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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), prendeu o diretor e outros médicos do Hospital Al-Shifa, o maior complexo médico da Faixa de Gaza. A ofensiva ocorreu pouco antes do início do cessar-fogo de quatro dias, acordado entre o Hamas e o governo israelense.
Muhammad Abu Salmiya foi preso junto com outros médicos, informou Khalid Abu Samra, chefe de departamento do hospital, à agência de notícias AFP, na madrugada de hoje. A prisão também foi relatada pela Autoridade de Radiodifusão de Israel e confirmada pelo primo de Salmiya, Adham Abu Selmiya, em uma publicação na rede social X, antigo Twitter.
Os médicos viajavam num comboio da Organização Mundial da Saúde (OMS) com pacientes para o sul de Gaza, quando foram parados e detidos pelas forças israelenses. Em meio ao ocorrido, o Ministério da Saúde de Gaza decidiu interromper a coordenação com a OMS sobre as evacuações, pelo menos até que o órgão explique o que de fato aconteceu.
“A Organização Mundial da Saúde ainda não nos enviou nenhum relatório que explique a situação, incluindo os números e nomes dos detidos”, disse Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde. “A impossibilidade de contatar o Al-Shifa significa que não sabemos quem foi preso… Há possibilidade de alguns desses detidos serem mortos. Sabemos que as forças de ocupação são capazes disso”, completou.
Em um comunicado, o Hamas afirmou que “denuncia veementemente” a prisão de Salmiya e de seus colegas. O grupo pede ao Comité Internacional da Cruz Vermelha e a outras organizações internacionais que apoiem os esforços pela “libertação imediata” dos presos.
O Hospital Al-Shifa tem sido o principal foco da ofensiva terrestre de Israel no norte de Gaza. No último sábado (18), as forças israelenses ordenaram a evacuação das instalações, sob a alegação de que combatentes do Hamas estariam usando o centro médico para fins militares. O grupo radical e as autoridades hospitalares negam as acusações.
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