Pesquisa sobre mercado de trabalho apresenta piora

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Dois dados calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) para verificar tendências do mercado de trabalho brasileiro apresentaram piora de fevereiro para março. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) recuou 8,6% em março, atingindo 64,9 pontos, nível similar ao do período imediatamente posterior à crise internacional de 2008, o que reforça o quadro de desaquecimento do mercado de trabalho nos próximos meses.

Todos os componentes do IAEmp evoluíram negativamente em março, sendo que o quesito que mede o grau de satisfação dos empresários do setor de serviços em relação à situação atual dos negócios exerceu a maior contribuição para a queda no mês, ao variar -13% na margem. A percepção da tendência dos negócios para os próximos meses da Sondagem da Indústria veio a seguir, com variação de -11,1%.

“A piora acentuada das expectativas do empresariado do setor de serviços em relação à situação atual e futura dos negócios no mês de março deve se refletir na deterioração rápida do emprego no setor, tanto nesse como nos próximos meses. Concomitantemente, o segmento industrial continua aprofundando sua crise, o que deve continuar se refletindo em demissões.”, afirma Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV/IBRE, em nota.

Ao mesmo tempo, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou 6,9% em março, atingindo 83,4 pontos e mantendo a tendência de alta iniciada em 2014. O resultado sinaliza uma nova piora do mercado de trabalho em março.

“Aliado ao resultado do IAEMP, o ICD mostra um aumento do desemprego, motivado por demissões, o que é capturado pela piora da percepção das famílias em relação ao mercado de trabalho. Como as demissões estão se alastrando para o setor de serviços, que é intensivo em mão de obra, parece que as famílias passam a perceber mais facilmente essa piora. Destaca-se que famílias de todos os extratos de renda apresentaram uma piora acentuada em sua percepção do mercado de trabalho, com destaque para aquelas pertencentes à classe média (cuja renda familiar está entre R$ 2.100 e R$4.800)”, aponta Moura. 

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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