Ordem do dia: todo poder emana do povo, por Sergio Saraiva

“Está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido”. Sob a discreta tutela dos generais. 

General Villas Bôas

Ordem do dia: todo poder emana do povo

por Sergio Saraiva

entrevista do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para a Folha de 29 de julho de 2017, merece uma análise cuidadosa. E uma dolorosa reflexão.

A começar pelo tempo investido para que as respostas fossem elaboradas – 23 dias desde o recebimento das perguntas. Não é de se crer que um comandante e uma pessoa tal qual se mostra ser o general Villas Bôas fizesse o jornal esperar por mais de três semanas em função de desinteresse ou indelicadeza – não. Logo, resta a conclusão de que as respostas foram muito bem pensadas antes de serem dadas.

Outra característica que salta aos olhos, quando lemos a entrevista, é o cuidado de contextualizar cada resposta. Mas cuidar também para que cada resposta contivesse, na maioria das vezes, uma frase conclusiva que não deixasse dúvidas de como pensam as Forças Armadas sobre a questão suscitada.

Sim, nas respostas dadas, o general deixa claro estar falando em nome das Forças Armadas.

A memória nacional ainda guarda forte as lembranças das intervenções das Forças Armadas na política interna brasileira, desde a derrubada do 2º Império em 1889 até 1985, quando do fim da ditadura de 1964 – 100 anos. Pela maior parte do século XX, as intervenções das Forças Armadas foram o fator preponderante na nossa organização sócio-política.

Logo, um posicionamento claro tal qual o do general Villa Bôas rechaçando qualquer intenção a esse respeito poderia, à primeira vista, parecer a principal colocação da entrevista.

“O Brasil e suas instituições evoluíram e desenvolveram um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a tutela por parte das Forças Armadas. Hoje, elas estão cientes de suas missões e capacidades e mantêm-se fiéis aos ditames constitucionais”.

É possível discordar-se do general em relação a que as instituições brasileiras tenham evoluído. O golpe parlamentar de 2016 pode até ser mais sofisticado, mas é do mesmo tipo do golpe tentado em 1955. Apenas que, desta vez, sem a intervenção de alguém das Forças Armadas para garantir o respeito às urnas. Mas, tampouco, para suprir a democracia como em 1964. Evoluíram, isto sim, as Forças Armadas, quando deixaram que a sociedade civil resolvesse suas questões.

Ocorre que as questões não estão resolvidas. O golpe transformou-se em crise. E entre as consequências possíveis dessa crise, teme-se pela supressão das eleições de 2018 como forma das forças golpista manterem-se no poder.

E é em relação a esse temor a principal colocação do general. A fiança dada à realização das eleições. E o general não poderia ser mais claro: “neste momento, o que deve prevalecer é a Constituição Federal e todos, repito, todos devem tê-la como farol a ser seguido”.

Prevenindo-se contra um possível distraído que não percebesse o teor de suas palavras, o general é enfático: “…todos, repito, todos…”. Já seria ênfase suficiente em uma resposta verbal, agora, em uma resposta escrita e pensada por 23 dias, é para que não reste dúvida alguma.

E segue o general: “está nas mãos dos cidadãos brasileiros a oportunidade de, nas eleições de 2018, sinalizar o rumo a ser seguido”.

O general sabe que nossas instituições estão esfaceladas. A insubordinação aos resultados das urnas e o aparelhamento da Lava-Jato para a consumação do golpe levaram a insubordinação das instituições como um todo. Do STF à Presidência da República e ao Congresso, passando pelo Ministério Público e pela Polícia Federal.

Falta-nos uma identidade e um projeto estratégico de país. País com letra maiúscula. Por isso, costumo dizer que estamos à deriva. Acho que a falta de um projeto nacional tem impedido que a sociedade convirja para objetivos comuns. Isso inclui, até mesmo, a necessidade de referências claras de liderança política que nos levem a bom porto.

Restaram o povo e as Forças Armadas. Estas últimas poderiam estar tomadas de desejos. Estão sóbrias.

“… como tenho dito, vemos tudo isso com tranquilidade, pois o Exército brasileiro atua no estrito cumprimento das leis vigentes e sempre com base na legalidade, estabilidade e legitimidade”.

E aparentam estar conscientes de que não há solução fora de um novo pacto nacional. Lúcidas de que tal pacto passa por eleições livres e democráticas em 2018.

“…em última análise, é a população quem vai julgar os partidos e os candidatos, por intermédio do voto…”.

A população e o seu voto como juízes maiores da cidadania.

Não poderia e nem deveria ser de outra maneira. Porém, que ainda dependamos do legalismo militar como único e último aval da democracia só nos mostra que falhamos como sociedade civil em consolidá-la e que dolorosamente ainda necessitamos de “tutela por parte da Forças Armadas”. Depois do tanto que foi sonhado e foi construído no pós-democratização, é entristecedor que assim seja.

Mas que assim seja, enfim: que o povo decida nas eleições de 2018 o rumo a ser seguindo. Ainda que sob discreta tutela do general Villas Bôas.

 

PS: Oficina de Concertos Gerais e Poesia: os anos 80 voltaram – Brasil, mostra a tua cara…

Redação

25 Comentários

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    1. O Ministro Raul Jungmann está

      O Ministro Raul Jungmann está presente nas telas de TV varias vezes po dia sobre o tema do Rio de Janeiro e sobre outros temas, é um dos Ministros da Defesa mais presentes nos meios de comunicação, disso ninguem pode se queixar.

  1. Para evitar o segundo tempo

    Para evitar o segundo tempo do golpe o general poderia deixar muito claro que o judiciário não pode impedir o candidato líder das pesquisas de ser candidato.

    Se ele perder nas urnas não haverá nada a fazer. Se não, que os golpistas respeitem o resultado e parem de sabotar e saquear o país.

    1. Não há que eu saiba nenhum

      Não há que eu saiba nenhum movimento para impedir as eleições d 2018, ao contrario, há um movimento (inviavel) para antecipa-las. Ideias desse tipo são uma fantasia.

  2. Militares e o grande acordão

    Impressionante a dificuldade dos analistas em compreender os militares. As chefias militares de hoje pensam EXATAMENTE igual ao que pensavam em 64 – continuam com mesma fixação com a ameaça comunista, continuam se achando uma reserva moral que os coloca acima do povo brasileiro, continuam desprezando todos os políticos como corruptos ou despreparados e continuam achando que 64 foi uma ação acertada e a Ditadura foi boa para o país.

    As entrevistas do general expõe exatamente isso, só que com um discurso pseudo-democrático e aquela sua fala mansa característica.

    Há que se reconhecer duas mudanças. Se antes ainda tinham algum tipo de iniciativa, que propiciou o Golpe, hoje, burocratizados no pior sentido do termo, são incapazes de tomar a dianteira de qualquer processo político – sorte do povo brasileiro. São meros caudatários. Aguardarão e apoiarão o “lado” vencedor, quando a partida já estiver definida. Não se espere uma iniciativa oriunda dos quartéis em qualquer direção que seja. A segunda mudança foi o despertar de sua vocação para delegados de polícia, sai o combate aos comunistas, entra o combate aos “bandidos” (o Exército precisa de um inimigo interno para chamar de seu).

    Em entrevistas, o comandante do Exército já expôs sua preferência de “lado”. Quer líderes a exemplo de Ronald Reagan, Margaret Thatcher ou Macron. Percebeu?

    As gravações de Sérgio Machado com Jucá já indicavam que houve a anuência de segmentos militares com o grande acordão – forma de expulsar os PTistas “comunistas”. Sem ilusões, eles são parte de tudo isso que está aí. As declarações do general não tem caráter de alerta nenhum, é mero jogo de cena. Os militares estão adorando estar em evidência de novo, de serem cortejados: entrevistas e mais entrevistas, participações em programas de TV, frases de efeito, etc.

    Tudo verniz, que não resiste a um raspar de unha.

    1. As Forças Armadas,

      As Forças Armadas, especialmente o Exercito, são a coluna mestra da existencia do Brasil como Nação. Desde a Batalha de Guararapes o Exercito e uma das tres colunas formadoras do Brasil-Pais, ao lado da Monarquia ibérica e da Igreja Catolica.

      É impossivel negar o papel politico do Exercito na Historia do Brasil, foi obra  do Exercito a Proclamação da Republica, o Tenentismo de 1922, a Revolução de 1930, o Estado Novo de 1937, a queda de Getulio de 1945, a eleição  Dutra em 1946,

      a posse de JUK em 1955, o parlamentarismo de 1961, a queda de Jango de 1964, a Nova Republica avalizada pelo Exercito na pessoa do General Leonidas Pires Gonçalves que permitiu a transição para a Republica da Constituição de 88.

      O Exercito nunca negará o Governo Militar de 1964 mas as lideranças de hoje não tem a carga historica das  de 1964,

      originarias do Tenentismo,  Estado Novo e da Segunda Guerra, hoje são  atualizados com novos contextos globais.

      Todavia algumas linhas mestras do estamento militar estão sedimentadas:

      1.Os militares de hoje são formados e treinados pela visão de um Estado Nacional, algo que poucos politicos de hoje tem ou sequer entendem , muito menos o Judiciario e outras corporações fechadas exclusivamente em seus proprios interesses.

      2.Os militares dão mais importancia à integridade de um Estado Nacional do que à democracia como regime.

      3.Os militares podem até intervir em circunstancias especialissimas mas NÃO para dar poder a outros, não fizeram isso em 1964 e não foram agora, se assumem o risco de uma intervenção não será para dar de presente a civis.

      4..Condições especialissimas em que os militares podem intervir: crise social que coloca a ordem em risco frontal e

      falta absoluta de recursos para manter a Instituição Militar funcionando, algo que estão sentindo no ar.

      Os cabeções de planilha que festejaram a PEC 55 de limite de gastos para salvar o dinheiro dos juros não pensaram nisso.

      Com uma Presidencia Trump o “pensamento democratico politicamente correto” em Washington está de licença. Trump abraça sem constrangimentos liderenças não-democraticas pelo mundo, sua visão global é o ordem e segurança.

      Seria de bom cuidado que as lideranças politicas e corporativas tivessem atenção para o terreno em que pisam.

       

      1. Trump não faz a diferença

        Brasil Ditadura de Vargas – EEUU Democratas no poder

        Ditadura de 64 – EEUU Democratas no poder

        Golpe de 2016 – EEUU Democratas no poder

        1. São contextos historicos

          São contextos historicos muito diferentes. No Governo Vargas os EUA precisavam da aliança com o Brasil para enfrentar a Alemanha, não existia no mundo a linha “politicamente correta”, os EUA eram aliados de ditadores emblematicos como Somoza, Trujillo, Gerardo Machado, tiveram relações diplomaticas com a Italia fascista e a Alemanha nazista até 1941.

          Em 1964 havia a Guerra Fria e o temor da Teoria do Dominó com reverberação pela America Latina da Revolução Cubana,

          então os EUA apoiaram por essa razão governos não democraticos desde que anti-comunistas. Após 1990 o “politicamente correto” passou a prevalecer do Departamento de Estado, criando má vontade com governos ditataoriais como Saddam, Khadafi, que passaram a ter problmas com os EUA. Essa linha prevaleceu até a Presidencia Obama, hoje com Trump mudou.

           

      2. Inegável a participação dos

        Inegável a participação dos militares como atores políticos ao longo do período republicano.

        O que mudou

        Entretanto, há que se relembrar que as FA abrigaram dentro de si vertentes ideológicas discordantes, por vezes aderentes aos processos progressistas. Como exemplo, as disputas pelo Clube Militar no período de Vargas durante a criação da Petrobrás – os “entreguistas” (defensores de que o País devia ter o capital privado externo como fonte condutora da industrialização) e os “melancias” (“verdes por fora e vermelhos por dentro”, que consideravam que o Estado deveria ser o principal agente condutor).

        Pois bem, com a Ditadura, isso acabou. As divergências foram eliminadas – foi feita uma “sanitização” dentro das Forças, os avaliados como discordantes foram perseguidos, presos ou expulsos das FA. A ESG, criada em 1949 e celeiro do pensamento anti-varguista dentro das Forças, adotou a Doutrina de Segurança Nacional como seu ideário e o disseminou como dogma. Estabeleceu-se um deserto intelectual. Consolidou-se uma fratura profunda com a sociedade brasileira, onde os militares se viam e se identificavam como elite moral.

        O processo de redemocratização (consubstanciado na Constituição de 1988) e o fim da ameaça comunista (esfacelamento da URSS em 1991) deixaram os militares sem uma identidade; no campo interno perderam o “inimigo interno” e no campo externo deixaram o papel de auxiliar às tropas dos EUA numa eventual expansão comunista.

        Sem rumo

        Os anos 90, com o ideário neoliberal, cobrou dos militares uma justificativa para sua existência e fatia do orçamento, que eles não conseguiam dar. Sem aumento salarial e sem orçamento para investimento, os militares se retraíram, voltaram-se para dentro. Esse caminho “para dentro” poderia ter sido virtuoso, caso houvesse um aprofundamento da profissionalização, da expertise militar, onde a iniciativa é o elemento fundamental a ser cultuado – não se vence guerras sem iniciativa. Entretanto, foi um processo vicioso, com a burocratização adotada como solução de existência. Sem dinheiro para operar e sem uma identidade finalística definida, os militares tornaram-se operadores do papel, dos ofícios, dos despachos, dos ordenamentos, etc. Na burocracia não há espaço para iniciativa. A burocracia é o oposto da iniciativa. Tudo deve ser feito segundo o ordenamento escrito, sem desvios, sem “invenções”, cumprindo rigorosamente o check-list. E se o inopinado aparecer? Espera-se por ordens superiores.

        Como estamos

        Temos uma chefia militar ainda fortemente influenciada pelo ideário da ESG e seu mantra da Doutrina de Segurança Nacional, carente de uma identidade finalística e separados da sociedade (os políticos vistos como corruptos e não confiáveis e o povo identificado como massa ingênua, incapaz de tomar suas prórpias decisões). Que não nos iludamos, a construção de visão de mundo da ofialidade é o JN, CBN e GloboNews. O “nacionalismo” dos militares é contraditório e pobre, guiado pelos comentários de uma Míriam Leitão, William Waack e Arnaldo Jabor. Esse é o “nacionalismo” dos militares hoje. Daí os líderes citados pelo general Villas Bôas (Reagan, Thatcher e Macron) fazem todo o sentido.

        A iniciativa como valor foi abolida nos anos 90 e os chefes militares agem e pensam como burocratas. A estrutura militar é um mar de papel. Uma rotina endógena onde a Força cria sua própria demanda, geralmente solucionada com reuniões e longos estudos de militares para militares. Por que? Porque é barato, independe de elementos internos e gera autocongratulações para satisfazer o ego.

        O perigo que ronda

        Apesar de tudo isso, velhos hábitos são difíceis de se perder. As FA retomam o caminho do inimigo interno, que permite uma justificativa para sua existência: o “bandido” – traficante, contrabandista, ladrão de carga, assaltante; na sua maioria negros, pobres e moradores de comunidades carentes.

        A volta de um papel político de relevância, conseguido pelo protagonismo na segurança pública, começa a seduzir significativos segmentos militares ressentidos pelo esquecimento e pela falta de prestígio junto aos governos – trauma profundo que se arrasta desde o fim da Guerra do Paraguai, onde foi construído um sentimento não correspondido de dívida da Nação para com o Exército, devido ao seu esforço na guerra.

        A inserção na segurança pública oferece, ainda, a oportunidade de finalmente poder reprimir movimentos populares que sempre foram encarados pelos militares como “comunistas”, baderneiros, vândalos e violadores da “ordem”. Basta lembrar que um ex-comandante de Força, em carta aberta, rotulou o PT como “inimigo”.

        Com o aprofundamento do golpe e a necessidade de endurecer o regime, os militares serão cada vez mais empregados. Entretanto, sua falta de iniciativa e visão eminentemente burocrática os impedirá, por algum tempo, de exercer um papel de maior destaque na condução de algum processo político. 

         

  3. Que permita-me o companheiro
    Que permita-me o companheiro Saraiva.A entrevista do General Villas Boas,não merece análise de qualquer espécie,quiçá reflexão,seja ela dolorosa,espinhosa,deliciosa ou ao gosto do leitor.Ora,o General que fala em nome das Forças Armadas,é o fiador do golpe e nele está metido até o talo.Seria de uma ingenuidade solar,imaginar que o Golpe foi consumado sem o imprescindível aval do General,escondidinho atrás de uma coisa ridícula de que “o Exército brasileiro atua no estrito cumprimento das leis vigentes e sempre com base na LEGALIDADE,ESTABILIDADE E LEGITIMIDADE.Essa resposta é tão cretina que ele a usa com a mesma utilidade de um Bom Bril.

    1. Evidentemente que as forças armadas colocaram o seu aceite, ….

      Evidentemente que as forças armadas colocaram o seu aceite, porém por incrível que pareça perderam o sentido de estratégia e simplesmente não entenderam a confusão que estavam entrando sem ser o principal protagonista.

      A reação do general é simples, as forças armadas abonaram e aprovaram o golpe, porém não CHEFIARAM O GOLPE, agora enchergam que a única saída até o momento é a institucional. Os generais se deram conta que entraram nesta como sub-oficiais e não como estado maior, e agora fica muito difícil passar a ser o comando, coisa que certamente está sendo pensado.

      O importante notar é que as forças armadas não tem a tendência de aceitar o papel de figurantes. Golpistas eles mesmo! Tudo bem, dentro de um espírito reacionário e intervencionista, porém somente o apoio as normas “legais” não é bem o papel desejado das mesmas.

      Fica difícil as Forças Armadas se posicionarem neste momento, pois no local que naturalmente deveriam estar, junto a direita, este local está ocupado por um bando de corruptos e não nacionalistas, e se por acaso dessem um golpe nos dias atuais teriam que simplesmente prender além da esquerda, que já é por defaut, teriam que prender toda a direita.

      Por outro lado há outro aspecto ainda mais difícil. O grande irmão do norte, seria no momento o alvo de qualquer tendência nacionalista, ou seja, não tem Cuba, URSS ou China para justificar um alinhamento automático ao governo norte-americano, ao contrário, o ataque as indústrias nacionais mostra claro quem é o inimigo.

      Compatibilizar todas estas contradições foi o motivo da demora das respostas, pois no exército como não há pronunciamentos públicos como norma para saber o que passa pelas tropas é necessário meses de conversas, agravado pelo problema que se demora muito a perguntar as respostas que começa ouvir no fim não são as mesmas que ouviu há dois ou três meses.

    2. Ademais companheiro
      Ademais companheiro Saraiva,você trocou as bolas completamente.Aquilo que você chama de “dolorosa reflexão”eu a denomino de reflexão dolorosa,isto é,a tão propalada reflexões com dor.Ele está pregando à socapa,a Intervenção Militar.Logo você Saraiva,comendo esse alface?Depois que você faltou com o respeito à minha falecida Avó,em tempos idos e vividos,você nunca mais pôs o pé na estrada.

  4. Um general deveras piadista

    Um general deveras piadista

    É um piadista esse general: “Da mesma maneira, o princípio da autoridade deve ser fortalecido e o sentido da disciplina social e do coletivo nacional – sem luta de classes – deve ser recuperado”. Sem luta de classes, ouviu Karl?

  5. A grande arbitragem de poder

    A grande arbitragem de poder no Brasil de hoje está em mãos da Forças Armadas, só elas podem decidir.

    Quem vai governar o Brasil? O Poder Executivo ou o Poder Judiciario, que já é hoje o verdadeiro poder que comanda o Estado.

  6. ESSE QUEPE É UM

    ESSE QUEPE É UM GOZADOR;RESPEITO A CONSTITUIÇÃO? SÓ SE FOR A DAS PUTAS DELE. O CARA ACREDITA QUE ESQUECEMOS DO QUE DISSE O JUCÁ,ESTES VERMES FAZEM VISTA GROSSA AO VIOLENTO ATAQUE CONTRA A SOBERANIA NACIONAL.QUEM ACREDITA QUE DO POVO EMANA O PODER SÃO OS HIPÓCRITAS E OS IMBECIS.

    1. Se não fosse adotada uma linguagem meramente provocativa……

      Se não fosse adotada uma linguagem meramente provocativa concordaria em muito com o escrito, porém simplesmente a forma invalida por completo o conteúdo, chamando mais atenção a provocação do que qualquer coisa.

      Lave a boquinha reflita e escreva praticamente a mesma coisa, se não a mensagem é uma mera provocação.

  7. Irrelevante?
    A matéria quando

    Irrelevante?

    A matéria quando postada pela manhã, trazia uma foto do general olha de banda e, ao fundo, parece, o alto comando. Mudou, para uma com ele em revista da tropa.

    A princípio é a mesma coisa, mas, será?…

  8. Não estão nas reforma

    Não estão nas reforma “necessárias” do governo apesar do deficit na previdencia, poderiam ter perguntado se ele acha que a reforma necessária, onde dá para cortar gastos no exército… Poderiam ter perguntado para o General também se o exército tem e quanto tem em estoque de bala de borracha, bomba de gás…

  9. Meu comentário ao post de

    Meu comentário ao post de ontem. 

    Tem tambem um comentário a ele sobre a causa pétrea da eleições 2018 feito por André araújo, que respondo aqui e agora: Sendo sua realização uma Cusa Pétrea, as suas regras tambem são? Não poderia sofrer modificações que torne mais fácil para a direita e dificil para esquerda chegar ao Planalto? Sé Pétrea, por que tanto se escreve sobre o temos de ocorrencia da mesma, ignorancia ou certeza de que esses golpistas de tudo são capazes?

    A aprovação recente da  “reforma trabalhista” traz, segundo vários analistas, violações a várias causas pétreas que assegura/vam direitos sociais e supremo nem tchum, assim como a reforma da previdencia.

    O que estamos a ver é um congresso ensandecido passando o trator em tudo, supremo passando a patrola e as FFAA dizendo que respeitam a constituição, num verdadeiro elogio ao cinismo.  

     

     

     

    Seu Villas Bôas, e se as eleições de 2018 forem adiadas?

    O Sr. já disse e repetiu n vezes que as FFAA respeitam a constituição.

    As FFAA irão respeitar quem não respeita a constituição?

    E se o congresso sair com uma PEC jogando a eleição para as calendas ou alterando de tal forma as suas regras, que torne quase impossível ao escolhido pelo povo chegar ao Planalto, as FFAA irão respeitar? Digo isso lembrando do “Pacote de Abril” da ditadura, – Ditadura militar, bem entendido – que criou a figura de senadores bionicos, para alterar a regra do jogo, em pleno andamento do mesmo, lembra?

    Essa declaração de respeito a constituição é uma faca de dois legumes.

    Tanto pode dar aos democratas em geral, a esperança de que as regras do jogo serão respeitadas.

    Como tambem para os reacionários, pode ser um sinal de que basta ter maioria suficiente para alterar as regras do jogo, que as FFAA irão respetiar. É isso?

    Não devemos perder de vista, nunca, o caso mais emblemático de ditadura da história moderna, em que seu lider máximo galgou o máximo de poder, sem que para isso tivesse que golpear as instituições até então estabelecidas. Elas simplesmente dobraram a espinha diante da nova liderança.

    As FFAA estão dispostas a dobrar a espinha e rastejar, como de certa forma já vem fazendo, diante dos novos ditames constitucionais.

    É digno de respeito das FFAA quem tripudia sobre a constituição e a rescreve na cara dura?

    Sob a ótica aqui abordada, as reiteradas declarações de respeito a Constituição, mais parece um tucanagem.

     

    1. Clausula petrea é a

      Clausula petrea é a PERIODICIDADE DAS ELEIÇÕES, não se pode mudar o prazo entre eleições , alternando-se Prefeitos e Presidencia, Congresso e Governadores, é isso que não pode ser muado. Regras secundarias podem ser alteradas por PEC.

      A Reforma Trabalhista não aboliu nenhum direito previsto na Constituição. alterou apenas a CLT, que é lei infra constitucional.

      Para implantar o regime de 1964 a Constituição de 1946 foi abolida e o Governo se estruturou sobre Atos Institucionais e depois a Constituição de 1967. A base legal foi o Poder Instituinte, quem tem o poder de fato tem o poder de legislar, é um mecanismo

      inferior á Democracia mas é reconhecido como legal dependendo das circunstancias, paises NÃO democraticos tem relações internacionais no passado e hoje, o Governo Militar de 1964 foi reconhecido por todos os governos com quem o Brasil tinha relações, com exceção de dois, hoje ditaduras obvias ou paises não-democraticos como Russia, China e Cuba, agora tambem a Turquia, tem relações diplomaticas normais com quase todos os paises.

      As Forças Armadas brasileiras estão submetidas rigorosamente à Constituição de 88, não há duvida sobre isso.

  10. Calcanhares

    Exército fazendo continência e batendo calcanhares para o pulha mi$hell, para um canalha, um bandido, o asqueroso infame a destruir a nação, a dignidade de um povo e a soberania da Pátria.

    Como respeitar quem usa essafarda – essafarda?

    DESONRADOS SENHORES!

  11. FFAA devem saber: GLOBO é vddeiro “inimigo interno/ ‘externo'”

    Bomba: os Marinho colocaram a Globo na roleta do Cassino!

    Por “Dom Cesar” & Romulus

    No popular:

    – Os Marinho estão saindo fora!

    E, por isso, querem a grana toda…

    – … in cash!

    Com a moeda nacional desvalorizada, o país fica “barato” e o poder da “alavanca” de quem tem dólares torna-se muito maior.

    Some a isso, ainda:

    (i) a depressão econômica, barateando os ativos brasileiros no geral;

    e, no particular…

    (ii) a implosão de setores inteiros da economia nacional, via Lava a Jato.

    Resultado: xepa!

    E aí…

    Quem tem dinheiro na mão – a tal da “liquidez”… – é rei!

    *

    “Aposta na aposta, na aposta, na aposta, na…”

    – Os Marinho apostam no seu poder de viciar a “roleta do Cassino”, via Rede Globo…

    Para…

    Ao final…

    – Ganharem, também, na sua aposta principal: a especulação financeira.

    Haja alavancagem: um verdadeiro castelo de cartas!

    *

    “Castelo de cartas”…

    A espera de um…

    – … sopro??

     

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