Novo Itamaraty assume “enorme trabalho de reconstrução” das Relações Internacionais do Brasil

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Chanceler falou em "enorme trabalho de reconstrução, depois de um retrocesso sem precedentes em nossa política externa"

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. | Foto: Antonio Cruz/Arquivo Agência Brasil

O novo ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, assumiu afirmando o “enorme trabalho de reconstrução” para o fim do isolamento internacional empregado por Jair Bolsonaro e a volta da diplomacia brasileira com o mundo. Prometendo “recolocar” o Brasil no debate mundial e “reconstruir nosso patrimônio diplomático”, Vieira foi empossado nesta segunda (02).

“A principal tarefa da política externa é reinserir Brasil no mundo. Recompor relações laterais desgastadas”, martelou o novo comando do Itamaraty. Nessa linha, apontou a prioridade de reforçar laços não somente com potencias globais, de alianças e prevendo a soberania brasileira, mas também com países emergentes.

Momentos antes da posse de Vieira, o ex-ministro de Jair Bolsonaro, Carlos Alberto França, esteve presente e fez considerações iniciais elogiando a sua própria gestão.

Sem se intimidar com a contradição das palavras, o chanceler iniciou o seu discurso criticando a falta de diplomacia e o rompimento de relações internacionais do governo Bolsonaro. Falou em “enorme trabalho de reconstrução, depois de um retrocesso sem precedentes em nossa política externa”.

“Aceito agora o desafio de retornar a esse lugar e a essas tarefas, consciente de que mudanças importantes ocorreram no Brasil e no mundo nestes mais de seis anos e meio desde a minha saída. Consciente, também, de que o Brasil tem muito a fazer para reconstruir sua inserção no mundo e em sua própria região”, disse.

Vieira foi ministro de Relações Exteriores durante o governo de Dilma Rousseff e elogiou a ex-presidenta, agradecendo a confiança durante o período em que atuou e disse que seu trabalho foi “interrompido”, em 2016, ao se referir ao golpe do impeachment.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Não basta restaurar a credibilidade internacional do Brasil e a política externa altiva/ativa. É preciso resoonsabilizar economicamente os vagabundos que afundaram o Itamaraty na lama causando prejuízos econômicos aos Brasil e aos agentes econômicos brasileiros que negociam no exterior.

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