De gravata em gravata…, por Ricardo Mezavila

A extrema direita raivosa e estúpida não engoliu o resultado das urnas e trava uma luta contra quem está trabalhando

Sergio Lima – AFP

De gravata em gravata…

por Ricardo Mezavila

Qualquer pessoa que possua dois neurônios, como se costuma dizer, sabe que a CPMI vem para dar lugar de fala às narrativas fascistas dos partidos de oposição ao governo, puxado pelo PL de Valdemar da Costa Neto.

A extrema direita raivosa e estúpida não engoliu o resultado das urnas e trava uma luta contra quem está trabalhando para reconduzir o país ao caminho do desenvolvimento e da democracia, reconstruindo o protagonismo perdido pelos anos obscuros quando ficou nas mãos de fascistas corruptos.

Essa CPMI visa retardar e paralisar a votação dos projetos do governo no Congresso impedindo que Lula e sua equipe realizem um trabalho digno e honesto como merece a população brasileira.

A capacidade que essa gente tem de empurrar absurdos ‘goela abaixo’ de seus apoiadores é algo surpreendente. Eles conseguem convencê-los  de que o ato golpista de oito de janeiro teve a participação do governo.

Parafraseando a primeira linha desse texto: qualquer pessoa que possua dois ‘piolhos’, não cai nessa, mas nem isso possuem.

Para o governo uma CPMI não interessa porque prejudica e pode tumultuar o trabalho no Congresso, mas ter sido contra sem vir a público dar uma explicação satisfatória, foi estrategicamente um erro.

A oposição, em busca de holofotes, aproveitou a recusa e partiu para o irrefutável ‘quem não deve não teme’, causando um desgaste do governo diante da opinião pública, reacendendo a chama do nazifascismo que andava meio que apagada.

A CPI mista vai colocar luz nas sombras, apesar dos desgastes que certamente virão, de generais que andam escondidos, como Heleno e Braga Neto, além dos financiadores dos atos golpistas e políticos engajados em destruir o país, todos serão expostos e, se culpa tiverem, receberão a devida condenação.

Evitando se envolver publicamente sobre a CPMI, em Portugal, Lula assinou o Prêmio Camões,  a maior distinção literária de língua portuguesa, dado a Chico Buarque por sua contribuição para a formação cultural de diferentes gerações”, e o ” caráter multifacetado ” do seu trabalho, da poesia, ao teatro e ao romance, estabelecendo-se como “referência fundamental da cultura do mundo contemporâneo”. 

O Prêmio era para ter sido entregue em 2019, mas Bolsonaro se negou assinar um prêmio para o ‘comunista’ Chico Buarque.

Na sua fala de agradecimento, Chico Buarque disse que o ex-presidente teve a “rara fineza” em deixar a assinatura em branco para que o Presidente Lula assinasse o seu “Camões”. 

Depois, com ironia, agradeceu à Carol Proner, sua esposa, por ter atravessado a avenida e comprado a gravata que ele estava usando, em referência à imprensa que preferiu comentar a gravata que Janja comprou para Lula, do que os acordos positivos que o Presidente assinou.

De gravata em gravata, o Brasil segue alinhado e ‘bem-vestido’ nos trilhos do progresso, da cultura, do respeito, da valorização do trabalho e da renda. Que venha a CPMI!

Ricardo Mezavila, cientista político

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Redação

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