Rupert Murdoch, da Fox News, entra na mira de ação de Fake News nas eleições dos EUA

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A Fox News está sendo processada por Fake News. Ligação de Murdoch, agora, foi escancarada por juiz: "tem um problema de credibilidade"

Foto: Reprodução Fox News e AP Photo

A Fox News, ligada a pautas de extrema-direita e defensora de Donald Trump, está sendo processada por difamação nas eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2020, ao disseminar Fake News de que o pleito foi fraudado. O presidente da emissora, Rupert Murdoch, passará a ser intimado no caso.

Em audiência realizada nesta semana, o juiz Eric Davis, do Tribunal Superior do estado de Delaware, afirmou que a emissora “tem um problema de credibilidade”. Ele disse que “não está muito feliz” com a divulgação da empresa, após 2 anos do processo judicial, de que Rupert Murdoch – o presidente do grupo Fox Corporation – era também o presidente-executivo da emissora de televisão.

Até então, a Fox News alegava que Murdoch não era ativo na empresa e que somente presidia o grupo, não as atividades do canal de TV, como forma de poupar o empresário das acusações. “Você [Fox News] tem um problema de credibilidade”, disparou o juiz.

As Fake News disseminadas

A autora do processo, iniciado em 2021, é a empresa Dominion Voting Systems, que fabrica equipamentos de votação usados nas eleições. À época, a Fox informava falsamente que os equipamentos tinham sido fraudados para mudar os votos contra Donald Trump e a favor do democrata Joe Biden.

A empresa alega que as comunicações internas da Fox, de Murdoch e também de outros funcionários de alto cargo da empresa, provam que a empresa sabia que as alegações de fraude eleitoral eram falsas, mas manteve a disseminação das mentiras.

Com a confirmação, o presidente do grupo e da Fox News, Rupert Murdoch, será agora intimado a testemunhar no tribunal na ação.

Com informações da Reuters.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

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