Enviado por Felipe A. P. L. Costa
O malandro que queria ser rei
por F. Ponce de León
do blogue Poesia contra a guerra
Malandro é o sujeito que toma rasteira e se acha o maioral.
*
Era uma vez um malandro. Tinha ele uma prima, irmã e esposa. Perdeu as três.
Primeiro, um gringo de olhos puxados levou a prima. Depois, apareceu um sujeito de óculos escuros e camisa da seleção e levou a irmã. Por fim, um terceiro gringo veio e lhe tomou a esposa.
“E agora, o que eu digo no boteco?”
Na primeira vez, ele disse que a prima se arranjou. Na segunda, ele disse que a irmã encontrou um otário e desencalhou. Na terceira, ele riu e disse que foi ele quem se deu bem, pois se livrou da bruaca.
O malandro é o rei do pedaço. Adora futebol, mas não deixa de acompanhar o telecatch, no sábado à noite, e a corrida de baratinhas, no domingo de manhã.
Não gosta de ler. Diante da TV ligada, porém, revela uma grande frustração: gostaria de ter um diploma de juiz. Hoje, seria o rei de Alienópolis ou de Bananalândia.
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Assista Telesur tv
Tem engenheiro malandro….
Que perdeu o emprego e põe a culpa no …Lula!. Fica por ai, fingindo de aposentado.
E deita falação na fila do supermercado. E no banco.
Quando ouve que a situação está ruim por causa do golpe, ele logo pergunta:
-E a situação da Venezuela, está boa para você?
O malandro que queria ser rei, por Ponce de Léon
Retrato fiel dos milhões de “malandros espertos” que formam a nossa sociedade. Parabéns pelo texto, Felipe.
Coridiais abraços,
Marcos
O malandro que queria ser rei
Não é o caso dos Capoeiras, homens honrados que por um tempo foram e em mais raros episódios ainda são confundidos com mal elementos, ou sujeitos à toa…