“Bolsonaro está a beira de um golpe”: Vídeo explica o jogo dos Poderes

A instituição que hoje pode livrar o Brasil de Bolsonaro sem sujeitar-se à boa vontade do Centrão e da PGR é o TSE. Por isso Bolsonaro ataca frontalmente Barroso

O jornalista Luis Nassif explica a marcha golpista em andamento. Os protagonistas da trama são o presidente Jair Bolsonaro, que disse expressamente que reagirá fora da Constituição se for ameaçado pelo Poder Judiciário; o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, que vem sendo atacado pessoalmente por Bolsonaro e decidiu reagir à altura das ameaças encaminhando inquéritos contra o presidente; e o presidente da Câmara, Arthur Lira, que decidiu levar o projeto de voto impresso ao plenário da Casa, mesmo após a matéria ter sido rejeitada em comissão especial.

A última versão da proposta de voto impresso prevê que os crimes envolvendo o processo eleitoral serão investigados de maneira independente pela Polícia Federal, esvaziando o papel da Justiça Eleitoral. Para Luis Nassif, está claro que, se tudo der errado, Bolsonaro vai gerar convulsão social a partir de ataques às zonas eleitorais no dia da votação.

A única instituição com uma bala de prata, hoje, para barrar Bolsonaro é o TSE. Por isso, Bolsonaro ataca frontalmente Barroso. No TSE, há ações que podem cassar a chapa Bolsonaro-Mourão e tornar os dois militares inelegíveis por oito anos. A tramitação desses processos independe da vontade do Congresso (Centrão) ou da Procuradoria-Geral da República, que têm operado como escudo de Bolsonaro.

Redação

4 Comentários

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  1. Bolsonaro, seus filhos e pelo menos a cúpula do governo (civis e militares) não podem agir de outra maneira, não podem “jogar nas regras do jogo” e entregar o poder democraticamente. Esta possibilidade deixou de ser uma opção para eles depois de tudo que fizeram antes das eleições (seu passado, relações com o submundo, conexões com a extrema direita mundial), durante as eleições (intervenção FAs na disputa excluindo o principal opositor, financiamento ilegal para a construção de um aparato criminoso de comunicação virtual, etc.), e após as eleições (destruição ambiental, fortalecimento do submundo, utilização de um sistema paralelo de desinformação). Sem contar a forma heterodoxa com que governaram, o ponto central foi a gestão criminosa da pandemia, o rastro das centenas de milhares de cadáveres e de corrupção que deixaram.

    Se coloquem no lugar deles e se perguntem: Com esta bagagem, vocês realmente passariam a faixa presidencial ao seu principal opositor e ficariam expostos às garras da justiça? (sem contar o impacto que isso teria na imagem das FAs).

    Claro que eles não vão se render ou entregar, não existe a possibilidade deles cordeiramente desocuparem o poder que é o único lugar onde podem ainda se proteger de pagar pelo que fizeram. Como militares que são, vão lutar sim com todas as forças e todas as armas para se manter no poder e uma vez constatada a impossibilidade de vitória vão manobrar uma retirada estratégica, que no campo de batalha consiste em resistir ferozmente ao avanço do inimigo para negociar uma rendição vantajosa ou honrosa. Como eles sabem que não vão vencer nas urnas, vão tentar virar a mesa e se não conseguirem vão tentar negociar uma anistia. Mas para que isso seja possível (anistia) precisam causar muito estrago e não vai ser bonito o que vai acontecer daqui para a frente.

    Seja como for, a guerra está declarada e as instituições não podem tergiversar, devem avançar inequivocamente e para-los o quanto antes aproveitando que ainda têm força e posição. Não há o que esperar.

  2. Até o último suspiro.
    O golpe militar, estratégia, situação nacional e a geopolítica.

    Primeiro precisamos lembrar que sempre que tem votação de questões delicadas no congresso, o governo eleito em 2018 buscar criar conflitos institucionais para tirar o foco do congresso e facilitar as votações, e até em obtido grande sucesso, nas votas da retirada dos direitos trabalhista, reforma da previdência, privatizações.
    Agora temos a privatização do correios e a questão do voto impresso.

    Dito isso, precisamos lembrar que se não houve golpe militar até agora, não foi por falta de vontade ou tentativas.
    O que estamos assistindo são movimentos constantes para viabilizar um golpe militar, que vai permanecer até o último suspiro.

    Em função da pandemia não é possível avaliar corretamente as mobilizações sociais contra o golpe, o que dificulta uma avaliação dos militares disposto a realizar o golpe, pois a capacidade de resistência da sociedade [e pare fundamental para tomada de decisão, afinal é a cabeça que estará risco, se for dado uma passo em falso.

    Outro fator é divisão de poder que as forças armadas terá que fazer com as polícias e as melícias ligadas ao governo eleito em 2018, o que seria inédito em se tratando de gole militar no Brasil, onde os militares sempre exerceram o controle absoluto.

    A intervenção militar ocorrido no Rio de janeiro recentemente, que para muitos serviu de teste para avalia a viabilização do golpe militar, demonstrou as enormes dificuldades para as forças armadas controlar as polícias, as melícias e tráfico de droga.

    A questão geopolítica, fundamental para determinar a capacidade interna de resistência ao golpe militar, também precisa se avaliada.
    Temos a questão regional na América do Sul, onde vários países poderiam dar suporte para uma resistência interna, como o Peru, Bolívia, Argentina, Venezuela e Uruguai. O que certamente será considerado pelas forças armada na sua tomada de decisão, já que é praticamente impossível controlar as fronteiras em país com as dimensões do Brasil.

    Isto se diferencia da situação de outro golpes militares corridos no passado, onde a maioria dos países vizinhos colaboraram com os militares do Brasil e vice-versa.

    Na questão internacional, precisa ser colocado a questão das redes sociais operadas pelas grandes empresas americanas e uma chinesa. O que tornaria praticamente impossível praticar a censura, como ocorrer nos golpes militares no passado.
    A censura só seria possível com o bloqueio da internet, o que contraria os interesses das principais empresas americanas,

    Não falta vontade, muito menos faltará tentativas, mas a disposição de tentar alterar controle eleitoral, e aumentar o valor do bolsa família, é uma indicação de não condições para uma golpe militar.

    Com o golpe militar, não há necessidade de lei eleitoral, já que não haverá mais oposição, muito menos eleições.
    Muito menos do apoio popular dos mais pobres, já que os pobres serão tratados com a brutalidade militares.

  3. Até o último suspiro.
    O golpe militar, estratégia, situação nacional e a geopolítica.

    Primeiro precisamos lembrar que sempre que tem votação de questões delicadas no congresso, o governo eleito em 2018 buscar criar conflitos institucionais para tirar o foco do congresso e facilitar as votações, e até tem obtido grande sucesso, nas votações da retirada dos direitos trabalhista, reforma da previdência, privatizações.
    Agora temos a privatização do correios e a questão do voto impresso.

    Dito isso, precisamos lembrar que se não houve golpe militar até agora, não foi por falta de vontade ou tentativas.
    O que estamos assistindo são movimentos constantes para viabilizar um golpe militar, que vão permanecer até o último suspiro.

    Em função da pandemia não é possível avaliar corretamente as mobilizações sociais contra o golpe, o que dificulta uma avaliação dos militares disposto a realizar o golpe, pois a capacidade de resistência da sociedade é parte fundamental para tomada de decisão, afinal é a cabeça que estará risco, se for dado um passo em falso.

    Outro fator é divisão de poder que as forças armadas terá que fazer com as polícias e as milícias ligadas ao governo eleito em 2018, o que seria inédito em se tratando de gole militar no Brasil, onde os militares sempre exerceram o controle absoluto.

    A intervenção militar ocorrido no Rio de janeiro recentemente, que para muitos serviu de teste para avaliar a viabilização do golpe militar, demonstrou as enormes dificuldades das forças armadas em controlar as polícias, as milícias e tráfico de droga.

    A questão geopolítica também é fundamental para determinar a capacidade interna de resistência ao golpe militar, e certamente está sendo avaliada pelos militares.
    Temos a questão regional na América do Sul, onde vários países poderiam dar suporte para uma resistência interna, como o Peru, Bolívia, Argentina, Venezuela e Uruguai, o que certamente será considerado pelas forças armada na sua tomada de decisão, já que é praticamente impossível controlar as fronteiras em um país com as dimensões do Brasil.

    Isto se diferencia da situação dos golpes militares corridos no passado, onde a maioria dos países vizinhos colaboraram com os militares do Brasil e vice-versa.

    Na questão internacional, precisa ser colocado a questão das redes sociais operadas pelas grandes empresas tecnologia americanas e uma chinesa. O que tornaria praticamente impossível praticar a censura.
    A censura só seria possível com o bloqueio da internet, o que contraria os interesses das principais empresas de tecnologia americanas, não basta mais controlar, jornais, revista, rádio e tv.

    Não falta vontade, muito menos faltará tentativas, mas a disposição de tentar alterar controle eleitoral, e aumentar o valor do bolsa família, é uma indicação de que não há condições para uma golpe militar.

    Com o golpe militar, não há necessidade de lei eleitoral, já que não haverá mais oposição, muito menos eleições.
    Muito menos do apoio popular dos mais pobres, já que os pobres serão tratados com a brutalidade dos militares.

    No mais precisamos lembrar que o controle da aplicação e distribuição das vacinas será do governo federal, se houver vacinas.

  4. Estamos vivenciando um impasse onde nenhum dos lados possui condições de avançar na implantação de seu projeto. Logo, caminha-se para uma transição negociada por cima e similar a que encerrou o ciclo ditatorial de 1964. Sem grandes rupturas dentro da clássica tradição brasileira ou seja mudar para que tudo permaneça como esta. Estabelecida as normas, vamos ao jogo.

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