Família Bolsonaro comprou 51 imóveis com dinheiro vivo; patrimônio está avaliado em R$ 25 milhões

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Transações deste tipo costumam envolver lavagem de dinheiro e até ocultação de patrimônio

Jair Bolsonaro e seus filhos. Foto: Reprodução/redes sociais
Jair Bolsonaro e seus filhos. Foto: Reprodução/redes sociais

A família do atual líder do Executivo e candidato à reeleição pelo Planalto, Jair Bolsonaro (PL), adquiriu pelo menos metade do seu patrimônio em imóveis com o uso de dinheiro em espécie, nos últimos 30 anos. 

De acordo com levantamento patrimonial feito pelo portal UOL, o mandatário, cinco de seus irmãos, seus 3 filhos mais velhos, sua mãe e duas ex-mulheres negociaram 107 imóveis em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, desde 1990.

Desses imóveis, pelo menos 51 foram adquiridos total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo. Essas compras foram registradas nos cartórios com o modo de pagamento “em moeda corrente nacional”  e totalizaram R$ 13,5 milhões. Em valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), hoje este montante equivale a R$ 25,6 milhões. 

Outros 30 imóveis envolveram transações por meio de cheque ou transferência bancária, totalizando R$ 13,4 milhões (ou R$ 17,9 milhões corrigidos pelo IPCA). 

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Não é possível saber a forma de pagamento de outros 26 imóveis, que somaram pagamentos de R$ 986 mil (ou R$ 1,99 milhão em valores corrigidos). Nesses casos, a informação não consta nos documentos de compra e venda. 

A reportagem ainda destaca que ao menos 25 desses imóveis se tornaram objeto de investigações do Ministério Público do Rio e do Distrito Federal, como no caso das “rachadinhas” (apropriação ilegal de salários de funcionários de gabinetes).

Procurado, Jair Bolsonaro não se manifestou sobre qual a razão da preferência da família pelas transações em dinheiro.

Atualmente, o Senado Federal discute um projeto de lei que sugere a proibição do uso de dinheiro em espécie para transações imobiliárias, como forma de prevenir operações de lavagem de dinheiro ou ocultação de patrimônio. 

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Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

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