Marqueteiro de Moro é apontado como alvo de operação policial

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Investigação do MPPR apura crimes de corrupção, fraudes em licitações e falsidade ideológica em candidaturas eleitorais de 2014,2016 e 2018

Sede do Ministério Público do Paraná. Foto: Divulgação

Uma operação policial deflagrada pelo Ministério Público do Paraná no final do mês de março pode dificultar a situação do marqueteiro responsável pela campanha do hoje senador Sérgio Moro (União Brasil), o ex-secretário estadual e municipal Marcelo Catani.

Denominada Operação Claquete, a atuação está concentrada na 3ª Zona Eleitoral do estado e tem o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Segundo o MP paranaense, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, sendo 15 em Curitiba e um em Campo Magro, na Região Metropolitana da capital, em endereços de residências e empresas relacionadas aos investigados.

Os agentes apreenderam telefones celulares, tablets, computadores, documentos, valores em dinheiro, armas de fogo e drogas.

Segundo o MPPR, a operação investiga possíveis crimes de corrupção, fraude em licitações e falsidade ideológica eleitoral supostamente praticados por candidaturas em campanhas eleitorais de 2014, 2016 e 2018.

Embora as apurações tramitem sob sigilo, fontes jurídicas ouvidas pelo site Paraná Portal apontam Catani como um dos investigados.

Em meio à investigação, o jornal paranaense lembra que políticos que contrataram os serviços do ex-secretário para sua comunicação no setor público podem entrar na mira da polícia, como o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PSD), o deputado federal e ex-governador Beto Richa (PSDB) e o próprio Moro, uma vez que as contas da campanha do senador eleito não fecham.

Outro ponto que pode levar Moro a ser alvo de investigações é a alocação de Fábio Bento Aguayo, fundador e presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrapar) e apontado como lobista do setor hoteleiro, como seu assessor parlamentar em Curitiba.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. SEXO, DROGA, VIDEOTEIPE E PROPINA: A OPERAÇÃO DO GAECO QUE A JUSTIÇA ELEITORAL MANTÉM SEGREDO

    A operação tem tudo a ver com sexo, drogas, propina e, pasmem, videoteipe! Sim, parece que alguns publicitários envolvidos no esquema costumavam filmar as sacanagens. Aparentemente, a ideia era usar as imagens em campanhas eleitorais para causar impacto no eleitorado. Parece que a criatividade não tem limites.

    Também há suspeitas de que algumas agências estariam oferecendo serviços superfaturados para favorecer campanhas políticas, com o objetivo de repassar parte do dinheiro para políticos e partidos. Essa prática, conhecida como caixa 2, é proibida pela legislação eleitoral e pode render sérios problemas para quem for pego. Além disso, a força-tarefa Gaeco/Justiça Eleitoral ainda estaria fazendo um pente-fino nos aditivos contratuais, que é quando um contrato é adiado para não enfrentar uma nova licitação.

    O fato de um ex-secretário do estado do Paraná estar entre os investigados pode causar ainda mais preocupação para alguns políticos e personalidades da “República de Curitiba”, haja vista um dos implicados ser o principal marqueteiro do ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR).

    Será que o ex-juiz também teria se envolvido em esquemas escusos de financiamento de campanha? Tem gente mais graúda investigada pelo Gaeco e pela justiça eleitoral? Só o levantamento do sigilo imposto pela justiça eleitoral poderá nos dizer com toda a sinceridade o que rolou debaixo desses lençóis.

    Sabe-se que o interesse dos investigadores recai sobre contratos de agências de publicidade no governo do Paraná e na Prefeitura de Curitiba, locais por onde passou o principal estrategista eleitoral de Sergio Moro.

    Por enquanto, o que se sabe é que a Operação Claquete está longe de acabar. As autoridades continuam investigando as denúncias e podem surgir novas informações a qualquer momento. O que é certo é que, se as acusações se confirmarem, teremos um escândalo de corrupção envolvendo o mercado publicitário e político no Paraná com proporções dantescas, nacionais. Resta-nos torcer para que a justiça retire esse segredo. E quem sabe a produção de filmes dos publicitários envolvidos possa render uma boa comédia para amenizar a situação.

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