Existem poucas perspectivas com a concretização de um acordo comercial entre o Brasil e o Reino Unido pós-Brexit, muito por conta das tensas relações entre os políticos conservadores e o novo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo figuras próximas de Lula e ouvidas pelo jornal britânico The Independent, sucessivos ministros conservadores negligenciavam o contato com o petista, ao passo que buscaram relações cordiais com Jair Bolsonaro, apontado pela publicação como “líder de extrema direita”.
A Grã-Bretanha manteve contato mínimo com Lula e o PT nos últimos anos, enquanto diversos conservadores se reuniram com Bolsonaro e seus aliados – existem casos em que os encontros ocorreram antes mesmo que ele se tornasse presidente, mas “quando suas visões extremistas eram bem conhecidas”, ressalta o jornal.
O The Independent lembra ainda que Lula manteve relações cordiais com outros políticos britânicos, como Tony Blair, Gordon Brown e Sir Keir Starmer, enquanto o novo premier, Rishi Sunak, se limitou a enviar a um tuite cumprimentando o presidente eleito.
“O esquerdista de 77 anos selou um retorno impressionante na noite de domingo em uma vitória apertada sobre o populista Bolsonaro, cinco anos depois de ter sido preso por suposta corrupção após uma investigação iniciada por seu sucessor e rivais políticos”, diz a publicação sobre a trajetória de Lula nos últimos anos.
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