Soberba e autoconhecimento

Do blog TDAH – Reconstruindo a Vida

OS SETE PECADOS CAPITAIS: 1 A SOBERBA

Este post é fruto do meu auto conhecimento, adquirido após o coaching. Nunca dei muita bola pra essa conversa de auto conhecimento, sempre achei isso conversa de autor de auto ajuda e psicólogo. Mas, como tudo na minha vida mudou radicalmente, principalmente meus pré conceitos e minha pseudo racionalidade, hoje eu acredito e uso constantemente meu auto conhecimento.

Estava eu sob o chuveiro, pensando que há vários dias não escrevo um post novo neste blog e comecei a pensar sobre o que escrever. Rapidamente concluí que eu não tinha mais o que escrever aqui; já havia escrito tudo que eu queria e precisava. Aí entrou meu novo auto conhecimento; uma luz vermelha acendeu-se em minha mente: peraí, cara, olha a repetição do comportamento!!!!! Em tudo o que você fez na vida, bastou ser elogiado, bastou reconhecerem sua competência para que abandonasse tudo, deitasse em berço esplêndido e todas as suas conquistas fossem por água a baixo. Esse é o seu próximo post.

Imediatamente me vieram à cabeça os sete pecados capitais, e o primeiro a identificar-me foi a soberba.

A soberba , no dicionário, é definida como: é o sentimento negativo caracterizado pela pretensão de superioridade sobre as demais pessoas, levando a manifestações ostensivas de arrogância, por vezes sem fundamento algum em fatos ou variáveis reais. O termo provém do latim superbia.

No meu caso, existe a arrogância de após ter sido elogiado, acreditado haver atingido o clímax de algo, o máximo da glória possível e a partir daí, um relaxamento, um abandono daquele comportamento que me levou até ali.
Pois é, mesmo após tanta ritalina, tantas sessões de coaching, tantos posts nesse blog, ainda sou capaz de descobrir novos sabotadores, novos inimigos ocultos sob formas, as mais diversas com o único objetivo de me auto sabotar.

Num flash, em questões de segundos, pude reviver vários momentos da minha vida em que eu repetia esse comportamento; abandonar o esforço, abandonar a evolução, sentar-me à beira do caminho, muito antes de seu final, simplesmente por haver recebido elogios, por haverem reconhecido meu esforço e competência até ali. Era a senha para abandonar tudo, deixar que  as conquistas desmoronassem e o sentimento de derrota voltasse.

Um cortina se abriu diante de mim. Um sabotador esperto, sagaz, inteligente. Um sabotador que me dizia sempre: ‘ descanse, você já está no ápice’. E eu, docilmente, obedecia. Alguma coisa como estar a 50, 100 metros do cume do Himalaia e acreditar já haver chegado. Sentar, descansar, e morrer congelado.

E agora?

Bem, em primeiro lugar humildade para reconhecer minha soberba. Em segundo lugar, humildade para reconhecer  esse comportamento idiota como uma auto sabotagem. Em terceiro lugar, humildade para continuar trabalhando em prol do meu tratamento. Em quarto lugar, humildade para reconhecer a necessidade de estar sempre alerta para combater minhas falhas diuturnamente.

A soberba só se combate com a humildade, eu creio.O TDAH também.

Não posso cair na tentação de achar-me curado e brilhante. Não sou nem uma coisa nem outra. Estou dando os primeiros passos para combater um mal incurável, mas domável. Cabe a mim, como a todos os portadores, manter-me atento ao caminho, atento ao tratamento para manter o TDAH sob controle. E mais ainda, preciso estar atento a essa tendência à soberba, a embriagar-me com os primeiros elogios e abandonar o trabalho que me proporcionou tais elogios.

Obrigado à Luciana Fiel que me ensinou a acreditar que coisas simples poderiam me  levar ao auto conhecimento. Com as ferramentas que ela me está me ensinando a usar eu espero continuar a construir dias melhores em minha vida. 

Luis Nassif

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