Braga Netto e o Silêncio Sobre Marielle, por José Manoel Gonçalves

O silêncio do general Braga Netto levanta suspeitas sobre uma possível trama política para ocultar a verdade.

Reprodução Instagram

Braga Netto e o Silêncio Sobre Marielle: Um Véu de Mistério

por José Manoel Ferreira Gonçalves

O assassinato de Marielle Franco, ocorrido em 14 de março de 2018, segue envolto em mistério e especulações. A atuação do general Walter Braga Netto, então interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, destaca-se nesse contexto nebuloso. As declarações de Raul Jungman, ministro da Segurança Pública à época, sugerem que as investigações estavam próximas de um desfecho, mas a verdade parece ter sido abruptamente silenciada. Afinal, por que Braga Netto, após indicar avanços significativos nas investigações, optou pelo silêncio?

A Conexão com o Poder Político

A narrativa ganha contornos de uma operação política ao considerarmos o suposto acordo de silêncio entre Braga Netto e o então presidente Michel Temer. Uma hipótese levantada por Luís Nassif sugere que o assassinato de Marielle Franco poderia estar vinculado a manobras políticas de maior escala, envolvendo figuras proeminentes do cenário nacional, eventualmente envolvendo figuras presidenciais. A operação de Garantia de Lei e Ordem (GLO) no Rio, segundo essa perspectiva, poderia ser parte de um jogo político mais amplo, mirando o cenário eleitoral e a configuração de forças no poder.

Silêncio como Estratégia

A decisão de impor uma “lei de silêncio” sobre o caso Marielle, conforme relatado, sugere um esforço deliberado para controlar a narrativa e, possivelmente, proteger interesses políticos. As declarações de Jungman, que indicavam o afunilamento das investigações, aparentemente incomodavam os escalões superiores da intervenção, levando a uma estratégia de contenção de informações.

Implicações e Suspeitas

Este silêncio não apenas estagnou o progresso na resolução do caso, mas também alimentou suspeitas de que a verdade sobre o assassinato de Marielle Franco poderia comprometer figuras importantes do cenário político brasileiro. A eventual ligação de Braga Netto com os Bolsonaro, mencionada por Nassif, aponta para uma trama complexa, onde os interesses políticos podem ter se sobreposto à justiça e à transparência.

O Véu do Mistério e a Busca por Respostas

A falta de respostas realmente conclusivas e a persistência do silêncio geram um clima de desconfiança de impunidade. A sociedade clama por justiça e exige que os responsáveis últimos pelo assassinato de Marielle Franco sejam identificados e punidos. A verdade, por mais incômoda que possa ser, precisa ser revelada para que a democracia e o Estado de Direito prevaleçam.

Entre Fatos e Conjecturas

A atuação de Braga Netto, marcada por um início promissor nas investigações e um subsequente silêncio, permanece como um dos muitos enigmas no caso Marielle Franco. O desafio de desvendar esse mistério exige um comprometimento contínuo e corajoso com a verdade e a justiça, superando os obstáculos políticos e as manobras de ocultação que marcam esse caso sombrio.

José Manoel Ferreira Gonçalves é jornalista, cientista político, engenheiro, escritor e advogado. É presidente da Associação Guarujá Viva, AGUAVIVA, e da Frente Nacional pela Volta das Ferrovias, Ferrofrente. Idealizador do Portal SOS PLANETA.

Fontes:

Artigos e reportagens de diversos veículos de imprensa sobre o caso Marielle Franco.

Declarações públicas de Raul Jungman e Luís Nassif.

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8 Comentários

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  1. Enquanto a sociedade clama por respostas e justiça, o véu do segredo persiste, obscurecendo a verdade e desafiando os pilares da democracia. A busca pela verdade requer coragem diante das sombras políticas que permeiam esse caso sombrio.

  2. Tem mais coisas… Preservam os militares. Ronnie Lessa, perneta sem parte da bacia ilíaca não teria como se apoiar com duas armas pesadas, uma em cada braço e atirar do carro em movimento no outro carro em movimento e acertar cinco tiros na cabeça de Marielle(uma das armas) e no Anderson(outra arma)… E não acertar a outra passageira… Remos o “Lee Oswald Tupiniquim”!? Quem realmente atirou e estava no coarto, além de Lessa!? Ou de outro local acertaram Marielle e Anderson (“snipers”!?)… A leitura do laudo criminal é indispensável, antes de acertos, claro…

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