Empresa que enviou mensagens golpistas acumula contratos com governo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Algar Soluções tem pelo menos 15 contratos fechados; contrato com Celepar foi fechado em maio do ano passado

Foto: ROBIN WORRALL on Unsplash

Atualização em 28/09 para posicionamento da Algar Telecom

A empresa Algar Soluções em TIC, apontada como a responsável pelo disparo em massa de mensagens de cunho golpista por meio dos canais de comunicação do governo do Paraná, tem pelo menos 15 contratos estabelecidos com o governo federal.

E o Comando do Exército aparece como o órgão federal que mais utilizou os serviços da companhia, segundo reportagem do site Plural Jornalismo.

Todos os contratos foram fechados durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), sendo o primeiro em maio de 2019 para realização de serviços no Comando Militar do Sul, no Rio Grande do Sul.

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A Algar firmou contrato com a Celepar em maio do ano passado, para o envio de SMS no nome de órgãos do governo paranaense, um serviço que inclusive passou por reajustes neste ano: dos R$ 3,9 milhões inicialmente fechados, o valor do contrato passou para R$ 4,14 milhões.

“Vai dar Bolsonaro no primeiro turno! Senao, vamos a rua para protestar! Vamos invadir o congresso e o STF! Presidente Bolsonaro conta com todos nos!! [sic]”, diz o texto, enviado entre a noite de sexta-feira e a madrugada deste sábado.

Em nota oficial, a Celepar se coloca como vítima da Algar, assim como o governo paranaense, e que as mensagens foram enviadas sem autorização da estatal.

“O caso é grave e os responsáveis serão penalizados na forma da lei. Os órgãos policiais e eleitorais já foram acionados em todas as esferas e os boletins de ocorrência realizados para fins de investigação”, afirmou a companhia.

Em nota enviada ao Jornal GGN, a Algar Telecom afirma que está analisando o ocorrido, uma vez que foi detectado um acesso indevido à plataforma, com um IP que não pertence à operadora.

A Algar Telecom informa que a conta que realizou os disparos foi bloqueada, que continua analisando internamente a questão e que irá colaborar com a apuração dos fatos”, diz a empresa.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. O Ministério Público Federal está a serviço do golpe ou da preservação do sistema constitucional? Essa é a pergunta que precisa ser feita e respondida.

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