O que eu teria a dizer a Jean Wyllys, por Daniela Rosendo

Do Justificando

O que eu teria a dizer a Jean Wyllys, se ele fosse me ouvir
 
por Daniela Rosendo

Há um mês atrás eu estive em Hebron. Jean Wyllys disse que perguntou a um palestino se poderia ir a essa mesma cidade, sendo gay, e recebeu uma resposta negativa. Seria impossível de tão perigoso, segundo seu relato. A minha sexualidade e a das pessoas com quem estava era uma das minhas últimas preocupações durante a viagem à Palestina, mesmo no dia de Hebron e sabendo que a pessoa que me levaria até lá é lésbica. Mas isso não quer dizer que a questão da homofobia não estivesse em pauta na minha viagem: o lugar dela era diferente. Ao contrário do que Jean Wyllys relatou sobre o perigo ao qual ele estaria se expondo indo a Hebron, em nenhum momento senti que pudesse haver algum tipo de vulnerabilidade por motivo de orientação sexual.

A cidade mais conservadora da Cisjordânia realmente não me parece acolhedora, mas se o intuito da pessoa é conhecer a situação calamitosa na qual as pessoas estão lá sobrevivendo, porque isso a impediria de ir? Fui a Hebron avisada de que seria um dos dias mais pesados do tour. De certa maneira eu estava preparada, mas isso não me impediu de me consternar com a insanidade de colonos viverem dentro da cidade, e de sentir o luto pelo jovem palestino morto pouco distante de nós. Nenhuma orientação sexual foi questionada nesse dia (nem nos outros), mas a religião, sim. Quando estávamos caminhando para chegar ao jardim de infância, fomos impedidos de continuar por militares israelenses. Enquanto nossa guia palestina só ouvia “não” em resposta ao pedido para que autorizassem nossa passagem, um grupo de judeus passou diante de nós, sem problema algum. Quando Sandra questionou por que eles puderam passar e nós não, alegando que não era justo nos impedirem, um colono que observava tudo repetia: “É justo, sim”. O que ele estava dizendo é que o apartheid é justo; que não há problema nenhum em separar as pessoas e conceder privilégios a algumas pela sua religião. Em uma relação diametralmente oposta, os privilégios de uns significam violações de direitos de outrxs. Quando vimos telas cobrindo as ruas do suk para evitar que o lixo e as pedras chegassem nxs palestinxs, vimos que os colonos destituíram algumas pessoas de dignidade.

Antes de viajar à Palestina, eu sabia que já tinha feito a primeira escolha: a partir de qual lente eu a conheceria. Os olhos eram os meus. Esse era justamente um dos meus objetivos com a viagem, ou seja, conhecer os lugares e ouvir o que as pessoas tivessem a me dizer sobre o que é viver hoje na Palestina. Ler é bom, mas eu queria experimentar “the full Aida experience”, como falávamos no tour. Por mais que eu me considerasse uma pessoa com capacidade para analisar as situações “por mim mesma”, fui consciente também de que não existe neutralidade, ou imparcialidade, quando ocorrem violações sistemáticas de direitos humanos. Eu quis conhecer a situação pela lente dos oprimidos. Jean Wyllys, ao contrário, parece ter escolhido conhecer pela lente do opressor. Mesmo que ele tenha ido também à Cisjordânia e tenha se condoído com o povo palestino, Jean Wyllys parece não se dar conta de que ele escolheu um lado ao aceitar o convite de uma universidade israelense.

Escolher um lado não significa concordar com todas as condutas perpetradas por ele – por isso entendo que Jean Wyllys não concorde com a ocupação militar extremamente violenta. Mas existem políticas israelenses mais sutis que ele não quer ver. São essas políticas, como o pinkwashing, que buscam mascarar a ocupação israelense na Cisjordânia, o colonialismo e o apartheid. Israel usa direitos LGBTQ e direitos animais (vegan-washing) para dar a impressão ao mundo de que uma democracia onde há tanta liberdade e respeito não há espaço para opressão. Mas não é preciso nem entrar em território palestino para ver que essa concepção de democracia é problemática, basta observar um checkpoint. Em uma das vezes que passei de ônibus pelo checkpoint – saindo de Belém para entrar em Jerusalém -, fiquei alguns minutos na fila do lado de fora do ônibus, esperando conferirem os documentos dos passageiros (somente palestinxs com autorização israelense podem sair da Cisjordânia) e fiquei observando os carros que eram parados. De longe é possível perceber se uma mulher é colona ou árabe, pela forma como ambas cobrem a cabeça. Enquanto o governo de Israel diz que os veículos são parados aleatoriamente, só vi mulheres árabes sendo paradas e tendo os carros revistados.

É nesse contexto que o BDS (boicote, desinvestimento e sanções) faz sentido. Como feminista e defensora de direitos humanos e animais, não quero ninguém e nenhum governo usando esses direitos para tirar o foco das violações que comete. Direitos precisam ser promovidos, mas não às custas de outros. Falar sobre homofobia em Israel é tão importante quanto falar de racismo, limpeza étnica e apartheid. Assim como não é uma questão religiosa, mas política, os apelos à paz serão meros discursos sem qualquer efeito resolutivo enquanto não se falar em justiça por todas as violações de direitos humanos cometidas contra palestinxs. Israel deu as costas para o Direito Internacional (basta olhar para a construção do muro ou para as colônias), mas a comunidade internacional continua vendo o que se passa por lá. O boicote econômico, cultural e acadêmico é uma forma legítima de dizer:“Ei, Israel, você precisa parar de fazer isso”.

Daniela Rosendo é professora, mestra e doutoranda em Filosofia pela UFSC. Integrante do Comitê Latino Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos das Mulheres (CLADEM Brasil).

Redação

42 Comentários

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  1. Jean Wyllys

    Jean Wyllys foi convidado por um professor local que também critica as políticas de Israel. As pessoas o estão criticando pelo simples fato de fazer uma visita. Em nenhum momento aprovou o que eles fazem.

    1. É inevitavel. Sempre o Wyllys

      É inevitavel. Sempre o Wyllys se apresenta como vítima. Deveria ler mais sobre o estado de Israel que é racista na constituição. Para o professor que diz ser, de uma obscura faculdade na Bahia , faltou conhecimento. Defendi aqui o Caetano, que após a visita publicou um texto incisivamente crítico. O Jean não, deslumbrou-se com o “convite” de uma universidade. Foi enganado.

    2. Não é local

         James Naylor Green não é professor desta universidade, é do Centro de Estudos Brasileiros e Portugueses da  Brown University ( USA ) e da UFRJ

    1. Pois é

      A nossa querida professora de português da FESPSP Curso de Sociologia e Política, em 2014 foi muito clara, direta e objetiva. Se recebesse algum texto com essa modinha de X para indicar ambos os gêneros, estaria ferrado na mão dela. (o verbo não era exatamente ferrado).

      1. Ridículos sao vocês, machistas até sem saber disso (também…)

        Essa “modinha” é uma forma de evitar — na escrita, o que é possível (só na escrita…) os constrangimentos que a língua coloca para colocar os 2 sexos no mesmo nível. É algo que nao afeta vcs em nada, mas mesmo assim sao contra. Para quê, né, colocar as mulheres no mesmo nível…

        1. Quem é o oprimido neste

          Quem é o oprimido neste video?

          A mulher, o menor, o afro descendente que apenas esta reproduzindo a violência sofrida de gerações passadas, é uma questão trabalhista, assédio sexual, assédio moral,é a luta de classes, maxismo (com x porque pode ser tanto a professora como o menino e não identifico as orientações sexuais de ambos), homofobia.

          [video:https://www.youtube.com/watch?v=59A23OCl-NQ%5D

              

        2. Constrangimento que a língua
          Constrangimento que a língua coloca? É sério que considera-se palavras sem gênero definido que tenham a vogal “o” um constrangimento?

          Na minha sincera (ou inútil, como queira) opinião, há maneiras mais inteligentes e nobres de se militar pela igualdade de gêneros

          1. Isso é uma prática habitual das feministas, em diversas línguas

            Nao cabe a mim criticar as militantes, menos ainda a você. Passe bem.

  2. Fetiche

    A causa palestina e Israel viraram fetiche para o militante full time. Nenhuma outra causa humanitária se sobrepõe à causa Palestina, só tem ela no mundo. Por falar nisso, alguém sabe por onde anda o Latuff? Ele sempre é tão rápido no gatilho com suas charges sempre tão implacáveis em cima dos fatos. Não vi nenhuma charge desancando o JW como ele fez com os baianos cantores. 

  3. Rigor exagerado

    A mim me parece que o rigor usado para avaliar a conduta de Jean tem sido exagerado. No entanto cobrar  razoabilidade, até dos razoáveis, num momento deste, não parece ser razoável. Mas poderia.

    1. É o contexto. Se fosse um

      É o contexto. Se fosse um expoente da direita, ou qualquer um desses “bispos” neopentecostais no lugar dele, ninguém falaria nada, pois já era uma conduta esperada e coerente.

      Agora, enquanto a esquerda mundial, inclusive o PSOL, luta para que o movimento BDS cresça e tenha os mesmos resultados que teve na África do Sul, isso se torna uma grande incoerência, grande demais para ignorar.

      Mas concordo, acho que a gente esperava demais dele. Acontece que com esse circo que é a política brasileira, nos sobram poucas opções. Agora ainda menos.

          1. o português é uma língua tão rica, pra ser esculhambada.
            Se não que falar ‘nos palestinos’ pode usar ‘na população palestina’ e outras tantas formas de evitar usar palavras ‘machistas’. É uma pobreza mental sem fim.
            Se não gostar de definições de gênero. Não precisa esculhambar assim. Isso é problema psicológico e tem tratamento.

          2. Além de tudo, nao sabe o que diz

            Língua é uma coisa, escrita é outra. Escrita é outro sistema semiológico. Ninguém está “esculhambando a língua” por usar uma nova convençao de escrita. Por isso eu disse que esse tratamento só era possível na escrita, na língua oral seria impronunciável.

            E mesmo que se tratasse de uma questao de língua, a própria idéia de “esculhambar a língua” é uma besteira sem nome, produto de uma visao normativista idiota. As línguas sao vivas, elas mudam, nao “se esculhambam”.

            Aconselho umas leituras básicas de sociolinguística, ajudariam bastante.

  4. Visitas a vista

    Depois da visita a Israel para ver muro que separa dos palestinos, a próxima visita será o muro dos EUA que separa do México, quem sabe estará programado para visitar as muralhas da China,  da Coreia e a ponte sem finanlidade de Brasil e a Guiana Francesa. O Brasil tem muito mais muros para serem derrubados do que envolvermos aos problemas dos outros.  Depois que caiu o muro da Berlin, só restou a Cortina de Ferro para ser derrubado, é uma bela viagem para o historiador Jean.  

      1. Ah, bom. Se isso representa

        Ah, bom. Se isso representa algum avanço, todo apoio. Se é só uma invenção da burguesia “engajada”, continuarei ignorando.

        E Analu, obrigada pelo ” äté você “. Encarei como um quase elogio.

        1. Quase nao, elogio inteiro ué…

          Podemos discordar muitas vezes, mas vc é comentarista antiga, comenta com argumentos, nao é idiota nem troll. E nunca me pareceu dessas mulheres que desdenham o feminismo. Por isso estranhei.

          Imagino que vc nao conhecesse essa prática. É usada em várias línguas, com as características próprias a cada língua. Em inglês, por ex., as feministas — e nao só elas, está virando praxe em muitos autores, inclusive homens que se preocupam em marcar que nao sao sexistas — usam she/he como sujeito sempre que o sexo nao está determinado. Ou entao usam ora she ora he. Em português se usa um caráter coringa no lugar de o ou de a. Pessoalmente nao uso o x, uso o @. Mas dá no mesmo.

  5. Quando voce le ou ouve os

    Quando voce le ou ouve os argumentos dos lados envolvidos acaba na conclusão isenta de que os dois lados tem razão em reclamar e os dois lados a muito perderam a razão,

    A legislação e a constituição israelense não declaram preto no branco que os palestinos devem ser jogados no mar e deixarem de existir como pregam as organizações como o hezzbollah. Seria um enorme avanço que essas entidades abrissem mão da violencia e do ódio a israel, que deixassem de usar a população civil com escudo, que parassem a compra de armas, até porque não são rojões de são joão o que se lança no territorio israelense.

    Israel passou por 4 guerras todas iniciadas por nações árabes.

    Já o problema palestino não é do interesse de ninguem, porque não existe petróleo na região. O acordo legal da ONU que criou o estado de israel (porque nenhum país os queria de fato em seus territórios após a segunda guerra e segundo porque realmente foram as grandes vitimas do mal nazista), já previs um estado palestino e ninguem fez a minima força para tanto.

    Quanto ao aspecto da defesa e do controle de fronteiras, seria o caso de alguem que é contra provar que não haveria aumento no numero de ataques terroristas se a vigilancia fosse relaxada.

    Quanto ao deputado em questão, ele aproveita a ocasião para fazer aquilo que faz de melhor que é se posar de vítima, um eterno “heroi” sempre correndo risco de vida. Essa foi a estratégia dele no BBB acusando os demais de serem preconceituosos virou ferramenta profissional. Só isso!

    1. Imagina se não fosse isenta a tua conclusão.

      Todos temos um lado, e de uma forma ou outra isso sempre fica exposto. Neste momento julgo muito mais vulnerável o povo palestino. Por isto estou do lado deles, Palestinos, mesmo não concordando com a violência de ambos os povos. Não desejo o mal de nenhum deles, mas não vejo um fim próximo a essas brutalidades. Enquanto houver um estado opressor, colonialista e impositivo, existirá esta violência descabida e desproporcional. Sem contar que não aceito estas guerras religiosas, estes pensamentos atrasados em função de religião. Essas religiões mais atrapalham do que ajudam. Amém.

  6. Jean Wyllys se perdeu quando

    Jean Wyllys se perdeu quando passou agredir as pessoas que discordaram de sua posição. Chegou a dizer que Paulo Sérgio Pinheiro, especialista em Oriente Médio e militante internacional de Direitos Humanos, de desonestidade intelectual e invejoso. Da mesma forma, chamou Milton Temer, do PSOL, de antissemita. 

    Porque ele não pode ser questionado? É detentor da verdade absoluta? 

    Nao fui contra sua viagem, atendendo a um convite da Universidade, segundo disse e mesmo depois que soubemos que foi convidado e teve viagem paga por entidades judaicas do RJ. 

    Porem não concordo com a análise que ele fez e o endeusamento da democracia de Israel, “apesar de ser favorável á criação de dois estados” e se opor ao BDS, que prejudicaria a população do,país, que não teria nada a ver com a política de Estado do Bibi. Dizer-se contra o boicote a Israel colocando no mesmo contexto o boicote dos EUA a Cuba e não tocar na questão do apartheid social contra os palestinos é, no mínimo, parcialidade. Pra ele, a correlação de forças entre o arsenal bélico do Estado de Israel é semelhante a dos Palestinos, Hamas.

    Se este não foi o foco da viagem dele, que não falasse a respeito, até porque, mesmo sendo uma pessoa extremamente culta, como disse Paulo Sérgio Pinheiro, ele não tem as informações necessárias para fazer tal análise e isto não é desonestidade intelectual, tampouco inveja.

    Disse e repito: JW é um dos melhores parlamentares do Brasil. Se estivesse no RJ provavelmente votaria nele. Concordo com pelo menos 90% do seu posicionamento na Câmara Federal, mas discordo dele na questão Israel/Palestina.

     

  7. Tragédias da Humanidade

    João Franzin – 

    14 h próximo a São Paulo · 

     

      SANEAMENTO, A ECOLOGIA DOS POBRESNormal que o abastado se preocupe com a rã em risco. 
    Mas ecologia do pobre ainda é água limpa e rede de esgotos, porque isso lhes garante um mínimo de qualidade de vida e reduz doenças da pobreza.
    A foto na primeira página da Folha de S. Paulo de segunda (11) é de um local, no máximo, a 30 quilômetros da Praça da Sé, no Estado mais rico da Federação.
    Seria chocante, não fosse corriqueiro. (IMAGEM DA SEMANA, AG. SINDICAL)

  8. Má vontade
    Lendo tudo isto conclui uma má vontade com o JW.
    Ainda não entendi o porque de criticas tão pesadas.

    Ele não deixou de ser o que ele é.
    E espero que continue sendo.

    1. Concordo!

      Jean Willis é um dos poucos parlamentares dignos dentro do parlamento brasileiro e se eu fosse eleitor no Rio de Janeiro ele seria meu escolhido.

      Como é possível que alguém afirme tão categoricamente que o JW ou qualquer outro intelectual,artista ou parlamentar,por aceitar um convite de uma instituição isralense automaticante está endossando a opressão de Israel sobre os palestinos?

       

       

    2. Não acho que seja “má

      Não acho que seja “má vontade”. Para mim, por exemplo, que admiro a atuação de Jean Willys na defesa dos direitos humanos, foi simplesmente chocante vê-lo reduzir o terrorismo de estado praticado por Israel a “crimes de Netanayu”, como fez em seu primeiro relato de viagem.

       

  9. Visita desastrada

    Jean Wyllys protagonizou uma das visitas parlamentares/diplomáticas mais desastradas da história do Brasil e totalmente contrária a sua própria história de luta pelos direitos humanos.

    Ou seja, existe um Jean Wyllys antes e pós visita a Israel.

    Qual a lógica humanista de uma visita a Israel, um Estado dedicado ao imperialismo bandido, que promove um expansionismo genocida, que dá uma banana para resoluções da ONU e que em 2014 massacrou mais de 2.000 civis, explodindo crianças em creches e abrigos (da ONU), idosos, e doentes ao bombardear hospitais eem Gaza.

    Gente, essa hecatombe ocorreu em meados de 2014! Há pouco mais de um ano atrás!

    Wyllys não sabia disso?

    Como é possível que um parlamentar possa se entregar a um pensamento egoista e egocentrico, usando seu passado de lutas LGBT de forma arrogante e chantagista, para justificar sua presença institucional nesse país onde o povo elegeu pela segunda vez o lider açougueiro Netanyahu que foi quem determinou esses ataques genocidas, cumprindo a cartilha sionista de opressão e limpeza étnica? E como Netanyahu foi reeleito, quando estava em desvantagem nas pesquisas? Ele foi reeleito quando, dois dias antes do pleito, declarou que enquanto fosse vivo não haveria nenhum Estado Palestino e quem fosse amigo de palestinos seria sempre inimigo de Israel. E… BUM! Seu “ibope” foi para a estratosfera junto aos israelenses e acabou vencendo seu opositor, o qual surgia com um sólido discurso de resgate de dialogo e negociaçoes com a Autoridade Palestina.

    Esse jovem aceitou ser palestrante a convite desse país não para falar sobre direitos humanos mas sim para ser instrumento de promoção da falsa imagem de que Israel é um santuário da democracia, de boas intenções, de paz, de solidariedade, de liberdade sexual, de veganismo, de possibilidades de diálogo, em contraste com a palestina, uma terra de fanaticos religiosos, homofobicos, recalcitrantes… Foi para isso que Jean Wyllys visitou Israel. Tanto que cumpriu fielmente com essa missão, tendo assim demonstrado em suas notas e declarações.

    Sinceramente o Jean Wyllys que foi a Israel, não é o mesmo Jean Wyllys que retornou.

    Sou advogado, gay e ativista LGBT, e sempre lutei acima de tudo pelos Direitos Humanos.

    Não reconheço mais esse senhor. Esse deputado não me representa.

     

  10. Israel?
    Não iria à aquela

    Israel?

    Não iria à aquela pocilga nem com tudo pago e hotel cinco estrelas.

    E se fosse palestino, deixaria aquela m.. para aqueles b.. curtirem a sua estórinha de “bribria” sossegados.

    Terra ruim seca e árida de onde três religiões que se odeiam de morte, nasceram e se degladiam.

    Na essência, os judeus são racistas e para eles, em primeiro lugar “eles” e o “resto”, para eles, são somente restos.

    Aqui mesmo, nós brasileiros, somos veladamente discriminados por eles.

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