Liminar suspende inquérito que investiga Pimentel na Operação Acrônimo

Jornal GGN – Liminar concedida pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu o inquérito que investiga Fernando Pimentel, governador de Minas Gerais, na Operação Acrônimo. O ministro do Supremo argumentou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem de analisar o recurso da defesa do governador para decidir se é necessário autorização prévia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para a investigação. Pimentel já havia sido denunciado por recebimento de propina da montadora Caoa.

Para o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, a concessão da liminar já era esperada diante de jurisprudência consolidado no STF sobre a matéria. “Nenhuma autoridade pública no Brasil pode ser afastada pelo simples fato da admissibilidade de denúncia contra ele”, disse.

Pimentel foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República com base em um repasse de R$ 2 milhões que o presidente da Caoa, Carlos Alberto Oliveira de Andrade, teria feito ao governador mineiro, através de empresas Benedito Oliveira. Tais repasses seriam propinas em troca de favores concedidos por Pimentel quando era ministro do Desenvolvimento. A Caoa nega o pagamento de propinas.

Do O Globo

Ministro do STF suspende inquérito que investiga Pimentel na Operação Acrônimo
 
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello suspendeu o inquérito que investiga o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, na Operação Acrônimo. Pimentel já foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso por recebimento de propina da montadora Caoa. Celso de Mello argumentou que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) precisa analisar antes recurso da defesa de Pimentel para decidir se é preciso haver autorização prévia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais para a investigação. A liminar foi concedida pelo ministro do STF às 23h30m desta sexta-feira.
 
Celso de Mello observa que o relator do caso, ministro Herman Benjamin, negou o pedido feito pela defesa sobre a autorização prévia da Assembleia mineira para a investigação e que um auxiliar do magistrado impediu que o agravo regimental apresentado contra a decisão do relator fosse adiante no STJ. O ministro do STF, porém, entende que a Corte Especial do STJ deve enfrentar essa preliminar.

Entendo viável a outorga, na espécie, de provimento cautelar, em ordem a determinar ao eminente Relator da AP 836/DF o regular processamento do “agravo regimental” interposto com o objetivo de desconstituir o ato contra o qual o ora paciente se insurge, para que, em não havendo a formulação de juízo de retratação, seja referida impugnação recursal submetida à E. Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, em observância ao princípio da colegialidade, para que o julgue como entender de direito”, decidiu Celso.

O ministro do STF entendeu que a suspensão do inquérito, que está em fase de manifestação da defesa, é uma consequência da necessidade de decisão sobre a autorização prévia para a investigação.

“Em complemento à medida liminar ora concedida, também suspendo, cautelarmente, até o julgamento do mencionado “agravo regimental”, a fluência do prazo previsto no art. 4º da Lei nº 8.038/90, paralisando o seu curso a partir desta data (03/06/2016), inclusive, devolvendo-se ao ora paciente, após aquele julgamento, o prazo remanescente para efeito de tempestiva apresentação de sua resposta à denúncia oferecida pelo Ministério Público”, concluiu Celso.

A Procuradoria-Geral da República denunciou o governador de Minas Gerais com base em um repasse de R$ 2 milhões que o presidente da Caoa, Carlos Alberto Oliveira de Andrade, teria feito a Pimentel por intermédio de empresas do empresário Benedito Oliveira, o Bené, amigo do governador. Os repasses seriam propinas em troca de favores concedidos por Pimentel quando era ministro do Desenvolvimento no governo Dilma Rousseff. Caoa e Pimentel negam. Bené, por sua vez, fez acordo de delação premiada com o Ministério Público.

 

Redação

3 Comentários

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  1. Pimentel tem passado poucas e

    Pimentel tem passado poucas e boas com a política midiática tentando desqualificá-lo a qualquer custo. Foi assim com Dirceu, hoje marcado para morrer numa prisão, se duvidar sem sequer ter o direito de enterrar a mãe de 92 anos, já sem sua casa e sem seu filho por perto. 

    Por mais que me esforce, não consigo compreender a razão dessa perseguição desenfreada contra José Dirceu e agora contra Pimentel. Este deve ter por trás a força dos Neves, combinada com as manobras do capitão do mato denominado Gilmar.

    Tomara que a jsutiça se faça emr elação ao governador mineiro, e que ele possa amanhã entrar com pedido de indenização pelos danos morais que vem sofrendo.

  2. A investigação ter sido
    A investigação ter sido remetida para a Alemg é uma vitória de Pimentel. Ele tem maioria é conta com o apoio do PMDB mineiro, inclusive, o grupo de Niltao, que anda insatisfeito com o governo Temer por não ter nenhum mineiro no ministério.

  3. de nfato, é o mesmo direito

    de nfato, é o mesmo direito que todo tem, e negaram ao Cunha: antes tem que ser aprovado e nada que tenha sido apurado sem essa autorização  é  juridícamente nulo.

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