A distribuição de leite para famílias em extrema pobreza no interior nordestino e de Minas Gerais caiu 87% entre os meses de janeiro e agosto na comparação com o mesmo período do ano passado.
Tal ação ocorre pelo programa Alimenta Brasil – antigo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) – e só acontece dentro do território da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), que atende toda a região Nordeste e as regiões norte e nordeste de Minas Gerais.
Vale lembrar que a escolha dessa região se deve pelo grau de insegurança alimentar: cerca de 11 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil vivem na região atendida pela Sudene, mais da metade dos 20 milhões de famílias atendidos pelo programa.
Segundo gestores ouvidos pelo jornalista Carlos Madeiro, do portal UOL, o chamado programa do leite enfrenta seu maior desfinanciamento por parte do governo federal, além de ter a menor quantidade de alimento distribuída.
No mês de agosto, 54 produtores venderam 236 mil litros de leite ao governo – um número muito menor ao visto em outubro de 2021, quando 4.443 produtores venderam 5,9 milhões de litros de leite. Em janeiro deste ano, nenhum litro de leite foi comprado.
A queda é clara quando se analisa o orçamento para o programa: apenas R$ 7,453 milhões foram investidos ao longo de 2022 até o mês de agosto, muito abaixo do visto em meses como novembro de 2021, quando o investimento foi de R$ 13,192 milhões.
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