Imprensa americana a favor da guerra israelense

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Em meio a morte de inocentes, veículos jogam a responsabilidade das ações de Netanyahu no colo do grupo extremista Hamas

Foto de Matt C na Unsplash

O posicionamento do jornalismo norte-americano tem sido cada vez mais aberto a favor de Israel e do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e silencioso aos pedidos de um cessar-fogo cada vez maiores vindos da comunidade internacional.

Um exemplo disso foi visto na CNN norte-americana, onde um comentarista reconhece que “civis inocentes continuam a ser mortos por ataques israelitas” em meio ao avanço da crise na região.

Contudo, o articulista diz que aparentemente cabe a Israel manter sua estratégia pois, de qualquer forma, “tudo é culpa do Hamas” – e que aqueles que pedem um cessar-fogo vão ajudar o grupo extremista.

“Se insistirmos que não deve haver cessar-fogo num ataque israelita que já matou mais de 11.000 pessoas em Gaza em pouco mais de um mês – bem, sim, estamos a “endossar e a justificar” mortes de civis”, diz a jornalista Belén Fernández, em artigo publicado no site da Al-Jazeera.

De acordo com a jornalista, a mídia dos Estados Unidos continua endossar e justificar os ataques contra inocentes “especialmente se – ao invés de culparem Israel pelo massacre e abandono de homens, mulheres e crianças em Gaza – culparem o Hamas por não terem previsto a natureza psicótica sem precedentes da ‘retaliação’ de Israel”.

A articulista destaca que pesquisa recente mostrou que quase dois terços dos israelitas ouvidos eram a favor da troca de prisioneiros (algo que o Hamas tem ofertado de forma recorrente).

Desde a operação de 07 de outubro, mais de 5 mil palestinos eram mantidos presos em Israel, e esse número chegou a dobrar conforme Israel prendia mais e mais pessoas – e como aponta a articulista de forma irônica, “só devemos ver o ‘ponto de vista de Israel’”,

“Se a mídia americana e o establishment político não estivessem tão firmemente comprometidos em transmitir uma versão completamente descontextualizada desta guerra – e de Israel/Palestina em geral – talvez um âncora de notícias perguntasse se nunca ocorreu a Israel que os palestinos algum dia iriam “retaliar” por 75 anos de limpeza étnica, bloqueios e massacres sufocantes”, ressaltou a articulista.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. A economia americana está assentada em 3 grandes pilares. São eles: Fabricação de dinheiro, Complexo industrial militar e Agricultura.A fabricação de dinheiro, já começa a dar sinais de debilidade, na medida que já existe um movimento para tirar a primazia do dolar. Para que o complexo industrial militar cresca é precisa que os EUA se elvolvam constantemente em coflitos o que acarreta prejuísos e sacrifícios para a população local, mas nada que não seja compensada pela emissão abundante de dolares, pelos menos enquanto os investidores acreditarem na falsa ilusão da pujança americana. Por fim, a agricultura continua eficientemente produtiva, mas já enfrenta fortes concorrentes. Quanto a imprensa americana, que sempre esteve a serviço das elites americanas, não dá para esperaar outra coisa, a não ser a subserviência. Por fim, Israel pode ser forte a curto prazo, mas a longo prazo, não vai poder contar com o Ocidecadente.

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