Marta Suplicy é puro rancor

Marta esqueceu 2004

Marta, mas que rancor!

 
Será uma eterna senadora desse jeito.
 
Gustavo Cherubine.

 
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/50414-quotrealpolitikquot.shtml
 
São Paulo, sábado, 23 de junho de 2012
 
MARTA SUPLICY
 
“Realpolitik”
 
O modelo “realpolitik” se esgotou e parece que nem todos estão percebendo. Não dá mais para viver essa praga que se entranhou no sistema político brasileiro. Erva daninha que corrói valores, exclui a participação, nega a democracia, desestimula o mérito e ignora a ética.
 
Nascida na Alemanha, a expressão “realpolitik”, segundo Luis Fernando Verissimo, é um termo invocado quando um acordo ou arranjo político agride o bom-senso ou a moral.
 
Os cidadãos eleitores, que ainda se dão ao trabalho de acompanhar a política, não suportam mais essa prática. Podem até entender a necessidade das composições, alianças e acordos que se tornaram imprescindíveis no Brasil muito em função do nosso sistema eleitoral, do número de partidos e do quanto tornou-se precioso o tempo de TV.
 
Os que criticam essa modalidade e as formas de fazer política, vistas como “normais” há décadas, têm hoje consciência de que elas são um terrível mal que compromete a ação de governar. Mas quando, pela sua simbologia, ferem os limites do bom-senso e têm a marca do estapafúrdio, tornam-se incompreensíveis para a população e são por ela rechaçadas. Encontram-se além dos limites da própria “realpolitik”.
 
Os sentimentos de indignação, insatisfação e, por fim, impotência estão fazendo com que uma parcela grande das pessoas se desinteresse pela política. A maioria dos jovens quer distância. E o povo, mais escolado, começa a achar “tudo igual”, o que acaba provocando o mesmo desinteresse.
 
A luta pela democracia no Brasil conseguiu eletrizar forças e corações que não suportavam viver num país sob ditadura. Cada um reagiu à sua maneira. Mas muitos morreram e sofreram pela liberdade. Esse resgate da democracia é tão importante que não poderia ter sido contaminado por práticas seculares que nos acorrentam à uma malfadada forma de fazer política. Esta mesma que aliena o povo que se vê -e se sente- excluído e desrespeitado.
 
Mas nem tudo está perdido. Tem gente formulando, e outros remoendo, novas práticas e métodos, buscando diferentes formas e canais de interação social e política. Um novo modelo que contemple e dialogue com os vários segmentos e forças heterogêneas da sociedade. Uma construção distante dos métodos agonizantes e ultrapassados que ainda hoje vigoram. Uma transição necessária, e imprescindível, que já passou da hora de acontecer.
 
Não está claro como, e em quanto tempo, se dará o nosso processo de libertação da chamada “realpolitik”. Mas, que esse sistema político e eleitoral que vivemos chegou à exaustão, tenho clareza.
 
MARTA SUPLICY escreve aos sábados nesta coluna.
 
 

Apoio de Maluf a Marta lembra mau agouro ao PT

Apoio de Maluf a Marta lembra mau agouro ao PTFoto: Folhapress_Divulgação

SENADORA DIZ, HOJE, QUE ALIANÇA ENTRE EX-GOVERNADOR E PT PARECE “UM PESADELO”; SABE O QUE FALA; EM 2004, ELE A APOIOU À PREFEITURA DE SÃO PAULO, NO SEGUNDO TURNO; DEU NISSO: DERROTA PARA JOSÉ SERRA; VAI ACONTECER OUTRA VEZ?

18 de Junho de 2012 às 06:33

247 – Classificando o apoio do ex-governador Paulo Maluf ao candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, como “pesadelo”, a senadora Marta Suplicy sabe bem sobre o que está falando. Com kombis pelas ruas, cartazes e comitê eleitoral conjunto, ela teve, em 2004, quando concorreu, como prefeita, à reeleição, Maluf como seu cabo eleitoral. Deu o que se sabe: José Serra, do PSDB, venceu as eleições e apeou Marta do poder. Hoje, o mesmo Serra desdenha do compromisso que está para ser firmado, oficialmente, entre o ex-governador e o candidato petista. “Cada um faz as suas alianças”, disse. Maluf apoiou Marta, naquela eleição, no segunto turno. Atualmente, seu apoio a Haddad ja despertou criticas até mesmo da candidata a vice na chapa petista, Luiza Erundina, do PSB. O PC do B, enquanto isso, pode selar aliança com o PMDB de Gabriel Chalita, em razão de manter distanciamento de Maluf. “Nossa militância não aceita esse acordo”, disse ao 247 o ex-ministro e candidato a vereador Orlando Silva.

Abaixo, noticia da agência Reuters, de 15 de outubro de 2004:

SÃO PAULO (Reuters) – O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) formalizou nesta sexta-feira seu apoio à petista Marta Suplicy no segundo turno da eleição paulistana, ressaltando que a candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o melhor para a cidade.

“O que eu desejo é o bem da cidade de São Paulo e acho que, na presente circunstância, o bem da cidade de São Paulo me obriga a recomendar aos meus amigos eleitores: se vocês amam São Paulo, a solução está no presidente Lula e na sua candidata”, disse Maluf a jornalistas em seu escritório.

O candidato derrotado, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com 11,9 por cento dos votos válidos, garantiu que não teve qualquer contato com o PT, com a prefeita ou com o presidente Lula.

Repetindo que tem divergências históricas com o partido, Maluf evitou comentar sobre a possibilidade de subir no palanque da petista.

“Não respondo à pergunta, porque não comentei nada com ela. Poderia dar a entender que é um acordo”, disse o ex-prefeito, acrescentando que não vai procurar Marta, mas que espera um contato dela.

 
Redação

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