Rui Daher
Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor
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Pensei que desta vez iria. Esquece. Não irá. Por Rui Daher 

Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha? Seja o que for, por quem for, ou fui, o importante a discutir é a dificuldade em falar de pinto

Pensei que desta vez iria. Esquece. Não irá. 

Por Rui Daher 

O título mostra outra ideia de texto. Uma decepção, talvez precipitada, mas que volta a me destruir com violência similar à que me alcançou em 2018. Esperei quatro anos para que vermes e outros seres saídos do esgoto parassem de corroer minhas alegres vísceras.  

Quando mais forte voltarei ao assunto. Então, galhofo, pilherio, escracho.  

Dias modorrentos os primeiros deste mês de maio. Melhor, ‘merdorrentos’. Se o termo ainda não existir, está criado. 

O sol da manhã logo ilumina o jardim de casa e lembra-me da mobilidade de há dois anos. Ia para onde quisesse, o que me desse na bola, sozinho ou com quem fosse de meu afeto acompanhar.  

Não que tenha piorado ou melhorado de classe social. A mesma. Inexequível desde quando criança fui e à finitude que agora chego. Como a de todos os “Filhos de Deus”. Dias imaginários, fariseus uns, plebeus outros, ambições inexequíveis, que sonhamos exequíveis. 

Mas, perguntam leitoras e leitores mais invasivos. “Diga logo, fariseu ou plebeu, cronista menor?” Em época de alta pobreza extrema e pedidos de ajudas, por fome ou causas nobres, prefiro resposta sem responder: “Dá para viver”. Outros vão mais fundo e querem, por curiosidade mórbida, saber a extensão de minha imobilidade: paraplégico, tetraplégico, paralítico, também meio abobalhado, cadeirante? 

Deixo no ar e parto para a galhofa: “Sei bem, não. Digamos que nem estou como a escultura Davi, de Michelangelo, que mora em Florença, na Itália, desde 1504, desavergonhado, expondo diminuta genitália.  

Nem molenga, desconjuntado, como em portas de borracharias ou postos de gasolina.  

Se eu estive em Florença? Sim. Se medi ou avaliei a dotação do italiano bíblico? ‘Cruzencredo’, claro que não. Mas, com todo o respeito às reproduções artísticas, me pergunto e vocês desafio: como formoso rapaz romântico, corpo bem delineado, cabelos cacheados, 5,17 metros de altura, poderia portar pintinho tão pequeno. 

(Um momento. Depois de dois anos, consigo me mover a tempo de atender um telefone antes que desliguem). 

– Alô, sim, é ele. Eu, claro, quem mais? Rui Daher. Como o que faço aqui? Estou vivo. Vocês largaram o BRD ao léu. Não embrome, Nestor. Tem bebido muito na Vai-Vai? Não teve tempo, pelo menos, para um daqueles artigos de merda e manter o Blog ativo. Ora, o que estou fazendo? Escrevendo, porra! Quero fazer renascer a Redação. Ajuda? Ótimo, claro que quero. Mas no início é sem remuneração. 

(Pausa

– Não chore, vou falar com a Lourdes. O que estou escrevendo? Sobre Michelangelo. Por que o espanto? Aliás, você tem ideia qual deveria ser o tamanho do pênis de um cara com 5,17 metros de altura?  

(Pausa

– Claro que não existe Ragazzo com essa altura, Nestor. Trata-se de uma escultura. Afinal, o que acha do suposto tamanho do pingolim?  

(Pausa) 

– Como se mole ou duro? Nunca viu a escultura? Interessou-se? Tá sem ter o que fazer? Pesquise a foto da escultura e a proporcionalize usando as médias mundiais. 

https://pt.wikipedia.org/wiki/David_(Michelangelo)#/media/Ficheiro:Michelangelo’s_David_2015.jpg

– Se você pegar que a altura média de um homem, por exemplo, nos EUA, é de 1,75 metros, e o tamanho médio de um pênis no mundo – japoneses inclusos – corresponde entre 8 e 10% da altura, faça a conta. 

– Isso, Nestor! Pra ser modesto, o mestre Michelangelo poderia ir fácil de 40 a 50 centímetros. Aquilo na escultura não chega a 5 cm. Pode? 

– Como? Pirou, bebeu? Se mole ou duro? Porra, vai tomar no rabo! Pergunta pra ele e me liga amanhã. 

Rui Daher

Rui Daher - administrador, consultor em desenvolvimento agrícola e escritor

2 Comentários

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  1. Pô, seu Rui
    çejumoro apanhando como um cão, bolçonário em depressão, Tarcísio se fazendo de morto para ser o bolçonário 2 e tu fica falando de pinto?
    Imagine se o pinto referido fosse proporcional à taxa de juros do cartão de crédito…
    Garanto que isso faria a viúva Porcina perder o medo e ir embora do Brasil.
    Para a Itália.
    Abraço.

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