Alexandre de Moraes autoriza a quebra de sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro

Ministro também autorizou cooperação internacional com o FBI para que as movimentações no exterior do ex-presidente sejam apuradas.

Créito: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou nesta quinta-feira (17), a quebra de sigilo das contas de Jair Bolsonaro (PL) e se ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.

O pedido foi solicitado pela Polícia Federal (PF) na semana passada, a partir das revelações da investigação da Operação Lucas 12:2, que apura a formação de uma organização criminosa para vender presentes recebidos pelo ex-presidente.

Deputados da base governista também articulavam a quebra de sigilo do ex-presidente desde a semana passada. O requerimento seria votado na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas.

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, também terá o sigilo quebrado. Já o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid (pai de Mauro Cid), o advogado Frederick Wassef e o tenente do exército Osmar Crivelatti serão investigados pela PF.

Cooperação internacional

Moraes autorizou ainda o pedido de cooperação internacional feito pela PF para que as movimentações financeiras de Bolsonaro e Michelle sejam investigadas nos Estados Unidos pelo FBI para investigar as lojas em que foram vendidas as joias dadas de presente ao governo brasileiro.

As autorizações do ministro do STF sucedem as declarações do hacker Walter Delgatti na CPMI dos Atos Golpistas, em que o depoente confirmou o pedido do ex-presidente para que ele assumisse a responsabilidade sobre um grampo em Alexandre de Moraes.

Bolsonaro também pediu a Delgatti que invadisse as urnas eletrônicas ou o site de Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e exibir tais vulnerabilidades no 7 de Setembro e garantiu indulto ao hacker em caso de prisão, situação em que ele, como presidente da República, “mandaria prender o juiz”.

Também nesta quinta-feira (17), a defesa de Mauro Cid anunciou que o ex-ajudante de ordens vai confessar participação na venda ilegal de joias e presentes do governo e apontará Bolsonaro como mandante.

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Camila Bezerra

Jornalista

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