugar da ação, o único lugar do pensamento, o único lugar até da memória e da espera. É o Kairos do mundo (instante propício, o momento oportuno: o da ação), ou o mundo como Kairos – a realidade em ato.

  9. “Na medida em que boa parte

    “Na medida em que boa parte da inflação corrente é derivada do processo de correção gradual da taxa de câmbio,  é necessário reduzir o patamar da correção da taxa de câmbio para menos de 10% nominais ao ano, e a venda gradual de parte das Reservas cambiais seria infinitamente mais eficiente para controlar a correção da taxa de câmbio, que os aumentos dos juros da Selic.”

     

    Isto certamente desencadearia outro ataque terrorista por parte de GLOBBOELS como no inícío de 2013, e que infelizmente, provocou o recuo do governo Dilma na questão da SELIC. A Ana Maria Braga pode mais que a Dilma e o BACEN juntos.

    Afinal, o governo tem de agradar aos rentistas. Se for necessário, o governo não corrigirá a tabela de desconto do IRPF(62% de defasagem) nem acabará com o fator previdenciário. Alguém tem de pagar a conta, de preferência os mais fracos(trabalhadores e velhos).

  10. Vulnerabilidade do país se reduz sob o lulismo

    Pois é, no mês passado o Novas Cartas já adiantou o que as conclusões que o IEDI chegou. O blog publicou uma análise que destrinchou oito indicadores de vulnerabilidade, de três setores, para desmistificar a história de que “2014 será o ano da tempestade perfeita”. Sugiro a leitura: http://novascartaspersas.wordpress.com/2014/01/09/mitos-economicos-brasileiros-4-2014-sera-o-ano-da-tempestade-perfeita-no-brasil/

    Aqui vai um trecho:

    Mitos Econômicos Brasileiros #4: “2014 será o ano da ‘tempestade perfeita’ no Brasil”

    Apesar das profecias apocalípticas, indicadores de vulnerabilidade contra choques externos mostram que fundamentos macroeconômicos do país nunca estiveram tão sólidos

    (…) 2.1) Reservas/PIB. O primeiro sub-indicador de reservas internacionais mostra que nos seis anos entre 1995 e 2000, a tendência era de estagnação em níveis baixos ou leve queda, isto é, a situação era de grande vulnerabilidade, com tendência a piorar. Depois, apesar da leve recuperação em 2001 a 2003, a situação só melhorou de maneira consistente depois de 2005. Naquele ano, o nível das reservas era de 6,1% do PIB. Passou para 13,19% do PIB em 2007, até chegar em 16,8% do PIB em 2012. Resumo da ópera: por esse indicador, o Brasil está menos vulnerável agora do que no início da década passada (…)

     

  11. O grande mérito do governo

    O grande mérito do governo Lula foi reduzir o endividamento externo brasileiro. Num contexto como este descrito no texto, um país endividado seria percebido como mais vulnerável com todas as implicações decorrentes tanto externas quanto internas. O simples fato de não precisarmos de empréstimos para superar esta fase é um claro indicativo da saúde do país. Não precisamos nos desesperar, muito embora existam aqueles que, por razões eleitorais, apostem no desespero.

  12. A escuridão como nossa companheira inseparável

     

    Luis Nassif,

    Eu esperava um quadro mais didático. No entanto, considero que o texto apenas se lança sobre alguns pontos em que se parece dizer tudo, mas que não vão ao fundo do problema. Você diz, por exemplo, que “o estudo aponta problemas”. Não se diz quais são esses problemas nem o grau de gravidade que esse problemas possuem.

    E ao mesmo tempo que você diz que há problemas, você informa em seguida que há folga para correções de rumo. Que tamanho é essa folga e de quanto é essa correção do rumo não há nenhuma informação para poder esclarecer.

    Não culpo você por pouco acrescentar na sua análise. Em comentários que enviei para junto do comentário de Alexandre Weber – Santos – SP, junto ao post “O xadrez da economia para 2014” de sexta-feira, 14/02/2014 às 05:00, de sua autoria, ainda que eu esteja mais me referindo a inflação, taxa de juro, taxa de câmbio e reservas, eu avalio que a análise que se faz sobre a economia brasileira na sua relação com o exterior se consegue apenas tatear na escuridão.

    O endereço do post “O xadrez da economia para 2014” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/o-xadrez-da-economia-para-2014

    É de se reconhecer que no caso das contas externas é visível o aumento do déficit em transações correntes. O que não se sabe é como este déficit se apresenta com um câmbio a 2,4. Nos meses de janeiro e fevereiro sempre ocorreu uma queda nas exportações que reduzia o saldo comercial, quando o saldo era em torno de 1 bilhão de dólares mensais, para 0,5 bilhões de dólares. Reduziam, mas havia um saldo de 0,5 bilhões de dólares. De todo modo, o saldo negativo que estamos vendo nestes dois meses primeiros meses de 2014 é um sintoma de que as contas externas brasileiras estão em uma situação ruim. O que exatamente a expressão situação ruim significa é que parece que nós não conseguimos alcançar.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 16/02/2014 (Em Pedra Azul/MG)

    1. PrezadoOliveira
      É exatamente

      PrezadoOliveira

      É exatamente a falta de objetividade e de  discussões detalhadas pelo Governo e inteligência especialista brasileira no tema  que preocupa o cidadão contribuinte  .E que certamente  se faz com a intenção sórdida eleitoral (lembre-se o canalhismo do PSDB , durante 198 que perdeu em uma semana toda a reserva externa de quase 100 bilhões de dólaresà época)  .É que a coisa toda não tem rumo  e é feita nas coxas , usando o palavreado popular .O Brasil não tem inteligênciaTécnica autônoma neste tema .

      Mas me parece que a Presidenta é bem intencionada no trato da questão , mesmo sabendo que o setor do Inferno que comporta os Brasileiros está com a lotação esgotada e é majoritariamente formado por “Bem Intencionados “…

  13. Imagine o seguinte: O BACEN

    Imagine o seguinte cenário criado para especulação: O BACEN vende TODOS OS DIAS de câmbio o SWAP reverso, com compromisso de recompra minima coberta, pelo preço que vendeu o dólar no contrato anterior.

    Como isso garante o sucesso de ganho para o especulador e perda para o BACEN?

    O especulador sabe que pode apostar no preço mais alto a cada leilão e ganhar no aumento do dólar com aposta contra o real, porque terá sempre o BACEN por trás para ser o perdedor da valorização do real, no caso que vai pagar por cada escala de preços negativos do dólar.

    Esse INACREDITÁVEL BACEN é o pai da safadeza da especulação contra o país ou não?

    1. Alguém do mercado sabe informar:

      Qualquer pessoa pode comprar o SWAP REVERSO ou tem que ser os especuladores credenciados – tipo investidores nos títulos públicos?

  14. Crescimento, Pre-Sal e outras Lorotas

    India e Brasil sao a bola da vez…gracas aos desmandos do governo atual. Agora ate arrumar tudo de novo e ter uma nova onda de crescimento mundial pode demorar  mais de uma decada.

    Como os EUA estao demorando a voltar ao ritmo pre-2008 a China fica sem seu principal cliente e com isso nos que agora somos tier2 como satelite da China ficamos pior que os dois anteriores.

    Quanto a petroleo, pelo menos nos proximos 5 anos teremos um planeta inundado de oleo com aumento da producao americana que esta independente dos arabes HOJE, do Iraque que descobriu reservas maiores que a Arabia Saudita, dos Canadenses que estao construindo um oleoduto pra ligar os seus Oil Sands direto aos EUA, na Africa a producao aumentou, com a reducao do embargo do Ira vem mais oleo e nesse ambiente o barril deve variar entre85 a 105 dolares o  que inviabiliza qualquer investimento em aguas profundas que precisa de um preco muito maior para se dar retorno ao investimento, isso sem contar os riscos inerentes a este tipo de operacao.

    Aproveitem a viagem…

    1. O custo de extração e de refino da Petrobras

      RESULTADO DO TERCEIRO TRIMESTRE 2013
      Petrobras—Relacionamento com Investidores–Rio de Janeiro – 25 de outubro de 2013 – Petrobras divulga hoje seus resultados consolidados expressos em milhões de reais, segundo os padrões internacionais de contabilidade (International Financial Reporting Standards – IFRS).–RMF 3T13 (IFRS)pdf 28 páginas

      …….DESTAQUES FINANCEIROS

      (Lifting Cost sem participações governamentais (3T-2013 x 2T-2013): O indicador em dólar permaneceu estável. Desconsiderando os efeitos cambiais, o indicador aumentou 3% em função do aumento nos gastos com pessoal, decorrente do provisionamento do reajuste salarial e da gratificação contingente em negociação no ACT 2013.
      (Jan-Set/2013 x Jan-Set/2012): O indicador em dólar aumentou 8%. Desconsiderando os efeitos cambiais, o acréscimo de 15% decorreu do maior número de
      intervenções em poços na Bacia de Campos, devido ao PROEF (Programa de Aumento da Eficiência Operacional), da entrada em operação dos FPSOs Cidade de Anchieta (Baleia Azul), Cidade de São Paulo (Sapinhoá), Cidade de Paraty (Piloto Lula NE) e Cidade de Itajaí (Baúna), com custos unitários iniciais mais elevados, além do reajuste salarial concedido no ACT 2012 e do provisionamento do reajuste em negociação no ACT 2013.

      Lifting Cost com participações governamentais (3T-2013 x 2T-2013): O indicador em dólar aumentou 4%. Excluindo o efeito cambial, o indicador aumentou 6%,
      devido à variação do preço médio de referência do petróleo nacional, vinculado às cotações internacionais.
      (Jan-Set/2013 x Jan-Set/2012): Excluindo o efeito cambial, o indicador permaneceu estável. A parcela de Participações Governamentais, excluindo o efeito cambial, foi menor em 10%, devido à redução do preço médio de referência do petróleo nacional, em dólares, vinculado às cotações internacionais, e aos novos patamares das alíquotas de participação especial sobre os campos de Marlim, Jubarte e Barracuda, em decorrência da menor produção.

      (3T-2013 x 2T-2013): Aumento de 6% do indicador em dólar. Em reais, o indicador aumentou 17%, principalmente, em função do aumento dos gastos com pessoal, decorrente do provisionamento do reajuste salarial e da gratificação contingente, em negociação no ACT 2013.

      (Jan-Set/2013 x Jan-Set/2012): O indicador em dólar foi 9% menor. Em reais, houve aumento de 1%, devido, principalmente, ao aumento dos gastos com pessoal, em função do reajuste salarial concedido no ACT 2012 e do provisionamento do reajuste salarial em negociação no ACT 2013, compensados, em parte, pela maior carga fresca processada e pela redução dos gastos com manutenção derotina.
       

      —————————-

      (*)Não revisado pelo auditor independente.
      (7)No 1T-2013, o indicador gerencial Lifting Cost foi revisado, em aderência aos critérios internacionais de contabilidade (IFRS), para não mais contemplar os gastos com paradas programadas. Pelo critério anterior, baseado nos princípios contábeis norte-americanos USGAAP, os gastos com paradas programadas influenciavam o indicador no período de sua realização, ou seja, no momento do consumo do material ou da realização do serviço. Para manter a comparabilidade entre os períodos, a série histórica de 2012 foi ajustada de acordo com os novos critérios. Cabe ressaltar que essa adequação não trouxe efeitos para os procedimentos adotados na elaboração das demonstrações contábeis societárias e no cálculo do EBITDA da Petrobras, que já consideram os gastos de amortização das paradas programadas no grupo de Depreciação/Amortização, de acordo com o período de suas campanhas.

      (12)No 1T-2013, o indicador gerencial Custo do Refino foi revisado, em aderência aos critérios internacionais de contabilidade (IFRS), para não mais contemplar os gastos com paradas programadas. Pelo critério anterior, baseado nos princípios contábeis norte-americanos USGAAP, os gastos com paradas programadas influenciavam o indicador no período de sua realização, ou seja, no momento do consumo do material ou da realização do serviço. Para manter a comparabilidade entre os períodos, a série histórica de 2012 foi ajustada de acordo com os novos critérios. Cabe ressaltar que essa adequação não trouxe efeitos para os procedimentos adotados na elaboração das demonstrações contábeis societárias e no cálculo do EBITDA da Petrobras, que já consideram os gastos de amortização das paradas programadas no grupo de Depreciação/Amortização, de acordo com o período de suas campanhas.

    2. Participação do pré-sal na nossa produção é crescente

      Petrobras – Fatos e Dados—5 de fevereiro de 2014 / 14:33 Sem categoria

      Atualmente, a participação do pré-sal já atinge 17% no total de óleo que produzimos. Esse percentual vai mais do que dobrar até 2017, quando a produção do pré-sal será de 42% do nosso total de petróleo.

      Segundo nossa presidente, Graça Foster, em 2007, a perfuração de um poço no pré-sal levava em torno de 135 dias. Em 2013, a média passou a ser de 70 dias.

      “Temos uma redução de custo muito grande. Isso nos faz ficar mais competitivos. De 2008 até 2013, temos uma redução em torno de 45% do custo, do capital necessário para o desenvolvimento de uma boa parte do pré-sal”, afirmou a presidente no vídeo “2020 é agora”.
      URL:
      http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2014/02/05/participacao-do-pre-sal-na-nossa-producao-e-crescente/#sthash.URfIpBsL.dpuf

  15. Traduzindo…

    Nassif, que tal descer do palanque cansativo do economês, e das extensas citações de siglas quase que incompreensíveis, para uma tarduçaõ simples e direta, da atual situação das nossas contas externas, e traduzir tudo, em simples e poucas palavras, como por exemplo: Não estamos no melhor dos mundos macro-economicamente falando, porem estamos a anos-lúz, de um desequilíbrio, com relação a estas coordenadas, que ja is na história brasileira, estiveram tão sob contrôle, como agora ?   

  16. Uma resposta adequada a redução de compras de ativos pelo FED

    Creio que precisamos manter o atual processo  de correção gradual da taxa de câmbio, apenas limitando a correção em 10% nominais ao ano, para reduzir o impactos nos índices de inflação.

    Hoje as exportações estão ao redor de US$ 250 bilhões ao ano, o que  representa R$ 375 bilhões com o dólar a R$ 1,50 ou R$ 600 bilhões com o dólar a R$ 2,40, ou seja um aumento expressivo na remuneração em reais dos exportadores.

    Com a correção gradual da taxa de Cãmbio mais setores terão condições de exportar, além disso os investimentos para redução de custo  de produção estarão sendo incentivados, principalmente nos setores em que falta menos de 10% para se tornarem competitivos para exportar ou competir com a importações.

    A venda de parte das Reservas Cambiais além de afastar os movimentos especulativos, como a retenção de dólares por exportadores, e as compras antecipadas de dólares pelos importadores, limita os impactos da correção gradual da taxa de câmbio nos preços internos.

    Além disso, a correção gradual da taxa de câmbio, exige uma quantidade cada vez maior de reais para manter as importações, que estão ao redor de US$ 250 bilhões por ano, o que representa R$ 375 bilhões com o dólar a R$ 1,50 ou R$ 600 bilhões com o dólar a R$ 2,40.

    1. Vc está certo, mas devia ter começado muito antes

      Com a correção gradual da taxa de Cãmbio mais setores terão condições de exportar, além disso os investimentos para redução de custo  de produção estarão sendo incentivados, principalmente nos setores em que falta menos de 10% para se tornarem competitivos para exportar ou competir com a importações.

       

      Pois é, Roberto, o problema é que isso já deveria ter começado há mais tempo. Quanto mais a gente espera, mais ineficiente e caro esse procedimento se torna. Meu receio é que a hora que o pessoal quiser organizar uma saída honrosa a gente enfrente um estouro da boiada.

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