Ministério Público do Paraná duvida de inocência de quarteto suspeito

Jornal GGN – O Ministério Público do Paraná tem até a próxima segunda-feira (15) para decidir se oferecerá denúncia contra Adriano Batista, de 23 anos, Sérgio Amorim da Silva Filho e Ezequiel Bastista, ambos de 22, e Paulo Henrique Camargo Cunha, 25, suspeitos de matar Tayná Adriane da Silva, 14 anos. 

Mesmo depois da compovação de que o esperma encontrado na calcinha da adolescente não pertence a nenhum dos quatro, a promotoria não excluiu responsabilidade do grupo no homicídio. A possibilidade de crime sexual ainda não foi afastada. O Ministério Público do Paraná (MP-PR)  também investiga denúncias de tortura contra os suspeitos dentro de delegacias, segundo reportagem desta sexta-feira:

Imagens comprovam tortura de suspeitos de matar Tayná

Em entrevista ao Paraná Online, o promotor Paulo Markowicz de Lima disse que se trata de “dois crimes bastante graves, uma adolescente que perdeu a vida e rapazes que alegam terem sido severamente agredidos. É preciso ter cautela para responsabilizar as pessoas certas”. Por isso, o prazo de denúncia pode ser prorrogado. “As investigações complementares não têm o objetivo de descartar o trabalho de polícia, apenas refiná-lo”, acrescentou.

O promotor afirmou ao jornal paranaense que existem indícios de participação dos quatro no crime, mas não quis entrar em detalhes. “Não há nada que retire a validade do inquérito da Polícia Civil”, explicou, acrescentando que, no inquérito, constavam apenas as confissões dos suspeitos e depoimentos de testemunhas, mas não as provas periciais. “Os laudos do exame de DNA, da necropsia e do local do crime só chegaram às nossas mãos nesta sexta-feira”, alegou. Marckowicz disse que ate o momento nao existe outro suspeito.

O promotor disse ainda que a investigação das denúncias de tortura contra os suspeitos tentará descobrir se foram usadas para obter a confissão. “Porém, qualquer tipo de violência que eles sofreram, mesmo depois do fechamento do inquérito, é tratada pela lei como tortura, seja ela de autoria de policiais ou de outros presos”, conluiu.      

Em nota, na quinta-feira (11), o MP-PR informou que “como o inquérito encaminhado pela autoridade policial ao Ministério Público não continha nenhuma informação sobre suposta tortura a que teriam sido submetidos os quatro rapazes presos como suspeitos do crime, novo procedimento investigatório foi aberto para apurar essa questão”. Para isso, promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foram designados pela Procuradoria-Geral de Justiça para atuar, em conjunto com a Promotoria de Justiça de Colombo, na investigação. 

Ainda segundo o Ministério Público, os promotores de Justiça estiveram na tarde da quinta-feira, na Casa de Custódia, para contato pessoal com os presos e para a apreensão das roupas que teriam sido usadas por eles no dia da suposta tortura. O grupo deverá ser encaminhado para novo exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, que será acompanhado pelos promotores de Justiça designados. 

Os autos de investigação sobre a morte da adolescente estão sob responsabilidade da 2ª Promotoria de Justiça de Colombo, e de promotor do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Criminais, especialmente designado para o caso, “que estão tomando todas as providências para que o crime possa ser devidamente elucidado”. Os autos tramitam em segredo de Justiça, em razão da natureza do crime (contra a dignidade sexual) e da qualidade da vítima (adolescente).

Redação

1 Comentário

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  1. Precisamos ter cuidado…Não

    Precisamos ter cuidado…Não podemos esquecer de que uma adolecente foi morta, e não apenas torturada, a tortura pode deixar sequelas, mas a morte não tem volta. É preciso rever os conceitos de nossa sociedade, quantas vezes, nós ouvimos falar que a polícia torturou um inocente? porém, ouvimos a todo momento, que bandidos matam inocentes sem nenhum tipo de piedade. É isso que queremos? Não podemos desencorajar a policia de cumprir o seu papel, se realmente for comprovada a inocencia dos quatro, o governo, deve descobrir uma maneira de recompensa-los pelo ocorrido, mas não podemos nos afundar em um universo onde a policia tem poderes muito restritos, onde se imagina que um policial deve fazer a seguinte pergunta a um suspeito de um clime tão brutal:” _Por favor, me responda, foi o senhor quem matou essa pessoa.” Esperando que a resposta seje a mais verdadeira possível….

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