Janot vai publicar dois livros, um sobre a JBS

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Lula Marques/Fotos Públicas
 
Jornal GGN – Após afirmar que não tem interesse em ser candidato “nem a síndico de prédio”, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, anunciou que irá lançar dois livros sobre o seu comando no Ministério Público Federal (MPF). Um deles incluirá os bastidores da delação da JBS.
 
Participando de evento organizado pelo jornal O Globo, Janot admitiu que “muitas das coisas que aconteceram a gente não pode veicular, e não foram veiculadas” e que tomará duas decisões: uma a de contar alguns episódios na forma de “memórias” e outra irá esperar e publicar no futuro.
 
Sobre estes casos que, provavelmente, por estarem tramitando na Justiça não podem ser revelados de maneira pessoal, como pretende Janot, ele acredita ainda assim que “deve isso à sociedade brasileira, que quer conhecer um pouco do intestino de tudo isso”. Ignorando o que havia afirmado um pouco antes, sobre evitar se candidatar a cargos políticos, não deixou de fora o intuito de veicular sua imagem como fazem os candidatos, beirando ao estrelismo.
 
“E tem outro projeto, que é de memória, mas sobre as opções que eu tomei nas investigações e as razões jurídicas e metajurídicas que me levaram tomar [decisões], por exemplo, no caso JBS”, continuou.
 
Aos jornalistas, defendeu que a Lava Jato termine, seguindo “até onde a investigação pode ir, e se espera que vá, a sociedade brasileira não pode ficar refém de uma investigação eterna”. Sobre as frentes de ataque do presidente Michel Temer, disse também que “membro do MP não tem interesse mórbido de processar alguém, isso é um desgaste. Ajuizar uma demanda contra o presidente da República desgasta qualquer cidadão, ninguém quer ver o presidente da República do seu país ser processado penalmente”.
 
Por outro lado, disse ele, “fazemos profissionalmente e tecnicamente o que temos que fazer, se não fizermos é prevaricação”.
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

13 Comentários

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  1. Vida pública, uma pinóia. Ter

    Vida pública, uma pinóia. Ter coisas que não pode veicular, em si, é dizer que a transparência de sua ação é mais opaca que puteiro com falta de energia elétrica. São mais sujos do que qualquer pau de galinheiro. Dão nojo.

  2. conivente

    “muitas das coisas que aconteceram a gente não pode veicular”

    Isso NÃO existe. Acontece no Brasil? É pago em reais? Não deu na globo? É caso de polícia? Lesou a Pátria Mãe?

    Se não és conivente, publica! 

    Ou assuma a parceria e recolha-se ao seu banditismo e budamolismo!

  3. “muitas das coisas que

    “muitas das coisas que aconteceram a gente não pode veicular, e não foram veiculadas”

    Tipo aquelas reuniões em Washington D.C.

    Tudo bem republicano and very patriotic, of course. 

  4. Tentando adivinhar o nome dos livros

    1 – Direito Penal dos Meus Inimigos – Uma síntese de uma atuação seletiva.

    2 – Gerando injustiças e destruindo empregos – Estudo dirigido pela República dos EUB.

    3 – Auxílio Moradia – Um manual sobre o desprendimento moderno dos cofres públicos ou como atender os anseios dos que procuram um teto para viver, mesmo que não precisem, conseguindo um cargo.

    4 – O Impedimento de Dilma – Minha omissão premiada

    5 – O concurseiro moderno – conhecendo vacas e outros seres semoventes.

    6 – O princício democrático no constitucionalismo hodierno – o verdadeiro sentido desta estultice.

    7 – Vovô viu a uva e não contou para a vovó mas contou pra mim – Uma cartilha para o mundo Fantástico das delações.

    8 – Se Angelo é Máximo, o que dizer dos Deuses? Comentários acerca da antanha visão dos incrédulos modernos.

    9 – Como ser sem nunca ter sido – A arte do transformismo midiático moderno combinada com o constitucionalismo de acaso.

    10 – Transpassando o pensamento de Cesar – O que basta é parecer sério.

     

    1. Ao IGNobel você quis dizer, não é!?

      A política que Rodrigo Janot sabe fazer é a mesma do ‘MT’, ou seja, de bastidores, de negociatas corporativas, fundadas nas ambçiões pessoais, na sêde de poder e influência e na incompetência em angariar votos da patuléia. Janot é como João Dória, um político medíocre que se diz não-político. As peças acusatórias redigidas ou assinadas por Rodrigo Janot são uma testado de incompetência, cheias de erros e nulidades jurídicas; quem aponta isso são os grandes juristas brsileiros.

      Como escritor, Janot deve ser tão canastrão quanto Deltan Dallagnol e outros lavajateiros. Esses lavajateiros do MPF se aproveitam do cargo público e dos holofotes para mercadejar palestras para setores que apoiaram o golpe de Estado e vender livros aos INCLAMEs analfabetos políticos. Não haveria chupins se não houvesse tico-ticos e outros pássaros tolos que chocam os ovos dessa espécie oportunista, que além de não construir ninhos, bebe os vovos de outras aves e põe os dela para que a outra espécie os choque e crie os filhotes da impostora.

  5. Devem ser de ficção e aventura!

    Vamos descobrir que outros sonhos ele quer vender…

    Por que a realidade está batendo em meus calcanhares…

  6. Pelos relevantes serviços em favor do golpe de 2016…

    Os Marinho já o colocou em primeiro lugar na lista para o emPOÇAmento na abl .

    Só aguardam o capíroto convocar o Sarney para o fogo eterno .

  7. O sorriso nada enigmático dessa pseudo esfinge.

    O sorriso de Janot já foi mais largo e debochado. Já foi mais confiante. Quando pressionado ou quando foi de interesse , ou  quando  contra qualquer coisa   que lhe criasse obstáculos, Janot já traiu até amigos, como o fez com  Genoíno. O famoso caso JBS, me parece obra de pressão, e não obra de ação própria. Aliás, não sei se Janot cometeu algum ato ṕróprio.  Me parece que muitos atos impróprios, e sempre representando algum grupo. Este ataque a Temer ou a Aécio, se encaixa dentro de ações feitas sobre pressão. Jamais escreverá sobre isto. Como no caso JBS tentará se auto eximir, e na verdade esta história de livros, parece ser apenas uma ameaça, de quem agora se sente ameaçado. Janot parece apenas avisar que tem um arquivo  e  , mestre em vazamentos,  usa o que represa em seus arquivos, como escudo.  E Janot , sem querer, provocou uma gangue vingativa. Sem poder ficará a mercê  de seus cúmplices. Ele sabe disto e se precavê. Este livro parece muito com o livro de Cunha. Mas nas vésperas de perder o poder o seu sorriso agora é amarelo, suas entrevistas são trôpegas e cheia de avisos nas entrelinhas. O pau que bateu em Chico, quebra-se ao ameaçar bater nos Franciscos. Afinal Janot, está apenas no meio da briga entre Franciscos, e não está muito a vontade com isto, ainda mais no momento em que perde o poder. Estou curioso para ver os próximos passos.

     

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