Imprensa é barrada de acompanhar primeiro dia da equipe de transição

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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CCBB de Brasília – Foto: Divulgação
 
Jornal GGN – Se na teoria afirmou ser “totalmente favorável à liberdade de imprensa” e defendeu o trabalho dos jornalistas, na prática, no primeiro dia para acompanhar as movimentações e medidas sobre a transição do futuro governo Bolsonaro, os meios de comunicação foram impedidos de participar.
 
É no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) que a equipe de transição planejada pelo eleito Jair Bolsonaro (PSL) usa como sede para dar início à transição de medidas e do mandato que terá início em 2019.
 
Mas, ao chegar ao local, a imprensa foi proibida de entrar no Centro e fazer a cobertura das primeiras iniciativas, reuniões ou decisões dos representantes escolhidos por Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação informou que os jornalistas só poderão entrar no espaço a partir de quarta-feira (07), ficando impedidos de informar qualquer coisa sobre a transição entre hoje e amanhã.
 
De acordo com a pasta de Comunicação, Bolsonaro chegará a Brasília nesta terça (06) e, no dia seguinte, o espaço deverá ser aberto à imprensa. Por outro lado, funcionários da CCBB ingressaram livremente no local e no fim da tarde de hoje, o ministro de “Estado extraordinário”, como foi nomeado por Temer o responsável pela transição ao governo de Bolsonaro e que será a partir do próximo ano o ministro da Casa Civil, Onys Lorenzoni deve chegar ao local, sem a imprensa.
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

4 Comentários

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  1. O apelo dolorido de Danilo dos Santos Miranda, diretor SESC SP

    “Caros amigos e parceiros do SESC:

    Gostaria de compartilhar com todos vocês o risco a que o SESC está exposto neste momento. Talvez já tenham tomado conhecimento pela imprensa: o governo federal lançou medidas para melhoria da formação técnica dos jovens brasileiros que, do modo como estão sendo propostas, por mais bem intencionadas que sejam, constituem ameaça de uma intervenção do Estado em uma entidade privada.

    O projeto, em resumo, pretende rever a distribuição dos recursos do impropriamente chamado Sistema S. Determina que boa parte da arrecadação dessas entidades seja remanejada para um novo Fundo destinado à formação técnica. O fato, porém, é que as entidades do chamado Sistema S são em si resultado de Fundos já criados, lá nos anos 40, em parte, com a mesma finalidade.

    O remanejamento dos recursos desses Fundos para outro novo Fundo, no entanto, implicará na restrição drástica da diversidade e do alcance da reconhecida ação do SESC, em prejuízo da educação permanente promovida diariamente a seus milhares de freqüentadores assíduos. Diante desse quadro, sinto que é meu dever dirigir-me uma vez mais a vocês, sobretudo porque estou seguro do valor desta instituição. A melhor maneira de conferir o significado de sua ação é vivenciar o dia-a-dia nas unidades (atualmente são 31, somente no Estado de São Paulo); ouvir o relato dos freqüentadores sobre a importância do SESC em suas vidas e para suas famílias; estar e usar os equipamentos e instalações de primeira qualidade, abertos a todos os estratos sociais, e participar das inúmeras atividades que abrangem um amplo arco de interesses e necessidades, reunindo um público extremamente diversificado.

    Acredito que todos vocês já tiveram essa oportunidade. São, portanto, testemunhas da natureza beneficamente eficaz, engajadamente eficiente e profundamente educativa do trabalho que o SESC desenvolve há mais de 61 anos. Esse patrimônio não pode ser sacrificado no altar de prioridades transitórias, em nome das quais se engendra um prejuízo incalculável ao país. Tornar a Educação meramente técnica, burocrática e pragmática, dissociando-a do universo simbólico, subjetivo, crítico e criativo, cerne da Ação Cultural, é um evidente retrocesso, fruto de visão flagrantemente obscurantista.

    Certo de que compreenderão a gravidade dessa perspectiva, escrevo a vocês, formadores de opinião, representantes de classes, artistas, pensadores, amigos e parceiros do SESC para que se manifestem, pelos meios ao seu alcance, em prol da continuidade de nosso trabalho. Um projeto que, afinal, construímos juntos.”

    Danilo Santos de Miranda
    Diretor Regional do SESC São Paulo

      1. Obrigado, Jardel, vai aqui texto da página do Danilo, de ontem
          

        Danilo Santos de Miranda

         22 h · 

        Estou fazendo essa comunicação hoje, dia 6 de novembro de 2018, com a intenção de tentar esclarecer o que está acontecendo com relação a uma carta que tem sido divulgada e também uma petição que está sendo mostrada e promulgada por todos os lados.

        Primeiro, com relação à carta, pouco mais de 10 anos atrás, nós aqui no Sesc, recebemos a notícia de que, naquela ocasião, o governo federal pretendia retirar uma parte dos recursos da Instituição em nível nacional e de todas as demais entidades do chamado Sistema S para promover a educação profissional e educação técnica. Nós, na época, já sabendo da importância da educação técnica e da capacitação profissional fizemos essa comunicação à todos pela referida carta, a qual foi dirigida ao público em geral falando da importância da capacitação técnica, mas dizendo que as instituições, os “S”, já dispunham de uma estrutura para realizá-la, portanto não cabia naquela altura retirar recursos de uma parte do sistema para fazer o que já se fazia.

        Isso, naturalmente foi objeto de uma discussão, de um debate e junto havia também um programa de gratuidade que depois acabou sendo desenvolvido e ampliado, e todas as demais entidades do Sistema, acabaram sendo levadas a realizar tal operação. Todos temos o compromisso de gratuidade e a partir daquele momento isso foi implantado em todo o país.

        Mais recentemente, na atual circunstância que nós atravessamos, há comentários, boatos, informações e algumas pessoas que têm falado a respeito de alterações no Sistema, novamente, alegando o descumprimento de finalidade, mas ainda não há nenhum fato efetivo, documento, proposta ou indicação objetiva de mudanças ou extinção.

        Temos recebido muitas informações e pedidos de esclarecimentos, pois muitos estão preocupados com a manutenção de nossa atuação, especialmente em alguns campos específicos, como o de ação cultural que nós realizamos em São Paulo e no Brasil inteiro e que de alguma forma parece estar ameaçado, tendo em vista alguns comentários de que essas ações não serão mais realizadas e que nós fazemos uma espécie de patrocínio, coisa que nunca aconteceu no nosso trabalho. O que eu gostaria de frisar sobre isso é que, é fundamental manter a essência do que fazemos, pois nossa atuação tem caráter sócio-cultural voltado para vários campos, onde a cultura tem um papel importante, mas também, a atividade física, o esporte, a recreação, o lazer, as questões ligadas à alimentação, a saúde de forma geral, o atendimento ao idoso, à criança e ao adolescente pelo país afora e no Sesc São Paulo em particular, são aspectos essenciais do dia a dia e do bem-estar, os quais realizamos, cumprindo a missão da Instituição. 
        Tudo isso é fundamental, portanto tem que ser mantido e preservado. Temos, inclusive, o amparo da Constituição para realizar esse trabalho de maneira tranquila, usando os recursos provenientes da contribuição de todas as empresas, no nosso caso das empresas do comércio, de serviços, de turismo etc.

        Por fim, gostaria de tranquilizar as pessoas de que o nosso trabalho continuará e, qualquer coisa que eventualmente aconteça, todos saberão efetivamente. 
        A manutenção da Instituição é algo que para nós é essencial, como também dar tranquilidade para os mais de 7.600 funcionários do Sesc São Paulo e, muito mais de 32.000 no país inteiro, só no Sesc, sem falar nos milhares de outros que estão nas demais Instituições do chamado Sistema S.

        Ressalto que vamos continuar com esforço para cumprir o nosso objetivo e nossa missão diariamente.

         

        vídeo: 

         

        https://www.facebook.com/danilosantosmiranda1/videos/2253715124899989/?

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  2. #

    Agem como se tivessem comprado o País e não devessem satisfações a ninguém.

    Os coxinhas adoram esse “desprendimento” com a coisa pública.

    Acham que assim o Brasil melhora. Melhora pra eles, políticos.

     

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