Uma delegação do grupo palestino Hamas esteve no Cairo, no Egito, para conversações sobre um eventual cessar-fogo na guerra contra Israel na Faixa de Gaza. Mediadores do Catar e dos Estados Unidos também estão na cidade.
Segundo o jornal britânico The Guardian, os palestinos estiveram presentes após sinalizações de que Israel aceitou de maneira provisória um acordo de trégua e reféns de seis semanas antes do início do mês do Ramadan.
As negociações com representantes israelenses ocorreram neste sábado na cidade de Doha, e acredita-se que o grupo palestino responda até segunda-feira, na medida em que o início do Ramadan se aproxima – o mês de jejum muçulmano terá início em 11 de março.
Conter o massacre de palestinos pelo exército de Benjamin Netanyahu em Gaza tem sido um desafio: enquanto dados israelenses dizem que cerca de 1,2 mil pessoas foram mortas e outras 250 raptadas
Conter o derramamento de sangue em Gaza tem sido uma tarefa diplomática difícil na guerra de quase cinco meses desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, no qual, segundo dados israelitas, cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 raptadas.
Por outro lado, o exército israelense matou 30.410 palestinos até este domingo, a maioria das quais mulheres e crianças, segundo dados de autoridades locais. O número de feridos totaliza 71.100, segundo a agência de notícias palestina Wafa.
Os números aumentaram após nove ataques israelenses na Faixa de Gaza apenas nas últimas 24 horas, onde 90 palestinos foram mortos e 177 outros palestinos foram feridos pela artilharia israelense, ataques aéreos ou disparos de franco-atiradores nas últimas 24 horas.
Contudo, acredita-se que o número de vítimas fatais possa ser ainda maior: o Hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, relatou um aumento no número de crianças que sucumbiram à subnutrição e à indisponibilidade de tratamento médico e combustível nas instalações devido ao bloqueio israelita em andamento.
Em meio a esses números, cresce a pressão internacional em torno de um cessar-fogo no confronto: no Brasil, pesquisa Genial/Quaest revela que o apoio a Israel têm perdido força.
Em nota oficial divulgada na última sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que é “intolerável” o massacre de Israel contra palestinos que buscavam por ajuda humanitária na Faixa de Gaza. A ação matou 112 civis e deixou 760 feridos.
“Trata-se de uma situação intolerável, que vai muito além da necessária apuração de responsabilidades pelos mortos e feridos de ontem”, declarou o Itamaraty.
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