Inês Etienne Romeu é homenageada pela Comissão da Verdade de SP

Jornal GGN – Nesta quarta-feira (27), a Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo irá homenagear a ex-presa política Inês Etienne Romeu, falecida no ano passado e única sobrevivente da Casa da Morte, em Petropólis (RJ), aparalho de tortura que matou diversos opositores do regime militar. Inês passou por estupros, choques elétricos e humilhações durante 96 dias, e ficou preso durante oito anos, sendo a última presa política a ser libertada, em 1979. Dois anos após a assinatura da Lei da Anistia, Inês denunciou a existência da casa na Região Serrana no Rio, assim como identificou alguns dos torturadores. Ela faleceu no dia 27 de abril de 2015, aos 72 anos.

Em sua homenagem, será inaugurada uma placa no prédio do Arquivo Histórioco de São Paulo, sede da Comissão. Nos anos 90, Inês foi funcionária da Secretaria Municipal de Cultura, e, antes, havia sido diretoria do Arquivo Público do Estado de São Paulo e também do Núcleo Regional de São Paulo da Associação dos Arquivistas Brasileiros.

Homenagem da Comissão da Memória e Verdade a Inês Etienne Romeu
 
27 de abril, às 19h
 
Arquivo Histórico de São Paulo (Praça Coronel Fernando Prestes, 152)

Da Prefeitura de São Paulo

Homenagem à Inês Etienne Romeu pela Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura do Município de São Paulo no AHSP

O AHSP, juntamente com a Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura do Município de São Paulo, fará uma homenagem à arquivista Inês Etienne Romeu no dia 27 de abril, às 19h.

 

27 de abril de 2016, às 19h | Arquivo Histórico de São Paulo |

A Comissão da Memória e Verdade da Prefeitura do Município de São Paulo, em parceria com o Arquivo Histórico de São Paulo, fará uma homenagem à Inês Etienne Romeu no dia 27 de abril de 2016, data de um ano de sua morte.
 
Mineira de Pouso Alegre, Inês Etienne Romeu participou ativamente da luta armada contra a ditadura civil-militar no Brasil. A ex-presa política foi integrante da Vanguarda Popular Revolucionária – VPR, da VAR-Palmares e da Polop.
 
Após ser delatada, e presa pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, em maio de 1971, Inês foi torturada no DOI-CODI paulista e, depois, levada para Petrópolis/RJ, onde permaneceu por meses, confinada e torturada na chamada “Casa da Morte”, prisão clandestina do regime militar. Fisicamente debilitada, foi libertada pesando 32 kg, mas com a memória intacta. Para mantê-la viva, seus advogados decidiram levá-la oficialmente à prisão. Condenada à prisão perpétua, Inês foi anistiada em 1979.
 
Sempre corajosa, ainda sob o regime militar, denunciou os torturadores e localizou a “Casa da Morte” em Petrópolis.
 
Na década de 1980, foi diretora do Arquivo Público do Estado de São Paulo. Foi também, nas décadas de 1980 e 1990, diretora do Núcleo Regional de São Paulo da Associação dos Arquivistas Brasileiros (AAB), o qual precedeu a constituição da Arq – SP.
 
Em 2009, durante cerimônia oficial em Brasília e após discurso da ex-companheira de guerrilha, e então ministra, Dilma Rousseff, recebeu o Prêmio Direitos Humanos na categoria “Direito à Memória e à Verdade” das mãos do então Presidente Luis Inácio Lula da Silva.
 
Além de lembrar o importante papel de Inês na luta pela democracia e pela verdade durante a ditadura, a homenagem relembrará também a atuação dela enquanto arquivista, com relevantes feitos nessa área.

O evento será às 19h00, no dia 27 de abril, no Arquivo Histórico de São Paulo, que está localizado na Praça Coronel Fernando Prestes, 152, Bom Retiro, São Paulo – SP.

 

Redação

1 Comentário

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  1. Sobre “localizou a “Casa da

    Sobre “localizou a “Casa da Morte” em Petrópolis”, Nassif:  foi voce quem editou a reportagem da Veja?  Lembro me vividamente dela mas nao sei quem estava la quando Veja era Veja.

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