Emissão de títulos impulsiona dívida pública federal em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – A emissão de títulos prefixados e atrelados aos juros básicos fez a Dívida Pública Federal (DPF) subir R$ 82,3 bilhões em agosto, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida fechou o mês passado em R$ 2,686 trilhões, com alta de 3,16% em relação a julho.  Esta variação deveu-se à emissão líquida, no valor de R$ 45,44 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 36,89 bilhões.

A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna (DPMFi) subiu 3,10%, de R$ 2,475 trilhões para R$ 2,552 trilhões. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 49,95 bilhões em títulos a mais do que emitiu e incorporou R$ 26,78 bilhões em juros. O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

A dívida pública externa (DPFe) encerrou agosto em R$ 134,32 bilhões, com alta de 4,35% em relação ao valor de julho, quando tinha atingido R$ 122,35 bilhões. O principal fator foi a alta de 7,45% do dólar em relação ao real no mês passado. Durante os meses de julho e agosto de 2015, foram recomprados, em valor de face, R$ 123,95 milhões (US$ 37,28 milhões) em títulos da DPFe. O total financeiro desembolsado neste período foi de R$ 146,06 milhões (US$ 43,88 milhões).

Em relação à composição da DPF, houve leve redução na participação da DPMFi, passando de 95,06%, em julho, para 95,00%, em agosto. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação ampliada de 4,94% para 5,00%. A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 41,32%, em julho, para 41,59%, em agosto. A participação dos títulos indexados a índice de preços apresentou redução, passando de 33,00% para 31,99%. Já os títulos remunerados por taxa flutuante tiveram sua participação aumentada, passando de 20,64% para 21,28%.

O percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses subiu de 22,44%, em julho, para 25,20%, em agosto. O volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses passou de 23,07%, em julho, para 25,99%, em agosto. Os títulos prefixados correspondem a 72,34% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a índices de preço, os quais apresentam participação de 18,35% desse total.

Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses passou de 10,25%, em julho, para 10,09%, em agosto, sendo os títulos e contratos denominados em dólar responsáveis por 54,67% desse montante. Destaca-se que os vencimentos acima de 5 anos respondem por 56,32% do estoque da DPFe.

O prazo médio da DPF apresentou redução, passando de 4,63 anos, em julho, para 4,56 anos, em agosto. O prazo médio da DPMFi reduziu-se, ao passar de 4,49 anos para 4,43 anos. Já o prazo médio da DPFe passou de 7,26 anos para 7,20 anos.

Apesar do aumento em agosto, a DPF continua dentro das previsões do Tesouro. De acordo com o Plano Anual de Financiamento, a tendência é que o estoque da DPF encerre o ano entre R$ 2,65 trilhões e R$ 2,8 trilhões.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador