Delegação do Hamas passa a integrar negociações sobre cessar-fogo

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Palestinos chegam após indicação de um possível acordo de trégua antes do início do Ramadan; mais de 30 mil palestinos já foram mortos

Foto de Ehimetalor Akhere Unuabona na Unsplash

Uma delegação do grupo palestino Hamas esteve no Cairo, no Egito, para conversações sobre um eventual cessar-fogo na guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Mediadores do Catar e dos Estados Unidos também estão na cidade.

Segundo o jornal britânico The Guardian, os palestinos estiveram presentes após sinalizações de que Israel aceitou de maneira provisória um acordo de trégua e reféns de seis semanas antes do início do mês do Ramadan.

As negociações com representantes israelenses ocorreram neste sábado na cidade de Doha, e acredita-se que o grupo palestino responda até segunda-feira, na medida em que o início do Ramadan se aproxima – o mês de jejum muçulmano terá início em 11 de março.

Conter o massacre de palestinos pelo exército de Benjamin Netanyahu em Gaza tem sido um desafio: enquanto dados israelenses dizem que cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 raptadas

Conter o derramamento de sangue em Gaza tem sido uma tarefa diplomática difícil na guerra de quase cinco meses desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, no qual, segundo dados israelitas, cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 raptadas.

Por outro lado, o exército israelense matou 30.410 palestinos até este domingo, a maioria das quais mulheres e crianças, segundo dados de autoridades locais. O número de feridos totaliza 71.100, segundo a agência de notícias palestina Wafa.

Os números aumentaram após nove ataques israelenses na Faixa de Gaza apenas nas últimas 24 horas, onde 90 palestinos foram mortos e 177 outros palestinos foram feridos pela artilharia israelense, ataques aéreos ou disparos de franco-atiradores nas últimas 24 horas.

Contudo, acredita-se que o número de vítimas fatais possa ser ainda maior: o Hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, relatou um aumento no número de crianças que sucumbiram à subnutrição e à indisponibilidade de tratamento médico e combustível nas instalações devido ao bloqueio israelita em andamento.

Em meio a esses números, cresce a pressão internacional em torno de um cessar-fogo no confronto: no Brasil, pesquisa Genial/Quaest revela que o apoio a Israel têm perdido força.

Em nota oficial divulgada na última sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que é  “intolerável” o massacre de Israel contra palestinos que buscavam por ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A ação matou 112 civis e deixou 760 feridos.

Trata-se de uma situação intolerável, que vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos de ontem”, declarou o Itamaraty.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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