Pazuello anuncia início de distribuição das vacinas para amanhã

Em indireta a Doria, ministro da Saúde apela para que governadores "não permitam movimentos político-eleitoreiros se aproveitando da vacinação"

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante coletiva realizada neste domingo (17/01) no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/YouTube TVBrasilGov

Jornal GGN – O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou neste domingo que a distribuição das vacinas contra a covid-19 terá início nesta segunda-feira (18/01) às sete da manhã.

“Amanhã (18/01), às sete horas da manhã, iniciaremos a distribuição da vacina para todos os Estados com o apoio do Ministério da Defesa, com o deslocamento aéreo”, disse o ministro. A Anvisa aprovou neste domingo o uso emergencial da Coronavac, desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, e da vacina de Oxford, do laboratório AstraZeneca com a Fiocruz.

“Determinei, imediatamente após a aprovação do uso emergencial pela Anvisa, ao departamento logístico do Ministério da Saúde que faça a preparação específica dos lotes para cada Estado e Distrito Federal, considerando os grupos prioritários e a proporção relativa de cada um, dentro do nosso cronograma de distribuição e imunização preparado pela Secretaria de Vigilância e Saúde”, disse Pazuello, ao ler um pronunciamento improvisado de próprio punho em entrevista coletiva realizada no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro, que ocorreu praticamente ao mesmo tempo em que Doria anunciava a abertura da campanha de vacinação em São Paulo com uma cerimônia no qual uma enfermeira do Hospital Emílio Ribas recebeu a primeira dose da vacina.

Pazuello também aproveitou a ocasião para alfinetar o governador paulista. “Nós poderíamos em um ato simbólico, ou em uma jogada de marketing, iniciar a primeira dose em uma pessoa. Mas em respeito a todos os governadores, prefeitos, e todos os brasileiros, o Ministério da Saúde não fará isso. Não faremos uma jogada de marketing”, disse Pazuello, em referência a Doria. O ministro também agradeceu o Butantan e a Fiocruz “pelo empenho e dedicação científica na busca de uma vacina tão importante para o combate ao coronavírus”.

Pazuello afirmou que, por intermédio de uma Medida Provisória, o governo federal determinou que a coordenação do Plano Nacional de Operacionalização para Vacinação contra Covid-19 seja executada pelo Ministério da Saúde. “Esse plano já foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal, lançado de maneira solene no Palácio do Planalto com todos os governadores, sendo pactuado nestes governos, com Estados e Distrito Federal. Quebrar isso, quebrar essa pactuação, é desprezar a igualdade entre os Estados e entre todos os brasileiros”, afirmou o ministro. “Quebrar isso é desprezar a lealdade federativa. Senhores governadores, não permitam movimentos político-eleitoreiros se aproveitando da vacinação em seus Estados. O nosso único objetivo neste momento tem de ser o de salvar mais vidas, e não fazer propaganda própria”.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. A única obsessão de Bolsonaro e seus asseclas é de continuar governando e ser reeleito. O atual governo não possui grandes quadros competentes, os quadros competentes são majotariamente de carreira. Quer dizer, é um cadáver se arrastando, com o STF cutucando o moribundo.
    Se o Ministro da Doença e o Presidente da Reles Pública não estivessem com o STF na cola, com um crime de responsabilidade na agulha…
    Como o governo federal não tem plano para mostrar ao STF, o lance é pegar as vacinas adquiridas em São Paulo para chegar ao STF, safando-se de um crime de responsabilidade.
    Calma Pazuello. Não fica atrás da mesa, como diria Renato Russo. Ainda tem que explicar mais essa, de usar um avião pra pegar uma vacina na Ìndia e que nem havia reserva.

  2. Cala a boca, pançuelo inútil, vai preparar seringa de cloroquina com vermífugo para “vacinar” seu gado; se tiver seringa, claro. Aproveita para pagar cem flexões na frente do chefe, gritando que nossa bandeira jamais será paulista!

  3.  Segundo o almoxarife: “O nosso único objetivo neste momento tem de ser o de salvar mais vidas, e não fazer propaganda própria”.
    Ue, mudou entao?
    Até agora o negacionismo e os péssimos exemplos do insano aliado à incompetência deste ministerio da doença só aumentou o contágio e óbitos.
    Quanto à “fazer propaganda”, mais uma vez foi decorrente da incopetencia da zumbilandia governamental que só é agil em espalhar bobagens e fakes nas redes.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador