A Comissão Eleitoral Central da Rússia (CEC) confirmou nesta segunda (18) os resultados da eleição presidencial. Numa disputa praticamente sem concorrentes com reais chances de ganhar, o atual presidente Vladimir Putin foi reeleito quebrando recorde histórico de votos: 75 milhões de russos lhe concederam mais seis anos de mandato.
Aos 71 anos, Putin exercerá o poder pelo quinto mandato. Ele está no comando há 24 anos, e foi reeleito desta vez com 88% dos votos.
Segundo a chefe da CEC, Ella Pamfillova, houve participação recorde de 77,44% do eleitorado. “Isso nunca aconteceu na história da nova Rússia”, disse ela, segundo relatos do site The Moscow Times.
O site G1 disse que a concorrência de Putin neste ano era exercida por fantoches sem expressão, enquanto os verdadeiros opositores de Putin estavam presos, exilados ou morreram. A campanha deste ano foi marcada por manifestações duramente repreendidas e críticas da comunidade ocidental, sobretudo porque a Rússia impediu a entrada de observadores eleitorais da Europa.
Para o Kremlin, a vitória simbolizou o apoio da população russa à campanha militar na Ucrania. The Moscow Times escreveu em um artigo analítico que o governo Putin “iniciou a sua transformação de um ‘estado beligerante’ para um ‘estado de guerra'”.
Discurso de vitória de Putin
Em seu discurso de vitória, Putin disse que a Rússia não será intimidada. “Quero agradecer a todos vocês e a todos os cidadãos do país por seu apoio e por esta confiança. (…) Não importa quem ou o quanto eles queiram nos intimidar, não importa quem ou o quanto eles queiram nos suprimir, a nossa vontade, a nossa consciência – ninguém jamais conseguiu algo assim na história. Não funcionou agora e irá não funcionará no futuro. Nunca”, disse.
Cinco dias antes do encerramento da eleição, Putin disse a uma emissora local que a Rússia está tecnicamente preparada para uma guerra nuclear e que a empreitada seria uma possibilidade se os Estados Unidos enviarem tropas americanas para escalar o conflito na Ucrânia.
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Derrota dupla do império, EUA/OTAN! Putin se reelege c/ a maior participação dos russos em eleições e o Partido Comunista, de Lenin e Stalin é a segunda força política da Rússia, c/ milhões de votos. Unidade do povo russo impõe acachapante derrota ao império!
Em breve teremos semelhante na Venezuela.
Este comentário raso, mais parece uma fala malemolenga do filósofo cimomurista Eduardo Pondé, que ‘vende’ groselhas na Tv Cultura.
O cara me vem com “impõe acachapante derrota ao império”, já colocando que o povo russo está percebendo que, apoiando o Putim, estariam mostrando aos EUA que eles têm de se colocar no lugar. Então tá. E número por número, me cite qual seria uma outra análise.
Segundo artigo do GGN sobre manifestações repreendidas, essa pelo menos não fala de ONGs e não afirma q o resultado não poderia ser outro. Recomendo buscar o porque essas supostas manifestações foram repreendidas. Recomendo buscar o Comunicado oficial da Embaixadas dos EUA na Rússia no dia 07/03 e Porque o Ministério Exterior russo convocou a embaixadora americana na Rússia, Lynne Tracy, para dar esclarecimentos sobre financiamento, incentivo, logística, etc. a essas ONGs e manifestações às vésperas das eleições (que por sinal foram ridicularmente mínimas) . Também sobre as tentativas de atentados terroristas q foram frustrados.
Gostemos ou não, critiquemos ou não, Vova é de fato o maior estadista surgido nos últimos 30 ou 40 anos.
Um coisa é ser de esquerda (o meu caso)…outra coisa é apoiar um governo onde os opositores estão presos, exilados ou morreram. Proibir a entrada de correspondentes e outros países? Reprimir com violência os manifestantes? Isso é ditadura!
Acho totalmente ridículo afirmações como “Numa disputa praticamente sem concorrentes com reais chances de ganhar, o atual presidente Vladimir Putin foi reeleito”. Os russos foram obrigados a ir votar, caçados em suas casas e ameaçados de ir parar em algum Gulag se não fossem votar? Ora, eles compareceram em massa às urnas. Argumentar que não havia candidatos com chance real de ganhar é simplesmente ridículo: se o Putin não tivesse apoio popular real, o comparecimento seria mínimo, e ele talvez até se elegesse com um percentual maior.
O fato é que qualquer pessoa minimamente informada e que não seja um capacho dos EUA sabe muito bem que os yankees vêm tentando domar a Rússia desde Gorbachev. Conseguiram colocar um bufão tarado e bêbado no governo, arruinaram o país por quase uma década. Os russos reagiram, entronizaram o Putin no poder, e estão desafiando abertamente o império, pondo inclusive a carta atômica sobre a mesa. Não desejo uma guerra atômica de jeito nenhum, mas acho que se ela chegar a ocorrer, pelas características geográficas, a Rússia tem mais chance de reaparecer depois do inverno nuclear do que os EUA, onde, aliás, o imaginário popular é sempre alimentado não com a inevitável ascensão do Estado ao centro da vida da sociedade, mas sim com as inúmeras distopias mad max em que não há nenhum governo para proteger e organizar os cidadãos.
Bibi também tem o apoio dos israelenses.
Este comentário raso, mais parece uma fala malemolenga do filósofo cimomurista Eduardo Pondé, que ‘vende’ groselhas na Tv Cultura.