Wadih Damous acredita que acordão não vai salvar Cunha

Jornal GGN – Apesar do quase consenso de que a renúncia de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) à presidência da Câmara dos Deputados faça parte de um acordo para salvar seu mandato, o deputado federal Waidh Damous (PT-RJ) acredita que a susposta estratégia está no campo da especulação. “Se é acordão, me parece que é inútil, porque ele não escapa da cassação. Quem está dentro da Câmara sabe que ele não escapa, tendo havido acordão ou não”, afirma o petista, dizendo que o destino de Cunha “já está traçado”.

Já o senador Lindbergh Faria (PT-RJ) crê que a “cena do crime está montada”, já que, com a renúncia, o peemedebista articula a candidatura de seu sucessor, que terá a missão de evitar a cassação do ex-presidente da Câmara. No entanto, Damous aponta que os problemas de Cunha não são somente na Casa. “Se a Câmara não cassa, ele perde o mandato por força de decisão do Supremo Tribunal Federal”, afirma. 

Da Rede Brasil Atual

Para Wadih Damous, suposto ‘acordão’ não salvará mandato de Cunha
 
Na opinião de deputado, “quem está dentro da Câmara sabe que ele não escapa, tendo havido acordo ou não”, e ex-presidente da Casa ainda terá de enfrentar o Supremo Tribunal Federal
 
por Eduardo Maretti, da RBA

Embora inúmeros deputados avaliem que arenúncia do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ), hoje (7), seja parte de um acordo ou estratégia para salvar seu mandato, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) defende que essa tese está no “campo da especulação” e que o destino de Cunha está “traçado”. “Se é acordão, me parece que é inútil, porque ele não escapa da cassação. Quem está dentro da Câmara sabe que ele não escapa, tendo havido acordão ou não”, diz Damous. “Esse suposto acordão não será suficiente para livrá-lo, o destino dele já está traçado.”

Um dos vários parlamentares para os quais Cunha tenta salvar seu mandato e renunciou para tentar viabilizar essa saída, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou: “A cena do crime está montada: Eduardo Cunha renuncia à presidência da Câmara, mas mantém o mandato. Com isso, passa a articular a candidatura do seu sucessor, que terá a missão de evitar a cassação do seu chefe. Tudo isso com a conivência de PSDB e DEM e a regência do presidente interino Michel Temer” (leia aqui).

Na opinião de Damous, porém, os problemas de Cunha vão além da própria Câmara dos Deputados. “Repito que tudo isso ainda está no plano da especulação. Mas, ainda que ele não seja cassado na Câmara, ele será preso. Se a Câmara não cassa, ele perde o mandato por força de decisão do Supremo Tribunal Federal”, diz o deputado, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro.

Na semana passada, Damous havia feito avaliação semelhante: “Ou aprovamos a cassação ou entregamos o seu destino ao STF, porque, das condenações nas quais ele (Cunha) é réu, não tem escapatória”, afirmou.

Impeachment

Após a renúncia de Cunha, José Eduardo Cardozo, advogado de Dilma Rousseff no processo de impeachment e ex-ministro da Justiça, avaliou que as justificativas do ex-presidente da Câmara para deixar o cargo fortalecem a defesa da presidenta afastada. “A fala dele sobre sua participação no processo de impeachment é emblemática em relação ao que está acontecendo. Vamos juntar essa fala ao processo”, disse, segundo matéria do portal UOL.

Em sua carta de renúncia, Cunha mencionou a abertura do processo de impeachment como um dos principais feitos de sua gestão. “Considerando as provas que existem contra ele, a fala dele mostra o papel que ele teve no processo de impeachment que afastou um governo que se negou a ceder ao que ele pedia”, avaliou Cardozo.

Para Wadih Damous, a condução viciada do processo de impeachment por Eduardo Cunha não é novidade faz tempo. “Que Eduardo Cunha agiu com desvio de finalidade para aprovar o pedido de impeachment, já está mais do que provado. É óbvio que houve desvio de finalidade.  Não é a fala dele de hoje que mostra isso. Isso vem desde lá atrás.”

 

Redação

5 Comentários

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  1. Mais o Wadih acredita que

    Mais o Wadih acredita que políticos tem que ser mais blindados pela legislação, apresentou 4 projetos limitando investigações, de modo causuistico, depois da Lava Jato

    Ele que siga no seu ostracismo com os seus 7 mil votos, é o mininão do Lula

  2. Que até o julgamento final de

    Que até o julgamento final de Dilma no Senado esse governo Temer apresente mais trambicagens e trapaçadas para se mostrar claudicante o suficiente. Visto que todos os políticos se apegam a quem tem estabilidade, é preciso que Temer vá se enfraquecendo perante a opinião pública para perder os votos que Dilma carece. 

    Quem tanto aplaudiu o canalha do Cunha, como a midia, Gilmar, e todos esses parlamentares comprados a preço de ouro, certamente, pelo menos alguns deles, estão se questionando.

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