AGU vai ao Congresso em defesa de ‘pedaladas fiscais’

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
[email protected]

Jornal GGN – O advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, vai defender o governo em plenário sobre as ‘pedaladas fiscais’. A informação é do Estadão, em reportagem assinada por João Villaverde e Adriana Fernandes. Segundo apurado, a decisão de Adams tem aval do Palácio do Planalto que entendeu que os termos usados pelo relatório pede a presença do advogado-geral nesta defesa. Leia a matéria a seguir.

do Estadão

Governo faz ofensiva para evitar derrota no TCU

JOÃO VILLAVERDE , ADRIANA FERNANDES  – O ESTADO DE S.PAULO

Objetivo é atenuar termos de relatório final do Tribunal de Contas da União sobre ‘pedaladas fiscais’

BRASÍLIA – O governo Dilma Rousseff inicia nesta quinta-feira, 22, uma ofensiva para atenuar os termos do relatório final de investigação do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre as “pedaladas fiscais” antes da votação em plenário. O advogado-geral da União, ministro Luis Inácio Adams, decidiu defender pessoalmente o governo em plenário, apurou o Estado. O caso deve ser votado no tribunal no fim de fevereiro.

A decisão de Adams tem aval do Palácio do Planalto. O governo entende que os termos usados pelo relatório, revelado pelo Estado há duas semanas, são “altamente relevantes e recomendam a presença física do advogado-geral da União”. Será a segunda vez na história que o advogado-geral vai ao tribunal defender o governo pessoalmente – a primeira foi no ano passado, quando o mesmo Adams argumentou contra o bloqueio de bens da presidente da Petrobrás, Graça Foster, no processo para investigar a compra da refinaria em Pasadena (EUA). Na ocasião, Adams saiu vitorioso ao evitar o bloqueio.

A principal missão da AGU será evitar que os ministros do TCU acolham os argumentos da equipe de dez auditores que apontou operações de crédito entre a Caixa e a União em 2013 e 2014. Isso porque houve atrasos nos repasses do Tesouro aos bancos públicos e privados, a chamada “pedalada fiscal”. A prática, vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), configuraria crime de responsabilidade, o que poderia envolver até mesmo a presidente.

Para derrubar a tese dos auditores, a AGU deve levar ao tribunal o entendimento de que, se o caso Caixa-Tesouro for mesmo tratado como operação de crédito, o argumento valeria, então, para todos os demais anos. Segundo o governo, houve atrasos de repasses semelhantes ainda em 2001, na gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. o tcu é um órgão do estado

    o tcu é um órgão do estado mas parece que age

    contra o próprio estado, em algumas ocasiões.

    muito estranho.

    a aprofundar os motivos.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador