A inacreditável pantomima do Senado sobre os juros, por Luís Nassif

É impressionante a cegueira em relação aos juros, o nível de argumentos, que fogem a qualquer raciocínio lógico

A sessão de ontem no Senado, sobre a taxa de juros, mostrou que parte do país vive uma realidade paralela. É impressionante a cegueira em relação aos juros, o nível de argumentos, que fogem a qualquer raciocínio lógico.

A inflação é uma realidade que depende de vários fatores: choques de oferta, de demanda, choques climáticos, preços internacionais, mercados cartelizados.

Por outro lado, economias nacionais são realidades complexas, com correlações muitas vezes conflitantes entre si. Ora, a Selic é fundamental para definir o custo do crédito, que é essencial para garantir o capital de giro e o investimentos das empresas, o crédito dos consumidores, que é o que garante não apenas geração de empregos, como aumento da receita fiscal.

Para muitos cabeças de planilha, a taxa de juros é intocável – todos os demais fatores devem se ajeitar em torno da taxa definida, seja qual for ela.

Mas na realidade paralela dos cabeças de planilha só existem taxa Selic e inflação. Se a taxa elevada paralisa a economia, basta elevar a Selic a um nível tal que mate o crescimento. Aí, a inflação será domada.

Poucas vezes vi um amontoado tão amplo de falta de contato com a realidade. O representante da Febraban justifica as altas taxas de juros devido aos altos níveis de inadimplência – que estão diretamente ligados às altas taxas de juros. É a própria quadratura do círculo.

Pai das “metas inflacionárias”, Arminio Fraga disse duvidar da consistência do tal arcabouço fiscal para manter a relação dívida pública/PIB. Porque com Selic a 13,75%, o superávit fiscal precisa ser muito maior para compensar o aumento da dívida com a Selic. Ou seja, a solução óbvia de reduzir os juros é substituída pela necessidade de aumentar o superávit para pagar os juros. Nenhuma capacidade de avaliar se o erro está ou não na Selic.

Outro gênio das planilhas sustentou que se a inflação não atinge a meta, é porque a Selic ainda não é suficiente. Portanto, teria que subir mais ainda.

Nenhuma análise sobre o impacto dos preços internacionais na inflação, sobre os efeitos deletérios do câmbio flutuante e do livre fluxo de capitais na inflação, sobre os impasses entre crescimento e inflação, sobre a discrepância das taxas reais de juros com a de outros países.

E toca ouvir o gênio das finanças repetir pela enésima vez a importância da lição de casa, de resolver antecipadamente os problemas estruturais do país, seja quais forem, antes de reduzir os juros.

A rigor, a única cena que salvou a sessão foi o inacreditável senador Sérgio Moro – que jamais leu um livro na vida – citar Júlio Cesar, de Shakespeare, e fazer ilações, sabe-se lá quais, com as taxas de juros.

Foi um final digno de uma pantomima.

LEIA TAMBÉM:

Luis Nassif

21 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Sobre a questão do endividamento público, um dos economistas citados, que eu respeito muito, é o Armínio Fraga, Salvo engano, ele é um dos defensores do tripé macro econômico que fez e está fazendo a economia do Brasil andar de quatro. Além do que, de endevidamento ele entende e muito, pois foi durante a sua gestão no BCB, que a dívida foi elevada de 38% para 69% do PIB. Quanto ao atual presidente do BCB, ele continua afirmando que as decisões do banco são de natureza técnica. O Nescio não sabe, que toda decisão de orgãos públicos que interferem na vida dos cidadãos, são decisões políticas. Uma pergunta simples pode elucidar o que digo: Alterar, manter ou elevar taxas de juros interfere na vida dos cidadãos? A título de brincadeira vou citar uma decisão: O BCB emite uma portaria proibindo PRISÃO DE VENTRE no recinto do banco.Se a portaria ficfar apenas na proibição, por absurda e inócua pode-se afirmar que ela é umda decisão apolítica. No entanto se a portaria definir alguma punição para o funcionário que estiver com PRISÃO DE VENTRE, ela pasa a ser uma decisão política. Aprende Bob.

  2. O haddad nao me inspira confiancaPois é, nassif, a maioria destes homens possuem certamente titulos polpudos do governo com vultuosas quantias em juros
    . São rentistas por certo. Admiro sua perseverança e racionalidade como jornalista, mas somos governados pelos piores e esta mais uma vez provado que vivamos em uma ditadura orwelliana, com abundancia, de burocratas e bilionarios, somente preocupados de fato com seus bens, amantes e poder. So iludidos ainda esperam algo. Fazem apenas o necessario para evitar insatisfacoes maiores, o minimo para conter rebeliacoes. Bolsonaro foi um sujeito dos piores, com toscas suspeitas de corrupcao, mas mesmo ele por sobrevivencia ousou confrontar o sistema mais que lula, por motivação espuria, mas concreta em acao. Em outros tempos estariamos celebrando a ocupacao de um antro historico de corrupcao, hj o sistema transformou isso em um ato de exaltacao de um emulacao tosca de democracia. Cinicos, e eu nao acredito que nada de bom.surgira dos homens . Nos somos uma raca corrupta e limitada, que cede diante de todos os principios principalmente para ter o prazer com belas mulheres. O ultimo criatao morreu na cruz , e é verdade

  3. Mistério dos mistérios ver como chegou a Juiz de Direito o constrangedor “Conge”! Já a Selic do Campos sabemos que é apenas um atentado boçal.

  4. A única coisa impressionante nessa gente, Nassif, é a cara de pau. Não são cegos, muito ao contrário, tem visão aguçadíssima e objetivos muito bem definidos. E os executam à perfeição, aproveitando para, aqui e ali, tirar sarro da nossa cara. Grosso modo, a realidade deles é o das economias dos países afluentes, cujos dólares “pernoitam” aqui, gerando a comissão deles. – eles não tem a menor necessidade de ter contato com a realidade desse entreposto financeiro que é o Brasil. E muito menos com a vida dos desgarrados da sorte que aqui vivem. Não é necessário refinamento nem cultura para enriquecer, e muito menos honestidade, principalmente quando esse enriquecimento se dá sem trabalho ou esforço próprio. Isso é uma regra universal. Imagine aqui no Brasil, onde nem para ser juiz federal é necessário ler livros, estudar, ou saber ler e escrever a língua pátria, como prova o Sérgio Moro.

  5. Me lembrei do saudoso André Araújo, ( que a Terra lhe seja leve): Existe inflação virtuosa?
    por André Motta Araújo

    Inflação e deflação são fenômenos monetários neutros, podem ser bons ou maus, conforme as circunstâncias. Por vezes um processo inflacionário é requisito para tirar um Pais da depressão. É o que o Banco do Japão tentou desesperadamente quando enfrentava um perigo muito maior que a inflação, a DEFLAÇÃO, processo de paralisia da economia que é acompanhada de desemprego, estagnação, concentração de renda, crise política e social.

  6. De acordo com uma notícia que li:
    “O sistema de metas faz a inflação cair rapidamente”, disse o presidente do Banco Central, defendendo a autonomia da autarquia na sequência. “A autonomia provoca um menor nível de inflação e de volatilidade à inflação”. Também citou que o caminho não é seguir o que fazem a Argentina e Turquia, que decidiram controlar a alta dos juros tendo em vista o crescimento e, no fim das contas, não tiveram nem um nem outro”. Então o Bananistão está menos pior a Argentina e Turquia: Não cresce, tal qual os dois mencionados países, e mantém sua taxa de juros estratosférica.

  7. Pois é, mas ninguem, nem o Lula cita o unico motivo para a tal taxa estar alta, a enorme transferencia de renda do orçamento para rentistas abutres….por quê? O governo tem medo dos abutres? O povo é contra a taxa alta por que a liga a pagamentos de prestações etc, se for esclarecido que transfere uma montanha de dinheiro que tira verbas de outras pastas do governo talvez houvesse uma pequena revolução….e pergunto, se a tal taxa não estivesse relacionada a pagamentos de investimentos, já não teria caído? Fazem um seminario desses e não tocam no que realmente interessa, é o ecomones para enganar trouxas…..

  8. Gente, esse Roberto Campos está de mimimi com o país. Não sei o que o Senado está esperando para dar um chega pra lá nesse engomadinho, pois já deu para perceber que ele não está nem aí com a economia e o desenvolvimento do Brasil.

  9. A principal dificuldade pelo Brasil é o não reconhecimento de que se está numa sociedade de castas. Essa pseudo-democracia que sempre foi praticada sem a participação da população, em que a única concessão dada à maioria é o direito de dar votos aos representantes das castas superiores, permitiu a apropriação do Estado por essa parcela. Estão todos bem cercados de regalias e privilégios pagos por essa maioria, que é quem banca toda a farra. Ninguém quer o trabalho de fazer o País desenvolver, já que a parte deles está garantida. A inflação atinge mais os que não fazem parte do grupo, assim como os juros usados para combate-la. Pouco se importa com quais consequências para quem de fato sustenta a eles e o Brasil. Quem quiser que sobreviva. Essas preocupações citadas é apenas pra países que precisam estar preocupados com o próprio crescimento e sustentabilidade. Se o Brasil chegou até aqui e eles estão bem ; que se exploda o resto.

  10. Gente, esse Roberto Campos está de mimimi com o país. Não sei o que o Senado está esperando para dar um chega pra lá nesse engomadinho, pois já deu para perceber que ele não está nem aí com a economia e o desenvolvimento do Brasil.

  11. Os juros são o preço do crédito. Baixos juros significam dinamismo da economia real e não necessariamente inflação. Altos juros significam dinamismo da economia irreal, que nada gera de benefício à sociedade, apenas altos lucros para banqueiros e alguns poucos agentes econômicos investidores. As teorias econômicas e os blás blás blás propalados ontem no Senado Brasileiro são mentiras ou delírios da pouca gente que ganha com altas taxas de juros. Possuem um único objetivo, continuarem lucrando muito com a absurda taxa SElic, com desserviços, sem geração de frutos sociais. É gente que não serve nem é feliz servindo, mas é servida por milhões de brasileiros em dificuldades.

  12. De Roberto Campos Neto nada se espera. Ao contrário, o que se espera é que cumpra o que foi mandado fazer: (i) bagunçar o governo Lula, impedir que se estabilize; (ii) fazer o país retornar à crise da dívida. Mais significativo, no entanto, é mediocridade de Haddad. Haddad não consegue ser o contraponto ao que Roberto Campos Neto diz e faz. Não consegue colocá-lo em xeque.

  13. Há um golpe em andamento no pais.
    Esse golpe está sendo dado por fascistas e apoiado por rentistas.
    Campos Neto é apenas mais um dos golpistas.
    O final já se sabe: Brasil do Sul e Brasil do Norte e a terra arrasada.
    Quando o dia chegar, apesar de ter o passaporte do Brasil do Sul, vou preferir ficar no Brasil do Norte.

  14. Roberto Campos Neto, nota-se é um amante do tecnicismo. Todo o tempo se apega em explicações complexas, como se estivesse prestando contas de seu trabalho que não vai bem, apela para análises que demandariam exame apurado e paciente. Com isso, apenas coloca uma nuvem de fumaça no entendimento das pessoas que não dispoem dessas informações. Uma fraude sem dolo, apenas se defende a meu ver. Enfim, um burocrata, um CABEÇA DE PLANILHA (EXPRESSÃO FANTÁSTICA DE NASSIF).
    O Brasil precisa de mais urgentemente. Precisa de uma cabeça que enxerga o horizonte do alto de uma experiência técnica com vivência política e laboral da macroeconomia.
    Com a sabedoria de dosar os ajuste finos da economia e com a liderança suficiente para domar as EXPECTATIVAS, que só fazem aumentar os ganhos do mercado.
    Roberto Campos seria um excepcional técnico em qualquer instituição financeira, por enquanto, de forma alguma assumir a presidência de um BANCO CENTRAL num momento tão complicado.
    De passagem, observo nele muita insegurança, pelo menos em sua fala, que por si só, pode transferir ao mercado muita desconfiança.

  15. Pelo que entendi sobre algumas das matérias publicadas na página de hoje no Jornal GGN, não será difícil imaginar porque o país patina, patina e o máximo que consegue é ficar no mesmo lugar.
    Alguns títulos de matéria:
    A INACREDITÁVEL PANTOMIMA DO SENADO SOBRE OS JUROS (LUIS NASSIF)
    QUAL SERIA O GOLPE APLICADO NO GOVERNO DE SP NO CASO ANTONOV? (LUIS NASSIF)
    O FALSO ÁLIBI DA INFLAÇÃO DE ALIMENTOS (LUÍS NASSIF)
    SEM ENERGIA, O IPCA-15 ANUAL SERIA DE APENAS 3,83% (LUÍS NASSIF)
    EM UM ANO, COMÉRCIO REGISTRA 5 SETORES EM QUEDA E 2 EM ALTA (LUÍS NASSIF)
    CONFIRA UM DOS FUROS DO SISTEMA TRIBUTÁRIO (LUÍS NASSIF)
    ESTADÃO USA INFORMAÇÃO FALSA COMO MANCHETE PRINCIPAL (LUIS NASSIF)

    -Eu entendo que além desse bom trabalho, surgiram também boas e providenciais reportagens.
    -Vejo que boa parte dos bons trabalhos merecem uma especial atenção e avaliação.
    -Até o próprio governo deveria incentivar os seus técnicos e especialistas, que tenham envolvimentos com os oportunos temas das matérias e que também possam tirar boas ideias de melhora e proteção, para eles.
    -Porém, eu confesso que incomoda a sensação de que grande parte dos temas possa ter sido provocada para causar algum mal estar no governo, ou mesmo criar uma intenção tendenciosa de transformar a defesa do erro praticado, em uma imensa Torre de Babel de explicações absurdas e até abusivas, como entendo acontecer no tema juros x BC. -Outro tema me leva a imaginar uma mutação tecnológica que, com inacreditável audácia, foi oferecida por uma empresa ucraniana de ventiladores, que encantou a Secretaria de Negócios Internacionais do Estado de São Paulo, ao propor-lhes parceria na fabricação do maior avião cargueiro do mundo, em São Paulo. Deu erro e então logo trataram de culpar Lula, talvez para tentar apagar um pouco a imensa vergonha que os grandes negociadores da secretaria devem estar passando. Porém, a verdadeira fabricante do Antonov desmente categoricamente ter havido conversa ou oferta ou sondagem ou piscar de olhos sobre parceria ou fabricação do que quer que seja.
    -E também não poderia faltar a sempre e constante presença dos absurdos aumentos no preço de determinados alimentos, que me fez lembrar as Paradas de Sucessos, onde os item alimentação e combustível estão entre os primeiros no quesito itens inflacionários de peso.
    Acredito que ao puxar o fio da meada dos temas que cada mídia alternativa responsavelmente publica certamente se encontrará bom material disponível.
    Quem sabe, se assim acontecer, as mídias alternativas e independentes poderiam criar um canal de sugestões com algum setor do governo, sem qualquer tipo de vínculo ou relaxamento da sua transparência, isenção e liberdade de expressão?
    Um vínculo, em que os principais beneficiados seriam toda a sociedade e o Brasil.
    Patinar de mãos dadas, com uma boa parceria, poderia finalmente ajudar o país a dar o impulso que falta para sair do lugar e seguir em frente na busca da posição de destaque que sempre fez por merecer.

  16. A Selic é um buraco negro que suga as esperanças e a perspectiva de crescimento brasileiro com sua gravidade exagerada, definida como taxa.
    Gravitando ao seu redor está a matéria do nosso dinheiro que alimenta o monstro e seus apoiadores. Se a luz da esperança desse governo não escapar desse buraco acabaremos em outro dimensão, uma dimensão que já demonstrou quatro anos de terraplanismo econômico e gerou milhões de esfomeados, morte e retrocesso.

  17. Duvido muito que pessoas com extensa formação acadêmica em qualquer assunto não se dê conta de absurdos e contradições em teorias defendidas. Não é aceitável dizer que para qualquer doença usa-se a mesma medicação.
    E quando o absurdo prepondera há que se pensar em outras motivações que não a saúde do doente, digamos.
    Assim – é elementar meu caro Watson – que tem gato nesta tuba.
    A meu ver a discussão deve se dar no mesmo nível dos defensores de tais teorias fazendo o mesmo retorno ao passado remoto como, por exemplo, propor a abolição das moedas e por consequência dos bancos.
    Aos ouvidos moucos argumentos poucos.
    Ou argumentar com burros é descer a seu nível de burrice.
    Mas no caso, há burrice ou interesses ?

  18. Lembro do Eclesiastes, quando fala da vaidade. No caso dos nossos juros, a ideia seria a mesma, trocando, porém, a VAIDADE pela GANÂNCIA. Ganância das ganâncias! É tudo ganância. Que vantagem têm os homens de todo o seu trabalho? Outros, vadios, usufruem de toda a riqueza. E seus arautos usam de todos os argumentos, desprovidos de qualquer lógica, para sustentar a realidade que o poder lhes garante. Voltando ao Eclesiastes: uma geração vai, outra geração vem, mas a terra para sempre permanece. Não lembram eles de que um dia também se vão?

  19. Falando em pantomimas, esta, em todas as suas afirmações falsas e oportunistas sobre causalidades, não é a única. Mas em geral o objetivo é sempre o mesmo, elevar e manter o mais alto possível o coeficiente de Gini e o poder e a riqueza das oligarquias.
    Sem duvida a combinação de alta taxa de juros e superávit fiscal define, segundo os padrões convencionais, uma política de austeridade, porém, a pantomima tropical consiste em apresentá-la como expansiva. Sem contar que uma taxa de juros muito superior à taxa de crescimento garante uma dinâmica explosiva da dívida e uma transferência consistente de dinheiro e renda de muitos para poucos. E os perigos ou efeitos dos prometidos seicentos reais devem ser controlados e compensados.
    Não menos esquisita tem sido a pantomima sobre Bolsonaro e seu suposto ataque ou guerra à democracia. O fato é que ele era um presidente neoliberal populista e contraditório, demais fora padrao e do controle de algumas oligarquias. Portanto, melhor um presidente e um governo neoliberais bem comportados.
    A pantomima sobre as fake news também é bastante divertida: salvam-se as verdadeiras fake news e os manipuladores ideológicos como a Globo. Leda Paulani um dia teve uma espécie de epifania parcial, ela descobriu que na economia a teoria neoclássica provavelmente é apenas uma narrativa ideológica e falsa, ou seja, verdadeiras fake news. E tudo isso contrariando a opinião geral e a propaganda da Globo. Este blog talvez, mais cedo ou mais tarde, seja punido como fonte de fake news.
    Por fim, não poderia ser deixada de lado a pantomima do último dia do ano e suas decisões mais importantes. Em duas horas os salários de algumas pessoas ultrapassaram os cinquenta mil reais, mais benefícios, para manter a justa proporção e a democracia entre os dois mundos.

  20. Cinismo sem limites da plutocracia, que precisa ser desnudado com soluções criativas. Lula, baixe uma MP corrigindo o salário mínimo pela SELIC e toque fogo no circo financeiro.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador