Balança comercial começa fevereiro com déficit

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após fechar o mês de janeiro com o maior déficit comercial apurado em 20 anos, a balança comercial brasileira (diferença entre exportações e importações) seguiu com déficit durante o mês de fevereiro: segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a perda registrada na primeira semana do mês chegou a US$ 1,703 bilhão. 

As exportações registradas ao longo dos primeiros nove dias do mês chegaram a US$ 3,258 bilhões, com média diária de US$ 651,6 milhões – percentual 24,6% inferior ao visto no mesmo período de 2013, quando o montante foi de US$ 863,8 milhões. As três categorias de produtos pesquisados reduziram seu volume de vendas no período, principalmente os itens básicos, que desaceleraram 32,4%, de US$ 391,9 milhões para US$ 264,8 milhões, por conta, principalmente, de petróleo em bruto, milho em grão, algodão em bruto, fumo em folhas, farelo de soja, minério de ferro, café em grão, e carne suína e de frango. 

A retração entre os itens manufaturados, foi de 19,4%, com a média diária passando de US$ 335,4 milhões para US$ 270,5 milhões, por conta de automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, autopeças, pneumáticos, bombas e compressores, calçados e motores e geradores elétricos. Quanto aos semimanufaturados, a perda foi de 18,1%, de US$ 118,1 milhões para US$ 96,7 milhões, pelas retrações de açúcar em bruto, semimanufaturados de ferro/aço, celulose e ouro em forma semimanufaturada). 

A queda ante janeiro de 2014 foi de 10,6%, em virtude do declínio nas vendas das três categorias de produtos: manufaturados (-2,5%, de US$ 277,3 milhões para US$ 270,5 milhões), básicos (-15,5%, de US$ 313,5 milhões para US$ 264,8 milhões) e semimanufaturados (-15,3%, de US$ 114,2 milhões para US$ 96,7 milhões). 

As importações somaram US$ 4,961 bilhões, com uma média diária de US$ 992,2 milhões, valor  6,1% acima da média vista em fevereiro de 2013 (US$ 934,9 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente, com combustíveis e lubrificantes (43,4%), aparelhos eletroeletrônicos (12,5%), cereais e produtos de moagem (6%), plásticos e obras (3,2%) e instrumentos de ótica e precisão (3,1%).

Ante janeiro de 2014, houve crescimento de 8,7%, pelos aumentos em combustíveis e lubrificantes (64%), cereais e produtos de moagem (29,8%), instrumento de ótica e precisão (19,8%), farmacêuticos (6,6%), siderúrgicos (5,9%) e equipamentos mecânicos (3,6%). 

Com o resultado, o déficit da balança comercial atinge US$ 5,761 bilhões em 2014, valor 36,4% maior do que o registrado no mesmo período de 2013. No acumulado do ano, as exportações somam US$ 19,284 bilhões, com queda de 1,8% pela média diária. As importações continuam crescendo e totalizam US$ 25,045 bilhões em 2014, alta de 1,9% também pelo critério da média diária.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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