Petrobras, Shell, Total e empresas chinesas vencem leilão do Campo de Libra

Por Gão

60% do lucro ficará com as empresas, desse lucro, menos da metade deve ficar com a Petrobras e será dividido com acionistas privados. Da parte estatal não há garantia de que retorne ao conjunto da população, podendo ficar na própria empresa. Leilão com um participante não é leilão. Isso deve ser cancelado, cheira a cartel. Outros concorrentes deveriam elevar o percentual que fica com o Estado, a Petrobras não é o Brasil. O interesse nacional é obter o maior percentual no lucro que ficou na faixa de 40%, não é o “interesse da Petrobras” como se falava, mas que também saiu prejudicada no fim da história.

Do Terra

Libra: consórcio com Petrobras, Shell e chinesas vence leilão

O consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell Brasil, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC venceu o leilão do pré-sal do Campo de Libra, localizado na Bacia de Santos, que tem reservas estimadas de 8 bilhões a 12 bilhões de barris de petróleo recuperáveis (isto é, aquilo que pode ser comercialmente retirado do subsolo). O consórcio foi o único a apresentar proposta e venceu ao oferecer o mínimo de 41,65% do lucro do óleo, ou seja, do volume que exceder os custos de operação e os royalties.

O consórcio também terá que pagar um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões e arcar com um programa exploratório mínimo de cerca de R$ 610.903.087,00.

A diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, afirmou que a licitação é uma excelente oportunidade de aceleração do desenvolvimento industrial do país e do crescimento dos níveis de emprego e renda no país. “Serão aplicados 75% dos royalties do pré-sal na Educação e 25% na Saúde. E estimamos que apenas Libra seja capaz de gerar cerca de R$ 300 bilhões em royalties ao longo de 30 anos de produção”, frisou a diretora-geral da Agência.

De acordo com a comissão especial de licitação, as participações serão divididas em 10% para a Petrobras, 20% para a Shell do Brasil, 20% para a Total, 10% para a CNPC e 10% para a CNOOC, totalizando 70%. Pela regra do leilão, a Petrobras terá os 30% de participação restantes e será a operadora do campo – ficando com 40% no total.

Entenda
O governo separou a maior descoberta de petróleo já feita no Brasil para o primeiro leilão, em regime que garante à União a gestão das reservas. O leilão de partilha e exploração foi realizado no Rio de Janeiro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Caso confirmada a reserva, Libra se tornará o maior campo de petróleo do País, com volume superior aos campos de Lula (que tem reserva estimada de 8,3 bilhões de barris de petróleo e gás) e Franco (cerca de 5 bilhões), ambos no pré-sal da Bacia de Santos. Libra, portanto, não será o primeiro campo do pré-sal, mas será pioneiro sob o novo regime de partilha, em que a União é parceira na operação da área.

Pela regra do leilão, a Petrobras terá 30% de participação e será a operadora do campo. Seria escolhida vencedora do leilão a empresa ou o consórcio que oferecesse o maior percentual de lucro para a União. O mínimo que as empresas poderão oferecer é 41,65% do lucro do óleo, ou seja, do volume que exceder os custos de operação e os royalties. A Pré-Sal Petróleo também será responsável por controlar que o pagamento do lucro óleo seja feito corretamente à União.

Consrcio com Petrobrs, Shell e chinesas vence leilo de LibraClique no link para iniciar o vídeo Consrcio com Petrobrs, Shell e chinesas vence leilo de Libra

Antes mesmo de começar a operar no campo, a empresa vencedora terá que pagar um bônus de assinatura (o equivalente à compra do direito de explorar e produzir no campo) de R$ 15 bilhões. Mas a estimativa da ANP é que, quando começar a produzir, Libra gere R$ 30 bilhões por ano em participações governamentais (isto é, partilha da produção e royalties) para a União, os estados e municípios.

Dez empresas se habilitaram para participar da licitação, inclusive a Petrobras. Além da estatal, habilitaram-se para participar da rodada as empresas chinesas CNOOC e CNPC, a anglo-holandesa Shell, a malaia Petronas, a francesa Total, a japonesa Mitsui, a indiana ONGC, a colombiana Ecopetrol e a Petrogal. A Repsol Sinopec Brasil também iria participar do leilão, mas anunciou a desistência na manhã de hoje.

Manifestantes recuam com a ofensiva da Força NacionalClique no link para iniciar o vídeo Manifestantes recuam com a ofensiva da Força Nacional

O imenso reservatório do pré-sal de Lula, por exemplo, foi a primeira grande descoberta do pré-sal, mas a área já estava concedida à Petrobras e, portanto, opera sob o regime de concessão, em que o Estado recebe apenas royalties e participações especiais nos lucros de grandes campos.

Prazos
O contrato de partilha para a área de Libra terá duração de 35 anos, dos quais 4 anos serão voltados para a fase de exploração e o restante destinado ao desenvolvimento e produção.

Partilha
A União e o consórcio vencedor partilharão mensalmente o volume de petróleo e gás natural produzido em Libra. A parcela do excedente em óleo que caberá à União deverá variar de acordo com a média do preço do petróleo tipo Brent e a média da produção diária de petróleo dos poços produtores do campo.

Compensação por investimentos
O consórcio vencedor poderá recuperar mensalmente o custo em óleo – entre investimentos realizados para explorar e desenvolver a área – respeitando o limite de 50% do valor da produção nos dois primeiros anos de produção e de 30% do valor da produção nos anos seguintes, para cada sistema produtivo do bloco. No entanto, se os gastos não forem recuperados neste período, havendo necessidade, o consórcio poderá ficar com o percentual de 50% do valor da produção até que os respectivos gastos sejam recuperados.

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Poder governamental
A Pré-Sal Petróleo (PPSA) terá 50% do poder de voto no Comitê Operacional, enquanto a Petrobras terá no mínimo 15% dos votos. Desta forma, o governo terá pelo menos 65% do poder de voto na gestão da área do pré-sal, com possibilidade de este percentual crescer caso a Petrobras entre com participação no consórcio acima do mínimo exigido por lei.

Exportações
As empresas que participarem do consórcio de Libra poderão dar o destino que quiserem ao petróleo de sua cota na partilha, ficando livres para exportá-lo. No entanto, em situações de emergência que possam colocar em risco o abastecimento nacional de petróleo, bem como de seus derivados, a ANP poderá determinar ao contratado que limite suas exportações.

Com informações da Reuters e Agência Brasil

Luis Nassif

43 Comentários

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  1. E o que essa vaca da Shell

    E o que essa vaca da Shell esta fazendo no meio disso???????

    As americanas entraram?  Entao voces estao fudidos pelo proximo seculo:  vide Oriente Medio.

  2. Percentual do Lucro que ficará com o estado

    Baseando-me no estudo cujo link colocarei abaixo. Fiz um cálculo (figura 1 ) que indica que o percentual do lucro que ficará com o governo no regime de partilha é pelo menos 12 pontos percentuais ( ~80 bi de dólares ) maior do que o cenário do regime de concessões para campos com grande produção em aguas profundas – sendo que o percentual tende a piorar com valores maiores do barril ( tabela 1 ) . E no mundo trata-se do terceiro melhor regime em termos de remuneração governamental, com 69 %, só perde para o modelo chinês e Venezuelano, igualando-se ao Russo (tabela 2 ). E levando-se em conta o dividendo da Petrobras a que tem direito o governo a participação aumenta para 76 %, a segunda melhor do mundo.

    Acrescento a isso tudo o fato da Petrobras ser OPERADORA ÚNICA, isso é o principal fator diferenciador dos modelos e garante controle da união sobre o ritmo de exploração, conteúdo nacional do fornecimento de bens , acuidade das informações sobre a quantidade de óleo sendo retirado, etc, etc, etc ! Fatores importantíssimos para garantir que a exploração do campo garanta o desenvolvimento ao país e remunere corretamente o estado em uma indústria marcada pela trapaça e cobiça.

    Dito isso acrescento que não acho a partilha a melhor opção para Libra, e sim o artigo 12 da lei, que permite a contratação da Petrobras diretamente pelo governo para explorar o campo, porém não há como negar que o regime de partilha é muito superior ao de concessões e não é de maneira nenhuma uma entrega do petróleo aos estrangeiros, pelo contrário, tem sido até criticado como “estatizante”….

    Fonte: http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/Premio_TN/XVIPremio/financas/2tefpXVIPTN/Tema_4_2.pdf

     

     

     

    1. Dou o braço a torcer.

          Vencemos no principal que é o ganho do estado, além do comando da exploração, melhor que o regime anterior sem dúvida, que podia ser melhor podia mas já está bom, estatizante sim no que ser refere ao comando mas na paricipação tanto da petrobrás como do governo nos dividendos da petrobrás(acho que faltou no cálculo) ficamos um pouco para trás mas no geral nos saimos muito bem

  3. Uma questão de princípio

    Muitos tem uma visão ideológica, o que é um direito deles, diga-se de passagem, de que o monopólio estatal do petróleo deveria ser restabelecido, então acham que esta tudo errado, pondo defeitos em tudo que foi feito, e fosse lá qual fosse o resultado do leilão seriam contra por uma questão de princípio, e nesse caso percentuais e outros dados não vão convencer essas pessoas. Não é o meu caso, pois acho que se deve buscar um meio termo entre a estatitazação e a privatização, e me parece que foi este o caminho escolhido pelo governo. 

  4. Dúvidas!!!

    São tantos os argumentos de cada lado, que eu não sei mais quem tem razão…

    Vou para de ler os argumentos prós e contras, senão fico maluco…

    1. Os dados do Paulo Cezar são mais completos

       Ainda tenho minhas dúvidas mas se o percentual do governo for mesmo 69% sem dividendos eu fico mais tranquilo, ainda é estranho a petrobrás ficar com uma parcela de 40% e a parcela mínima de 41% ter prevalecido no leilão, me parece que faltou o percentual do governo na petrobrás no cálculo mas estou começando adar razão ao Brizola Neto e ao PHA que tanto defenderam o leilão.

      1. O PERCENTUAL DO GOVERNO

        O PERCENTUAL DO GOVERNO LEVANDO EM CONTA OS DIVIDENDOS DA PETROBRAS SÃO DE 75,8 %. É A ÚLTIMA LINHA DA TABELA DE CÁLCULO….

    2. contra-argumento do contra

      leia somente os argumentos nacionais que os do mercado futuro sem futuro são mesmo implacáveis incalculáveis indesconfiáveis inescrutáveis insondáveis, seja nos prós seja nos contras, pois que todos arguam que tem “alemão no campo petrolífero abissal” pelo zeitgeist exploratório das plataformas ideológicas e das pontes político-culturais construídas superfaturadas atrasadas aditivadas ainda na planta cartel cartorial na chave fenomenológica da crítica da razão cínica.

  5.  
    “60% do lucro ficará com as

     

    “60% do lucro ficará com as empresas, desse lucro, menos da metade deve ficar com a Petrobras e será dividido com acionistas privados. Da parte estatal não há garantia de que retorne ao conjunto da população, podendo ficar na própria empresa. Leilão com um participante não é leilão. Isso deve ser cancelado, cheira a cartel. Outros concorrentes deveriam elevar o percentual que fica com o Estado, a Petrobras não é o Brasil. O interesse nacional é obter o maior percentual no lucro que ficou na faixa de 40%, não é o “interesse da Petrobras” como se falava, mas que também saiu prejudicada no fim da história.”

    Gão,

    A União ficou 74% da partilha ,o ideal ao meu ver, seria 80%. De qualquer forma é uma vitoria sem precedentes para o Brasil que  pode vetar até espirro dessas empresas.

     

     

  6. OS NÚMEROS FINAIS DO LEILÃO

    OS NÚMEROS FINAIS DO LEILÃO DE LIBRA

    Receita bruta por barril (A) US$ 100

    Royalties (B=15%*A) US$15

    Custos de Extração (C) US$30

    Receita líquida (D=A-B-C) US$ 55

    Óleo Governo (E=41,65%*D) – US$ 22,91

    Óleo Consórcio (F=D-E) US$ 32,09

    Imposto Renda (G=25%*F) US$ 8,02

    CSLL (H=9%*F) US$ 2,89

    Lucro Final do Consórcio (I=F-G-H) US$ 21,18 (30,2%)

    Parcela da Petrobras no Lucro do Consórcio (40%) – US$ 12,05

    Fatia do Governo s/ dividendos (L=B+E+G+H) US$ 48,82 (69,8%)

    Dividendos governamentais sobre lucro da Petrobras(48%) – US$ 5,76

    Fatia do Governo com dividendos da Petrobras – US$ 53,05 (75,79%)

    Receita governamental sobre reserva estimada de 10 bilhões de barris = 488,2 bilhões de dólares.

    Custo de produção ( equipamentos, pessoal, insumos, dutos, sondas, navios-tanque, etc) – 300 bilhões de dólares.

    Lucro do consórcio: 211,8 bilhões de dólares, sendo 120,5 bilhões da Petrobras, dos quais 48% (57,84 bilhões) correspondem a dividendos governamentais.

    Resultado final 75,73% para a união.

    1. No custo de produção…

      …estão incluídos os JSCP e a depreciação?

      Para os juros sobre capital próprio, considerando o teto que é a TJLP, sobre o valor investido anualmente pode-se deduzir dos lucros 5% do montante, que arcará apenas com 15% de IR sobre o valor apurado.

      Para a depreciação vamos considerar o mínimo, 5% anuais para o valor do bem. Não esquecendo que para equipamentos que operam 24 horas/dia este percentual pode dobrar.

      1. Se fosse 100%,reclamava do 1%

        Deixa de ser chato,diante da conjuntura,o pais ganhou.voçe fica pegando em pormenores tentando tirar o brilho de um gtande negócio.Negócio é isto tem que ser bom para os negociadores,e Brasil ainda ficou com o boa parte do filé,muito melhor que no sistema de concessão,que ficaríamos com 10 % e chupando o dedo.E outra,o dineiro ja tem destino certo,educação,é assim que se cria uma nação,cria-se cidadãos.

        1. acho que entendi

          oi Avelino, revendo o pronunciamento da Presidenta acho que fechei a conta .A Presidenta falou em 85% da união + Petrobras.

          Juntando com a tabela acima chego a conclusão de que são 75% da união e 10% da Petrobras.

          abraço.

  7. Brasil distancia-se dos EUA

    publicada segunda-feira, 21/10/2013 às 17:31 e atualizada segunda-feira, 21/10/2013 às 17:20

     

     

    por Darío Pignotti no Pagina/12, tradução por Vila Vudu

    As edições eletrônicas do Wall Street Journal e do Financial Times dedicarão amanhã uma cobertura agitada, recolhendo repercussões minuto a minuto do leilão a realizar-se no Brasil, do campo de petróleo Libra, de 1.500 km2, com cerca de 12 milhões de barris em águas profundas a 183 km da costa do Rio de Janeiro, e que, em alguns anos, pode estar produzindo 1,4 milhões de barris/dia, volume equivalente a 70% do que o país produz hoje.

    Petrobrás e três petroleiras chinesas (não se descarta a formação de um consórcio sino-brasileiro, à última hora) aparecem entre as onze empresas que participarão da disputa pelo campo de Libra, da qual não participarão as “grandes irmãs” norte-americanas, por causa do estresse diplomático surgido entre Brasília e Washington, depois que se revelaram os atos de espionagem perpetrados pela Agência de Segurança Nacional dos EUA contra a Petrobrás e a presidenta Dilma Rousseff, dentre outros alvos sensíveis.

    Por baixo e por trás das notícias em tempo real que já sufocam e mais ainda sufocarão amanhã, de índices da Bolsa e corretores e ‘especialistas’ com opiniões de curtíssimo prazo, há uma história de que pouco se falará, transcorrida nos últimos anos, e que permite compreender realmente o que está em jogo: uma reacomodação de forças na geopolítica do petróleo.

    Celso Amorim era chanceler, em julho de 2008, quando recebeu um telefonema de sua contraparte norte-americana Condoleezza Rice, que lhe sugeria que recebesse sem alarme a notícia de que seria reativada a 4ª Frota, sob jurisdição do Comando Sul dos EUA, anunciada alguns meses depois de que foram descobertas, em 2007, grandiosas reservas de petróleo no litoral de Campos e de Santos, nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo.

    Nem o chanceler Amorim nem seu chefe, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levaram a sério a retórica de tranquilização da serventuária de George W. Bush. Aliás, foi exatamente o contrário: houve alarme no Palácio do Planalto. Lula, Amorim e a então ministra Dilma Rousseff, que começava a aparecer como candidata à presidência, compreenderam imediatamente que a presença da Marinha dos EUA nas costas cariocas seria uma ostentação de poderio militar sobre os 50 bilhões de cru de boa qualidade ali guardados, a mais de 5.000 metros de profundidade, numa zona geológica conhecida como “pré-sal”.

     

    Mas, à parte os questionamentos em foros internacionais, especialmente latino- americanos, pouco o Palácio do Planalto pôde fazer naquele momento, contra a ostentação de supremacia militar dos EUA e sua decisão de que a 4ª Frota – braço armado das petroleiras de bandeira norte-americana Exxon e Chevron no hemisfério – viraria a proa na direção sul.

    Lula e sua conselheira em assuntos de energia, Dilma Rousseff, viram-se num dilema: ou adotar uma saída à mexicana, como a do atual presidente Enrique Peña Nieto, que se mostrou disposto a privatizar a Pemex, embora o termo empregado tenha sido “modernização”; ou injetar dinheiro e mística nacionalista para fortalecer a Petrobrás como vetor de uma estratégia destinada a salvaguardar a soberania energética. Por fim, o governo do Partido dos Trabalhadores (PT) optou pela segunda via, e implantou-a, mediante uma bateria de medidas de amplo espectro.

    Capitalizou a Petrobrás, com o objetivo de reverter o efeito de esvaziamento da empresa herdado do governo do PSDB, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002); e conseguiu aprovar, ao final de 2010, uma lei “estatizante e intervencionista” para o petróleo – na opinião de políticos neoliberais e do lobby britânico-EUA, sempre ampliada e repercutida infinitas vezes pelos jornalistas das principais empresas de jornalismo no Brasil.

    Ressuscitou o projeto de construir um submarino atômico com a França, país com o qual o Brasil assinou em 2009 um acordo militar (que avançou menos que o prometido); exigiu nos organismos internacionais a expansão da plataforma marinha, para assegurar que ninguém aparecesse para disputar a titularidade dos campos de petróleo submarino, e promoveu o Conselho de Defesa da Unasur, com apoio de Argentina e Venezuela e indefinição dos colombianos.

    Como braço auxiliar dessa linha de ação governamental, o PT operou uma perseverante aproximação com o Partido Comunista Chinês, antessala para estabelecer laços de confiança política com a nomenclatura do Estado asiático, com cujo Banco de Desenvolvimento o Brasil assinaria afinal, em 2010, uma série de pré-acordos para concessão e empréstimos de dezenas de milhões de dólares à Petrobrás.

    Paralelamente aos movimentos brasileiros para salvaguardar seu interesse nacional e para alcançar um lugar para o Brasil entre as potências do petróleo, a Agência de Segurança Nacional dos EUA dedicava-se a roubar informações estratégicas do Ministério de Minas e Energia, e os diplomatas norte-americanos que operavam em Brasília [e em outras capitais] enviavam telegramas secretos a Washington, nos quais o chanceler Amorim era pintado como “diplomata antiamericano”.

    Há três meses, quando Dilma Rousseff foi informada sobre as manobras da Agência de Segurança Nacional dos EUA, uma fonte do Planalto disse a Página/12 que a presidenta evitaria “radicalizar” a situação, porque confiava numa conciliação com os EUA, em visita oficial marcada para dia 23 de outubro. Mas, em setembro, Dilma se tornou irredutível, ao saber que os espiões norte-americanos haviam violado até as comunicações da Petrobrás.

    A decisão de suspender a visita de estado a Washington, mesmo depois de Barack Obama ter renovado pessoalmente o convite, não deve ser interpretada como gesto impensado, que não foi; e suas consequências afetaram decisões cruciais.

    O fato de que não haja inscrita nenhuma petroleira dos EUA, para participar do leilão de amanhã do megacampo de Libra, e de que três poderosas empresas chinesas, duas das quais são empresas estatais, estejam na disputa, é sinal claro de que a colisão diplomática teve, sim, repercussão prática.

    Que fontes próximas do governo tenham deixado transparecer que há a possibilidade de que se constitua um consórcio entre a Petrobrás e alguma empresa chinesa, revela que a geopolítica de Brasília para o petróleo inclina-se para Pequim – que já é seu principal sócio comercial. E se isso tudo já não bastasse para demarcar o distanciamento estratégico entre o Planalto e a Casa Branca, semana passada o indigesto (para Washington) ministro Celso Amorim, agora no posto de ministro da Defesa, iniciou conversações com a Rússia, para analisar a compra de caças-bombardeiros Sukoi.

    Foi só uma sondagem, mas se essa compra for formalizada, será considerável revés para a corporação industrial-militar dos EUA, que imaginava vender seus caças Super Hornet ao Brasil, durante a visita que Dilma já não fará.

     

    1. Analise puramente ideologica

      Analise puramente ideologica como só poderia ser sendo da PAGINA 12, porta voz da Casa Rosada. Depois da Petrobras a maior participação é das duas petroliferas europeias e não da China,  a superficialidade, a ligeireza, a pobreza mental é completa. Um negocio de petroleo não faz um Pais do tamanho do Brasil “”se inclinar para Pequim””, aliás Pequim era no tempo do Chiang Kai Shek, hoje é Beijing, da mesma forma que uma concessão para a Chevron, a maior do campo de Orinoco na Venezuela, 20 vezes maior que Libra, não faz Caracas   “se inclinar”” para Washington.

      Negocios de petroleo não tem ideologia, Khadafi negociava com a Exxon mesmo quando xingava diariamente os americanos, o petroleo de Cabinda da marxista Angola é todo de empresas americanas e o maior freguês de exportação é os EUA. O petroleo da PDVSA vai para os EUA onde é refinado nas refinarias do Texas que pertencem a CITGO, grande distribuidora americana que é controlada pela PDVSA, mesmo quando Chavez chamava Bush de “”EL DIABLO” no pódio da Assembleia Geral da ONU.

      De qualquer modo, os mapas sismologicos que indicam o ponto de perfuração são produzidos pela Schlumberger franco -americana, os equipamentos e brocas de perfuração são da texana Halliburton e as sondas são da Transocean, com sede na Suiça mas controlada por americanos. Como a Petrobras será a operadora e esses são seus fornecedores tradicionais dificilmente serão trocados ou será que a Petrobrás que não aceitou a Sinopec construindo o Gasene por falta de confiança vai aceitar brocas chinesas?

  8. Parei de ler logo no primeiro

    Parei de ler logo no primeiro páragrafo matemágico:  “60% do lucro ficará com as empresas, desse lucro, menos da metade deve ficar com a Petrobras e será dividido com acionistas privados”. (!!!!!!!!!)

    Santo Deus!! Que tragédia!! Acabei de ver acionistas da Petrobrás chorando na bolsa de valores. A presidenta Dilma acaba de anunciar luto nacional. Obama fez o mesmo nos EUA, pois as suas petroliferas não quiseram pegar essa barbada. O pote de ouro sobrou para a Shell, Total e as chinesas…. Que vacilo Obama! Seus espiões não prestam! 

    Virou uma praga isso. A realidade não existe. Cada um inventa a sua.

  9. Continuo com a minha opinião

    Considerando que os cálculos do Paulo Cezar estejam corretos:

    US$ 53,06 por barril x 15 bilhões de barris (caso consigam bombear todo este volume) = US$ 795,9 bilhões de dólares.

    Considerando que demore 20 anos para Libra exaurir teremos em média US$ 39,8 bilhões por ano. Com o câmbio em torno de R$ 2,20 equivalem a R$ 87,6 bilhões… ou um pouco mais de 5% da arrecadação tributária prevista para 2013… ou ainda R$ 37,00 mensais para cada brasileiro…

    Isto posto, existem dois cenários:

    A) O aparecimento de uma nova fonte de energia mais barata que o petróleo. Neste caso nada perderíamos com a não exploração, visto que o ganho sistêmico compensará esta receita temporária.

    B) O petróleo pelos próximos cinquenta anos continuará reinando, neste caso estamos hipotecando o futuro.

    Continuando com a minha modesta opinião. A exploração do Pré-sal deveria ser exclusiva para garantir o abastecimento interno.  Caso nos próximos cinquenta anos o nosso consumo médio seja apenas 50% superior ao atual, e ocorrendo a hipótese B, serão necessários 55 bilhões de barris para atender a demanda do nosso país.

    O foco deveria ser ajustar o refino ao volume de óleo crú considerando as necessidades nacionais. Condições que poderiam ser exclusivamente atendidas pela Petrobras.

    Mesmo que existam os supostos 100 bilhões de barris apenas eles não resolveriam os problemas nacionais, visto que a relação recursos anuais/tamanho do Brasil fica muito aquém das necessidades, sem falar da provável valorização do Real devido ao ingresso de divisas. Para o primeiro problema temas um exemplo ao lado: Venezuela. Com uma produção diária de 2,3 milhões de barris, estimativa OPEP, retira 27,6 barris per capita/ano. Extrapolando isto para o Brasil teríamos que bombear mais de 15 milhões de barris/dia para termos o mesmo volume de vendas (o que na realidade derrubaria as cotações). As supostas reservas otimistas acabariam em menos de 20 anos. Caso isto fosse incorporado nesse período de tempo seriam (cálculo óleo lucro Brasil do PC) US$ 5,3 trilhões de dólares ou US$ 265 bilhões/ano. Caso este valor fosse totalmente destinado ao investimento interno a formação bruta de capital fixo não chegaria a 27% do PIB. Para efeito de comparação, na China a média da última década foi superior a 40%.

    Isso sem dizer que a valorização da nossa moeda se transformaria na farra dos importados e total ruína do nosso parque industrial.

    O Pré-sal é vital para a economia brasileira, mas não representa a redenção… exportar óleo crú, permanecendo na minha leiga opinião, é crime de lesa-pátria!

    P.S.: O custo de produção na plataforma marítima angolana está acima de US$ 40 por barril.

    P.S.2.: O custo de produção nos campor maduros do Mar do Norte já supera os US$ 50 por barril.

    P.S.3.: Em nenhum dos dois exemplos acima a complexidade de operação se iguala ao Pré-sal.

    P.S.4.: Fazer caixa para despesas correntes, o objetivo real do nosso governo, é crime de lesa-pátria.

    P.S.5.: D. Pedro I trocou a metrópole portuguesa pelos ingleses. Getúlio, a contragosto, submeteu-se aos EUA. Lula e o PT lépidos e faceiros curvam-se aos chineses, quando tinham totais condições de afirmar nossa soberania. Porém isto a ideologia rastaquera e rasteira não permite. Preferem transformar o Brasil num apêndice antiamericano a torná-lo independente, o que seria a melhor forma de mandar os FDP americanos para a PQP.

     

    1. No seu PS 5, pense (?!) e

      No seu PS 5, pense (?!) e responda:

      Os americanos foram proibidos de participar?

      A China ficou com o maior ou um menor percentual do CAMPO? (o Pré-sal é muito MAIS que um campo!).

      “Entregamos” o campo à China? Ou fizemos um consórcio onde 2 empresas “ocidentais”  (“majors”, como diz seu colega de torcida Araujo) estão com o dobro da China (apenas 1/5 com 2 empresas)?

      A Petrobrás é ou não a maior detentora solo?

      Da receita após royaties (que vão para a União) e custos (sejam lá quais forem, 30, 50, 70…), quem leva mais grana de todos é a União ou não? (através de mais cerca de 42% garantidos e MAIS a sua participação na parte da Petrobrás que sozinha fica com a maior parte individual (o dobro ou o quádruplo de qualquer uma das outras 4)

      As empresas (multinacionais) que entraram vão ou não vão investir para levar uma menor parte? De uma operação controlada pela Petrobrás? Ou vc acha que elas são “tolinhas” (a Shell já chegou a ser a 3a. maior empresa do mundo … mais do que “major”, uma “general”!).

      Ou seja, foi um bom negócio ou não? (se podia ser melhor são outros quinhentos no mundo dos negócios).

      Misturar D, Pedro I etc. com uma sociedade em partilha de exploração (sem perder a propriedade) num de muitos campos de petróleo e falar em antiamericanismo ou “sinosubmissão” é (no mínimo):

      Tosco. 

       

       

       

  10. Opinião do professor Paulo

    Opinião do professor Paulo Cesar Ribeiro Lima, Consultor de Energia e Recursos Minerais, da Câmara dos Deputados. Um dos maiores especialistas na matéria, no Brasil:

    “Ninguém quis competir no leilão. Ninguém quis oferecer mais para a União e, ainda assim, correr o risco de perder. A Petrobras para arrefecer os “nacionalistas” aumentou a participação de 30% para 40%, os chineses, a Total e Shell acharam melhor ficar cada um com 20%, sem correr risco. Foi, na verdade, um falso leilão.

     Ficou bom para todo mundo, menos para o povo brasileiro, pois 41,65% não é o excedente em óleo mínimo para a União. Com petróleo a US$ 60 por barril e produção média dos poços de 4 mil barris por dia, o excedente em óleo da União é de apenas 9,93%. Em 2009, o campo de Marlim pagou uma participação especial de 30,7%. Se operasse nos termos do edital do regime de partilha, o excedente em óleo seria de 9,93%. O regime do FHC pagaria 3 vezes mais que a partilha do PT. Ressalte-se, contudo, que os royalties na partilha (15%) são maiores que na concessão (10%). No entanto, no cômputo geral, a partilha do PT pode pagar menos para o Estado brasileiro que o regime de concessão, em função do desempenho dos poços e dos preços. Ne verdade, tecnicamente, o edital de Libra é ridículo! A Noruega já arrecada duas vezes mais que o Brasil no regime de concessão e vai continuar arrecadando duas vezes mais que no regime de partilha. O grande derrotado no dia de hoje é a educação, pois agora fica até difícil saber quanto essa área vai receber. Os recursos da educação vão depender muito do produção média dos poços e do preço do petróleo no mercado internacional. O regime de concessão era péssimo em termos de arrecadação estatal, mas era, pelo menos, consistente tecnicamente. Esses 75% de receita para a União são uma grande piada. É só analisar o balanço de Petrobras para ver quanto ela paga de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. No ano de 2012, a Petrobras pagou de R$ 15,6 bilhões de royalties, 15,9 bilhões de participação especial e R$ 4,85 bilhões de IR e CSLL. Como a receita operacional líquida da Petrobras com a produção de petróleo foi de R$ 150 bilhões e o pagamento de royalties, participação especial e IR/CSLL foi de R$ 36,25 bilhões, o retorno por barril em 2012 foi de 24,2%. Na Noruega, esse retorno é, em méida, de 80%. Como no regime de partilha a renda pode ser até menor que no regime de concessão, afirmar que haverá ganho 75% para a União é, no momento, um delírio.

    1. “Com petróleo a US$ 60 por

      “Com petróleo a US$ 60 por barril e produção média dos poços de 4 mil barris por dia, o excedente em óleo da União é de apenas 9,93%.”

      Que conta é esta?

  11. E a comunicação governamental?

    A falta de comunicação do gov. durante esse processo lançou um balde de desânimo em quem esperava (meu caso) que a comunicação governamental ia melhorar. Que nada! Cacetadas chovendo de parte de quem, por variadas visões e razões, se opunham ao leilão, ou a forma como foi conduzido, e não se viu o ministro Lobão, a quem caberia a tarefa, vir a público responder as críticas e defender a proposta do governo. Gritaria de um lado, silêncio do outro. Movimentação de um lado, inércia de outro. Como cidadão, confesso que me senti desprezado: como é que um governo não se digna prestar esclarecimentos a nós, cidadãos? Fica parecendo que está, o gov., pouco se lixando para o que a plebe rude (faço parte dela) possa pensar ou deixar de pensar, que não tem por que nos dar satisfação. Isso não é excesso de confiança, não? Não é a tradução da ideia: pra que discutir, se vamos ganhar a discussão? Ou esse mutismo será apenas incapacidade de se comunicar? Mais uma vez: quem não comunica, corre o sério risco de acabar se trumbicando.

    1. COMUNICAÇÃO ANTES DA HORA?

      Perante uma licitação onde a Petrobrás e o próprio Governo estavam participando, não me parece adequado fazer divulgação exagerada ou demonstração de eventuais ganhos, considerando que poderiam existir outros concorrentes. Pelo contrário, requer-se descrição e paciência para abrir o “champagne” apenas na hora do martelo.

       

  12. Diante de tantos

    Diante de tantos especialistas na areo do petroleo, so’ sei que nada sei, mas usando a logica do dois mais dois fica evidente que o leilao (entre gases, forca nacional, balas de borracha e cassetete no lombo) foi um fracasso. Ou….logo logo a Petrobras e as chinesas vao bater a porta da BP, da Exxon atras de tecnologia..

    Meu Deus do Ceu, a industria do petroleo e’ a maior companheiragem do planeta, nenhuma major vive sem a outra, e’ da natureza do ramo, se complementam deste a menor ate’  a maior,  a industria do petroleo nao e’ coisa para amadores.

     

  13. Esses cálculos que mostram

    Esses cálculos que mostram que 75% de tudo ficaria com a União estão muito estranhos;

    – Incluem Tributos Federais  (IRPJ e CSLL), que não têm nada a ver com o regime de partilha, são apenas decorrência da atividade econômica desempenhada e, inclusive, dependem de “n” fatores para incidir nos termos que constam na tabela (se no exercício fiscal, por exemplo, não houver lucro, o governo não pode cobrar o CSLL);

    – Incluem royalties que não representam lucro propriamente dito, mas compensação financeira pelo uso dos recursos naturais/danos ambientais causados pela exploração. Ademais, no próprio contrato de Libra consta que os produtores poderão ser ressarcidos dos royalties, o que torna bem duvidoso incluir este valor;

    – Incluem 48% do lucro que a Petrobras tem por barril no que a União tem para receber, por que esta é a participação dela na estatal. Um absurdo. As coisas não funcionam assim, e a cotação das ações da Petrobras não se vincula a cada barril vendido.

    Isto sem contar que os cálculos não levam em conta o que a União perdeu, para aferirmos o real custo/benefício do ponto de vista financeiro.

    Outro ponto a se levar em consideração é o capital geopolítico que o Brasil perde, pois caso o petróleo continuar como uma matriz energética valorizada no mercado internacional (e cada vez mais escassa), só perdemos capital político partilhando o Pré-Sal com estrangeiros.

    1. Mais um colega que pensa

      Mais um colega que pensa “valor de mercado” (cotação de ações) e não resultado econômico.

      Para não me estender muito em seus comentários, ficarei com:

      “a cotação das ações da Petrobras não se vincula a cada barril vendido”

      Embora possa haver “alguma relação”, note que se tenho metade das ações, valham elas R$0,01 ou R$ 1 milhão, eu continuarei tendo metade das ações…

      Ou dos barris… (de onde virá o resultado econômico).

      Num paralelo dissociativo (e reverso), a Amazon deu prejuízo durante anos seguidos, embora suas ações no período ganhassem valor ano a ano…

      Tenho certeza que poderá melhorar seus comentários se usar melhores conceitos…

       

       

  14. Uma das melhores partes deste

    Uma das melhores partes deste modelo de negócios é que será a Petrobrás a única responsável pelo serviço de extração do petróleo

    Ou alguém pensa que a Petrobrás não será remunerada, pelas empresas que participam de Libra, por seus serviços de extração do petróleo lá do fundo do pré-sal?

    Serão muitos bilhões de dólares, mais exatamente: 30% do valor total do petróleo, que é o custo estabelecido para sua extração do pré-sal.

    60% do total deste capital para a extração do petróleo, virá das empresas estrangeiras vencedoras do leilão, os outros 40% da Petrobrás, dinheiro para comprar  serviços e produtos “made in Brasil”, gerando empregos diretos e indiretos, estimulando a indústria do petróleo, navios , plataformas , sondas, etc… que terão de ter, por obrigação contratual, índices de pelo menos 50% de nacionalização, chegando a até 59%…

    Paradoxalmente, o bom do pré-sal é que ele é de díficil extração…

    Exigindo pesados investimentos em equipamentos de alta tecnologia, equipamentos estes que serão produzidos em boa parte aqui no Brasil fomentando um importante setor industrial com uma demanda por seus produtos continua e previsível por um bom tempo, condições “sine qua non” para o desenvolvimento industrial sustentado
    de longo prazo.

    E tudo isto com o dinheiro das empresas (Petrobrás incluida) que vão explorar o pré-sal!

     

    1. Demorei a perceber

         …o que estava acontecendo, se o estado fica no controle da extração por meio da petrobrás e tem o maior lucro considerando impostos e royalties estamos no caminho certo, é “estatismo” mesmo, com ganho menor do capital privado no fim das contas,  tem uma engenharia financeira complicada em que a petrobrás aparece com percentual menor mas se a função da petrobrás é o controle e o ganho do estado não é limitado por esse percentual menor  isso tem uma importância diminuida, o que importa é o ganho maior do estado mantendo o controle, no final a petrobrás é utilizada mais como um instrumento.

  15. Além dos investimentos na

    Além dos investimentos na industria nacional, para atender a demanda produtiva  do pré-sal, já estão, em fase adiantada de construção, três refinarias de petróleo, que agregarão valor ao petróleo bruto…

    Na verdade, o modelo de negócios adotado para o pré-sal é justamente o oposto do que Ildo Sauer afirma quando diz que:

    “Brasil repete ciclo da borracha, do café…”

    Existem deficiências? Claro que sim, o índice de nacionalização dos equipamentos poderia ser maior, algo entre 60% e 70%, por exemplo… Más provavelmente, no momento o Brasil não tenha indústria capaz de suprir esta demanda.

    Quem sabe daqui a dez anos, com a indústria petrolífera mais desenvolvida pelas demandas de Libra e pré-sal em geral, a industria nacional seja capaz de abocanhar 75% ou 80%  da demanda por equipamentos e serviços, em novos contratos…

    Tudo dependerá da continuidade de uma política de estado que use o petróleo como alavanca para o desenvolvimento da indústria nacional, a melhor forma de escapar da “doença holandesa”.

    Como já disse acima : “FELIZMENTE O PETRÓLEO DO PRÉ-SAL É DE DIFÍCIL EXTRAÇÃO!” É…Ainda bem que dá muito trabalho extrai-lo…

    1. Tres refinarias em fase

      Tres refinarias em fase adiantada? Nada disso. Só a refinaria Abreu e Lima em Pernanbuco está em construção, as duas Premium I e II, do Maranhã e Ceará, nem sairam do papel. Observe-se a logistica absurda de se retirar petroleo da Bacia de Santos e envia-lo ao Maranhão para ser refinado em homenagem ao clã Sarney para depois retornar a Santos onde está o mercado. Deveriam se chemar refinarias politicas do Maranão e do Ceará, porque foram prometidas para agradar a base aliada local, depois há surpresas porque o valor de mercado de Patrobrás é hoje METADE do que era em outubro de 2010.

    2. Quando o sr. lldo Sauer

      Quando o sr. lldo Sauer comparou este leilão de PARTILHA de UM campo com a VENDA (a preço vil, com 0,7 bilhão em caixa) da Vale (uma das maiores mineradoras do mundo) e todo o seu patrimônio, estoque, know-how, mercado, etc. e complementou que “FHC ficou pequeno” (no sentido de que a “entrega” do príncipe foi “muito menor”), perdeu meu respeito, por sua (enorme) desonestidade intelectual (e factual).

      Fiquei pensando quantos bicos tucanos se infiltraram ou ainda bicam desavisadamente no governo e na Petrobrás.

  16. O fracasso de anos de

    O fracasso de anos de propaganda ufanista está consumado.

    Vamos ver o reboleio retórico que o governo e seus lacaios vão dar nas proximas semanas para vender para o povo brasileiro mais esse “sucesso” da soberana, a gigante.

  17. Que maravilha!!!

    Só não entendi uma coisa… se o negócio era tão bom pro Brasil, pq a presidenta só se pronunciou depois do leilão consumado?

    O governo deveria ter feito mais propaganda sobre esse negócio super lucrativo que fizemos. Não entendi pq agiram sorrateiramente , porque mandaram o exército pra garantir o leilão que salvará a humanidade brasielira, já que a coisa era tão espetacular assim.

    Mas… é isso aí! Maravilha!!! PT PT PT 

    viva o governo polular!!!

    1. COMUNICAÇÃO ANTES DA HORA?

      Perante uma licitação onde a Petrobrás e o próprio Governo estavam participando, não me parece adequado fazer divulgação exagerada ou demonstração de eventuais ganhos, considerando que poderiam existir outros concorrentes. Pelo contrário, requer-se descrição e paciência para abrir o “champagne” apenas na hora do martelo.

  18. Como tem bandidos neste

    Como tem bandidos neste país!

    Os “especialistas da Globo” ontem entrevistados – Adriano Pires, Zilberztein (o Genro) e outros quiseram diminuir este grande sucesso da Dilma, dizendo um monte de besteiras, que poderíamos obter maiores ganhos se as condições fossem outras. 

    Estavam com saudades dos leilões da Vale do Rio Doce, das Telecomunicações, das Petroquímicas e mil outras… protagonizadas pelo Sogro do Zilberztein! 

  19. Informação inteiramente

    Informação inteiramente equivocada, a do tal do Gão, típica de quem ou é ingênuo ou malicioso… Na verdade, gente que sequer consegue abastecer um carro num Posto de Gasolina, virou expert em prospecção marítima de petróleo… 

     

    “”O modelo de partilha que nós construímos significa uma grande conquista para o nosso País. Com ele, estamos garantindo o equilíbrio justo entre os interesses do Estado brasileiro e os lucros da Petrobras e das empresas parceiras. Trata-se de uma parceria em que todos sairão ganhando. Pelos resultados do leilão, 85% de toda a renda a ser produzida no campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras. Isso é bem diferente de privatização”, disse a presidente.

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