A Polícia Federal (PF) brasileira pediu, nesta segunda-feira (17), à polícia italiana as imagens do circuito interno de TV do Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, que captaram o ataque contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, na última sexta-feira (14).
O pedido, por meio da cooperação internacional, já foi apresentado e as gravações podem ser entregues às autoridades brasileiras ainda hoje, informou Malu Gaspar, no O Globo.
As imagens devem esclarecer os fatos, diante da divergência entre as versões do próprio ministro e dos três acusados de agressão, o empresário Roberto Mantovani Filho, sua esposa, Andréa Munarão, e o genro do casal, o corretor de imóveis Alexandre Zanatta.
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As versões
Ontem (16), os envolvidos contaram versões diferentes sobre o ocorrido. Moraes fez uma representação à PF relatando o episódio. Com isso, os três agressores, mais o filho de Mantovani que teria ajudado a conter as agressões, foram intimados a depor neste domingo, mas só Zanatta compareceu.
À PF, Moraes afirmou que a confusão começou quando Andréa se aproximou dele e o chamou de “bandido, comunista e comprado”. Em seguida, Mantovani teria passado a gritar e dado um tapa nos óculos do filho do decano, que também se chama Alexandre. Posteriormente, os agressores teriam seguido a família até a sala VIP do aeroporto, onde a discussão continuou.
Zannata, por sua vez, afirmou à PF que não estava presente no início da discussão e que só foi chamado quando a situação já estava praticamente resolvida. O corretor de imóveis garantiu que não ofendeu ninguém.
Já Mantovani e Andreia não prestaram depoimento, sob o argumento que estavam em um compromisso fora de Piracicaba quando foram intimados a depor pela PF da cidade. Com isso, eles serão ouvidos na terça-feira (18), uma vez que estão em viagem para Santa Catarina. Contudo, o casal divulgou uma nota em que afirma não ter ofendido e nem agredido Moraes, mas confirma a confusão.
Segundo o texto, eles teriam sido confundidos com outras pessoas e, por isso, “nasceu um desentendimento verbal entre ela [Andréa] e duas pessoas que acompanhavam o Ministro”. De acordo com a nota, “diante dessa discussão, que ficou acalorada diante das graves ofensas direcionadas a Andréa, Roberto, que tem mais de 70 anos, precisou conter os ânimos do jovem ofensor”, sugerindo que o filho do ministro seria o autor das agressões.
Na ocasião, Moraes voltava de uma palestra na Universidade de Siena, onde participou de um fórum internacional de direito, e não estava com escolta policial. O grupo que estava com Moraes tirou fotos de Mantovani, Andréa e Zanatta, mas não filmou a confusão.
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