Exército abre mão de fiscalização de armas importadas até o fim do governo Bolsonaro

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Comando da Força militar teria que retomar a fiscalização este mês

Foto: Bo Harvey on Unsplash

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O Exército brasileiro decidiu prorrogar a liberação da fiscalização sobre importações de armas de fogo, munições e coletes à prova de bala até o começo de janeiro. As informações são do Estadão.

A inspeção dos militares deveria recomeçar em setembro, mas uma portaria assinada pelo chefe do Estado-Maior do Exército, general Valério Stumpf Trindade, publicada no boletim da instituição, abriu mão da ação até o início de um novo mandato presidencial.

Durante a pandemia, o Exército passou a aceitar de forma excepcional os chamados certificados internacionais de conformidade dos armamentos importados e deixou de fiscalizar os itens por meio do Departamento de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) da corporação e por parceiros privados.

No último dia 5 de agosto, o Exército abriu uma consulta pública para acabar definitivamente com a fiscalização sobre a importação desses produtos.

Segundo a reportagem, mais de um mês depois da ação e após receber mais de 11 mil contribuições, a instituição não revelou quais foram as sugestões recebidas e privou os dados sobre o caso.

CACs

A importação de armas e acessórios atende ao lobby dos colecionadores de armas, atiradores esportivos e caçadores (CACs).

Esta categoria teve um aumento significativo, em consequência das medidas do governo de Jair Bolsonaro (PL), que afrouxou as restrições de acesso a armas de fogo pelos civis.

Hoje, os CACs têm em posse mais de um milhão de armas.

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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