Embaixada da Hungria demite funcionários brasileiros após vazamento sobre estadia de Bolsonaro

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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De acordo com site, as demissões seriam uma punição pelo vazamento de imagens, que mostram o ex-presidente hospedado na embaixada

Bolsonaro na Embaixada da Hungria. | Crédito: Reprodução

A embaixada da Hungria no Brasil exonerou, nesta terça-feira (3), pelos dois funcionários brasileiros, em meio ao vazamento de imagens de câmeras de segurança que expôs a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no local.

Segundo a CNN Brasil, as demissões seriam uma punição pela exposição das imagens, obtidas e reveladas pelo jornal americano The New York Times.

Após uma apuração interna, a representação húngara teria optado pelo demissão dos brasileiros que tinham acesso ao monitor que exibia as imagens em tempo real, informou a reportagem da CNN.

Entenda o caso

Investigado por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro teve o passaporte confiscado pela Justiça, para que não deixasse o país, em 8 de fevereiro. 

Já entre os dias 12 e 14 de fevereiro, o ex-presidente e dois assessores ficaram hospedados na embaixada da Hungria, em Brasília.

A ação logo foi vista como uma manobra de Bolsonaro para escapar da justiça brasileira, já que pelo direito internacional, embaixadas são áreas invioláveis.

Logo após as revelações das imagens, a defesa do ex-mandatário publicou nota afirmando que ele se hospedou no local a convite do embaixador, Miklos Tamás Halmai, com objetivo de “manter contatos com autoridades do país amigo“.

O mesmo argumento foi usado por Halmai, na semana passada, que teve que prestar esclarecimentos sobre o caso a secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, Maria Luísa Escorel.

A Polícia Federal (PF) abriu investigação sobre o caso e Bolsonaro também teve que explicar a estadia ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos casos envolvidos no Supremo Tribunal Federal (STF). 

Em ofício, encaminhado ao ministro, a defesa do ex-presidente afirmou ser “ilógico” sugerir que ele se hospedou na embaixada para pedir refúgio político.

Já no dia 28 de março, Moraes pediu uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os argumentos apresentados pelos advogados de Bolsonaro. Só após o parecer da PGR, que o ministro vai analisar o caso.

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