FHC e a hipocrisia da indignação com os boatos

 
Fim de governo, FHC sai com os mais baixos índices de popularidade da história. Tornou-se o saco preferencial de pancadas. Defendê-lo era tarefa inglória, mesmo para os seguidores mais empedernidos.
 
Viaja a Paris e um colega da Folha solta o boato de que tinha adquirido um apartamento na avenida Foch.
 
Apesar de ter sido um crítico permanente de sua falta de dimensão pública, saí em sua defesa, sabendo que o apartamento em questão pertencia à família do ex-governador Abreu Sodré, sogro de Jovelino Mineiro, parceiro e sócio de FHC em alguns negócios.
 
A defesa quase resultou em uma briga com este meu colega de Conselho Editorial da Folha, que divulgara o boato.
 
Tempos depois fui alvo de uma campanha difamatória da revista Veja, bancada por Daniel Dantas, estreitamente ligado a FHC. Surpreso com a virulência dos ataques, telefonei a FHC, na esperança que jogasse um mínimo de bom senso na cabeça infame de Roberto Civita.
 
Sua reação confirmou tudo o que sabia de seu caráter fraco. Esquivou-se alegando que conhecia apenas Eurípides Alcântara.
 
A campanha infame prosseguiu através do blog de Reinaldo Azevedo, atacando minha honra, minha família, de uma maneira vil.

 
Tempos depois entendi o que um assessor do ex-senador ACM me disse certa vez, para justificar o ódio que ele tinha de FHC: “Ele fala uma coisa pela frente. A gente vira as costas e ele está falando outra e semeando intriga”.
 
Fico sabendo que FHC foi o principal estimulador da mudança da linha da revista República, criada pelo Luiz Carlos Mendonça de Barros para tentar ventilar um novo programa para o PSDB. De defensora de um novo desenvolvimentismo tornou-se um  esgoto a céu aberto, emulando Veja nos ataques indiscriminados a adversários.
 
Quando a revista entrou em crise, FHC convidou cinco presidentes dos maiores grupos econômicos do país – Itau, Santander, Camargo Correia, Andrade e Gutierrez – para bancar a revista. O encontro foi na casa de Andrea Matarazzo, no Morumbi.
 
Dada a palavra ao novo redator-chefe, seu discurso radical espantou de pronto os candidatos a patrocinadores. Apenas a Camargo Correia ousou, valendo-se de seu caixa 2 para não deixar rastro. Mas o aval de FHC foi essencial para que o estilo esgoto passasse a ser o discurso padrão do PSDB.
 
Recentemente, dois funcionários  do Instituto Fernando Henrique Cardoso foram processados por espalhar boatos contra Lula. Não eram meros blogueiros pagos, mas pessoas da sua estrita confiança.
 
Ao se indignar com ataques que vem sofrendo da blogosfera, levantando novamente o boato do apartamento em Paris, FHC confirma dois dados objetivos: não tem apartamento em Paris; e também não tem caráter.
 
Que desminta os boatos. Mas demonstrar indignação é hipocrisia.
Redação

80 Comentários

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  1. A irracionalidade e a raiva

    A irracionalidade e a raiva da oposição a obriga a sustentar a imagem deste ogro chamado FHC.

    Os mais velhos, que viveram sob o fracassado governo do PSDB, querem distância de FHC (tucanos incluídos). Os mais jovens não o conhecem e não dão a mínima para o que a imprensa diz sobre ele. De fato, os jovens fazem sua própria imprensa e não podem mais ser tangidos pelas empresas de comunicação.

    A influência eleitoral de FHC é nula. De fato o mais provável é que ele prejudique qualquer candidato que se coloque ao lado dele.

    A imprensa, contudo, segue utilizando o ogro como se ele tivesse credibilidade. A sorte do Brasil é imensa. Espero que FHC viva 120 anos e siga sendo referência para a ex-grande imprensa até morrer.  

  2. Nassif,  solidarizo com seu

    Nassif,  solidarizo com seu sofrimento pela descoberta, que o efeito do tempo, ao contrario do que cremos, não solidifica as virtudes, e, me entristeço em ver um ser humano, após ter demandado tempo de sua existência na compreensão da sociedade humana, agir dessa forma. São pucos que entrarão para história, como Lula – esse senhor, pela sua postura já compreendeu que será simplesmente uma nota de roda pé.

  3. Volto a umas das minhas

    Volto a umas das minhas teclas preferidas, o outro fernando foi melhor para o Brasil do que este arrogante que não ouso mais sequer escrever o nome. Confirmo mais uma vez que o outyrop fernando também tem muito mais carater que esse detrito da maré baixa.

  4. Como Jânio de Freitas não é

    Como Jânio de Freitas não é propriamente um espalhador de boatos, o mais provável é que os donos do apartamento tenham cedido o imóvel a FHC. Doar, realmente, não faria muito sentido nem seria de modo algum conveniente. Mas FHC foi acusado numa festa, falam que por uma socialite visivelmente embriagada, de ter recebido o tal apartamento. O apartamento poderia ter sido cedido em usufruto permanente e total, apenas sem poder de alienação. E se agora ele fala que NÃo DETEM em seu poder nenhum imóvel em Paris, necessário se faz prestar atenção ao verbo – Deter. Talvez ele tenha devolvido ao dono de fato o apartamento por alguma insuspeitada razão. E se ele agora não ele diz que não detem é muito provavelmente porque já deteve, porque o verbo assim o sugere. E ele não conseguia explicar essa circunstância ao ser acusado de ter, porque explicar que detinha o imóvel – mas não o tinha – era quase tão díficil e embaraçoso quanto explicar que o tinha.   

    1. Por este mesmo usofruto..

      Por este mesmo usofruto (ou usofurto?), o Ceveró está sendo condenado a 7 anos de cadeia, mesmo ele tendo provado a compra do AP e o valor ser infinitamente menor que o da Av Foch.

  5. Eita! Até hoje “pensava” que

    Eita! Até hoje “pensava” que existia mesmo esse apartamento em Paris de propriedade de FHC. Devo desculpas ao ex-presidente. 

    Ou será que não, se considerarmos que ele também sustenta mentiras contra Lula e não se retrata?

  6. Lembrei da notícia que ouvi

    Lembrei da notícia que ouvi (não sei se verdadeira) que Mario Covas, já na sua ultima intenção antes de morrer,   se recusou a receber a visita de FHC.  Tudo porque o ex-presidente havia prometido para Covas a permanência do Banespa para o estado de São Paulo. Ocorre que FHC acabou liquidando e vendendo a parte boa para o Santander desprometendo.  Dizem que Mario Covas nunca lhe deu perdão por isso.

  7. Lula como ex-presidente é que tem caráter

    Realmente, falando em ex-presidentes, bonito foi acompanhar as diversas viagens de Lula logo após seu último mandato para África e América Latina bancadas por construtoras, como Camargo Correa e OAS,  hoje investigadas e condenadas na lavajato. Pura coincidência, afinal qual é o problema de um recem ex-presidente fazer consultoria para um bando de ladrões? 

    A carreira de ex-presidente do Lula aqui nunca foi discutida. Afinal ele nunca soube de nada, não é mesmo? As trapalhadas de FHC ficam pequenas…

    1. Em suas viagens mundo afora,

      Em suas viagens mundo afora, Lula contribui para divulgar positivamente o país; FHC faz xatamente o inverso. Não tem comparação, nem em relação ao caráter, muito menos em relação às tentativas de desenvolver o país.

      1. O problema é trabalhar para a

        O problema é trabalhar para a OAS e Camargo conseguir contratos na África e AL imediatamente após passar a faixa para a Dilma. O Lula ter aturado as construtoras durante o mandato: OK, era a realidade do momento, mas trabalhar para elas depois do mandato? Isto não é representar o Brasil, é representar bandidos, ganhando dinheiro sujo. Um ex-presidente nunca deveria se comportar desta maneira. Palestras na ONU, ganhar título na Sorbonne, visitar as vítimas de minas terrestres em Angola, isto sim é trabalho de ex-presidente. Agora voar em jatinho da OAS para fechar negócio em Moçambique, isto é coisa de porco capitalista, como já disse a banda Os Garotos Podres na década de 80.

    2. Blá blá blá…

      Mais um na linha do blá blá blá (ou seria nhen nhen nhen?) coxinha. Carátér ír por aí bancado por banqueiros como o Itaú, Santander e outros, falar mal do Brasil. Dá até tiro no pé, pois mês passado o Alckimin quis captar investidores para SP ele, o impoluto que defende desandou a falar mal do Brasil, realmente um exemplo de carater.

      Lula sempre defendu a internacionalização das empresas brasileiras, mas não fez lobby como o Sr diz, pois na grande maioria das vezes foram palestras sobre programas sociais e combate a pobreza (arre, que coisa mais mau carater, combater a fome e a pobreza..). O mais interessante é que seus ídolos neo-liberais, como americanos, ingleses, etc, fazem lobby descarado para suas empresas e vocês tecemo loas e boas por estes, mas aqui pelo visto, o bom é fazer como o Serra, o Aécio, o Fraga, que fazem lobby para estrageiras explorarem no Brasil, bom é defender a Chevron, a Hallyburton, etc.

      Enfim acho que essa fobia, este ódio, vai além da ideologia, vai além da falsa moral, é INVEJA MESMO.

      ‘LULA É O MAIOR LUTADOR CONTRA A FOME NO MUNDO’

      :

       

      Frase foi dita por Kenneth M. Quinn, que atuou durante 32 anos no Departamento de Estado norte-americano e hoje preside a World Food Prize Foundation, instituição que premia cidadãos que mais contribuem para o combate à fome no mundo; “Repartir o pão é o primeiro passo para construir a paz” disse Lula na 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma

       

      7 DE JUNHO DE 2015 ÀS 16:48

       

       

      247 – O ex-presidente Lula foi qualificado como “o maior e mais apaixonado lutador contra a fome no mundo” pelo norte-americano Kenneth M. Quinn, que foi embaixador dos EUA e trabalhou durante 32 anos no Departamento de Estado americano.

      Quinn hoje preside a World Food Prize Foundation, instituição cujo trabalho é premiar os indivíduos que contribuíram significativamente para o combate à fome no planeta. Na Itália, Lula teve atuação destacada na 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma.

      Leia, abaixo, reportagem publicada pelo Instituto Lula:

      Lula abre conferência da FAO e diz que fim da fome é essencial para a construção da paz

      O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abriu neste sábado a 39º Conferência da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, que reelegeu como diretor-geral da entidade o brasileiro José Graziano. A fala de abertura é conhecida desde 1958 como Conferência McDougall e foi instituída em homenagem a Frank L. McDougall, um dos fundadores da organização. Também participaram da cerimônia o presidente da Itália, Sergio Mattarella, a presidente do Chile Michelle Bachelet, o presidente do Mali, Ibrahim Keita, além de representantes dos 194 países membros da entidade.

      Em seu discurso, o ex-presidente citou outro brasileiro que colaborou com a FAO, o médico Josué de Castro, que estudou o problema da fome no mundo, e que cunhou a frase “fome e guerra são, na realidade, criações humanas”.

      Lula lembrou que 12 anos atrás havia 11 milhões de famílias na extrema pobreza no Brasil. E falou dos avanços feitos no combate à fome e miséria desde 2003, quando foi assumida essa luta como prioridade de governo. “Estamos vendo crescer a primeira geração de brasileiros que não conheceram o drama da fome”.  E que o exemplo brasileiro mostra que “é possível superar a fome”. Para isso é necessário incluir os pobres no orçamento público, e não tratá-los como estatística, mas como seres humanos.

      O ex-presidente citou a reunião, promovida pela FAO, Instituto Lula e União Africana em Adis Abeba (Etiópia), em 2013, quando foi assumido o compromisso de erradicar a fome na África até 2015. Compromisso este que foi confirmado pela Conferência de Chefes de Estado e de Governo da União Africana da União Africana em 2014.

      Lula criticou setores da imprensa e da sociedade brasileira que tiveram preconceito contra programas de transferência de renda. “Eu nunca pensei que dar comida aos pobres causasse tanta indignação.” O tempo mostrou, com os resultados na melhoria das condições sociais, que os críticos estavam errados.

      O Programa Luz Para Todos, criado pela presidente Dilma Rousseff quando era ministra, foi explicado para os diplomatas presentes. Além do desenvolvimento econômico trazido, o programa enfim permitiu que uma mãe tivesse o direito de ver seu filho dormindo, que uma criança tivesse o direito de estudar com o mínimo de conforto em sua casa.

      O ex-presidente também homenageou em sua fala três pessoas pelo papel que tiveram no combate à fome no Brasil: José Graziano, diretor-geral da FAO; Patrus Ananias, ex-ministro de Desenvolvimento Social e Combate à Fome e atual ministro do Desenvolvimento Agrário, e a ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello.

      “Repartir o pão é o primeiro passo para construir a paz” foi a mensagem final do discurso do presidente para a Conferência.

       

      TIJOLAÇO: PASADENA É “MAIS UM FACTOIDE PARA SE ESTUDAR NA FACULDADE”

       

      Jornalista Fernando Brito destaca “manipulação em vários níveis” nas reportagens sobre Pasadena publicadas neste sábado 6 pela imprensa, sobre reunião entre o ex-presidente Lula e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa; “Pasadena é um caso emblemático de manipulação, e que engolfou até mesmo a Dilma, que entrou no jogo da mídia”, diz ele

      6 DE JUNHO DE 2015 ÀS 14:04

       

      Por Fernando Brito, do Tijolaço

       

      Professores de jornalismo de todo o Brasil!

      Eis mais um caso para apresentar a seus alunos, sobre factoides políticos do jornalismo brasileiro.

      O Estadão publicou matéria dizendo o seguinte:

       

       

      É manipulação em vários níveis.

      Reparem no verbo “indica”.

      Não há informação nenhuma dizendo que a reunião entre Paulo Roberto Costa, então um diretor importante da Petrobrás (funcionário há décadas na estatal, diga-se de passagem, e que recebeu várias promoções na era FHC), e o presidente Lula tratou da refinaria de Pasadena.

      Por isso, o verbo usado é “indicar”.

      “Indicar”, no dicionário do jornalismo verdadeiro, significa exatamente o contrário: “não indica”.

      Porque no jornalismo verdadeiro não existe mulher “meio grávida”. Ou existem fatos ou não.

      Lula negou que a reunião tivesse sido sobre Pasadena. Essa é a única informação concreta.

      Olha só este parágrafo do Estadão, que modelo maravilhoso de manipulação babaca:

      “Conforme o documento obtido pelo Estado, o encontro entre Lula e Costa se deu em 31 de janeiro daquele ano, no Palácio do Planalto,exatos 31 dias antes de o Conselho de Administração da Petrobrás, na época chefiado pela então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, dar aval à aquisição de 50% da refinaria.”

      Exatos 31 dias…

      O que significa “exatos 31 dias”?

      E se fossem 32 dias, ou 27 dias, ou 54 dias?

      O que o fato de serem “exatos 31 dias” prova? Nada.

      Mas a expressão “exatos 31 dias” dá a impressão, e esse é o objetivo, de que a reunião entre Costa e Lula só podia ser sobre Pasadena, como se a Petrobrás não tivesse centenas de outros assuntos mais importantes a serem tratados.

      Estamos ainda no primeiro nível da manipulação.

      A Folha repercute a matéria, perdendo os escrúpulos. O verbo indicar é esquecido e lá vamos nós.

       

       

      Agora a coisa virou certeza. Parece brincadeira de telefone sem fio.

      A “auditoria” apenas tinha mencionado reunião entre Costa e o presidente, não havia falado sobre o que discutiram.  A Petrobrás, naqueles anos, estava fazendo as mudanças que resultariam na descoberta do pré-sal. Havia vários assuntos a serem discutidos com Paulo Roberto Costa e Gabrielli. Pasadena era a menor das preocupações da Petrobrás naquele ano.

      Essa é a manipulação em segundo nível.

      O terceiro nível da manipulação, que para mim é a pior de todas, vem do próprio relatório do TCU, um órgão profundamente politizado, que apontou um “prejuízo” de mais de 700 milhões de dólares na refinaria de Pasadena.

      Esse prejuízo foi meio que forçado pela pressão da mídia, que tratou, desde o início, a refinaria de Pasadena como uma “sucata velha” e a sua compra como uma coisa completamente inútil.

      Onde já se viu, a Petrobrás adquirir uma refinaria nos EUA?

      Na era FHC, a Petrobrás vendia suas refinarias para os EUA! Isso é o certo a fazer, na mentalidade colonizada de nossa mídia!

      Comprar refinarias? Aumentar o patrimônio da Petrobrás? Expandir seus negócios? Isso é crime!

      Esse prejuízo é uma manipulação, porque a refinaria está aí, dando lucro. A própria Folha, na época do escândalo, enviou uma repórter à Pasadena e descobriu isso. A matéria foi publicada no site, mas não no jornal impresso e nunca teve repercussão em outras mídias.

      Trecho da matéria publicada na Folha:

      “(…) a Pasadena Refining System Inc. (PRSI) teve, nos dois últimos anos, seu melhor desempenho desde 2005, operando com uma boa margem. Em 2013, o grupo de refinarias do qual ela faz parte teve uma média de 95% de aproveitamento.

      Consultada, a Petrobras diz que a refinaria “opera em plena capacidade –de 100 mil barris/dia– com resultado positivo”.

      O momento favorável é explicado pelo boom de produção do óleo não convencional leve, conhecido como tight oil, no golfo do México.

      Incrustada num “cinturão” de refinarias localizado às margens do Houston Ship Channel, canal por onde circula grande parte da produção do golfo, a Pasadena Refining System se beneficiou da grande oferta de óleo leve, de boa qualidade e –por enquanto– barato nos EUA.”

      ***

      Pois é, o petróleo continua barato nos EUA…

      Como é possível apontar o “prejuízo” pela compra de uma refinaria alguns anos depois da operação, sem antes aguardar que ela dê resultados, e sem avaliar a sua importância estratégica?

      Pasadena é um caso emblemático de manipulação, e que engolfou até mesmo a Dilma, que entrou no jogo da mídia, ao dar aquela declaração desastrada, de que “desconhecia os aspectos prejudiciais do negócio”.

      Não tinha  “aspecto prejudicial” nenhum. As cláusulas eram comuns e explicáveis pelo fato de que o interessado na compra era a Petrobrás, não a Astra.

      Com o fim do embargo econômico de Cuba, o porto de Mariel (construído pelo Brasil em Cuba), o novo canal do Panamá na China, as descobertas de petróleo no Golfo do México, a produção de petróleo de xisto no Texas, a refinaria de Pasadena passa a ser um ativo estratégico da Petrobrás, porque está situada no coração de tudo.

      Todas as pipelines que abastecem os Estados Unidos de gasolina e diesel se encontram em Pasadena.

      A mídia omite as informações. Parece que a Petrobrás comprou uma fábrica velha de reciclagem de papel na Sibéria.

      Não, Pasadena é uma refinaria situada no lugar mais nobre do mundo do petróleo, às margens do canal de Houston, Texas.

      ***

      Eu escrevi muitos posts sobre Pasadena. Procure no Google: Pasadena e Tijolaço ou Pasadena e Cafezinho.

    3. do melhor aluno do sociólogo!

      Gostaria ter sido convidado para a “trapalhada” da entrega da Vale, valor de mercado 45 bilhões de US$, e entregue para os amiguinho por 3 bilhões de dólares financiados com o meu dinheiro e a serem pagos na bacia das almas.

      Se não levou vantagem nesta trapalhada (olha como os gordos e emplumados tucanos definem a patifaria) e está a defender este coiso precisa voltar ao THC.

  8. E ELES TÊM OUTRA COISA???

    Uso as frequentes palavras do meu cunhado quando o assunto são os tucanos. Diz ele:  “rapaz, um partido que tem Aécio, FHC, Sampaio, Aloysio, Serra, Goldman etc .etc você quer o quê? Cadê o pessoal do PSDB que pensa? Estão de fora, com vergonha, vendo o partido esfarinhar”

     

  9. É o caráter

    O caráter das pessoas estão acima de suas opções políticas, ideológicas, filosóficas e religiosas. Se alguem não possui o primeiro nehum dos outros pode dar jeito na pessoa.

    Não sei com precisão, qual a origem do caráter nas pessoas, mas estou certo que não há qualquer relação de classe. Talvez esteja mais ligada a herança cultural familiar que é passada de pais para filh@s através da convivencia, do exemplo, do olhar.   

    Caráter é uma coisa que sempre faltou a FHC, e penso mesmo que ele sempre teve consciencia disso, substituindo essa ausencia pelo senso de oportunismo e “esperteza”, no pior sentido do termo.

    Sua história intelctual e política está repleta de exemplos de total ausencia dessa virtude, essencial para a convivencia entre cidaddão e a prática política. 

    Dois exempos amplamente divulgados:

    A apropriação de trabalho de socólogo chileno que embasou a sua princiapal obra literária, jamais admitida pelo mesmo, mas reconhecida por todos os intelectuais, conhecidos de ambos.

    Quando senador do PSDB, a corrida desesperada em direção ao governo Collor em busca de um ministério qualquer em troca do partido. Foi contido por Mário Covas.

    O homem é um lixo.

     

  10. Vai ver que é coisa do Carlos Sampaio…só rindo

    Publicado em 09/06/2015

    Apt. de FHC em Paris. 
    Culpa do Lula e do Janio

    Jovelino “herdou” o apartamento de Paris e a fazendola do FHC em Buriti.

    Não é dele, mas é como se fosse

     

     

    O Conversa Afiada reproduz post do Diário do Centro do Mundo:

     

    FHC NEGA TER APARTAMENTO EM PARIS E ATRIBUI A LULA NOTÍCIA DADA POR JÂNIO DE FREITAS

    No facebook, FHC negou ser dono de um apartamento em Paris.

    Ele acusou Lula pela “vilania”, mas nas redes sociais circula um texto que mostra que a informação foi publicada pela primeira vez por Janio de Freitas, na Folha, em 2003. FHC, nestes anos todos, jamais desmentiu Jânio.


     

    Em tempo: Jovelino Mineiro, amigo/irmão de FHC, é genro de d. Maria do Carmo Sodré, que foi casada com o governador de São Paulo, da UDN/Arena, Abreu Sodré, fundador da OBAN, governada pelo Coronel Ustra, que hospedou Dilma Rousseff.

     

    1. Falsa

      Essa foto da nota da Mônica Bergamo é montagem.

      Fui no site da Folha de São Paulo, ela não existe na data de 15/nov/2011.

      E para ter certeza que é fraude, basta verificar que 15/nov/11 foi terça-feira e não domingo, como a foto mostra.

       

  11. Patético

    Para os que viveram os anos do governo FHC, sabe o quão patético é este Sr. vir a público e vociferar um pouco mais de suas asneiras. Escrever umas poucas linhas a mais e tentar comentar então seus arquivos, não é mais senão continuar a dar razões a um tartufo e aos bajuladores de sua “obra”.

  12. Seu colega da Folha, solta

    Seu colega da Folha, solta boato, que ele tem apartamento em Paris?. Processa o jornalista e a Folha. Mas o cacique touro deitado, sem coragem de atacar a poderosa imprensa, agora resolve se defender atacando Lula e os blogs, acusando-os de Lulopetistas. Fala sério.  

  13. FHC, Serra, Aécio, Alckmin…

    Essa cambada de incompetentes falastrões só tem espaço no Brasil por conta da sustentação incansável da mídia.

    Aécio nunca fez nada na vida. Só não trabalhou menos que os filhos de FHC. Serra destruiu e destroi tudo que lhe passa pela frente – incluindo a própria reputação e o partido que ajudou a criar.

    Alckmin é um administrador desastroso, pintado como grande gestor pela imprensa. Nem a falta d’água em Sampa, a USP se dissolvendo e o tamanho pífio do metrô de São Paulo convencem o paulistano do contrário.

    FHC é tido como o “príncipe dos sociológos” só aqui no Brasil mesmo, e ainda assim graças a seus bajuladores da mídia. A última coisa relevante que produziu em termos acadêmicos deve ser mais velha que eu (nasci em 1971). Como presidente foi o desastre que conhecemos. Como líder da Oposição é o pai do esgoto de ideias. Em suma, um nada elevado à condição de líder…

  14. Tartufo,

    .. o célebre personagem que dá nome a uma das grandes obras da dramaturgia universal, prega uma coisa e faz outra. Encarnando o discurso da moralidade e os valores, cultiva a representação e a aparência.  Deve ser por essa fabulosa capacidade e por esse fabuloso trânsito editorial que obteve um assento imortal nas nossas letras.

  15. Vai para o Guiness

    Deve ser a milionésima entrevista, declaração, ventosidade ou eructação do FHC este ano! E tudo o PIG publica e atesta e complementa. 

    O Brasil tem uma imprensa orwelliana, um Judiciário kafkiano, acadêmicos da ABL) iletrados e pusilânimes, um cargo vago de Ministro da Justiça, um partido masoquista (PT)… Tá difícil!…

      1. É verdade… é muito

        É verdade… é muito engraçada nossa Academia Brasileira de Letras, a famosa ABL… FHC, Sarney, Merval, ACM, Marco Maciel… O palhaço Bozo não faria melhor…

        Tem escritor de verdade se revirando no tumulo…

  16. ele não tem apartamento.

    ele não tem apartamaento em paris e o governo pt é que é corrupto. assim disse fhc. mora lá, mas não é dele. outros pagam a despesa, qjuer apostar?

    é um expoente da hipocrisia,

    só de não ter vergonha de quem é, já é alguma coisa.

  17. Não sei se FHC tem ou não um

    Não sei se FHC tem ou não um apartamento em Paris, mas tenho certeza que ele é um dos personagens mais nefastos que esse país já produziu.

  18. Adoro

    Adoro post sobre fegacê, o vice….viiiiiiiiiixe! de ÇERRA45 em 2038.

    O povo bate sem dó. 

    Eu acho pouco, porque ele merece apanhar muito mais.

  19. Ele ja’ explicou?

    Ele já explicou como comprou sua releição para o netinho? (Espero que não, o garoto não tem nada com isso e poderia se traumatizar.) O Lula não deveria  ter dito isso, mas já que disse…

    e o filho da jornalista do globo que um diretor do globo lhe foi anunciar que era seu, e, anos depois, descobriu que foi enganado pela jornalista e também enganado pelo “amigão” diretor do globo? foi chantagem?

    Perguntas que merecem respostas.

  20. 7% de Dilma é que é histórico!!!

    Só para lembrar, Chico Buarque tem apê em Paris. Mesmo que não tivesse, se FHC tivesse um, não seria crime.

    1. HÃ???

      O que o Chico tem a ver com isso ? Ele sempre ganhou muito dinheiro com shows, venda de discos, livros, direitos autorais. É outra história.

      Se o FHC conseguiu multiplicar o salário de professor, a aposentadoria de ex-presidente, cachês como palestrante , ok, ele é tão bom investidor que conseguiu comprar um apartamento com  o m2 mais caro do planeta com essa renda. Como ele é um homem fino, não tem problema, não?  Faz parte do seu padrão. Já o Lula não pode, de forma alguma, comprar uma cobertura em São Paulo que vira escândalo. Ai, meus sais…

    2. Histórico é “1 milhão” da

      Histórico é “1 milhão” da paulista! e os “10 pontos” de vantagem de Aecio no segundo turno!

      deixa de se fazer de desentendido 7%?ela está no inico do 2 mandato sofreu uma ataque sem procedentes da midia tupiniquim,inventando ou amplificando qualquer deslize seu.

      O FHC simplesmente terminou seu mandato com os 12%,mesmo após toda carga de viagra midiatico que seu 2 mandato recebeu!

      E quem é voce reles mortal para blasfemar contra o Chico Buarque! o deus do amor e do s….

    3. Endereços

      Acredito que o ex-presidente não tem mesmo um apartamento na Avenue Foch. Se tivesse, embora a posse em si não fosse crime,  haveria muitíssimo o que explicar, Calvin, pois ser proprietário naquele endereço de multimilionários não é para qualquer um professor universitário brasileiro, mesmo ex-presidente da República. Todavia, como integrante do partido isento, por ordem divina, de investigações, quanto mais, condenações, também não precisaria explicar nada. Antes que esqueça, não consta que o grande Chico Buarque tenha exercido algum cargo público. Sim, e também não consta que o ex-presidente Lula tenha, alguma vez, perdido seu precioso tempo a falar do patrimônio de FHC, como pretendo esse último, talvez por ideia fixa..  

  21. O Jânio de Freitas já desmentiu?

    Folha de S. Paulo, 12 de janeiro de 2003, página A7, Coluna de Janio de Freitas

    O endereço
    Janio de Freitas

    Data imprecisada, ou imprecisável, e não recente. Fernando Henrique Cardoso, no uso de toda a simpatia possível, discorre para os comensais suas apreciações sobre fatos diversos e pessoas várias. De repente, intervém a mulher de um brasileiro renomado, há muito tempo é figura internacional de justo prestígio, ministro mais de uma vez, com importantes livros e ensaios. Moradores íntimos de Paris por longos períodos, mas não só por vontade própria, constam que nela nada restringe a franqueza. Se alguém na conversa desconhecia a peculiaridade, ali testemunhou um motivo para não esquecê-la:

    “Pois é, mas nós sabemos do apartamento que Sérgio Motta e você compraram na Avenue Foch.”

    Congelamento total dos convivas. Fernando Henrique é quem o quebra, afinal. Apenas para se levantar e afastar-se. Cara fechada, lívido, nenhuma resposta verbal. A bela Avenue Foch, seus imensos apartamentos entre os preços mais altos do mundo, luxo predileto dos embaixadores de países subdesenvolvidos, refúgio certo dos Idi Amim Dada, dos Bokassa, dos Farouk e, ainda, de velhos aristocratas europeus.

    Avenue Foch, onde a família Fernando Henrique Cardoso está instalada. No apartamento emprestado, é a informação posta no noticiário, pelo amigo que passou a figurar na sociedade da fazenda também comprada por Sérgio Motta e Fernando Henrique Cardoso, em Buritis. Avenue Foch é ela que traz de volta comentários sobre a historieta, indagações de sua autenticidade ou não, curiosidade em torno do que digam outros possíveis comensais.

  22. Apartamento eu não seu se ele

    Apartamento eu não seu se ele tem (até acho que deve mesmo ter), mas filho na Wuropa sabe-se que ele não tem, pois o filho é de outro. Ele tão somente se apossou do filho, assim como deve ter apenas utilizado o apartam,ento…

  23. Naquele filme “Conspiração”,

    Naquele filme “Conspiração”, com Kenneth Brannagh fazendo o papel de Heydrich e Stanley Tucci o de Eichmann, tem uma cena no final que eu me lembro cada vez mais.

    Após a reunião em que decidem a operacionalização da “solução final’ Heydrich rememora uma conversa que tivera com um dos representantes civis do reich ali presentes em um intervalo da reunião.

    Ele contara a história de um sujeito que amava muito a mãe e odiava o pai. Com a morte da mãe ele ficou de fato muito triste. Mas com a morte do pai ele entrou numa crise de choro desesperada.

    Então ele explica pros interlocutores que ainda não entendiam o sentido: quem vive pra odiar e odeia por uma vda inteira, quando o objeto do ódio se vai a própria vida perde o sentido.

    Pois é nisso que estão se tranformando a imprensa e a oposição (e os seus teleguiados): estão reduzidos a um antipetismo vazio, irracional e vulgar.

    É evidente que FH jamais engoliu as vitórias eleitorais de Lula e PT. Elas foram conquistadas por-cau-sa do fracasso dos governos tucanos. Por isso estão tão sedentos para derrotá-los a qualquer custo…

    … E a campanha já “começou”. Coloco entre aspas porque do meu ponto de vista ela não tem fim nunca.

  24. Só” nóis”? E os outros?

    Essa história do FHC estar indignado por dizer que há boato de que ele é dono de uma partamento em Paris, de forma que foram atribuídas aos petistas estas afirmações, lembra-me outros boatos.

    É estranho – muito gritado nas redes sociais: O Friboi é do filho do Lula!

    Esta história de Friboi, seria coisa de petistas também?

    E, segundo o Brasil 247 brasil, edição de 6 de abril, o filho do Lula está interpelando o prefeito de São Carlos do PSDB, que teria dito, no facebook, que ele, Fábio Luis Lula da Silva,  era sócio do Friboi. Afirmações como esta são coisas de petistas?

    Dizem as línguas ferina, como se pode ver na internet, que o filho de Lula estaria comprando a mega fazenda Fortaleza, o que foi desmentido pelo seu proprietário. Seria isto também coisa de petistas, revoltados com Lula?

    Puxa, ainda, o filho do Lula teria até uma mansão – coisa de petistas também?! –  mostrando, na internet, uma mansão que nada mais nada menos é a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo. Também deve ter sido petistas que inventaram tudo isto.

    Ora, se Lula pode ter uma mansão, se o filho do Lula pode ser dono da Friboi e da Fazenda Fortaleza, por que FHC não poderia ter um apartamento lá em Paris?

    Ora, por que tanta indignação para boatos, atribuídos aos petistas?

    Só “nóis”?

    E os outros?

     

  25. Epitáfio para FHC: Aquele que

    Epitáfio para FHC: Aquele que foi sem nunca ter sido.

    Foi pai, pero no mucho; foi proprietário de um ap, pero no mucho; foi presidente do Brasil, mas não foi brasileiro; foi teórico, mas não foi o autor de sua teoria mais famosa; foi exilado, pero no mucho; foi esquerda, pero….. 

  26. No popular, papo de

    No popular, papo de botequim.

    Fazer comentário sobre o que disse FHC é bater palmas para maluco, ou se preferirem, fazer o mesmo para bêbado dançar.

  27. Imaturo em corpo de velho
    Para quem disse que prefere perder o amigo e não a piada, esse senhor já demostrou o tamanho da sua imaturidade .

  28. Hipótese

    Hipotese: ele havia se apropriado de apartamento de outrem e ficava feliz quando diziam que era seu (mais feliz ainda porque quem pagava a manutenção e o “condomínio” era o outro); agora, posto para fora pelo real dono, cansou, ele aproveita para denunciar a “ofensa” de que diziam era seu. 

    Se parar de usar o apartamento a hipórese é verdadeira. Esperemos. fhc é craque!

  29. Efeagasse

    Deixou de ser um patife para também hipócrita e sem carater.

    Como podem dar ouvidos a essa figura deprimente lendo o seu texto prá lá de ridículo.

    Tudo do que reclama é simplesmente o que seu partideco faz 24 horas por dia.

  30. Um gênio dos negócios.

    Quando FHC se candidatou a primeira vez a senador, o fez em uma sublegenda com Franco Montoro, se não me engano foi em 1978. Na época o que soube de FHC é que era um professor da USP que possuia um apartamento de classe média em Higienópolis e um sítio em Ibiuna. Compatível com a sua condição.

    Ao terminar o 2º governo, 24 anos depois, FHC tinha outro padrão de vida, muito superior. A começar pelo apartamento de luxo adquirido enquanto estava na presidência. Mas não só.

    Como alguém com os rendimentos dos cargos políticos que ocupou mais a aposentadoria de professor universitário, parte já compremetida com uma pensão alimentícia paga em euros, consegue tornar-se sócio de um milionário da ordem de Jovelino Mineiro?

    Com quanto FHC entrou na sociedade da fazenda em Buritis?

    A conta, se fecha, precisa ser explicada.

  31.  
    … ‘O Príncipe da

     

    … ‘O Príncipe da Privataria Tucana’ poderia aproveitar o ensejo e desmentir que “não colocou a amante jornalista para fora do gabinete aos berros de ‘Rameira, rameira, rameira'”!

    E que não chamou os aposentados de vagabundos!

    E desmentir o mesmo Janio de Freitas: “FHC comprou a reeleição.”

    (…)

    O VÍDEO COM AS DECLARAÇÕES HISTÓRICAS E CABAIS DO CONSPÍCUO JORNALISTA JANIO DE FREITAS

    “Eu acho esse episódio [o da compra da reeleição] gravíssimo, gravíssimo! Esta, sim, é uma compra atestada, provada, comprovada e confessada. Fernando Rodrigues obteve e publicou na ‘Folha’ a confissão de quem recebeu o dinheiro…”

    https://www.youtube.com/watch?v=K6joVubZdwA

     

        1. Exato, Malu! E obrigado por

          Exato, Malu! E obrigado por trazer a frase correta.

          Os adversários petistas distorceram a frase do FHC e hoje muita gente acredita que ele chamou os aposentados de vagabundos, como o Messias aí de cima. Na verdade, ele se referiu apenas aos que se aposentam com menos de 40 anos em um país pobre como o Brasil.

           

  32. “A mais linda MERCEDES azul” já vista pelo ex-ministro de FHC

    O pobre professor exilado no Chile de Allende (estaria lá a serviço da Companhia?) desfilava numa Mercedez-Benz azul, tinindo de nueva. De acordo com Francisco Weffort, seu ministro, “a mais linda Mercedez azul que já vira na vida!”

    Eu mesmo a vi sendo dirigida pelo sorridente fernadinho num documentário sobre ele próprio (FHC), que lamentavelmente não recordo o nome (alguns filmes foram feitos com dinheiro da Ancine, tecendo loas à figura).

    O cara já era traira bem de vida desde sempre. Dizem que até parentes declaradamente “não confiavam nele”.

    Como sempre tentou destruir a imagem de Getúlio (e do Brasil), das duas uma:

    Ou traiu até o pai, um militar ligado a Getúlio.

    Ou aprendeu a ser traíra com ele.

  33. Sinto pena desse

    Sinto pena desse maria-vai-com-as-outras. É facílimo comprá-lo por conta da fissura moral da vaidade… poderia ter-se aposentado com dignidade tanto da política quanto da academia, mas não: vai penar até o seu último suspiro, cercado de aproveitadores puxa-sacos, moças bonitas, pseudointelectuais e taças de champanhe. E exceto pelos aproveitadores puxa-sacos, não será lembrado senão pela figura péssima, retraído, com os ombros caídos, as mãos (e o rabo) entre as pernas, tomando “tôco” de Bill Clinton…

    Faltou-lhe, em vida, fibra moral mesmo…

  34. Parabenizar Nassif

    Maravilha Nassif, termos  voce para enfrentar este embuste, “Aquilo” bem que poderia  ir morar no  tal  apartamento para se respirar  verdade neste pais.

  35. Que homem asqueroso esse FHC!!!

    Depois que chifrou a Ruty  com a copeira do senado segundo o  ex porta vóz do collor, Claudio Umberto,  e com a Miriam Dutra da Globo, falar o que mais de um homem desse?chutar cachorro morto que sobrevive  na midia por falar mal do Lula!!!

  36. É redundância falar da hipocrisia de Fernando Henrique Cardoso

     

    Luis Nassif,

    Que dois grandes jornalistas quase cheguem às vias de fato (seja lá o que isso queira dizer) na redação do que provavelmente já era na época o maior jornal do Brasil por discordarem sobre a posse ou propriedade de um apartamento na Avenida Foch pelo já então ex-presidente do Brasil, mostra o nível na redação dos nossos jornalões.

    Qual a importância de Fernando Henrique Cardoso ter ou deter um apartamento na Avenida Foch em Paris? Ou aproveitando a semelhança da situação poderia perguntar qual a importância de Joaquim Benedito Barbosa Gomes Barbosa ter um apartamento em Miami? Nenhuma. Vira notícia e causa briga entre jornalista pela absoluta inconsistência das pautas do nosso jornalismo. E que se considere que provavelmente este não é um problema só do jornalismo brasileiro.

    A bem da verdade talvez se possa usar esta questão de um apartamento no Brasil ou no estrangeiro para mais bem avaliar os efeitos na economia de se comprar apartamentos no exterior e não no Brasil.

    Vamos supor que um cirurgião plástico muito bem remunerado tenha pago em dia seus impostos e com muito dinheiro no bolso resolveu comprar um apartamento na Avenue Foch, em Paris. Já um funcionário público trabalhando em uma estatal tenha como fruto da corrupção comprado um apartamento na Vieira Souto ou em outro lugar no Brasil. Quem foi que causou mais mal a economia brasileira. O cirurgião escorreito ou o funcionário corrupto. O funcionário corrupto teria gerado empregos para brasileiro e portanto ele foi menos ruim para o país vão dizer alguns. E se for descoberto ainda vai ter que devolver dinheiro para o erário.

    Só que se pode alegar que ao se mandar dinheiro para o exterior, se pressionou para desvalorizar a moeda nacional e assim insuflar a nossa produção nacional que seria com o real desvalorizada mais competitiva diante do produto importado. E já o corrupto que aplicou no Brasil vai com a compra que ele fez aumentar a inflação no pais e com isso valorizar a nossa moeda e com isso dificultar a nossa produção industrial.

    Enfim até sob o ponto de vista econômico a discussão é pouco conclusiva, que interesse teria então em fazer a discussão sob o aspecto cultural ou político, ou seja, lá sob que aspecto onde não parece haver efeito nenhum?

    Bem, talvez essa questão do apartamento na Avenida Foch pudesse ter tido alguma importância cultural. No domingo, 2 de outubro de 1994, véspera do primeiro turno da eleição que aquela época realizava em três de outubro, a Folha de S Paulo publicou no seu suplemento dominical Mais quatro peças teatrais supondo que os quatro candidatos à presidente da República: Fernando Henrique Cardoso, Lula, Leonel de Moura Brizola e Eneas tivessem sido derrotados.

    A peça que eu mais gostei foi a de Gianfrancesco Guarnieri tratando da derrota de Leonel de Moura Brizola. Na peça talvez Leonel de Moura Brizola tenha aparecido maior do que talvez tenha sido. Na minha avaliação ficou um elogio merecido tanto pelo retratado como pelo autor da peça. Marcos Caruso e Jandira Martini fizeram a peça sobre Lula.

    A peça de Eneas fora escrito por Plínio Marcos e deixou muito a desejar. A peça retratando a derrota de Fernando Henrique Cardoso que de fato já se sabia que não ocorreria fora escrita por Mauro Rasi. Na época eu a achei muito fútil. Depois relendo é que eu vejo que ela conseguiu retratar Fernando Henrique Cardoso com muita fidelidade.

    Havia, e às vezes me parece que ainda há, mas não se o consegue encontrar mais via Google, um site em Portugal que disponibilizava todo o texto da Folha de S. Paulo. De lá uma vez eu copiei a peça de Mauro Rasi. Primeiro há a seguinte informação sobre a peça sobre a derrota de Fernando Henrique Cardoso: “A peça de Mauro Rasi sobre a derrota de FHC será lida pelo autor e pela atriz Vera Holtz”. E, em seguida, após uma breve apresentação de Mauro Rasi, aparece lá no site o seguinte texto:

    Primeiro reproduzo a breve apresentação sobre Mauro Rasi:

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    “Mauro Rasi nasceu em 1950 em Bauru (SP) e vive no Rio há 18 anos. Em 1963, assistiu a conferência de Sartre e Beauvoir em Araraquara (SP), que eram ciceronados por Fernando Henrique Cardoso.

    Sua primeira peça, “A Massagem”, estreou em São Paulo, em 1971. Em 1973, montou “Ladies da Madrugada”, estrelada por Patrício Bisso.

    Em 1987, a partir de “A Cerimônia do Adeus” (prêmio Molière de melhor autor teatral), Rasi rompeu com o “teatro besteirol”, ao qual estivera ligado no início dos anos 80. Em 1989, montou “A Estrela do Lar “e, em 1992, “Baile de Máscaras” (pela qual recebeu quatro prêmios Molière). Por estas peças, recebeu ainda os prêmios Shell e Mambembe. Em 1993, estreou “Viagem a Forli”.

    Sua nova peça, “Pérola”, estréia no próximo dia 6 de janeiro, no Rio, com a atriz Vera Holtz”.

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    E a seguir transcrevo o texto tal qual ele se encontrava lá no site português:

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    “MAURO RASI

    Especial para a Folha

    Vamos voltar para Paris; Sorbonne, aqui vou eu de novo…

    Eu sou ateu! Sou ateu! Não acredito no Espírito Santo nem na Virgem Maria; eu vi `Je Vous Salue Marie’ três vezes! Eu adoro Godard!

    FHC – Perdi!

    Ela não ouve. O som do pagode está alto: “Toda vez que eu chego em casa, a barata da vizinha tá na minha cama…” Ele dá um pontapé na vitrola. Ela abaixa o livro, tira o tapa-ouvido e olha espantada para ele.

    FHC – Perdi, Ruth! Perdi!

    Ruth – Graças a Deus! (Salta do sofá) Chega de fingir! Vamos voltar a ser o que éramos, digo, o que somos, o que sempre fomos: intelectuais refinados. Sabe há quanto tempo não vou a um concerto, a um vernissage? A um balé? Desde que você se meteu com esse maldito PFL…

    FHC – Não me jogue na cara… não me faça sentir ainda mais culpado do que já estou.

    Ruth – Nunca vou te perdoar, Fernando; permitir que aquele baiano horroroso redecorasse a nossa casa, o nosso (com sotaque francês) “studiiô”!! Olha o que ele fez! Me obrigar a dormir em rede –estou toda desconjuntada. Até a garrafa de Pernod ele trocou por uma de 51!! Meteu essas horríveis talhas na parede… (Arranca as telhas) esses quadros de queimada!! Nunca pensei que ia ter um romance do Sarney na minha estante…(Chora) Nossos livros!.. ele queimou tudo! (Mostra o livro que estava lendo) Salvei esse Lévi-Strauss aqui porque meti ele dentro dessa capa falsa da autobiografia do Gugu Liberato. Senão, aquele nazista baiano teria queimado também.

    FHC – Sinto tê-la feito passar por tudo isso, querida… Para compensar todo o seu sofrimento, chegando em Paris você pode ir direto à Maspero, à Gallimard, à Presses Universitaires e comprar o que você quiser, eu prometo. Pode refazer a sua estante que eu pago! Me penitencio de ter obrigado você a jogar tudo fora e ficar só com Barbara Cartland, J.G. de Araújo Jorge, Sidney Sheldon, Darcy Ribeiro, Adelaide Carraro…

    Ruth – Me obrigar a apertar a mão de gente como Ronaldo Caiado, Jorge Bornhausen, Hugo Napoleão, Jacinto Figueira Júnior –”o homem do sapato branco”!!! (Surtando) Tô com as mãos mais sujas que as de Lady Macbeth! (Corre até o lavabo e tenta lavá-las, cantando a ária “Una macchia è qui tuttora”, do “Macbeth” de Verdi) “Una macchia è qui tuttora… via, ti dico, o maledetta! Una… due… gli è questa l’ora! (Esfrega desesperadamente as mãos com água e sabão).

    FHC – Ruth, por favor, não me vá enlouquecer agora. Não pira, não, hein! Prometo que daqui pra frente tudo vai ser diferente, você só vai apertar a mão de gente politicamente correta.

    Ruth – Promete nunca mais me levar pra jantar na casa da Ruth Escobar? Eu tava emagrecendo… mais um pouco e você ia ter a companhia de outro Modigliani na campanha, além do seu vice.

    FHC – Arrume as malas e vamos voltar pra Paris!

    Ruth – (Sonhadora) Paris!… (Tem um pressentimento) Mas vê se lá não me vai se meter com o Le Penn, hein, fazer acordo com o Jacques Chirac. Graças a Deus o Monseigneur Léfèvre está morto, senão você ia se aliar a ele só pra me torturar.

    FHC – Pare com isso. Temos que ficar unidos na adversidade.

    Ruth – Me responda uma coisa. Sem mentir.

    FHC – Diz.

    Ruth – Você sentou na cadeira do Itamar, não sentou?

    FHC – (Constrangido) Como é que você pode pensar uma coisa dessas?

    Ruth – Não minta, Fernando. Sentou ou não sentou?

    FHC – Dei só uma sentadinha rápida… ninguém viu.

    Ruth – Eu sabia! Quantas vezes eu te disse que eleição é que nem casamento: o noivo não pode ver a noiva vestida antes da cerimônia! Mas você não pode ver um trono que já vai logo metendo o traseiro…

    FHC – (Chocado) Ruth! Isso é linguajar de uma antropóloga?

    Ruth – É de tanto ouvir pagode. Acho que estou ficando influenciada…

    FHC – Está tudo bem, querida. Tudo vai voltar a ser como antes. Vamos levar uma vida normal, sem essas aberrações! (Quebra o disco de pagode)

    Ruth – Não aguentava mais Dicró, Negritude Júnior, a Banda Mel, Martinho de Vila, o Fundo de Quintal…

    FHC – Quebra! Quebra tudo, Ruth! Joga tudo fora, joga essa porcariada toda no lixo! Alcione, uaaauu! Que Alcione, o quê! Quebra tudo! (Quebram os discos) Raça Negra… eu, hein! (Ruth rasga o pôster de Benito de Paula) Vamos limpar esse apartamento, dedetizar bem e alugar por temporada. Em real, mesmo. Vamos voltar para Paris. Sorbonne, aqui vou eu de novo.

    Ruth – (Cantarola, felicíssima) “I love Paris in the spring, in the summer… in the winter…in the…” Vamos por a Juliette Greco para comemorar (procura)… Cadê a Juliette? Será que aquele baiano safado quebrou? (Descobre o disco quebrado) Olha aqui, Fernando. Não disse que ele tinha quebrado, quando deu uma geral aqui em casa?

    FHC – Você compra outro, querida.

    Ruth – (Inconsolável) Mas esse tinha dedicatória, né?

    FHC – Lembra dos meus mocassins italianos? Ele fez um furo na sola de cada um.

    Ruth – Oh, malvadeza! Deixa eu gritar. (Corre pra janela e grita) Baiano nojento! Tipinho ho-rro-ro-so!!

    FHC – Disse que pegava bem, que o eleitor do Norte gosta, que eu podia usar, mas só furado. E obrigava os fotógrafos a tirarem as fotos de baixo para cima, pra pegarem o furão na sola. Por isso é que eu ficava com aquele cara expressionista, parecendo o Vampiro de Dusseldorf.

    Ruth – (Consolando) Deixa pra lá. A gente faz meia-sola. Você não é nenhuma Imelda Marcos pra dispensar eles. E, depois, salário de professor da Sorbonne não é salário de presidente do Brasil. Que que eu faço com essa carranca do São Francisco? Essas colchas do Jequitinhonha? Devem estar com lepra.

    FHC – Vamos levar pra madame Bernard-Henry Lévy… francês se amarra nessas coisas. Se ela não quiser a gente usa como lenha na lareira. (Farejando) Hum, que cheiro horrível. É enxofre?

    Ruth – É a Lucimar que tá preparando a sua buchada de bode.

    (Correm até a cozinha. A empregada canta, ostensivamente, pra vizinhança ouvir)

    Empregada – “Uma incelença entrou no paraíso… Duas incelença entrou no paraíso…” (Vê o patrão) Oi, seu Henrique. Hoje o senhor vai adorar a buchada, tá aqui, ó! Pus salsinha…

    FHC – Buchada de bode nunca mais! (Dá um pontapé no fogão. A panela cai. A empregada fica assustada)

    Empregada – Não gosto quando o senhor fica doidão…

    FHC – (À mulher) Pega lá aquele patê que eu escondi no cofre, junto com uma garrafa de Don Perignon. Vamos comemorar a derrota. Aquele baiano ordinário querendo enfiar bucho na goela da gente enquanto fica se refestelando lá nas Ondinas com aquela cozinheira maravilhosa que o Fidel adora, diz que tem um tempero! (Vai até a janela e grita) Eu sou neguinha!

    Empregada – Ih, continua com essa mania de querer ser crioulo? Acendi uma vela pro seu anjo da guarda…

    FHC – (Grita) Eu sou ateu! Eu sou ateu! Ha, ha, ha, ha! Eu não acredito no Espírito Santo nem na Virgem Maria. Eu vi “Je Vous Salue Marie” três vezes! Eu adoro Godard! Eu sou a favor do aborto e do homossexualismo… (Volta-se pra mulher e pergunta) Que mais?

    Vocês, intelectuais, não valem nada… Quem é você, Fernando? Você ou Jean-Paul Sartre? Quem sabe eu sou a Simone de Beauvoir e não sei?

    O que vamos fazer com essa tonelada de cestas básicas? Apodreceu tudo; imagina o que seria desta alface no segundo turno…

    Ruth – Acho que já tá bom, Fernando, por hora… Lucimar, limpe essa bagunça e vem ajudar a gente a encaixotar as coisas (Voltam para a sala. Ruth abre o patê; Fernando, o champagne. Brindam)

    FHC – Que é isso aqui?

    Ruth – São fotos da campanha. (Olham as fotos com carinho). Olha você aqui, de cocar. Você fica bem de cocar, Fernando. Fica parecendo o Roosevelt quando esteve na Amazônia. Falar nisso, pra quem que a gente vai dar a borduna que você ganhou do Raoni? Se a madame Bernard-Henry Lévy ganhar a carranca… (Ele murmura algo) Quê? Quer dar o berimbau também pra ela? Fernando, é muita coisa. Ela vai enlouquecer; ela já ganhou aquele saiote de Oxóssi… Vamos dar pro Alain Touraine. Pena que a esposa do Althusser morreu, né, coitada, senão a gente dava pra ela.

    FHC – Deus me livre, que em vez de estrangular ele matava ela a bordunadas.

    Ruth – Vocês intelectuais não valem nada. Atrás desse verniz cultural esconde-se um… (Encarando-o, seriamente) Quem é você, Fernando? É você ou Jean-Paul Sartre?

    FHC – Tome mais champagne.

    Ruth – Preciso saber. Quem sabe eu sou a Simone de Beauvoir e não sei?

    FHC – (Examinando outra foto) Essa aqui é aquela que deu aquela celeuma, lembra, quando aquele sergipano me pôs nos ombros… pensei que ele não fosse aguentar, coitado, fraco daquele jeito…

    Ruth – E você gordo, que buchada de bode engorda!

    FHC – Na época, fiquei constrangido. Eu tava começando. Mas sabe que depois me acostumei? Acho que deve ser uma delícia andar de riquixá… de liteira…

    Ruth – Choveu telegrama de protesto. A esquerda francesa achou “exotique” demais… Até nossos amigos da Sorbonne protestaram. Acharam que você tava o próprio Chatô; parecendo aquele político que o Paulo Autran fez em “Terra em Transe”…

    FHC – Não pensei em homenagear o Glauber, juro. Se me querem por no colo, me embalar, o que que eu posso fazer? Quem não gosta de ser paparicado? Até o Sartre.

    Ruth – Essa aqui você tá com o frei Damião.

    FHC – Eu que tive que segurar ele porque ele cai, né? Ia pra lá e pra cá… Me chamava de Fernando Collor… (Vendo mais fotos) Eu e o Lucena, eu e o Ney Maranhão, com o Mauro Benevides… o Benevides tá bem, aqui, não? Descontraído… com o Roberto Jefferson… ele ocupou a foto toda, ele é uma baleia. Quem é essa aqui?

    Ruth – Dona Neuma e dona Zica, da Mangueira. Você tá com palito na boca.

    FHC – Tinha acabado de comer um churrasquinho de gato. E isso aqui atrás da minha orelha? Eu tô sem óculos… o que é?

    Ruth – Arruda. Não adiantou, né?

    FHC – Olha, você e o Cauby!

    Ruth – Nem me lembre dessa noite na churrascaria… Ele tava bêbado, babava, caía em cima de mim… (Imita Cauby) “Meu amooooor…” Fiquei toda suja de pancake –que ele usa muita base, baton, blush… Você foi lá pro escritório fazer aliança com o Chico Recarey, negociar apoio com o pessoal do Bateau Mouche… e eu é que tive que aguentar, ouvir ele cantar “Conceição” em todas as línguas, inclusive em esperanto. Foi a picanha mais dura que eu tive que engolir em toda a minha vida!

    FHC – (Pega uma foto. Emociona-se) Olha eu, o Sartre, a Simone, o Zé Celso, em 62, em Araraquara… quando eles vieram fazer propaganda da revolução cubana, do “furacão sobre Cuba”.

    Ruth – É, foi um furação, mesmo. Não sobrou nada. Sabe que eu sentia ciúmes da Simone? Cheguei até a usar turbante para imitá-la mas o meu gênero é mais pra Françoise Sagan, tô mais pra “Bonjour Tristesse”.

    FHC – Falar nisso, a gente podia levar o chapéu de cangaceiro pro Regis Debray, né? Bons tempos, aqueles da Guerra Fria, onde tudo era bem definido… a gente sabia quem era quem, com quem estava lidando… (Rasga as fotos, com carinho)

    Ruth – Não vai querer guardar nenhuma de recordação?

    FHC – Por favor, poupe-me das suas ironias.

    Ouve-se um zurro.

    FHC – Que foi isso?

    Ruth – É o jegue!

    FHC – Tinha me esquecido dele.

    Ruth – Que é que a gente vai fazer com o jegue? Não podemos levá-lo pro Quartier Latin; ainda se fosse um chiuaua… a menos que você queira passear com ele pelo Bois de Bologne.

    FHC – Esse zurro tá mais parecendo… (invadem o quarto da empregada)

    Ruth – Lucimar… o que que o jegue tá fazendo na sua cama!?

    Empregada – Sabe o que que é, dona Ruth… é que eu e mais ele, a gente se entendeu, sabe? Tamo numa boa!

    Ruth – Lucimar!

    FHC – É uma versão paraibana de “Calígula”! Ainda bem que não descobriram antes, senão ia ser um novo caso Miriam Cordeiro!

    Ruth – Leva ele pra sua casa. Mas não convida a gente pra batizar os… sabe Deus o que vai sair desse cruzamento.

    FHC – Tudo em cima?

    Ruth – Deixa eu só pegar a minha raposa…

    FHC – Enquanto isso eu vou deixar um bilhete aqui pro Cebrap… Sabe qual é a minha grande mágoa, Ruth? Não ter tido seguidores… (Ruth dá um grito) Que foi?

    Ruth – (Surge com uma perna mecânica) Que horror! Parecem ex-votos! Esse quarto tá parecendo o quarto da Xuxa, um tiquinho mais mórbido. (Retira muletas, pernas e braços mecânicos, coletes de aço, armações de óculos…) Dá pena por no lixo. Será que não dá pra mandar pra Ruanda, não? Deve ter gente precisando… (Grita) Lucimar, vê o que você quer aqui.

    Empregada – Ôba! Vou levar uma muleta pro meu pai, uma botinha ortopédica pra minha enteada, uma perna mecânica pro meu cunhado… ih, eles vão ficar tão contentes. Mas não vou dar agora, não. Vou guardar pro Natal.

    FHC – Vê o que você quer que o resto a gente manda pra fazer uma “instalação”, lá no Masp.

    Empregada – Obrigada, seu Henrique, o senhor é tão bom… (Senta-se na cadeira de rodas e desliza até FHC que leva um susto)

    Ruth – Que foi, Fernando, viu fantasma?

    FHC – Pensei que fosse a mãe do Norman Bates, em “Psicose”…

    Empregada – Posso levar pra mim?

    Ruth – Mas você…

    Empregada – Estamos sem cadeira lá em casa… a gente assiste a novela de pé.

    Ruth – Toma, leva também esses milhares de calendários impressos pela gráfica do Senado pra marcar os dias em que vocês não comem. Por falar nisso, que vamos fazer com essa tonelada de cestas básicas que você ia distribuir? Apodreceu tudo. Olha aqui, quilos de arroz, cebola, batata, tomate… Tudo podre, bichado!

    Empregada – Se quiser dar pra mim eu faço uma “roupa velha”…

    Ruth – Eu falei que tinha que ser tudo em lata, que nem a ONU joga lá em Sarajevo… Não podia ter gêneros perecíveis. Olha aí, puseram até brócolis! Imagine se tivesse segundo turno o estado em que estaria esse pé de alface!

    FHC – Esse comitê faz tudo errado.

    Ruth – Por isso perdemos as eleições. (FHC começa a rir). Sabe por que eu amo tanto você, querido? Porque está sempre rindo. (Começam ambos a chorar. De repente, FHC pára de chorar)

    FHC – Pera aí. Pára a peça. (Aos bastidores) Acende a luz. (As luzes são acesas)

    Ruth – Que foi?

    FHC – Tem alguma coisa errada com esse texto que estamos falando… é como se eu estivesse sendo dublado.

    Ruth – Eu também estou com a mesma sensação.

    FHC – Não estou sentindo ele vir de dentro.

    Ruth – (Baixo, ao marido) Vai ver que a gente já representou tanto que perdeu a noção…

    FHC – Não, esse não sou eu. Não é o meu papel. Quem foi que escreveu esse texto?

    Ruth – Deve ter sido algum xiita do PT, ou do PC do B… quem sabe o próprio João Amazonas. (Alguém na platéia informa)

    Alguém – Foi o Mauro Rasi.

    FHC – Quê! Mas ele não votou em mim? Ele não vota no PSDB?

    (O autor levanta-se na platéia)

    Autor – Votei! (constrangido) Desculpe, Fernando, desculpe, Ruth… é que não resisti; o veneno foi mais forte que a razão. Vocês me perdoam?

    FHC – Você sabe que não é de minha índole brigar nem guardar ressentimentos. No fundo, achei tudo muito engraçado… ha, ha, ha. Você também não achou, Ruth?

    Ruth – Vou quebrar a cara dele (Parte pra cima do autor brandinho uma perna mecânica) Traidor! Fez com a gente o que o satélite fez com o Ricupero.

    FHC – Ruth, não perca a classe. É tudo que nos resta.

    Autor – Olha, podem ir sossegados que eu fico aqui tomando conta do apartamento, alugo ele pra vocês por temporada, cuido dele direitinho, vocês vão ver –isso tudo, desde que não seja obrigado a comer buchada de bode, naturalmente.

    Ruth – Põe o blazer que em Paris já é outono, querido.

    FHC – (Suspira) Acho que vou sentir saudades…

    Ruth – Daqui a quatro anos a gente volta.

    Autor – Au revoir.

    FHC – A bientôt.”

    – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –

    Bem, eu nunca gostei de Fernando Henrique Cardoso e, portanto, sou suspeito para falar mal dele, mas sempre considerei que você avalia Fernando Henrique Cardoso como alguém maior do que ele. E o pior para mostrar que a seu dimensionamento de Fernando Henrique Cardoso é correto você pinta alguns defeitos nele.

    É um caso interessante fazer isso com Fernando Henrique Cardoso, pois se imaginar que como político ele foi por duas vezes presidente da República e junto com Itamar Franco, ele conseguiu deflagrar o Plano Real que acabou com a inflação brasileira e como sociólogo ele era apontado como o príncipe da sociologia brasileira, não pareceria necessário que para se mostrar correto em fazer um dimensionamento exaltando Fernando Henrique Cardoso se fizesse algumas críticas a ele.

    Só que a nossa realidade não é tão simples como parece. Aqui se discute durante meses a compra da Refinaria de Pasadena, vendo na compra uma grande corrupção, esquecendo como se deu a compra e o momento em que ela se deu e o quanto de prejuízo real a compra causou aos cofres brasileiros. Deveria ser bem analisado o problema até para saber se houve corrupção e quem foi que corrompeu quem, não só para se ressarcir dos prejuízos mas para não dar trégua aos corruptos. Agora ontem, segunda-feira, 08/06/2015 saiu publicado no Valor Econômico a seguinte notícia: “Erro processual rende R$4,8 bilhões ao Santander”. Na matéria se diz que “em uma discussão sobre a constitucionalidade do PIS e a exigibilidade da Cofins, a Produradoria-Geral da Fazenda Nacional deixou de recorrer quanto a esta última” o que liberou o Santander “de uma obrigação bilionária referente à Cofins”.

    No jornal Valor Econômico esta matéria pode ser vista no seguinte endereço:

    http://www.valor.com.br/financas/4083442/erro-processual-rende-r-48-bi-ao-santander

    E nesse ambiente que se cria a obscuridade e nada parece ser o que é. E o dimensionamento de Fernando Henrique Cardoso passa a ser falso até mesmo quando feito por um crítico que tenta transparecer imparcial. O comentarista Antonio – Minas GeraisA, acertou no comentário dele enviado terça-feira, 09/06/2015 às 15:34, quando afirma: “Dizer que o FHC é hipócrita, cínico, rancoroso, cretino é um pleonasmo”. E é mais ainda. A hipocrisia contaminou o partido PSDB. Do surgimento até os dias de hoje todos os slogans do PSDB são falsos e o que é pior, o PSDB sabe que são falsos.

    E os nossos grandes jornalistas e os nossos grandes sociólogos não fazem essa acusação ao PSDB. No domingo você publicou o post “FHC ou Carlos Sampaio, o PSDB não mais será o que já foi” de domingo, 07/06/2015 às 13:11, e lá você diz faz várias afirmações questionáveis como a seguinte a respeito do PSDB:

    “Foi composto pela chamada ala autêntica do PMDB, como maneira de se distanciar da maioria fisiológica que, desde então, assumiu o partido”.

    Ora você não consegue apontar um da ala autêntica do PMDB que tenha fundado o PSDB. E o que é pior você diz que o PSDB foi fundado para distanciar da maioria fisiológica que existia no PMDB. É uma expressão que apenas ajuda o PSDB é consolidar um dos slogans que o partido utilizou para justificar o lançamento do partido. Só que o partido ia contra o fisiologismo por hipocrisia. Dito assim fisiologismo fica parecendo ato criminoso. Só que não se pode atribuir a um partido a prática de um crime a não ser em um processo judicial. Então o fisiologismo que o PSDB acusava ser prática da cúpula do PMDB é o toma-lá-dá-cá da política. Não há democracia onde não há esse fisiologismo. O PSDB sabe disso.

    Como disse o sociólogo (Ou Cientista Político) Aldo Fornazieri no post dele de ontem intitulado “A evangelização da política e a contra-reforma, por Aldo Fornazieri” publicado aqui no seu blog segunda-feira, 08/06/2015 às 10:47:

    “Maquiavel tinha razão: a política tem uma moral própria que difere da moral cristã”.

    Então não há como querer uma democracia sem fisiologismo a menos que por fisiologismo se queira referir a alguma conduta ilícita. E fica parecendo que é assim que Aldo Fornazieri considera o fisiologismo, pois um pouco antes no próprio post “A evangelização da política e a contra-reforma, por Aldo Fornazieri” ele afirmara:

    “Vários parlamentares evangélicos já se viram envolvidos em denúncias de fisiologismo e de corrupção”.

    Então há uma educação da sociedade que é deseducadora. Grandes jornalistas e sociólogos tratam o fisiologismo como crime. Não dizem o que eles definem como fisiologismo e vem (Foi muito tempo antes mas na época se encontraria o mesmo ensinamento) um partido e se diz que surgiu para se afastar do fisiologismo.

    O endereço do post “FHC ou Carlos Sampaio, o PSDB não mais será o que já foi” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/fhc-ou-carlos-sampaio-o-psdb-nao-mais-sera-o-que-ja-foi

    O endereço do post “A evangelização da política e a contra-reforma, por Aldo Fornazieri” é:

    https://jornalggn.com.br/noticia/a-evangelizacao-da-politica-e-a-contra-reforma-por-aldo-fornazieri

    E com jornalistas e sociólogos assim fica mais fácil incutir na nossa sociedade a crença em um Fernando Henrique Cardoso muito maior do que ele é. É o que se dá também com o Plano Real tão incensado. Só que o grande plano de estabilização da nossa economia, isto é, o Plano Real que faz de Fernando Henrique um gigante só é visto assim porque as pessoas se esquecem que o Plano Real foi o causador de se ter em um país atrasado como o Brasil, uma dívida pública tão grande que nos exige um esforço sobre humano para que possamos sair do nosso atraso.

    Clever Mendes de Oliveira

    BH, 06/09/2015

  37. A tragicomédia consumada pela eleição de Jânio á Prefeitura

    limpando, ou melhor, desinfetando a cadeira onde sentara o ex-futuro prefeito, o que era sem nunca ter sido, mostrava bem a ópera bufa de que teríamos que nos esquecer. Como , inclusive, o sociólogo professor, ex-presidente, aposentado nos pediu, quando ainda era o mandatário-mor da Nação.

    Nunca me esqueço de uma frase de Ruth Escobar em relação a Lula: Em lugar de um sociólogo, vocês querem eleger um torneiro mecânico ? Ou mais ou menos isso.

    Depois quando este senhor declarou- NÃO FOI BOATO- que também tinha um pezinho na cozinha entre outras pérolas sociológicas… Florestan é que sabia e DIZIA, quando o príncipe ainda estava na Presidência… sabia mesmo.

    A pantomima do filho que não é filho… que é filho… que não é filho mais, a BOATARIA provocada, as dores de Dona Rute Cardoso, o seu amargor em vida por muitas e muitas vezes.

    Por essas, por muitíssimas outras que quando o plano real fez água, elegeu-se o TORNEIRO MECÂNICO, na esperança de que pudesse revirar socialmente o país- O QUE O SOCIÓLOGO NÃO DERA CONTA DE FAZÊ-LO.

    Esses principes são grandes sapos. Mais, mas muito mais sapos que o sapo barbudo que a zelite nunca aceitaram.

  38. Que diabo é esse tal de

    Que diabo é esse tal de Jovelino, na vida do FHC? É o sócio da tal fazenda de preço rebaixado, em Minas. E, segundo se diz (e nunca se nega), é o dono de pelo menos um dos imóveis, em Sampa, utilizado pela família Cardoso. E, agora aí aparece como o dono do ap parisiense que o FHC utiliza. Parece um anjo protetor da família, sempre acolhendo os filhos do príncipe. Mas… quem é Jovelino? Do modo como as coisas aparecem, daqui a pouco ele também vai figurar como o pai do filho que nunca foi. O Mistério de Jovelino. Dá filme. Da Boca.

  39. Respeito e admiração

    Venho manifestar  respeito e admiração para Nassif pela sua coragem para dar  clareza nos desígnios de FHC e sua moralidade de araque

  40. Conheçam quem é Jovelino Mineiro

    Da ISTOÉ Independente

    13/09/2000

    ”A reeleição foi comprada”

    Itamar Franco afirma que governo impede CPI e que Fernando Henrique Cardoso queria, mas não tem coragem de ser como o peruano Fujimori

     

    As olheiras do presidente da República Fernando Henrique Cardoso aumentaram na última semana. Resultado de uma insônia que tem nome: Itamar Franco. Na madrugada de terça-feira 12, o presidente foi duas vezes tirado da cama pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Carlos Veloso. Depois de levar e trazer recados de um lado para outro, às 3h da manhã, Veloso finalmente desistiu do papel de mediador entre o governador de Minas Gerais e o presidente. A essa altura o Exército já se deslocava para a fazenda Córrego da Ponte, em Buritis, de propriedade da família de FHC, para proteger o imóvel que, segundo informações do serviço de inteligência do Palácio do Planalto, corria o risco de ser invadido pelo Movimento dos Sem-Terra (MST). Em resposta ao que considerou uma intervenção indevida em seu Estado, Itamar elevou o tom. Deu um ultimato ao presidente para retirar as tropas de Minas, caso contrário a Polícia Militar mineira poderia entrar em ação. Mas o MST deixou a fazenda e o confronto acabou não acontecendo. Na manhã da quinta-feira 14, o governador desembarcou em Brasília para protocolar um mandado de segurança no Supremo apontando como inconstitucional o fato de o presidente da República convocar as Forças Armadas para proteger uma propriedade particular. Ao mesmo tempo que entrava com a ação no STF, ameaçava desapropriar o imóvel que está em nome dos filhos de FHC. No final de uma semana em que ocupou espaço privilegiado em toda a mídia e com índices de popularidade encostando nos de Ciro Gomes na corrida presidencial de 2002, Itamar estava feliz. Cercado de fiéis auxiliares e de frente para uma indefectível cesta de pão de queijo, na noite de quinta-feira 14 o governador falou a ISTOÉ. Bateu mais forte ainda. Acusou FHC de ter comprado a reeleição, disse que vai acertar as contas com seu ex-ministro nem que seja no inferno e acusou-o de querer “um cadáver em Minas. Não sei se até o meu”.

    ISTOÉ – O presidente acusa o governo de Minas de não dar proteção à fazenda de sua família. É verdade?
    Itamar Franco – Não, não é verdade. É importante dizer que o MST não invadiu a fazenda. Dissemos que tão logo fossem levantadas as informações pela PM seriam repassadas ao governo federal. Solicitamos ainda que indicassem quais as fontes que deram origem às informações de que a fazenda seria invadida. As nossas informações eram diferentes.

    ISTOÉ – Em que momento ficou claro que não haveria mais entendimento?
    Itamar – Por volta das 22h da segunda-feira (dia 11) houve um telefonema pouco educado do general Jorge Alves, subchefe do gabinete institucional, para nosso comandante. O general chegou a dizer que nosso comandante não sabia ler. Em seguida, veio outro fax informando que o sr. presidente da República decidiu empregar preventivamente as Forças Armadas. Determinei que a Polícia Militar então se afastasse da área para evitar choque. E essa propriedade nem sequer é do presidente da República.

    ISTOÉ – De quem é?
    Itamar – Essa fazenda tem algum mistério. Muito complicada essa transação imobiliária. Metade pertence a um homem chamado Jovelino Mineiro e a outra metade pertence aos filhos de Fernando Henrique.

    ISTOÉ – O que há de misterioso?
    Itamar – Por que não se pediu proteção aos prédios que pertencem ao patrimônio público e foram invadidos pelo movimento? Por que apenas essa fazenda tem que ser protegida pelas Forças Armadas? Aquilo de repente virou símbolo nacional. Desde quando essa fazenda, Córrego da Ponte, só porque o presidente eventualmente lá está, vira símbolo nacional?

    ISTOÉ – Existe algum problema pessoal entre o sr. e o presidente?
    Itamar – Qual o confronto pessoal que eu teria com o presidente? Eu que o fiz ministro duas vezes. Na época, fui um dos poucos que defenderam a candidatura dele quando nem o PSDB queria.

     

    O MST cobra a fatura

    Leopoldo Silva

    Estratégia Sem-terra na porta de FHC: mais política e menos radicalização

    Com o MST sempre em seu calcanhar, já era tempo de o governo ter aprendido que a propaganda não é a alma do negócio, pelo menos quando o assunto é a reforma agrária. O MST decidiu enfrentar FHC pela terceira vez neste ano porque o Planalto ignorou parte das promessas feitas na mesa de negociações. O Ministério do Desenvolvimento Agrário recebeu até agora só 19,8% do R$ 1,78 bilhão previsto no orçamento deste ano, segundo o Sistema Integrado de Administração Financeira do Tesouro Nacional. Mas, ao contrário do que o seu nome indica, o Ministério deixou para segundo plano as ações agrárias, preocupando-se mais em desenvolver a sua imagem: gastou 61,68% dos R$ 4,42 milhões da verba prevista para a propaganda. Um dos projetos de reforma agrária, o chamado Novo Mundo Rural/Assentamento, por exemplo, recebeu apenas 13,5% de sua verba. O ministro Raul Jungmann disse que esses dados não refletem a realidade das verbas liberadas.

    Neste novo round, FHC deparou-se com um MST mais hábil politicamente e menos radical. “Criamos um fato político para denunciar que o governo não está cumprindo seus acordos. Queremos R$ 2 mil por família para financiar o plantio”, explicou o coordenador do MST João Pedro Stédile, que escreveu uma carta ao governador Itamar Franco garantindo que os sem-terra não invadiriam a fazenda dos Cardoso.

    FHC já estava incomodado com o anúncio de que o plebiscito da dívida externa, encabeçado pela CNBB, com o apoio do próprio MST, teve adesão de 5,5 milhões de pessoas, dos quais 90% optaram pelo não pagamento da dívida sem a realização de uma auditoria pública. Logo depois, o governo endureceu, suspendendo as liberações de créditos e as negociações com o movimento. “O MST não tem autoridade para fazer reforma agrária sozinho. Precisa do governo para isso. Mas, enquanto não houver respeito, não teremos mais conversa com eles”, extrapolou Jungmann.
    Florência Costa

     

     

     

    Beto Magalhães/Jornal Hoje em Dia/AE

    Polícia mineira cerca o Palácio da Liberdade: confronto

     

    ISTOÉ – Quem no partido não o queria? Mário Covas? José Serra?
    Itamar – Tinha informação de que eles não queriam. Eu o escolhi porque acreditei que ele poderia dar ao Brasil aquilo que não pude dar em dois anos e dois meses.

    ISTOÉ – O sr. esperava um tratamento mais cordial.
    Itamar – A gente sempre espera.

    ISTOÉ – No episódio do PMDB, por exemplo?
    Itamar – Aquilo foi muito triste. Quando vi a fotografia do presidente sorridente no meio daqueles homens do PMDB com uma taça de champanhe, falei: Meu Deus do Céu, a que ponto chegou esse homem!

    ISTOÉ – Quando o sr. se decepcionou?
    Itamar – Quando era embaixador comecei a fazer uma série de críticas à política econômica, social e alguns atos dele. Elas se tornaram mais evidentes no processo de reeleição. Foi uma reeleição comprada e ele impediu depois uma CPI para apurar. O governo dele tem duas coisas interessantes. É totalmente dependente do capital financeiro internacional e não permite que se apure nada sobre o seu governo.

    ISTOÉ – O governo é corrupto?
    Itamar – Digo que ele não permite que se apure. Aliás, a frase não é minha. Alguém (Ciro Gomes) disse que ele não rouba, mas permite que roubem. Eu não o vi processando essa pessoa. Se disserem isso de mim, eu processo.

    ISTOÉ – O sr. estava preparando um levantamento sobre o governo para apresentar na subcomissão do Judiciário no Senado. O que apurou?
    Itamar – Ainda estou rastreando. No Banco Central, no Ministério da Fazenda, no Planejamento, no Serpro, em muitas áreas do governo. De repente sou surpreendido com a atuação do presidente e de alguns auxiliares que trabalharam comigo. Será que fizeram alguma coisa nas minhas costas?

    ISTOÉ – O senador ACM disse que duvida da sua sanidade mental.
    Itamar – Não respondo a esse cidadão.

    ISTOÉ – O sr. viu o Arnaldo Jabor na tevê? Disse coisas semelhantes.
    Itamar – Quando eu era presidente, ele escreveu um artigo me elogiando, dizendo que eu era um grande presidente. Quando vi esse sujeito na tevê, com aqueles olhos esbugalhados, babando de ódio, pensei: Meu Deus do céu, se não mudar de canal, esta noite eu não durmo.

     

    As terras da discórdia

    Quando comprou, há 11 anos, a fazenda Córrego da Ponte, em Buritis (MG), junto com o amigo Sérgio Motta, FHC não imaginava que estava adquirindo sarna para se coçar. Com seus 1.046 hectares, a fazenda agora se transformou em campo de batalha, tendo de um lado Fernando Henrique e de outro o governador Itamar Franco. Ao acionar o Exército para proteger uma propriedade privada que hoje não está nem mais em seu nome, e sim no de suas filhas Luciana e Beatriz, FHC detonou uma guerra com Itamar, atraiu os holofotes para o protesto do MST e foi acusado de dar tratamento privilegiado às terras de sua família. FHC foi criticado até mesmo pelo administrador da fazenda, Wander Gontijo, por não cumprir os acordos fechados com os sem-terra. Mas o estrago não parou aí. O presidente conseguiu ainda chamar a atenção para o sócio de suas filhas no imóvel. Jovelino Carvalho Mineiro Filho é acusado de ser grileiro pelo MST do Pontal do Paranapanema (SP), região formada praticamente por terras devolutas.

    O geógrafo Bernardo Mançano Fernandes, professor da Universidade Estadual Paulista em Presidente Prudente, conta que Jovelino, casado com uma filha do ex-governador de São Paulo Abreu Sodré, é dono da Fazenda Santa Maria. “Esta fazenda (de 5,5 mil hectares) está incrustada em uma área de 500 mil hectares que foi grilada no final do século passado. O governo Covas desapropriou 66 mil hectares desta área de terra devoluta. Não há lógica para não desapropriar a fazenda de Jovelino pelo mesmo motivo”, observou o geógrafo.

    O MST – que já ocupou a fazenda de Jovelino duas vezes neste ano – está reivindicando do Instituto de Terras de São Paulo que divulgue o resultado de uma ação discriminatória da área, cujo objetivo é identificar a cadeia dominial das terras até se chegar ao grileiro original. Além de criar gado, Jovelino arrendou para camponeses um pedaço da terra para o plantio de algodão, mas a experiência fracassou e hoje, sem terra e sem dinheiro, eles aderiram ao MST.
    F.C.

     

     

    ISTOÉ – O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, soltou uma nota chamando-o de “irresponsável, inconsequente, irracional, destemperado”.
    Itamar – Pessoa sem caráter, não respondo. Esse cidadão deve responder primeiro ao doutor Egydio Bianchi (ex-presidente dos Correios) e à dona Vilma Motta (viúva de Sérgio Motta).

    ISTOÉ – O sr. não responde ao ministro Pimenta, mas responde ao presidente. O presidente tem caráter?
    Itamar – Caráter? Deixe-me pensar nisso cinco segundos… Acredito que o presidente da República não é aquele homem que foi meu ministro de Estado e meu candidato à Presidência. Não sei se as forças espirituais vão fazer com que voltemos a conversar, a nos encontrar. Talvez isso só ocorra no inferno. Sobre o caráter dele, prefiro não me manifestar. Veja bem: estou deixando dúvida sobre o caráter dele. Não é como o outro (Pimenta), que não tem caráter.

    ISTOÉ – Com a polêmica, o sr. não estaria antecipando a campanha de 2002?
    Itamar – Estou sem partido e não sou candidato. Mas costumo dizer que a gente não deve usar a expressão nunca.

    ISTOÉ – O sr. pode voltar ao PMDB?
    Itamar – Não. Essa gente que lá está não vai deixar de comandar e eu não quero ver repetida aquela cena terrível, grotesca e miserável que eu vivi em 8 de março na convenção. Dizem até que eu procurei uma senhora com forças espirituais no interior de Minas e joguei praga contra eles.

    ISTOÉ – O Jader Barbalho (presidente do PMDB) é um deles?
    Itamar – Ele foi derrotado para governador.

    ISTOÉ – O Luiz Estevão?
    Itamar – Não preciso nem comentar. Vocês já sabem. E tem também, no PT, o ex-governador Cristóvam Buarque, que falou mal de mim e foi derrotado.

    ISTOÉ – E quem é essa, digamos, personal-vidente?
    Itamar – O Albano Franco (PSDB, governador de Sergipe) me disse que está doido para descobrir. Mas eu nunca conversei com ela.

    ISTOÉ – O sr. se dá bem com o Albano Franco, mas vive brigando com os tucanos.
    Itamar – Há figuras no PSDB que respeito, como José Serra, o deputado Aécio Neves e o governador Mário Covas.

    ISTOÉ – E o Tasso Jereissati?
    Itamar – O doutor Tasso que me perdoe. Jamais será candidato à Presidência. Eu ouvi do presidente Kubitscheck que é melhor ser amigo do rei do que ser rei. Ser rei dá muito trabalho. Acho que ele prefere ser amigo do rei.

    ISTOÉ – O sr. tem reclamado dos meios de comunicação…
    Itamar – A mídia, com as devidas exceções, está sendo dirigida e manipulada pelo poder central. Coisa que nem na ditadura militar nem na de Getúlio Vargas aconteceu. O governo Fernando Henrique ainda vai pagar por isso. Ele quer fazer com que o Brasil um dia passe a ser comandado não pelas forças políticas eleitas, mas pelo capital internacional. Esse homem não pode continuar comandando os destinos do Brasil.

    ISTOÉ – O sr. era bajulado pela imprensa quando estava na Presidência?
    Itamar – Certa vez recebi no Planalto um homem de imprensa muito importante, mas muito importante mesmo. Esse homem entrou no meu gabinete chorando muito. Perguntei por que ele chorava. Ele respondeu: “Eu quero agradecer o que o sr. fez por mim e pela minha empresa. O que o sr. quer de mim?” Eu respondi que só queria uma coisa: mesmo depois que deixasse o governo, queria que seus veículos falassem a verdade a meu respeito. Cinco meses depois que deixei o Planalto, seu principal veículo passou a me atacar.

    ISTOÉ – O sr. disse que teve informações sigilosas de que poderia haver algum ato contra o Palácio da Liberdade.
    Itamar – Não posso revelar. Só uma pessoa sabe, o José Aparecido (ex-ministro das Relações Exteriores).

    ISTOÉ – Tanques não foram exagero?
    Itamar – Eu deveria ter feito mais. É exagero eu proteger o símbolo de Minas? Não acham exagero o Exército proteger uma fazenda? Quem gastou mais?

    ISTOÉ – O sr. não teme uma crise institucional num confronto entre a PM e o Exército?
    Itamar – Quem vai ser culpado se houver alguma coisa é o presidente.

    ISTOÉ – Por que ele?
    Itamar – É ele quem está provocando. Em 45 intervenções da PM não houve uma morte em Minas. O presidente quer um cadáver em Minas. Não sei se até o meu, mas ele está doido para ter um cadáver em Minas. Está doidinho. O doutor Fernando Henrique Cardoso, presidente da República, sociólogo por formação, quer um cadáver em Minas.

    ISTOÉ – O sr. acha que ele quer decretar uma intervenção em Minas?
    Itamar – Ele não tem coragem. Manda ele fazer!

    ISTOÉ – Minas foi desrespeitada?
    Itamar – O Brasil. O meu Estado é a síntese do País e não vou permitir que as forças da PM sejam ofendidas.

    ISTOÉ – O sr. disse que pretende desapropriar a fazenda do presidente. Isso não é uma bravata?
    Itamar – Se a procuradora-geral do Estado, a sra. Misabel Derzi, me disser para ir em frente, pode contar que vou.

    ISTOÉ – Mas por que essa fazenda?
    Itamar – Ela está me causando toda essa preocupação. Está desmoralizando os símbolos nacionais e a federação. Será que não basta?

    ISTOÉ – O sr. está disposto a fazer uma guerrilha contra o governo federal?
    Itamar – Só se for necessário.

    http://www.istoe.com.br/reportagens/39182_A+REELEICAO+FOI+COMPRADA+

     

    1. Afinal, continuei sem saber

      Afinal, continuei sem saber quem é o tal do Jovelino. Quem é, que apito ele toca além de ser genro de ex-governador? Essa falta de clareza dá tratos à bola. Geralmente, os “laranjas” costumam ser gente pobre, sem eira nem beira, mas às vezes aparece “laranja” rico. Não estou afirmando, estou perguntando a quem possa responder, seria o Jovelino um “laranja” do FHC? Essa não é somente a minha dúvida, mas de muitos.

      1. Da entrevista, Malu.
        ” O

        Da entrevista, Malu.

        ” O presidente conseguiu ainda chamar a atenção para o sócio de suas filhas no imóvel. Jovelino Carvalho Mineiro Filho é acusado de ser grileiro pelo MST do Pontal do Paranapanema (SP), região formada praticamente por terras devolutas.”

  41. 21.06.2013 / 10:05ONG Artesol
    21.06.2013 / 10:05

    ONG Artesol comemora 15 anos de entidade em jantar de puro poder

     

    Foi nessa quinta-feira o jantar beneficente em comemoração aos 15 anos da Artesol, ONG presidida por Carmo Sodré Mineiro. O evento, para 250 convidados, contou com nomes de peso como Fernando Henrique Cardoso, José Olympio Pereira e Carlos Jereissati Filho. Todos participaram de um leilão de peças artesanais com renda revertida para a associação. Um sucesso!

     

  42. Nem precisa desses fatos de

    Nem precisa desses fatos de bastidores para se cohecer a moral de FHC.Basta lembrar que foi ele que introduziu a reeleição para beneficiar a si próprio. Mudou a regra do jogo no intervalo do primeiro e segundo tempo. Nem entro no mérito de como fe$ tal manobra. E a imprensa que o adora nunca toca no assunto . Se fosse Itamar ou Lula que tivesse feito isso, o nome dos dois teria sempre esse epitéto = o homem que quebrou a regra do jogo. 

  43. Tucano nao tem ninho!

    Mas que catzo de tucanos são esses que estão sempre se envolvendo em confusões com seus ninhos… Mas não era o Serra que morava de favor???

  44. FHC apendeu com a ditadura dos milicos…

    FHC aprendeu com os milicos a usar e abusar do que não é seu para esconder a propria sujeira. É a velha estoria dos milicos da ditadura que morreram “pobres” , mas tinham todas as regalias dasmõas de seus cupinchas. É uma questão de “escola”.

  45. PAI E TIO FALAM DE FHC:”NÃO

    PAI E TIO FALAM DE FHC:”NÃO TEM CARÁTER. NÃO É CONFIÁVEL”.

    Rômulo de Almeida – um dos idealizadores da Petrobras – ouviu do pai de FHC, general Leônidas Cardoso, uma declaração angustiada: “Rômulo, estou preocupado. Esse meu filho não tem um bom caráter”.
    Na época, Fernando Henrique estava na casa dos 20 e poucos anos. Mas já o pai, para sua dolorosa e terrível angústia, era obrigado a constatar o que depois ficou evidente – aliás, ficou escandaloso.

    Em meio à campanha pelo petróleo brasileiro que redundou na criação da Petrobras, o general Felicíssimo Cardoso, tio de FHC, promoveu uma reunião em sua casa, no Rio. Estavam presentes vários oficiais, alguns mais jovens e outros mais velhos, personalidades e lideranças políticas. FHC estava lá, assim como seu primo – filho do general Felicíssimo -, Joaquim Pedro Cardoso.
    Uma das pessoas presentes necessitava enviar ao chefe militar mais destacado de toda a campanha pelo petróleo, general Júlio Caetano Horta Barbosa, que naquele momento estava em São Paulo, alguns documentos referentes ao movimento. Naturalmente, pensou em FHC como portador, já que ele morava na capital paulista. No entanto, não tinha intimidade com o sobrinho do general Felicíssimo. Sendo assim, preferiu perguntar a Joaquim Pedro Cardoso se poderia utilizar essa via para fazer chegar os papéis ao general Horta Barbosa. Era, evidentemente, uma medida de boa educação, devido à sua falta de conhecimento de FHC. Nada mais do que isso. No entanto, teve uma surpresa.

    ABOLETADO

    O jovem Joaquim Pedro ouviu a pergunta sério e respondeu: “Acho melhor você falar antes com meu pai”. O oficial consultou Felicíssimo que respondeu: “Não faça isso. Não mande por ele. Meu sobrinho não é confiável”.

    Essa história foi relembrada por várias personalidades depois que FHC foi aboletado no Planalto…
    Fonte: Baseado no jornal Hora do Povo de 15/Jun/2001

  46. FHC

    Gostei muito daquela: Não sei se o Fhc possui apartamento em Paris, mas tenho certeza que ele é um dos personagens mais nefastos que este país já produziu!!!

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