Governo Bolsonaro corta doação de leite a famílias pobres

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Total de litros distribuídos no interior nordestino e de Minas Gerais caiu 87% em relação aos meses de janeiro a agosto de 2021

Foto: Gervásio Baptista – ABr

A distribuição de leite para famílias em extrema pobreza no interior nordestino e de Minas Gerais caiu 87% entre os meses de janeiro e agosto na comparação com o mesmo período do ano passado.

Tal ação ocorre pelo programa Alimenta Brasil – antigo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) – e só acontece dentro do território da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), que atende toda a região Nordeste e as regiões norte e nordeste de Minas Gerais.

Vale lembrar que a escolha dessa região se deve pelo grau de insegurança alimentar: cerca de 11 milhões de famílias que recebem o Auxílio Brasil vivem na região atendida pela Sudene, mais da metade dos 20 milhões de famílias atendidos pelo programa.

Segundo gestores ouvidos pelo jornalista Carlos Madeiro, do portal UOL, o chamado programa do leite enfrenta seu maior desfinanciamento por parte do governo federal, além de ter a menor quantidade de alimento distribuída.

No mês de agosto, 54 produtores venderam 236 mil litros de leite ao governo – um número muito menor ao visto em outubro de 2021, quando 4.443 produtores venderam 5,9 milhões de litros de leite. Em janeiro deste ano, nenhum litro de leite foi comprado.

A queda é clara quando se analisa o orçamento para o programa: apenas R$ 7,453 milhões foram investidos ao longo de 2022 até o mês de agosto, muito abaixo do visto em meses como novembro de 2021, quando o investimento foi de R$ 13,192 milhões.

Leia Também

Fenae fala sobre fim de política de Estado reconhecida mundialmente: o Bolsa Família, criado há 19 anos

Nordeste: orgulho e preconceito, por Berenice Bento

Tereza Campello e as mentiras de Bolsonaro sobre o Auxílio Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Você como jornalista, não procurou saber o motivo do desfinanciamento? Essa reportagem cheira mais como propaganda política do que matéria jornalística.

  2. Lembra do Fica em casa?
    Lembra do Lockdown?

    Nao LEMBRAAAA?
    Entao se informe, pois o presidente nao decide NADA sozinho… não é uma ditadura.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador