Indústria perde 5,8% em relação a novembro de 2013

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 5,8% em novembro de 2014, com perfil disseminado de resultados negativos, já que as quatro grandes categorias econômicas e a maior parte (22) dos 26 ramos apontaram redução na produção. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre as atividades, as maiores influências negativas foram exercidas pelos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,4%) e de produtos alimentícios (-8,7%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de metalurgia (-11,4%), máquinas e equipamentos (-8,8%), produtos de metal (-12,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-14,1%), outros produtos químicos (-5,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-9,2%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,7%), produtos de borracha e de material plástico (-5%) e produtos de minerais não-metálicos (-4,7%). Por outro lado, entre as quatro atividades que aumentaram a produção, o principal impacto foi observado em indústrias extrativas (4,1%).

Ainda no confronto com igual mês do ano anterior,o setor produtor de bens de consumo duráveis recuou 11% no índice mensal, nona taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Nesse mês, o setor foi particularmente pressionado pela menor fabricação de automóveis (-10,8%), ainda influenciado por reduções de jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de eletrodomésticos da “linha marrom” (-30,4%), motocicletas (-19,9%), móveis (-6,1%) e eletrodomésticos da “linha branca” (-7,6%). Por outro lado, a principal influência positiva foi observada no grupamento de outros eletrodomésticos, com avanço de 1,5%.

O segmento de bens de capital recuou 9,7%, também assinalando o nono resultado negativo consecutivo no índice mensal. O segmento foi influenciado pelo recuo observado na maior parte dos seus grupamentos, com claro destaque para a redução de 15,9% de bens de capital para equipamentos de transporte. As demais taxas negativas foram registradas por bens de capital agrícola (-17,7%), para construção (-25,7%), para fins industriais (-1,1%) e para energia elétrica (-5,5%), enquanto o grupamento de bens de capital de uso misto (5,7%) apontou o único resultado positivo.

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis, com redução de 3,1%, também mostrou resultado negativo no índice mensal. O desempenho nesse mês foi explicado principalmente pelos recuos observados nos grupamentos de carburantes (-9,7%) e de semiduráveis (-4,4%), seguidos pelos resultados negativos assinalados pelos subsetores de alimentos e bebidas elaborados para consumo doméstico (-1,5%) e de não-duráveis (-1,3%).

A queda na produção de bens intermediários (-5,8%) foi a nona taxa negativa consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior e a mais intensa desde abril de 2012 (-6%). O resultado desse mês foi explicado principalmente pelos recuos nos produtos associados às atividades de produtos alimentícios (-16,3%), metalurgia (-11,4%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-14,7%), produtos de metal (-15,1%), outros produtos químicos (-5,7%), produtos de borracha e de material plástico (-5,4%), produtos de minerais não-metálicos (-4,7%), produtos têxteis (-7,7%) e máquinas e equipamentos (-3%).

As pressões positivas foram assinaladas por indústrias extrativas (4,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%) e celulose, papel e produtos de papel (1%). Ainda nessa categoria, destacam-se os resultados negativos observados nos grupamentos de insumos para construção civil (-7,7%), que marcou a nona queda consecutiva nesse tipo de comparação, e de embalagens (-1,8%).

No índice acumulado para os 11 meses de 2014 frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou queda de 3,2%, com perfil disseminado de taxas negativas, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 61 dos 79 grupos e 63,7% dos 805 produtos pesquisados. Entre os setores, o principal impacto negativo foi observado em veículos automotores, reboques e carrocerias (-17,3%). Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram dos setores de produtos de metal (-11,1%), metalurgia (-7,1%), máquinas e equipamentos (-5,6%), outros produtos químicos (-4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,5%), produtos de borracha e de material plástico (-4,2%) e produtos alimentícios (-0,9%). Por outro lado, entre as sete atividades que ampliaram a produção, as principais influências foram observadas em indústrias extrativas (5,4%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,7%).

Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para o índice acumulado nos 11 meses de 2014 mostrou menor dinamismo para bens de consumo duráveis (-9,1%) e bens de capital (-8,8%), pressionadas especialmente pela redução na fabricação de automóveis (-15%), na primeira, e de bens de capital para equipamentos de transporte (-16,5%), na segunda. Os segmentos de bens intermediários (-2,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,1%) também assinalaram resultados negativos no índice acumulado no ano, mas ambos com queda menos intensa do que a observada na média nacional (-3,2%).

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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