Indústria perde 2,3% em dezembro em relação a 2012

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O setor industrial encerrou o mês de dezembro com um recuo de 2,3% em relação ao resultado apurado no mesmo período de 2012, com predomínio dos resultados negativos, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Um dos pontos que pode ter influenciado o resultado é o efeito calendário, uma vez que dezembro de 2013 (21 dias úteis) teve um dia útil a menos ante igual mês do ano anterior (20).
 
O levantamento mostra que 16 dos 27 ramos pesquisados apontaram recuo na produção, sendo que as maiores influências negativas na formação da média ficaram com veículos automotores (-16,3%) e farmacêutica (-22,7%), pressionadas principalmente pela redução na fabricação de automóveis, caminhões, chassis com motor para caminhões e ônibus, motores diesel para caminhões e ônibus, caminhão-trator para reboques e semirreboques, autopeças e veículos para transporte de mercadorias, na primeira, e medicamentos, na segunda. 
 
Outras contribuições relevantes sobre o total nacional foram apuradas por edição, impressão e reprodução de gravações (-11,2%), indústrias extrativas (-6,3%), bebidas (-6,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,6%) e borracha e plástico (-8,9%). Por outro lado, ainda na comparação com dezembro de 2012, entre as 11 atividades que ampliaram a produção, os principais impactos foram observados em outros produtos químicos (9,2%), material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (43%), máquinas e equipamentos (6,4%), refino de petróleo e produção de álcool (3,4%) e outros equipamentos de transporte (10%).
 
Nos índices por categorias de uso, os segmentos de bens de consumo duráveis (-3,5%) e de bens de consumo semi e não duráveis (-3,1%) apontaram as taxas negativas mais acentuadas no índice mensal de dezembro de 2013. No primeiro, que mostrou a terceira queda consecutiva nesse tipo de comparação, o desempenho nesse mês foi influenciado em grande parte pela menor fabricação de automóveis (-13,7%), de eletrodomésticos da “linha branca” (-9,8%), de outros eletrodomésticos (-4,0%) e de artigos do mobiliário (-2,3%). Por outro lado, ainda nessa categoria de uso, foram observados impactos positivos vindos da produção de eletrodomésticos da “linha marrom” (65,7%), de motocicletas (19,2%) e de telefones celulares (73,1%). 
 
A redução na produção de bens de consumo semi e não duráveis, que assinalou o quinto resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e a queda mais intensa desde março de 2013 (-7,6%), foi explicada pelos recuos verificados nos grupamentos de outros não duráveis (-8,7%), de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,5%) e de semiduráveis (-1,4%). A única contribuição positiva nessa categoria de uso foi registrada pelo grupamento de carburantes (6,3%), impulsionado pelos avanços na produção de álcool etílico e de gasolina automotiva.
 
Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, o setor produtor de bens intermediários (-2%) também apontou taxa negativa em dezembro de 2013, mas em um patamar menos acentuado do que a média da indústria (-2,3%). O segmento foi pressionado pelos resultados negativos vindos dos produtos associados às atividades de veículos automotores (-19,5%), indústrias extrativas (-6,4%), borracha e plástico (-8,9%), metalurgia básica (-1,5%), celulose, papel e produtos de papel (-1,6%), minerais não-metálicos (-1,0%) e produtos têxteis (-0,9%), enquanto as influências positivas foram registradas por outros produtos químicos (9,7%), refino de petróleo e produção de álcool (1,9%) e alimentos (2,1%). Os índices negativos ficaram com os grupamentos de insumos para construção civil (-0,3%), que interrompeu três meses de resultados positivos consecutivos, e de embalagens (-1,1%), que apontou o segundo recuo seguido no índice mensal.
 
Segundo o IBGE, o crescimento de 1,8% apresentado pelo setor de bens de capital foi o 12º resultado positivo consecutivo na comparação com igual mês do ano anterior, mas com a menor intensidade de crescimento dessa sequência. Nesse mês, o setor foi particularmente influenciado pela expansão registrada no grupamento de bens de capital para construção (225,3%), impulsionado não só pelo crescimento verificado em todos os produtos investigados nesse subsetor, mas também pela baixa base de comparação, uma vez que esse grupamento recuou 66,1% em dezembro de 2012.
 
Índices positivos também foram assinalados pelos grupamentos de bens de capital para fins industriais (5,8%), agrícola (3,4%) e para energia elétrica (1%). Os demais subsetores apontaram queda na produção nesse mês: bens de capital para equipamentos de transporte (-8,1%), que interrompeu 11 meses de resultados positivos consecutivos nesse tipo de comparação, e para uso misto (-2,9%).
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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