Jânio acusa Marina de pautar campanha por ofensas e mentiras

Jornal GGN – A pouco menos de um mês das eleições, a campanha presidencial já descambou para o campo das agressões, com pouco ou nenhum teor político. Começou com Aécio, que optou pela agressividade para fazer frente, não mais a uma pouco ameaçadora candidatura de Eduardo Campos, mas a Marina Silva. Foi dar na própria Marina, que não poupou o seu antigo partido e está buscando na Petrobras todos os males do mundo para usar contra o PT – mesmo no caso de Paulo Roberto Costa, que acendeu na estatal durante o governo FHC. No meio dessa confusão, Dilma Rousseff, é a menos ofensiva dos três e tem preferido apenas dar respostas aos ataques.

Uma campanha indigna

Por Janio de Freitas

Da Folha de S. Paulo

Não se esperava que a disputa presidencial se fizesse por troca de agressões e um nível tão baixo do teor político

Ainda que não seja novidade nas disputas pela Presidência, o pugilato verbal entre os atuais candidatos veio surpreender. Não se esperava que a campanha se fizesse por troca de agressões, e, sobretudo, não se imaginaria um nível tão baixo do teor político contido nessa agressividade.

A violência verbal não é novidade em termos. Na democracia anterior ao golpe de 64, nas quatro eleições presidenciais houve muita agressividade, mas toda por conta de não candidatos à Presidência. Entre os disputantes, prevaleceu, sempre, a concepção de que pretendentes à Presidência não podiam mostrar-se ao eleitorado sem a compostura apropriada ao cargo.

Getúlio nunca citou o brigadeiro Eduardo Gomes nem foi por ele citado. O mesmo se passara entre o general Dutra e o brigadeiro. O general Juarez Távora fez campanha até raivosa, e Juscelino se ocupou dos seus planos para fazer “50 anos em 5”, sem referencia direta entre eles. Jânio fez campanha de fortes insinuações contra tudo o que lembrasse o governo Juscelino, representado na candidatura do general Lott, mas nunca o fez de modo explícito e nominal.

Ditadura militar por 21 anos é, na cultura política, o mesmo que a demolição acelerada de uma edificação construída durante séculos, como as velhas catedrais. Em 1989, a primeira eleição direta da nova democracia retrata, em tudo, os efeitos da demolição feita pela ditadura. Fica muito bem em Collor a personificação da campanha sem ética política e sem compostura pessoal, com variados modos de violência, não só verbal.

Até que chegasse ao vitorioso “Lulinha paz e amor”, Lula preencheu três campanhas com irada pregação da temática petista. Sem agressões a Fernando Henrique, cujas condições nas duas disputas dispensavam embates diretos, que nem fariam o seu gênero. O mesmo se deu entre Lula e Alckmin. Mas não com Serra, que se permitiu, contra Lula e contra Dilma, desde diferentes modalidades agressivas até armações com ajuda de terceiros.

Por aí se chegou à atual campanha sem imaginar que o candidato da simpatia, herdeiro de uma prática política sempre elevada, passageiro de uma vida alegre, não fosse isso mesmo como candidato à Presidência. Ainda com Eduardo Campos, os dois fizeram um acordo de mútua preservação que deu o sinal: as farpas logo voaram de um lado e de outro. Dilma e o governo já estavam na mira, mas de tiros políticos.

O que os céus fizeram por Marina tomaram de Aécio, na queda do avião. E, pior, trouxeram-lhe a suposição de se salvar pela agressividade contra a nova concorrente. E logo também contra a antiga. Aécio Neves foi o disparador da deterioração da campanha em que a perda de escrúpulos é crescente.

Não se imaginava que a Marina Silva tão contida, como se toda travada por poderosas forças interiores, ou, sabe-se lá, celestiais (“Deus não quis que eu estivesse naquele avião”), fosse capaz de tamanha desinibição para dizer coisas como esta raridade: “Um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras”. “Para assaltar”? A desonestidade dessa afirmação, feita em sabatina há três dias no “Globo”, não tem limite nem para trás.

Funcionário de carreira, Paulo Roberto Costa fez sua ascensão na Petrobras durante o governo Fernando Henrique, nomeado então para sucessivos postos e funções relevantes, que vieram a culminar no governo Lula. É um mistério o momento em que começou sua corrupção. Mas há a certeza de que, a não ser para Marina, nenhum partido e nenhum governo dos dois presidentes promoveu Paulo Roberto Costa “para assaltar”.

Diante de tamanha e perversa difamação, não surpreende a facilidade com que Marina diz inverdades bondosas a seu respeito, atribuindo-se votos, pareceres e projetos no Senado que o Senado nunca ouviu ou leu. Sua agressividade tem este componente adicional: a inverdade. O que aquela sabatina tornou ainda mais perceptível (e registrado jornalisticamente).

Mas de Dilma, a “durona”, a “gerentona”, esperava-se que ao menos confirmasse a maneira como a imprensa a descreve. A surpresa que lhe cabe vem, no entanto, do oposto: é a menos ofensiva, tanto no sentido de ataque como de insulto. Tem preferido dar respostas, algumas duras e outras irônicas. Sem conseguir, porém, tornar menos deplorável esta campanha indigna de uma disputa pela Presidência da República.

 

Redação

40 Comentários

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  1. Alguns chegaram a pensar que

    Alguns chegaram a pensar que a eleição com Aécio e Campos/Marina seria menos agressiva.

    São bons de coração ou devem desconhecer a nossa imprensa.

     

    1.   Bom, não eu. Aí vai minha

        Bom, não eu. Aí vai minha opinião em janeiro deste ano (03.01.14):

      https://jornalggn.com.br/noticia/acredite-em-campanha-propositiva-quem-quiser

       

      Por André LB

      Comentário ao post “Os votos para 2014

      Campanha propositiva em 2014? Não vejo possibilidade real disso acontecer.

      Óbvio que Dima/PT será vidraça, apesar de poder usar a carta “Paulo Preto” em debate, como fez antes: seu maior concorrente, o PSDB de Aécio, é protagonista de escândalos que ainda estarão na memória coletiva neste 2014 e nem o dique representado pela mídia conseguirá barrar tudo.

      Mas Dilma é situação. Vamos aos outros.

      O programa do PSDB – se é que pode ser chamado assim – foi resumido como algo menos que um rascunho pelo próprio Nassif, adepto ferrenho da neutralidade. Ou seja, o famoso, quase mitológico “choque de gestão” PSDBista, mesmo em sua versão mineira, não vai ser astro principal da campanha tucana, e quem dá o sinal é o próprio Aécio, que mandou passear o marqueteiro do “vamos conversar?”, mote tão simpático quanto inócuo, e já avisou que vai mudar a tônica do discurso. Quanto à mudança ter ocorrido por decisão do próprio Aécio ou de “forças ocultas” tucanas ou mesmo ainda mais ocultas, não importa; ou quem manda de verdade são os falcões, ou Aécio aderiu a eles.

      Quanto a Eduardo Campos/PSB, a situação muda um pouco de figura. Mesmo que não tenha a ganhar adotando uma postura belicosa, é preciso mais substância que o simples “dá pra fazer mais”. Mais o quê? De concreto, apenas beijou a cruz, digo, o tripé (econômico). Veio para apresentar um neo-PSDB, ou seja, “responsável” mas com um véu social, a exemplo do que o PSDB um dia teve – só não vai explicar em horário eleitoral o porquê do aumento anual do salário mínimo por lei ser um problema para ele ou seus financiadores de campanha. Enfim, ainda que a vantagem que sua cara nova lhe traz (no cenário nacional) não possa suportar uma postura encrenqueira, ele contará com…

      … Marina Silva. Depois de muito choramingar por ter seu partido “bloqueado” por seu próprio sono em berço esplêndido, já que teve dois anos para coleta de assinaturas, entrou no PSB em jogada política que, ao menos para o grande público, não fez sentido algum. Nem com toda a boa vontade do mundo dá para aceitar como “diferente” o ingresso no PSB sem falar com as bases e mesmo correligionários de um grupo tido como “horizontal”, e em um partido que Campos ora transforma em “pragmático”. Daí Marina ter queimado parte de seu capital político, embora ainda não demonstre ter percebido: o desejo de “mais protestos” em 2014 é típico de alguém que ainda se vê à parte da política. Enfim, para se mostrar diferente ainda que tenha agido igual Marina fará disparar a metralhadora em 2014, mas focada no “chavismo do PT “.

      Dito isso, acredite em campanha propositiva quem quiser. O resto são os aerotrens de Levy Fidelix – que de bobo só tem o discurso: quem assim pensa, não sabe o que é o Fundo Partidário.

  2. Não se imaginava que a Marina

    Não se imaginava que a Marina Silva tão contida, como se toda travada por poderosas forças interiores, ou, sabe-se lá, celestiais (“Deus não quis que eu estivesse naquele avião”), fosse capaz de tamanha desinibição para dizer coisas como esta raridade: “Um partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras”. “Para assaltar”? A desonestidade dessa afirmação, feita em sabatina há três dias no “Globo”, não tem limite nem para trás.   Jânio de Freitas

    A carreira de Paulo Roberto Costa:

    paulo_roberto

  3. Jânio de Freitas aderiu

    Jânio de Freitas aderiu completamente a campanha de Dilma Roussef, assim como Ricardo Noblat adeiu completamente a campanha de Marina Silva.

    O Aécio estamos fudidos….

  4. A Marina se colocou em defensiva…

    Devido a contradição em si de seu programa: o ‘economista’ dela já avisou que muito de suas promessas não poderão ser cumpridas e só aparecerão se sobrar no orçamento. Ela vem e diz que não, que haverá sim uma forma de entregar o bolo inteiro do seu programa. A contradição intrínseca do seu programa então e revelado diante dela: com a independência da política monetária via BC, e independência da política fiscal via comissão fiscal independente, Marina se eleita presidente não poderá governar o executivo de acordo com os seu plano econômico, mas de acordo com o que os economistas neoliberais que a cercam permitirão a ela. Ela criara um quarto poder a qual terá de se submeter e também ao congresso (sem apoio da maioria) com os seus projetos, e não se deu conta disso ainda. Ou melhor: se deu conta e agora tenta impedir o debate sobre isso chorando na frente de jornalista!

  5. Gegê

    Getulio foi o gaucho mais mineiro que ja se teve noticia. Nunca batia de frente com ninguém, mas era um temido estrategista. Quando todos pensavam que estava liquidado, o “velho garnisé” dava à volta na turba e la seguia ele, intrépido. 

    Tem até uma piada que conta que “um dia, um ajudante de ordens entrou no cabinete de Getulio e o viu dançando sem musica.Pergutado sobre o que estava fazendo, Getulio respondeu: ” Não estou dançando, estou tentando dar uma rasteira em mim mesmo, mas não consigo !”

    Mas como bem explicitou Jânio, a ditaduta militar demoliu toda essa estrutura, o resultado é essa vulgaridade que assistimos eleição apos eleição. 

  6. É o marketing, estúpido.

    Essa baixaria despolitizada e manipuladora é imposição dos marketeiros que passaram a comandar o discurso dos politicos já há várias eleições.

    Munidos de pesquisas qualitativas, que incluem técnicas de neuro-marketing via mapeamento cerebral por imagens, sabem que o eleitorado atual é movido por esse tipo de emoção primitiva, tendência visível atá a olho nu se prestarmos atenção  nos produtos culturais oferecidos e consumidos avidamente pelas massas, do funk ao MMA.

    Assim, a unica saida é questionarmos o atual modelo eleitoral que acolhe essa tendencia no momento crucial das democracias, o processo eleitoral.

    Já passou da hora, embora ainda não seja tarde demais, de inciarmos um debate sério sobre os limites desse modelo, baseado no conceito de propaganda eleitoral, onde candidatos são oferecidos como sabonetes e as campanhas só funcionam se turbinadas por patrocinios milionarios de empresários do setor financeiro, da construção civil, dos transportes urbanos etc etc.

    No modelo atual a tendencia é esse ciclo se degradar cada vea mais. Talvez se começassemos a pensar não em termos de propaganda eleitoral, mas em termos de Educação Eleitoral, com enfase em debates temáticos, para não ficarmos presos às generalidades de sempre, e com violenta restrição de todo tipo de propaganda eleitoral, o marketing poderia ter sua influencia contida, caso contrário, só nos resta mesmo a indignação inconsequente.

  7. Aécio explica

    “Baseado em pesquisas internas do PSDB que apontam que Marina Silva tem perdido votos na classe média e em cidades grandes, o presidenciável tucano Aécio Neves disse a aliados em São Paulo ver sinais de “nervosismo” na campanha do PSB e uma mudança no ambiente eleitoral que pode ser o início de um “esfarelamento” da ex-senadora; em terceiro lugar nas pesquisas com 15% das intenções de voto, ele afirmou ainda que nas próximas semanas vai “esbarrar com ela” na casa dos 22%, 23%”

    do Brasil 247

  8. Dilma não agride porque é uma

    Dilma não agride porque é uma estadista que sabe se dar ao respeito diante de um playboy mimado e irresponsável de um lado, e de uma fanática religiosa despreparada e insegura de outro…

  9. Osmarina não é o que

    Osmarina não é o que aparenta. Aquela aparência de humildezinha, vitimazinha, fragilzinha é apenas fachada, por trás há uma mulher com uma ambição desmedida, com o fel do fígado na boca, peçonhenta, disssimulada. A Osmarina só tem um objetivo na vida: ser presidente. Começou dentro do PT, de lá saiu quando o Lula escolheu a Dilma e não ela, foi para o PV porque queria uma legenda para ser presidente, saiu e foi montar a Rede com o único intuito de ser presidente, não conseguiu, foi para o PSB ser vice pois tinha a esperança que constatando que ela tinha mais votos, o Eduardo entregaria o lugar a ela, entregou, sem querer, mas entregou. Por isso que ela estando onde sempre quis, faz qualquer coisa para chegar lá, desde prometer tudo a todos e até fingir-se de vítima para comover incautos.

  10. Tem um povo

    Tem um povo viajando…
    Campanhas para a presidência SEMPRE foram nesses níveis.
    Nada de extraordinário. É o chamado “vale tudo”.
    Quem não está preparado para esta guerra…
    Vai para casa fazer pipoca e ver TV.
    Não é campanha…. é a guerra pelo poder.
    Não é programa da Xuxa.
    Tá em jogo o fututo da economia brasileira.

     

  11. Mas que peninha! Lula malvado!!! Splish, Splash!

    A útlima da campanha “propositiva” de Marina, que cada vez mais fala só dela própria, foi responder a Lula “dando a outra face”.

    Ô cutáda!

    Só ficou faltando ela explicar que “tapa” ela recebeu de Lula…

    Que apenas deixou clara sua posição (Dilma) e comentou sobre suas atitudes, como a (farsesca) acusação do “assaltante colocado na Petrobrás”, pelo (à época) presidente. Isso sim é um tapa na cara de quem lhe acolheu e apoiou.

    E não foi no “escurinho do cinema” não!

    Foi sob holofotes globais!

     

    (e ela é que é caluniada, tadinha)

  12. marina mergulha no jogo sujo do seu partido: O PiG!

    Incapaz de defender suas propostas… marina ataca o crítico.

    Ao invés da disputa política… marina partiu prá baixaria.

     

     

  13. A tática da Marina Itaú Santinha do Pau Oco

    é dá uma de vítima e o PIG já está ajudando muito para que essa tática surta efeito. Eu espero que a Dilma e sua equipe já tenha um antidoto para essa canalhice da Marina Itaú Santinha do Pau Oco. Já era esperado a baixaria da Marina Itaú Santinha do Pau Oco junto com o PIG. 

  14. Vou discordar do Jânio e da

    Vou discordar do Jânio e da maioria.

    Concordo que ataques pessoais têm sido lançados, mas nada que se compare com o o que aconteceu em 2010, de longe a campanha mais inacreditavelmente virulenta da história. Sem falar que introduziu definitivamente questões religiosas no debate. Nunca se falou tanto em estado laico como agora. Talvez porque ele esteja realmente em risco.

    Mas acho que em alguns aspectos as coisas melhoraram. O uso da internet se popularizou de tal forma que hoje nenhum candidato ou portal de notícia imagina limitar-se a comícios e editoriais/colunas.

    O formato sabatina tem dado aos candidatos, até aos pequenos, oportunidade única de falarem mais sobre suas ideias e propostas de governo. Dá até para falar sobre concepções político ideológicas que, a meu ver, são mais importantes do que propostas, que sempre se transmudam em simples promessas.

    As  sabatinas até  agora realizadas pelos portais Estadão, FSP, Globo, e outros foram oportunidades fantásticas para os candidatos poderem realmente falar sobre o que pensam a respeito do país e do mundo.

    Para Dilma tem sido  ótimo poder falar descontraidamente sobre tudo, sem ter que se limitar por um relógio que só atrapalha. A sabatina do Globo, por exemplo, durou duas horas, que a candidata aproveitou integralmente, com uma ou outra pequena ressalva, para dizer o que queria e precisava. E para desconstruir a imagem de durona e antipática, mostrando bom humor e descontração.

    A crítica fica, óbvio, para aquela pantomima em que se transformou a entrevista do Jornal Nacional, feito apenas para caçar votos de trouxas que não têm nenhuma capacidade de avaliação política. Um verdadeiro paredão para os quatro candidaos entrevistados. 

  15. Que pena…

    Mais um mês de campanha, fosse o pleito em novembro, Dilma levava no primeiro turno…

    Mas como disse o Lula, melhor ganhar de 60 a 40 no segundo que 51 a 49 no primeiro…

    O pior adversário da joana d’arc da floresta não são os outros, é ela mesma…

    Caso contrário, como imaginar que “uma liderança militante da Amazônia (e do Acre)” pudesse ter ficado tão confinada em seu próprio ambiente, incapaza de repercutir ali seu capital político?

    Façam as contas e eu aposto: 20 milhões em 2010, e 25 a 28 milhões em 2014, no máximo…

    Pago 2 por um…

    joana d’arc da floresta ou lacerda verde, tanto faz…vai continuar como “grilo falante” da política nacional…só isto…

  16. melhor antídoto para tudo isso…

    é um espelho para cada um dos opositores, mas principalmente para Marina, por ela ser vítma de si mesma

    com o seu estilo de sempre pensar negativamente somado à mistura inconsciente(?) de cinismo, ciúmes e ódio, vai acabar onde acabam todos os que gostam de se fazer de vítima na política, caindo no esquecimento

    se já não o faz, vai acabar deixando transparecer o seguinte:

    ou é tudo por causa dos outros ou é porque Deus nem o Lula gostam de mim

  17. VEJA muda e apoia Marina!

    Em sua edição desta semana, Veja alude ao choro cênico de Marina e o endossa. Porém, o principal colunista da publicação, há menos de um mês, afirmou que Marina simula tristeza com fins eleitorais, referindo-se à conduta constrangedora dela no velório de Eduardo Campos.

    Abaixo, post desse colunista publicado no portal da Veja em 18 de agosto último.

    Claro que, com a guinada de Veja para Marina, Azevedo, que não é bobo nem nada, aderiu ao patrão e mudou o discurso. Agora, endossa o “coitadismo” do pretenso arauto da “nova política”, ainda que, para salvar a cara, mantenha algumas das críticas que fez a ela três semanas antes.

    Abaixo, o último post que, até a manhã de domingo (14), o colunista havia publicado em seu blog.

    Entre 18 de agosto e 13 de setembro (data da publicação do post acima), Azevedo, que afirmava que Marina encenava tristeza com fins eleitorais, passou a acreditar na sinceridade dela quando chora.

    Patético, não?

  18. Coitadismo interessado

    MENOS CHORO E MAIS CORAGEM – Dá para entregar a administração deste gigante chamado Brasil para alguém que não aguenta um mísero debate, uma reles discussão, uma simples campanha ou uma mera crítica qualquer?

    É possível entregar a administração do Brasil, país que tem a 5ª maior população do mundo, que é o 5º maior país do mundo e que tem hoje a 6ª maior economia do globo terrestre, para alguém que vive se fazendo de vítima, que vive choramingando pelos cantos?

    Dá para confiar o futuro de 203 milhões de brasileiras e brasileiros para alguém que trai o seu passado e a sua história de lutas políticas, para alguém que vira a casaca com frequência alucinante, para alguém que troca mais de partido político do que troca de camisa?

    Dá para confiar em alguém que troca de ideia a cada cinco minutos, em alguém fraco que não aguenta sequer uma crítica feita pelo twitter?

    É por essas e outras que Osmarina jamais terá o meu voto ou apoio. E é também por essas e outras que o melhor para o Brasil é a reeleição deDilma Rousseff.

    Dilma não faz mimimi, não fica chorando pelos cantos ou se fazendo de vítima. A atual presidenta foi atacada de forma impiedosa e implacável nos últimos 04 anos e nem por isso ficou se fazendo de coitadinha, muito antes pelo contrário. 

    Dilma age com coragem, com coerência, com firmeza e é quem melhor condições tem de defender os interesses do Brasil e do povo brasileiro.

  19. Meu Deus, não dá nem pra

    Meu Deus, não dá nem pra acreditar em tamanha desfaçatez… A campanha da Dilma baixou o nível além do razoável, e vem vocês dizer que a Dilma é a menos agressiva e os outros usam expediente baixo? 

    Isto é pra auto engano ou pensam que tem alguém alienado o suficiente pra cair nesta conversa???

    1. Quer dizer que apontar
      Quer dizer que apontar comtradições e erros da candidata Marina é baixar o nível? Vocês querem o que? Ludibriar todo mundo e acabou? O povo tem que entender o quão nocivas são para o país as medidas econômicas que a Marina promete implementar se for eleita…

  20. Para não esquecer

    ” Em 1989, a primeira eleição direta da nova democracia retrata, em tudo, os efeitos da demolição feita pela ditadura. Fica muito bem em Collor a personificação da campanha sem ética política e sem compostura pessoal, com variados modos de violência, não só verbal.”

  21. Dilma jamais se vitimou

    Tática da vitimização é tão antiga quanto o Pedro Pavão

    publicado em 14 de setembro de 2014 às 1:08, no Vi o Mundo

     

    Matéria de Luiz Carlos Azenha

    Captura de Tela 2014-09-13 às 23.38.55

    Ilustração extraída da internet, aqui.

    Captura de Tela 2014-09-13 às 23.41.44

    Ilustração extraída da internet, aqui.

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    Ilustração extraída da internet, aqui.

    cancer

    Capa da revista Época, extraída daqui.

    rainha

    Ilustração extraída da internet, acompanhada do seguinte comentário: “Os brasileiros que a criticam têm o direito de fazê-lo, uma vez que este não é um país de pensamento único (bem que os petralhas gostariam), ainda não tem dono e é uma democracia pluralista”.

    Captura de Tela 2014-09-13 às 23.53.56

    Ilustração extraída da internet, aqui.

    vadias

    Do blog do Josias de Souza, na Folha, criticado aqui.

    Captura de Tela 2014-09-14 às 00.10.17

    do blog de Josias de Souza, na Folha.

    fichafalsa_dilma

    Capa da Folha de S. Paulo com ficha falsa de Dilma, durante a campanha eleitoral de 2010

    por Luiz Carlos Azenha

    Quando eu era um jovem repórter, da TV Bauru, no interior de São Paulo, acompanhei uma situação sui generis em período eleitoral. Vivíamos, ainda, sob a ditadura militar. O candidato do PDS, herdeiro da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de sustentação do regime, corria sério risco de perder em uma cidade vizinha a Bauru. Se não me engano, o nome dele era Pedro Pavão. O adversário, do PMDB recém-criado, herdeiro do MDB, era um jovem político de nome Abelardo Camarinha.

    Os ventos não eram favoráveis ao governismo. A panela de pressão estava por explodir e alas internas do regime militar se enfrentavam. Uma pregava, já, a abertura lenta, gradual e restrita. A linha dura resistia. Para muitos, votar no PMDB era uma forma de protesto. Às vezes independia do candidato. Eu mesmo votei em Orestes Quércia para senador!

    Pois bem, na véspera da eleição Pedro Pavão apareceu todo engessado. A assessoria dele procurou a TV Bauru para denunciar que o candidato do PDS havia sido espancado por adversários políticos. Fizemos, na época, a imagem. A assessoria do candidato Camarinha nos procurou para dizer que se tratava de uma farsa, que exigia a apresentação de exames de raio xis provando que de fato o adversário tinha sido espancado.

    Era, segundo eles, a velha tática da vitimização. A mesma do goleiro Rojas, que simulou ter sido atingido por um rojão no Maracanã. A mesma da “bolinha de papel”, que segundo o candidato José Serra, em 2010, pesava algo como um quilo e mereceu, no Jornal Nacional, a intervenção do perito Molina para dizer que uma imagem indefinida era, na verdade, a de um rolo de fita capaz de causar danos irreparáveis ao tucano, que depois de exames neurológicos no dia seguinte gravava programa eleitoral em São Paulo.

    Curiosamente, em sua biografia, Marina Silva diz textualmente que o que mais a incomoda é a indiferença:

    Entre aspas:

    Tive muito medo que o Lula estivesse sendo indiferente comigo. Porque saí do governo e ele resolveu não falar comigo, quem falou foi o Gilberto Carvalho. Depois saí do PT, e ele não falou comigo, mas sim os outros companheiros do PT. Depois disso, a gente ainda não se encontrou. Fiz de tudo para que a transição fosse respeitosa, sem deixar de dizer as verdades que precisavam ser ditas para o bem da Amazônia e do próprio governo. Mas essa coisa da indiferença é muito ruim. Não só porque ela nos afeta enquanto sujeito ignorado, mas porque alguém que trata o outro com indiferença revela algo muito pequeno de sua personalidade. Mesmo estando fora do governo e do PT, penso que continuo tentando ajudá-lo (Lula).

    Ao terminar essa frase, segundo a biógrafa, Marina começou a chorar.

    Pois bem, agora que definitivamente NÃO é tratada com indiferença, Marina volta a chorar. Logo ela, que na mesma biografia se define como a biorana negra, a árvore amazônica em cujo tronco o machado não penetra.

    É implicância minha ou acabei de apontar duas contradições da candidata?

    É importante, aqui, registrar duas verdades factuais: Marina formou-se na igreja católica, morou em um convento e fez seu primeiro tratamento de saúde no hospital São Camilo, em São Paulo, graças à intervenção de dom Moacyr Grecchi, definido por Frei Betto como o “pai espiritual de Marina”. Mais tarde, por motivos pessoais sobre os quais não cabe julgamento de valor, ela encontrou a verdadeira fé no protestantismo da Assembleia de Deus, a partir do qual passou a julgar o mundo.

    Da biografia de Marina:

    Noutro exemplo de sabedoria ecológica tirada dessas páginas [da Bíblia], ela cita uma passagem em que o rei Davi declara que “Deus colocou sobre o sol uma tenda”. Para Marina Silva, o autor já se referia, sem saber, à camada de ozônio, milhares de anos antes de os cientistas a revelarem.

    Segunda verdade factual: Marina foi do Partido Revolucionário Comunista, abrigado sob o PT, partido pelo qual, depois de abandonar o marxismo, foi vereadora, deputada estadual e senadora (por 16 anos), antes de se tornar ministra. Depois, por motivos sobre os quais não cabe julgamento de valor, transferiu-se para o PV, para a Rede e, mais recentemente, para o PSB. Persegue um sonho que, aparentemente, lhe foi negado no PT.

    Tem todo o direito de fazê-lo, mas não sem se submeter às críticas da comunidade que pretende presidir.

    Foi Marina Silva quem se apresentou ao eleitorado como fiadora de uma certa “nova política”, que separaria os bons dos maus e, em tese, nos levaria ao Reino do Criador a partir de sua posse. Apontar as inconsistências e as contradições de tal projeto é parte da democracia, a não ser que Marina se considere, por obra divina, uma espécie de abelha rainha, pairando sobre nós, os mortais comuns.

    Ou isso, ou estamos revivendo o Pedro Pavão, desta vez em busca do Planalto.

    Já que nos concentramos apenas na verdade factual, que fique registrado: diante das ofensas, críticas e observações acima demonstradas, Dilma Rousseff jamais processou jornalistas, tuiteiros e nem pediu ao Google ou ao Facebook que removessem conteúdo ofensivo a ela. Jamais chorou. Jamais se vitimizou.

     

  22. Só acho que Janio, no fim,

    Só acho que Janio, no fim, foi injusto com Dilma. Talvez por medo de ser chamado de petista. Mas Dilma é a única, dos três grandes postulantes, que não torna essa campanha indigna.

  23. o artigo bem que poderia ser

    o artigo bem que poderia ser resumido numa frase de  freitas.

    a agressividade de marina tem um componente –

     a inverdade!

    (a exclamação é minha)

     

  24. Sanidade

    Começo a ter dúvidas sobre o equilíbrio mental dessa senhora.

    Uma pessoa centrada, que é o mínimo que se exige de um Presidente da República, não exibe ódio por adversários políticos, não chora em público por ter sido criticada, não se vitimiza, não faz declarações dramáticas como “fui apunhalada pelas cotas por um facão enferrujado”, não inventa feitos grandiosos para se autopromover, não lança um programa de governo e fica reformulando o programa a toda a hora, não tenta demonizar os adversários, etc.

    Definitivamente, essa moça ainda não está preparada para assumir o cargo de Presidente da República.

    Ainda precisa amadurecer. Ela ainda tem muita estrada para percorrer.

    Quem sabe no futuro possa estar mais credenciada.

    Nesta eleição, vou de Dilma Roussef. Sem nenhuma dúvida.

  25. O que define o voto

    Nada disto vai mudar o meu voto

    Não estamos interessados se Marina ficou ofendida, se chorou, ou o que mais. Fosse ela uma estadista com grandeza, choraria pelo país, pelo povo, nunca por si mesma.

    O que nos interessa é manter o barco da economia deste país navegando. Emprego e avanços sociais mantidos.

    Enquanto quase o mundo todo naufraga na economia, manter a cabeça para fora da água é fundamental.

  26. Marina faz a campanha da

    Marina faz a campanha da mentira e da “coitadinha”.

    Se não ganhar as eleições, pode até ser indicada ao Oscar.

    É muito blábláblá e nenhuma resposta aos questionamentos:

    1 –  Quem era o dono dos jatinho?

    2-  Quem pagou 2 milhões de reais pelas palestras?

    3- Por quê do Banco Central independente?

    4- Por quê o Pré-Sal não será priorizado?

    5- Por quê será reduzida a participação dos Bancos Públicos na economia (Banco do Brasil, CEF e BNDES)?

    6- Qual o poder do Pastor Malafáia para mudar seu programa de governo?

    ET: Será que ela consegue responder a estas perguntas (observe que não críticas) antes de começar a chorar?

     

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