Rubens Paiva, uma biografia

Cintia Alves
Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.
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Jornal GGN – Empossado como deputado federal em 1963, Rubens Paiva ficou apenas um ano no cargo. Ele foi cassado logo no início do período ditatorial, em 1964, pelo AI-1. Para as forças de repressão, o parlamentar tinha ligações com grupos da esqueda armada contra o regime militar. Até hoje, o corpo de Rubens Paiva, morto após ser preso por militares, não foi encontrado.

A história de uma das figuras mais marcantes da ditadura é contada no livro Rubens Paiva, escrito por Jason Tércio para a série Perfis Parlamentares, da Câmara Federal. A obra foi lançada no dia 1º de abril, como parte das atividades programadas para marcar os 50 anos do golpe de 1964. O projeto está disponível para download (clique aqui).

No livro, Tércio aborda o curto período de atuação de Rubens Paiva na Câmara. Ele foi vice-presidente da CPI que investigou gastos de campanha nas eleições de 1962 – a chamada CPI do Ibad (Instituto Brasileiro de Ação Democrática), pouco explorada pelos livros de história.

De acordo com o autor, além de biográfico, o livro traz informações sobre a participação do Congresso na destituição de João Goulart da Presidência. A publicação apresenta ainda o documento oficial a respeito da detenção de Rubens Paiva.

O ofício informa que o parlamentar foi levado no dia 25 de janeiro de 1971 para o Quartel General da 3ª Zona Aérea e, de lá, para o extinto Doi-Codi do Rio de Janeiro, sem mandado de prisão. Havia a suspeita de que ele servisse de contato do MR-8 [movimento da esquerda radical] e também de Carlos Lamarca, um dos guerrilheiros mais procurados pelos militares. Tércio desmente a tese no livro.

O parlamentar foi dado como desaparecido pelo Exército. Oficialmente, os militares disseram que ele havia sido sequestrado ao ser levado por agentes do DOI-Codi. Reportagem do jornal O Globo, com base em fontes da área militar, afirma que o corpo de Rubens Paiva foi enterrado e desenterrado duas vezes antes de ser jogado ao mar. O atestado de óbito de Rubens Paiva foi emitido apenas em 1995, após a publicação da Lei dos Desaparecidos Políticos (9.140/95).

Com informações da Agência Câmara Notícias

 

Cintia Alves

Cintia Alves é graduada em jornalismo (2012) e pós-graduada em Gestão de Mídias Digitais (2018). Certificada em treinamento executivo para jornalistas (2023) pela Craig Newmark Graduate School of Journalism, da CUNY (The City University of New York). É editora e atua no Jornal GGN desde 2014.

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