Emprego industrial tem maior queda desde abril de 2009

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O pessoal ocupado assalariado na indústria brasileira fechou agosto em queda de 0,6% no comparativo com julho, a quarta taxa negativa consecutiva em tal confronto, gerando um total acumulado de -1,3%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado do mês é o recuo mais intenso desde abril de 2009, quando a redução foi de -0,7%.

Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral assinalou variação negativa de 0,3% no trimestre encerrado em agosto frente ao nível do mês anterior e permaneceu com a trajetória descendente iniciada em abril último. Também houve queda de 1,3% na comparação com agosto de 2012, registrando seu 23º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde dezembro (-1,4%). 

No confronto com agosto de 2012, o emprego industrial recuou 1,3% este ano, com redução no contingente de trabalhadores em 13 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu na região Nordeste (-4,9%), pressionado pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados, destacando-se os setores de alimentos e bebidas (-5,8%), calçados e couro (-8%), minerais não-metálicos (-7,4%), vestuário (-4%), refino de petróleo e produção de álcool (-12,8%), produtos têxteis (-5,1%), indústrias extrativas (-7,9%), produtos de metal (-6,6%), borracha e plástico (-3,8%) e máquinas e equipamentos (-5,2%).

São Paulo (-0,9%), Bahia (-7%), Rio Grande do Sul (-1,8%), Pernambuco (-6,8%) e Minas Gerais (-1,1%) também tiveram taxas negativas. Santa Catarina, com avanço de 0,9%, foi a contribuição positiva do mês, impulsionado pelos setores de produtos de metal (9,3%), borracha e plástico (5,4%), máquinas e equipamentos (3,3%), alimentos e bebidas (1,2%) e meios de transporte (7,5%).

Setorialmente, o pessoal ocupado assalariado recuou em 13 dos 18 ramos pesquisados durante o mês de agosto, com destaque para as pressões negativas vindas de produtos de metal (-4,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-4,3%), calçados e couro (-4,7%), máquinas e equipamentos (-2,9%), produtos têxteis (-4,4%), outros produtos da indústria de transformação (-3,6%), madeira (-5,7%), refino de petróleo e produção de álcool (-5,1%) e minerais não-metálicos (-2,1%). Os principais impactos positivos ocorreram nos setores de borracha e plástico (3,3%), alimentos e bebidas (0,8%) e meios de transporte (1,3%).

No ano, o emprego industrial foi reduzido em 0,8%, com taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 11 dos 18 setores investigados. A região Nordeste (-4,4%) apontou o principal impacto negativo, seguida por Rio Grande do Sul (-2,3%), Pernambuco (-7,3%), Bahia (-5,5%) e São Paulo (-0,4%). Santa Catarina (1%) e Paraná (0,7%) exerceram as pressões positivas mais importantes no acumulado dos oito meses do ano.

Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de calçados e couro (-5,3%), vestuário (-3,3%), outros produtos da indústria de transformação (-4,1%), produtos têxteis (-3,8%), máquinas e equipamentos (-1,9%) e madeira (-5,1%), enquanto os setores de alimentos e bebidas (1,7%) e de borracha e plástico (3%) responderam pelas principais influências positivas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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