MPF investiga mílicia armada contra índios no MS

Em um mês atentados resultaram em uma morte e deixaram 13 feridos 

 
Jornal GGN – O Ministério Público Federal confirmou um novo ataque sofrido pelos índios Guarani-Kaiowá na noite do dia 11 de julho, em Caarapó, Mato Grosso do Sul, a 272 km de Campo Grande. Há menos de um mês a Força Tarefa Avá Guarani, coordenada pelo MPF, já havia registrado outros ataques nas proximidades que levou a morte do agente de saúde Clodioude Aguile Rodrigues dos Santos.
 
Em nota, o órgão declarou que os repetitivos atos de violência demonstram “a vulnerabilidade em que se encontram os índios e a patente necessidade de ações concretas para garantir a vida e o direito territorial dos indígenas”.
 
No caso mais recente, testemunhas locais não ligados à comunidade Guarani-Kaiowá confirmaram a passagem de caminhonetes e tratores nas proximidades e, logo em seguida, sons de tiroteio. Já os índios afirmaram que homens dispararam contra a comunidade gritando frases racistas. Três pessoas da tribo ficaram feridas e fizeram exame de corpo e delito, dois são adolescentes de 15 e 17 anos. 
A MPF declarou que irá reforçar a presença da Força Nacional na localidade. Os dois atos de violência registrados desde o mês passado resultaram na morte de um índio e 13 feridos, casos que estão sendo investigados pela Força Tarefa Avá Guarani instituída pelo procurador-geral da República. Com os trabalhos já realizados, FT ajuizou duas denúncias contra 12 pessoas acusadas de formação de uma milícia armada contra os índios. 
 
Em Caarapó está dentro da Terra Indígena Dourados Amambaipegua I, área que engloba 87 propriedades rurais e se sobrepõe também aos municípios de Laguna Carapã e Amambai. 
 
A delimitação da TI, realizada pela Funai, tem apenas dois meses. A demarcação é apoiada por estudos antropológicos que comprovam a ocupação indígena do local desde o século XVII, e segundo publicação da Funai que valida o direito da população indígena ao território “mesmo em condições adversas e de submissão, os Guarani e Kaiowá nunca deixaram de acessar suas terras de ocupação tradicional, empreendendo diversos esforços para resistir ao esbulho renitente de suas terras, havendo documentação oficial destes episódios, desde os anos 1940 até 1992, após a promulgação da Constituição Federal de 1988”.
 
Redação

6 Comentários

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  1. Sério?

    Sério? Piada pronta, grande parte dos integrantes do MPF, sob o comando do tucano Janot, tornou-se um covil de politiqueiros golpistas e messiânicos.

    1. bem colocado…

      já tivemos vários por aqui mesmo e alguns da Abin vão passear na França para descobrir o que é um ataque terrorista

      e, como sempre, vão sempre após ter acontecido

      só na Lava Jato é que foram antes

  2. Estou em Campo Gande (MS). O


    Estou em Campo Gande (MS). O povo de SC eh progressista comparado com a populacao do MS. Ontem vi uma camionete com um adesivo: respeito ou morte.

  3. E a milicia contra a FORÇA

    E a milicia contra a FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA no Rio, que impediu os soldados de terem internet no conjunto habitacional onde foram colocados, FATO GRAVISSIMO, derrocada do Estado, vão investigar?

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