Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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O inferno brasileiro ainda nem começou, por Rui Daher

Tenho acertado bastante em minhas previsões agropecuárias e dos agronegócios. Praticamente a maior parte delas se confirma, como realidade ou tendência. Pudera, são mais de 40 anos mexendo com o assunto. Deixo abertos 10 anos de colunismo sobre economia rural para o desafio.

Em política, ao contrário, erro muito. Não deveria. Fosse por “tempo de carteira assinada”, estou na militância de inserção social e cidadã, nitidamente de esquerda, há 55 anos, desde que aceitei como verdade o que me ensinou a igreja católica. Dela fui embora e nesse tema prefiro seguir quem melhor do que eu, todos conhecidos de quem vem a este GGN.

Depois de um ano de golpe e andanças por um Brasil em estado de exceção e institucionalmente conturbado, as classes empresariais e políticas sendo devastadas, de um lado pela Sacristia de Curitiba e, de outro, por aproximação com modelo econômico neoliberal na contramão do que hoje se faz no resto do planeta, arrisco dizer que o juiz de 1ª instância, Sérgio Moro, será eleito presidente do Brasil, em 2018.

Forte? Chute descabido? Não tanto. Apenas registro do que ouço por todos os lugares onde ando e de todas as classes sociais com que converso. Fora das folhas e telas cotidianas progressistas e honestas e da militância de esquerda, restrições a ele, poucas. Não exageraria ao dizer nenhuma. É admirado e louvado.

Primeiro, é certo que ele será candidato e trabalha para isso avidamente. Pleno de conexões e afinidades tucanas, comporá com Doriana Júnior sua chapa. Até lá, com a ajuda de Gilmar Mendes, outros inermes ministros do Supremo Tribunal Federal, e a Rede Globo, impedirá Lula de concorrer. E fora dele, na esquerda, ninguém.

Terá,  já destruída a credibilidade nos partidos e políticos brasileiros, recomposto as ideias “caçador de marajás”, “paladinos da moralidade” e “empresários modernos e mercadologicamente agressivos”, alcançado posição majoritária para a perpetuar o acordo secular de elites.

Por que escrevo isso? De capiaus a acadêmicos de universidades públicas, passando por quem vocês quiserem que não pertençam aos MST, MTST, CUT e UNE, não há grupo social que deixe de admirar o trabalho de Sérgio Moro, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.

Veem nele e insistem na ilusão de ineditismo, a personificação do justiceiro impiedoso, intelectualmente preparado, duro nas posições policialescas e, sobretudo, afinado com o grande ódio que nutre a casa-grande e os pretendentes a um quarto de fundos nela ao Partido dos Trabalhadores (PT), incorpora o provincianismo que graça nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País.

Restarão os eleitores dos bolsões nordestinos e nortistas, onde ele não tem penetração, dirá a esquerda mais Dr. Pangloss. Sim, mas quem do outro lado, com Lula fora do páreo?

Escrevam. Elabore, Nassif, junto com Jânio de Freitas, nosso melhor analista político. As peças estão na mesa para o seu xadrez, imensamente maior do que o meu dominó, pois de botequim.

https://www.youtube.com/watch?v=BrZBiqK0p9E]

[video:https://www.youtube.com/watch?v=JzByVhWju88

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

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