Para Pochmann, programa de Marina é mais neoliberal que do PSDB

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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do Blog da Cidadania

Marcio Pochmann: “Propostas de Marina são mais neoliberais que as do PSDB”

Por Eduardo Guimarães

Após a má repercussão de várias propostas de Marina Silva, ela recuou da maioria. Recuou do recuo sobre os homossexuais, recuou sobre abandonar o pré-sal, mas, até o momento, não recuou da “autonomia do Banco Central”, que a grande maioria dos brasileiros não sabe o que é e, por isso, não sabe o desastre que significaria.

Trocando em miúdos, um Banco Central independente significa aumentos dos juros muito maiores do que os que ocorrem hoje e, o que é pior, significa o virtual abandono de instrumentos menos perniciosos de combate à inflação.

Um Banco Central independente significaria que instrumentos de combate à inflação como desoneração de impostos ou importações de produtos que estejam em falta – e que, por estarem em falta, sobem de preço – dariam lugar à pura e simples elevação dos juros ao consumidor, política econômica que, usada sem parcimônia, gera desemprego e recessão.

Diante disso, o Blog pediu ao economista e ex-presidente do Ipea Marcio Pochmann que analisasse alguns pontos do plano de governo de Marina Silva que dizem respeito à economia.

Sobre Pochmann, ele se formou em Economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, concluiu pós-graduação em Ciências Políticas e foi supervisor do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Distrito Federal, além de docente na Universidade Católica de Brasília.

Também tem doutorado em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), foi pesquisador visitante em universidades de França, Itália e Inglaterra, atuou como consultor no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e no Dieese.

No plano internacional, foi consultor em diferentes organismos multilaterais das Nações Unidas, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Pochmann dirigiu a Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade do governo da prefeita Marta Suplicy em São Paulo e, a partir de 2007, passou a exercer a presidência do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

Nas eleições 2012, Pochmann foi o candidato do PT à Prefeitura de Campinas, mas não se elegeu.

Confira, abaixo, trechos da entrevista.

*

Blog da Cidadania – Recentemente, a candidata a presidente Marina Silva propôs independência total para o Banco Central. Como você vê essa proposta?

Marcio Pochmann – Bem, essa proposição existe há muito tempo no Brasil e, de maneira geral, ainda não havia sido levada para debate em uma campanha eleitoral. Entendo que a independência do Banco Central pode representar um retrocesso na democracia brasileira porque o órgão passaria a ser um aparelho do Estado não mais submetido à aprovação ou à votação popular, significando que os setores que são diretamente subordinados à atuação do Banco Central sejam eles os próprios a exercer o poder de forma independente naquilo que é quase central na política monetária, na política macroeconômica, que é o papel do Banco Central.

Blog da Cidadania – Você acredita que com um Banco Central independente o país passaria a combater a inflação usando aumento dos juros preferencialmente, antes de qualquer outro instrumento, como importações, desoneração fiscal da cadeia produtiva etc.?

Marcio Pochmann – De fato, essa independência significaria o estabelecimento de um poder paralelo na política macroeconômica. Nos Estados Unidos, por exemplo, o banco central tem um papel mais amplo do que apenas perseguir a estabilidade monetária. Nos Estados Unidos, o Banco Central tem um papel de perseguir tanto a estabilidade monetária quanto um melhor nível de atividade econômica e do nível de emprego. Nas circunstâncias brasileiras, você retiraria da administração pública ou do Poder Executivo a capacidade de gerir tanto a política monetária [taxa de juros] quanto a política cambial [a relação do real com outras moedas, sobretudo o dólar] e a política fiscal [aumento ou diminuição de impostos]. Portanto, você reduziria o poder do presidente, que é submetido à validação popular, dando esse poder a um setor que não tem nenhum compromisso com a democracia [o mercado financeiro].

Blog da Cidadania – Você acha que a política econômica que seria adotada por Marina Silva, caso fosse eleita, está clara no programa de governo que ela apresentou?

Marcio Pochmann – O programa de governo de Marina tem mais de 40 páginas e sobre vários pontos. Na parte econômica, o que fica claro é um neoliberalismo, uma terceirização de parte das atribuições do Poder Executivo. E não só na questão do Banco Central. No caso da política fiscal, o que diz esse programa de governo é grave porque se cria um “conselho de representantes” que retira do secretário do Tesouro Nacional e, portanto, do ministro da Fazenda a capacidade de fazer política fiscal e política cambial, deixando a taxa de câmbio submetida à vontade do mercado financeiro. É, indiscutivelmente, terceirização da gestão da economia.

Blog da Cidadania – Como você vê a posição manifestada por Marina Silva em relação ao pré-sal, que retira importância da exploração dessa riqueza?

Marcio Pochmann – Ela faz uma confusão entre a busca permanente e necessária da sustentabilidade ambiental e a capacidade do país de utilizar um recurso limitado que é o petróleo, esquecendo que a humanidade ainda não tem alternativa plena a essa fonte de energia, ainda que existam promessas nessa área. Abandonar a exploração do pré-sal significaria um grave retrocesso e uma brutal redução da atividade econômica no país.

Blog da Cidadania – Você concorda com a premissa de que Marina Silva é de esquerda?

Marcio Pochmann – Ela é uma mulher de trajetória progressista. Sempre foi vista como uma batalhadora, uma mulher corajosa, mas, obviamente, não se pode avaliar o governo que faria, com os aliados que tem e com os acordos que fez, a partir da sua trajetória pessoal.

Blog da Cidadania – Como você vê a frase “Marina tem uma trajetória de esquerda, mas seu programa de governo é de direita”?

Marcio Pochmann – No que diz respeito às propostas do programa de governo de Marina para a economia, elas são de um radicalismo mais neoliberal do que as do PSDB.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

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  1. Não é só ultra neoliberal,

    Não é só ultra neoliberal, mas  de uma má fé e irresponsabilidade…

    Vejamos: ela declarou que vai atualizar o preço dos combustíveis. Daí a inflação sobe. Daí se controla a inflação com o aumento dos juros. Daí o governo empresta dinheiro para  pagar os juros. Daí falta dinheiro para pagar as contas e o governo vai emprestar mais dinheiro dos banqueiros. Daí o juro sobre porque o governo esta procurando mais dinheiro. E por aí vai.

    Enquanto isso a Petrobrás deixa de receber investimento. Como se endividou para explorar o pré sal deixa de pagar os credores e se quiser emprestar dinheiro, só com juros altos. Daí a empresa entra em insolvência e justifica-se a sua privatização. E entrega-se dois coelhos de bandeja para o mercado: se privatiza a Petrobrás e joga-se o seu preço lá em baixo. Lembra da Vale no governo FHC?

    Como já anunciado no programa de Marina vai ser abolida a obragatoriedade do 60% do conteùdo nacional para a Petrobrás e a industria automobilistica. Desemprego a vista e desindustrialização do país. Aí aumenta o desemprego e aí…

    É melhor rezar para Marina Silva não ganhar a eleição porque periga das árvores da Amazonia sobreviverem mas o Brasil não.

    1. O erro foi usar o preço dos

      O erro foi usar o preço dos combustives para segurar o indice de inflação.

      Se Dilma for eleita ela também vai ter que reajustar o preço dos combustiveis.

      O governo petista gerou a inflação com o aporte de moeda “nova”,  para “estimular” a economia ele  aumentou a oferta monetária .

       

  2.  “Ela é uma mulher de

     “Ela é uma mulher de trajetória progressista. Sempre foi vista como uma batalhadora, uma mulher corajosa, mas, obviamente, não se pode avaliar o governo que faria, com os aliados que tem e com os acordos que fez, a partir da sua trajetória pessoal”.(Marcio Pochamann)

    Marina como disse Leonardo Boff se transformou em legitimadora dos opulentos. A função dela é exibir sua história pessoal como vitrine enquanto seus aliados, principalmente os financistas, se preparam para tomar de assalto o poder. É uma candidata marionete.

    Mas, ainda não será dessa vez que conseguirão. Já dá para perceber que as pessoas estão abrindo o olho. A tendência é cair nas próximas pesquisas. Se Aécio não fosse tão patético teria até alguma chance de virar o placar e ir para o segundo turno,mas o senador está tão viciado em criticar Dilma e o PT que está dificil virar o disco.

  3. Independência branca do BC já existe!

    Independência branca do BC já existe!

    Foi feita ao alçar o cargo de Presidente do BC a ministro, feito por Lula para poupar Meirelles da Receita na justiça de 1ª instância.

    Se definida a independência do BC em lei e revogada a medida de foro privilegiado ao cargo, teriamos autonomia operacional do BC, porém com o cargo de presidente suscetível ao que Chico Lopes passou, quando preso pela PF. Simples assim.

    Essa autonomia não seria entregar o BC aos neoliberais e ao mercado. Quem fez isso foi Lula colocando o tucano banqueiro Meirelles lá (isso se neoliberalismo existisse).

  4. Nelson Barbosa

    Prezados:

     

    Procede a informação de que Nelson Barbosa seria o substituto de Guido Mantega?

    Parece que a equipe de Dilma soltou isso, mas não vai confirmar. Seria uma forma de já sinalizar os rumos da Fazenda em 2015.

  5. Aguardando o comentário do

    Aguardando o comentário do Aliança Liberal, que não sabe o que é neoliberalismo, por isso diz que neoliberalismo não existe.

    1. E só você mostrar quanto que 

      E só você mostrar quanto que  foi a redução do tamanho do estado brasileiro, quanto foi a redução do gasto estatal, quanto foi a diminuição da carga tributária etc, para nos mostrar o efeito do neoliberalismo no Brasil.

      Como eu sei que não vai conseguir mostrar,  já que o “neoliberalismo” é apenas a reforma do estado interventor para que não entre em colapso como podemos ver hoje na Venezuela,  vai ficar feio para você continuar usando uma falácia do espantalho para defender o estado inchado.

      Mas, o pior você e seus “colegas” progressistas sabem que o destino do estado interventor e a falância de um país , mas continuam apoiar o estatismo para garantir a espoliação privado dos recursos coletivos, querem um estado inchado para se loclupetar deste.

      Parasita é parasita e não tem moral para falar nada , se esta se dando bem, blz, só não vem fazer “personagem” aqui.  Efeio homem adulto depender dos outros para viver. vai achar um trabalho produtivo e honesto.

       

    2. E só você mostrar quanto que 

      E só você mostrar quanto que  foi a redução do tamanho do estado brasileiro, quanto foi a redução do gasto estatal, quanto foi a diminuição da carga tributária etc, para nos mostrar o efeito do neoliberalismo no Brasil.

      Como eu sei que não vai conseguir mostrar,  já que o “neoliberalismo” é apenas a reforma do estado interventor para que não entre em colapso como podemos ver hoje na Venezuela,  vai ficar feio para você continuar usando uma falácia do espantalho para defender o estado inchado.

      Mas, o pior você e seus “colegas” progressistas sabem que o destino do estado interventor e a falância de um país , mas continuam apoiar o estatismo para garantir a espoliação privado dos recursos coletivos, querem um estado inchado para se loclupetar deste.

      Parasita é parasita e não tem moral para falar nada , se esta se dando bem, blz, só não vem fazer “personagem” aqui.  Efeio homem adulto depender dos outros para viver. vai achar um trabalho produtivo e honesto.

       

      1. Ué, antes neoliberalismo não

        Ué, antes neoliberalismo não existia, agora virou apenas “reforma do Estado interventor”?

        Milton Friedman(um comunista, segundo o Mises) é um desses reformistas do Estado interventor?

        Falando em parasita, você o que da vida, aliança, além de ficar lendo as “teses racialistas” dos racistões do Instituto Mises?

        Por sinal, você nunca comenta essas teses, é bem pouco produtivo nesse ponto, é vergonha?

  6. Qualquer economista que use o

    Qualquer economista que use o termo neoliberalismo, pode saber é  ideologo marxista.

    Vale tanto como falar que o programa de Dilma é mais comunista que o do PC do B.

    Ata lembrei comunismo não existe , agora o nome do diabo é progressismo, ou bolivarianismo, socialismo do século XXI.

    O futuro do nosso país será o mesmo da Venezuela.

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=X5fk89NZYv8%5D

    [video:https://www.youtube.com/watch?v=AfbU87v0v2U%5D

     

    1. Tio Almir que chá de direita

      Tio Almir que chá de direita foi esse que você tomou? Foram montados muitos factóides contra a Venezuela. É o petróleo, tio Almir.

      A classe média da Venezuela é tão idiota como toda classe média. O histórico é bravo. Apoiaram Hitler, apoiaram o golpe de 64, fecham com a Marina aqui e execram Chaves e Maduro. Quando o sociólogo Wanderlei Guilerme dos Santos foi no Brasilianas na tv disse que nos Estados Unidos foi a mesma coisa. Não querem repartir o status de classe média com ninguém. Comem ideologia de direita e depois se ferram porque a direita defende só os bilionários.

      1. Você esta negando os abusos

        Você esta negando os abusos cometidos pelo governo venezuelano  contra a população?

        Você criou um espantalho (classe média idiota) para bater e não vê  que a realidade é outra.

        Criticar, melhor combater  o regime bolivariano não significa apoiar o corporativismo, é uma falácia de falsa dicotomia.

        Ou se apoia Maduro ou  apoia Hittler, compreende a besteira que isso significa?

        O que será necessário que aconteça na Venezuela e no Brasil para que veja o autoritarismo crescendo no continente , me diga para que eu possa cobrar de você.

        [video:https://www.youtube.com/watch?v=OQuHL10ekEw%5D

         

         

         

         

    2. É uma piada.
      Não leram nem o

      É uma piada.

      Não leram nem o caminho da servidão. Na primeira edição brasileira, 75 ou 76, se não me engano, o prefaciador foi mais que claro “nós, neoliberais…”

      Era chique, muito chique… Agora vêm dizer que é tudo invenção do “comunismo internacional”, hahahaha!

      São uns malucos!

      1. São três usos para o termo

        São três usos para o termo neoliberalismo, neoliberais.

        1- O significado original.

        Eo que esta no Caminho da Servidão, aceitação de certo nivel de intervenção no laissez faire.

        2- O que hoje se entende como neoliberalismo pela  esquerda,

        Neoliberalismo e o supra sumo do capitalismo, do liberalismo, o retorno do próprio laissez faire.

        3- O que de fato foi o neoliberalismo na prática.

        Entendendo, o consenso de washington como sendo o neoliberalismo, e a reforma do estado interventor para que ele não colapse como é o seu destino natural. Ou seja não é o fim do intervencionismo e a redução do ritmo de intervenção.

        “Neoliberalismo” é uma figura retórica dos progressistas, um espantalho criado para bater, por que ele não significa o retorno ao laissez faire, pelo contrário.

         

         

  7. Pochmann está absolutamente certo quanto ao neoliberalismo

    Pochmann sabe das coisas. É isso mesmo. Se um dia cheguei a cogitar em votar em Marina Silva, isso não durou cinco minutos da leitura de seu programa de governo. O tal Estado Mobilizador é linguagem cifrada para um novo Estado Mínimo. Apesar de entender que a autonomia do BC, em si, não é objetivamente um problema, mas sim a política econômica efetivamente implementada, o fato é que, no contexto do programa, está muito claro qual será a função dessa medida.

    Não tem jeito, vou de Dilma. Não vou arriscar. Marina se comprometeu, para assumir o poder, com certas forças políticas não compromissadas com a melhoria da qualidade de vida em todos os níveis. Plínio de Arruda Sampaio, de saudosa memória, já tinha feito o diagnóstico de Marina nas eleições de 2010, especialmente num debate ocorrido na Rede Record. Ele estava certo. Marina era aquilo mesmo.

    1. Calma, pessoal, senão Argola

      Calma, pessoal, senão Argola já tem uma recaída e começa a fazer discursinho em defesa da anistia para os torturadores da “Revolução Democrática”.

  8. esse poder paralelo da

    esse poder paralelo da iniciativa privada, mais especificamente dos bancos e a decorrente  financeiização da economia, é o que criou na europa essa crise toda.

    nos  eua, a predominancia de wall street sobre toda a economia, que patina e desemprega.

    é dose pra elefante aguentar uma política economica mais radical do que a  proposta (já em si bastante insana ) do psdb – vide experiencias estagnantes e desempregadoras da era fhc.

    não recuaremos alguns anos, mas talvez séculos..

  9. Lá vem outra “emenda” no

    Lá vem outra “emenda” no programa de Marina. Agora, o latifúndio “é de Deus”

    Excelente a matéria do repórter Roldão Arruda, do Estadão, sobre as águas profundas da passagem de Marina Silva pela Expointer, ontem, no Rio Grande do Sul.

    Agora, segundo ele, é a definição de índice de produtividade dos latifúndios, para fins de desapropriação de terras ociosas que passou a ficar “pendente de revisão” no programa marinista.

    Marina anunciou -junto do outros pontos “já falecidos”, como a união homoafetiva – que iria revisar estes índices, que datam dos anos 70, quando a tecnologia agrícola engatinhava.

    E ontem, o agronegócio exigiu que Marina passe a foice na promessa.

    Aliás, querem mesmo é que se “avance” para o fim da desapropriação de terras improdutivas. Dizem que “o mercado” resolve isso sozinho:

    -Viu que o produtor rural, quando fica com a produtividade abaixo da média, quebra. É o mercado que desapropria. Não precisa de um índice especial. Tem índice para fábrica? Cinema? Restaurante? Não. Porque nunca economia liberal, competitiva, quem não for produtivo, quebra.”

    Quem fala é o ex-ministro Roberto Rodrigues, que conseguiu que Lula não fizesse a revisão e agora, com Marina, percebe a chance de sepultar de vez a ideia de desapropriar terras. Sim, porque cinema e restaurante quem quiser e puder abre um até nos fundos do quintal. Terra é uma só.

    O curioso é que estes índices não são uma perigosa invenção dos comunistas ou do MST. Foram fixados pelo governo militar e a lei tem hoje a forma que tomou  em 1993, em pleno neoliberalismo.

    O “programa” de Marina virou um “bunda-lelê”, como naquela música do Latino: todo mundo põe a mão, dos pastores aos latifundiários.

     

    http://tijolaco.com.br/blog/?p=20810

    1. O MST não consegue produzir

      O MST não consegue produzir nada e os assentados dependem de bolsa familia para se sustentar.

      Os assentamentos se tornaram terras improdutivas.

      1. Mentira

        Ignorância juramentada de sua parte, Anca Liberal. O MST só não produz mais – e com a qualidade de que se tornou símbolo – porque existem neo-reacionários como tu, que operam na zona escura e mentem desaforadamente neste espaço democrático. Tem certeza de que você não é o hectoplasma de Roberto Campos? 

    2. Se fosse aplicado o indice de

      Se fosse aplicado o indice de produtividade nos assentamentos do Incra não salva um.

      grande parte dos assentados recebem bolsa familia .

      MST e demais movimentos não querem reforma agrária querem a estatização do campo.

  10. Eu sou contra Banco Central

    Eu sou contra Banco Central independente MAS a explicação dada pelo articulista é tosca, dizendo que BC independente significa juros mais altos, não é nada disso, o BC do Japão é independente e colocou juros em ZERO e o BCE independentissimo trouxe os juros a 2% ao ano, o FED independente baixou os juros desde 2008 a 3% ao ano, como diz Delfim Neto, é chocante ver questões complexas serem tratadas com simplicidade, só não disse, mas eu digo, não é simplicidade, é pura ignorancia, o simplorio não domina temas complexos, e como o porteiro do hospital descrever uma operação do coração.

    1. O Pochmann não entende de

      O Pochmann não entende de economia, “grande autor de livros financeiros que não sabe o que são remessas unilaterais”?

      É o cúmulo, no Brasil é óbvio que o Bacen independente significa taxas de juros mais elevadas, simplesmente porque é do interesse das Necas da vida aumentar o valor de ativos financeiros em detrimento da economia real.

      1. Ninguem disse que o

        Ninguem disse que o entrevistado Pochman não entende de economia. A critica foi feita ao articulista que assina o post e não ao entrevistado. Defirnir Banco Central independente como auele que sobe os juros e como dizer que automovel é aquele veiculo que atropela gente, uma definição escruxula. Se Banco Central independente é aquele que sobre os juros, por contraposição Banco Central dependente do governo é aquel que baixa os juros, o que não é caso do nosso.

    2. Sabemos que o Japão é

      Sabemos que o Japão é extremamente diferente dos países latino-americanos em vários aspectos. Nesse sentido, acho oportuno termos como parâmetro, um país bem próximo ao Brasil. Olha  asituação da Argentina e o que aconteceu com o país após ter um banco central autonomo… Chocante é ter Delfim Neto como referência!

  11. Olha o que ninguém vai te

    Olha o que ninguém vai te mostrar nem a globo nem a carta capital..

    Em 25 anos, o Governo federalizou quase 35% do território nacional destinando-o a unidades de conservação, terras indígenas, comunidades quilombolas e assentamentos de reforma agrária. 

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