Nota do CNPq sobre os bolsistas do CsF na Espanha

Por Rabuja

Do CNPq

Nota sobre matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo

Em relação a matéria “Aluno brasileiro na Espanha custa 33% mais para governo que para família”, publicada no jornal O Estado de São Paulo, nesta segunda-feira (22/04), o CNPq informa que o jornalista desconsiderou informações relevantes para o correto entendimento dos leitores, fornecidas pelo CNPq sobre o Programa CsF na Espanha em 18 e 19/4, em resposta a perguntas enviadas pelo jornal. Dessa forma, esclarecemos:

A notícia ignorou a informação de que o acordo do programa Ciência sem Fronteiras com a Espanha foi feito por meio da Fundación Universidad.es, que realiza as seguintes atividades essenciais para o Programa:

1. Identifica as vagas disponíveis para o Programa CsF nas Universidades espanholas, classificando-as por curso, especialidade e qualidade da Universidade de destino;

2. Com base na lista de candidatos pré-selecionados pelo CNPq, a Fundación comunica aos bolsistas para que se inscrevam no site especialmente criado pela U.es para o Programa Ciência sem Fronteiras na Espanha (http://www.csf-espanha.es/);

3.Os bolsistas escolhem 3 cursos entre os disponíveis em cada chamada, em ordem decrescente de preferência

4. Para cada curso que o aluno escolhe, o sistema da Fundación abre janelas que permitem localizar as universidades que oferecem os cursos;

5. Os alunos são selecionados no sistema da Fundación, considerando a sua colocação na pré-seleção do CNPq, suas qualificações acadêmicas e de acordo com as exigências de cada uma das universidades espanholas;

6. A Fundación providencia a emissão de todas as cartas de aceite das instituições para cada aluno, necessárias para a emissão do visto no Brasil, e as envia diretamente aos candidatos;

7.Uma vez aceito o estudante, a Fundación Universidad.es contrata o seguro-saúde obrigatório, no valor de EUR 420, bem abaixo do valor de EUR 1080 que o CNPq repassaria diretamente aos estudantes para esta finalidade, se os mesmos contratassem o próprio seguro, o que representa uma economia de EUR 660;

8. A U.es realiza os pagamentos individuais das taxas acadêmicas de todos os alunos na Espanha, o que reduz drasticamente os custos operacionais que o CNPq teria se tivesse que pagar as taxas separadamente a cada Universidade espanhola, para todos os estudantes na Espanha (são cerca de 2100 apenas no primeiro ano do programa CsF);

9.Durante toda a estadia dos estudantes na Espanha a U.es oferece apoio operacional e acompanhamento, especialmente nos casos de problemas imprevistos, em coordenação com as universidades;

10. As universidades espanholas designam um tutor para acompanhar os alunos, que também tem a prerrogativa de se comunicar diretamente com a Fundación U.es, em caso de necessidades.

O valor acordado pelo pacote completo por aluno é de EUR 2400, o que inclui as taxas escolares e todo o complexo trabalho realizado pela Fundación universidad.es descrito acima. O valor do seguro saúde (EUR 420) é pago separadamente à U.es, totalizando EUR 2820, portanto abaixo do valor que seria pago por um estudante isolado, (EUR 1800 de taxas acadêmicas mais EUR 1080 de seguro saúde)

Em relação à reciprocidade, o texto publicado também não corresponde a íntegra da resposta enviada, tendo sido editado e suprimido pelo jornal. A frase “não há reciprocidade no envio de estudantes”, inserida entre aspas, não existe na resposta enviada pelo CNPq, como se segue: “A isenção de taxas para estudantes ocorre mediante acordo de reciprocidade, ou seja, quando há envio de brasileiros para universidade na Espanha e o recebimento de alunos espanhóis por universidade brasileira parceira. No caso do CsF, não há essa reciprocidade pelo fato de estarem indo muitos alunos de graduação brasileiros para a Espanha sem a vinda do mesmo quantitativo de alunos espanhóis para o Brasil.”

O CNPq lamenta que o Jornal não tenha considerado as respostas enviadas no prazo estipulado, resultando em reportagem que não informa adequadamente os leitores sobre a excelência acadêmica e de gestão do Programa Ciência sem Fronteiras, como atestado pelos bolsistas, parceiros e imprensa internacional.

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Luis Nassif

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