Desemprego atinge menor resultado para o mês desde 2015

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Percentual apurado pelo IBGE chega a 8,6%; total de pessoas desocupadas chega a 9,2 milhões no trimestre fechado em fevereiro

ROBERTO PARIZOTTI

A taxa de desemprego no mercado de trabalho brasileiro atingiu um total de 8,6% no trimestre fechado em fevereiro, o menor resultado para o mês desde os 7,5% contabilizados em 2015, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na comparação com os três meses anteriores, houve um aumento de 0,5 ponto. Ao mesmo tempo, o número de desocupados subiu 5,5% (ou 483 mil pessoas), chegando a 9,2 milhões de pessoas.

Segundo a coordenadora de trabalho e rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, o aumento da desocupação no trimestre pode estar muito relacionado à volta da sazonalidade do mercado de trabalho.

Além disso, o aumento da desocupação vem após um período de seis meses de crescimento por conta da recuperação dos efeitos gerados pela pandemia de covid-19.

“Se olharmos retrospectivamente, na série histórica da pesquisa, todos os trimestres móveis encerrados em fevereiro são marcados pela expansão da desocupação, com exceção de 2022”, explica Adriana Beringuy.

Número de ocupados em queda

De acordo com os dados do IBGE, o número de pessoas ocupadas caiu 1,6% (1,6 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior, levando o percentual de pessoas ocupadas na população com idade de trabalhar para 56,4%, 1 ponto percentual abaixo do visto na mesma base comparativa.

As categorias que mais reduziram vagas foram a do empregado sem carteira no setor público (-14,6% ou menos 457 mil), o empregado sem carteira assinada no setor privado (-2,6% ou menos 349 mil pessoas) e o trabalhador por conta própria com CNPJ (-4,8% ou menos 330 mil).

Já o número de empregados com carteira assinada no setor privado ficou estável após seis trimestres consecutivos de crescimento significativo.

Ainda na comparação com o trimestre anterior, houve redução de 206 mil pessoas na categoria dos empregadores, que chega a 4,1 milhões de pessoas, enquanto o número de trabalhadores domésticos ficou estável em 5,8 milhões. A taxa de informalidade também ficou estável no trimestre (38,9%).

Não houve crescimento de ocupação em nenhum dos setores pesquisados no mesmo período, mas quatro deles cortaram pessoal: Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-2,7%, ou menos 471 mil pessoas), Indústria geral (-2,7%, ou menos 343 mil pessoas), Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2,3%, ou menos 202 mil pessoas) e Outros serviços (-3,2%, ou menos 171 mil pessoas). Os outros setores investigados se mantiveram estáveis.

A população fora da força de trabalho cresceu 2,3%, o que representa 1,5 milhão de pessoas a mais. Na mesma comparação, a força de trabalho potencial, estimada em 7,3 milhões, ficou estável.

Rendimento médio fica estável

Segundo o IBGE, o rendimento médio real foi estimado em R$ 2.853 e ficou estável frente ao trimestre encerrado em novembro. Os únicos setores que elevaram os valores pagos foram Alojamento e alimentação (6,0%, ou mais R$ 107) e Serviços domésticos (2,6%, ou mais R$ 28). Os outros ficaram estáveis.

No que se refere às posições na ocupação, houve aumento entre os trabalhadores domésticos (2,6%, ou mais R$ 28) e empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (2,0%, ou mais R$ 84).

A massa de rendimento também ficou estável frente ao trimestre anterior, sendo estimada em R$ 275,5 bilhões – alta de 11,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Leia Também

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador